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História Love Of Life - The albino demon!


Escrita por: dincy

Notas do Autor


Muito obrigada por todos que estão comentando e espero ainda mais nesse capítulo. Terá muito sofrência ainda, mas é tudo necessário. Creio que só nos veremos agora, após o ENEM :/
Beijos e até mais.

Ps: Boa sorte pra quem vai tentar o ENEM 2016, bem como eu.

Capítulo 17 - The albino demon!


Fanfic / Fanfiction Love Of Life - The albino demon!

As lágrimas derramadas aliviam a alma.

Sêneca

Maio 2017, 7:45 A.M

Camila POV

   Quando acordei, estava com os pés para a cabeceira, toda embolada nas cobertas e entre meu pescoço, uma bolinha de pelo que chamo de filha. Mia! Eu me sentia um pouco sozinha, quando comprei esse apartamento, então pensei, porque não adotar um bichinho de estimação?

   Adotei minha filha, a Mia. Essa gata me traz alegria, gente. Enquanto criava coragem para ir ao banheiro fazer minha higiene matinal, senti a pulseira no meu braço, vibrar. Rapidamente o acionei. Senti o coração bater mais rápido ao ver o rosto da minha mãe, completamente marcado. De lágrimas!

   Lágrimas nem sempre são de tristeza. Muitas vezes de alegria, alívio, ou apenas por algum motivo desconhecido. No meu caso, nesse momento, o sentimento é indefinido. O rosto da mulher a minha frente tinha marcas. Lágrimas! Lá estavam as danadas das lágrimas.

   A expressão facial cansada. Enormes bolsas abaixo dos olhos, levavam a definição de olheiras. A ponta do nariz avermelhado. Péssimo sinal! Instantaneamente as lágrimas que estavam ocupando espaço em meus olhos, começaram a correr desenfreadamente. Jesus, que não seja o que eu acho que é.

Sinu: Filha! -Sua voz saiu levemente falhada-

Eu: Mãe. Não me diga que... -Deixei a frase no ar, porque não sei se terei a capacidade de completá-la-

Sinu: Kaki, fizemos de tudo. Mas hoje, pela manhã, sua Lolo, se foi. 

   Sempre achei um certo clichê falar que seu coração estava levando facadas. Isso é usado como metáfora em muitas situações, de forma desnecessária, mas nesse caso, eu realmente sinto que meu coração estava sendo esfaqueado.

   Ela havia me deixado. Ela havia me deixado. Ela havia me deixado. Ela havia me deixado. Ela havia me deixado. Ela havia me deixa. Ela havia me deixado.

   Apenas essa frase ocupava minha mente. Eu literalmente estava em transe. Meu Deus! Porque a vida é tão cruel comigo? Porque Deus teve que levar a minha Lolo de mim? Meu lado racional sabia a resposta de tudo isso, mas o meu emocional estava gritando de raiva.

   Eu queria culpar a todos. Deus. Santos. Anjos. Diabo. Médicos. Vida. E inclusive, a própria Lauren. Ela me deixou. Ela se foi. Eu não tive tempo ao menos de me despedir dela. Eu fiz de tudo por nós. Não poderemos mais realizar nossos sonhos. Só de pensar que não a terei mais em meus braços, faz meu corpo convulsionar em um soluço alto.

Sinu: Filha, você está se sentindo bem? -Saí do meu transe com a voz preocupada de minha mãe-

Eu: Eu não sei o que pensar. -Finalmente falei aquilo que rondava minha cabeça-

Sinu: Como a Lauren era uma pessoa aventureira, os pais dela, decidiram cremar o seu corpo. Cabe a você escolher o local aonde jogará as cinzas. -Sua voz era falhada a todos o momento, devido ao choro-

Eu: Eu vou para aí. Vou apenas me arrumar aqui.

Sinu: Sim filha, venha se despedir dela.

Eu: Cadê o papai?           

Sinu: Está resolvendo as coisas sobre a certidão de... De óbito.

   Conversei com minha mãe mais uns minutos e fui começar a resolver tudo. Eu tinha que ir, mas eu tinha o meu trabalho. Eu tinha minha filha. Minhas mãos estavam em minha cabeça, puxando levemente os fios do meu cabelo. Nostálgica lembrei-me de uma situação.

Fevereiro 2097, 7:23 P.M

Camila POV

   Eu estou ficando louca. Francamente. Esse trabalho é muito complexo e eu não estou nos meus melhores dias. Se tem algo que sou, é perfeccionista. Me cobro demais e sei que realmente isso não está legal. Estava tão concentrada em puxar levemente meu cabelo, que nem notei a aproximação de minha namorada.

   Realmente sou uma garota de sorte. A Lauren não é apenas linda por fora, é linda por dentro também. Estamos juntas a um ano. Ela é minha salvação em muitas situações. Nos conhecemos em uma boate. Eu tinha quinze anos e já tinha levado meu primeiro chifre.

   Ela tinha terminado um namoro, recentemente, estava na fase curtição. Até me encontrou. Até que a encontrei. Umas doses a mais de uma bebida brasileira, me fizeram criar coragem e chegar nela. Não sou medrosa, mas a garota era linda demais, me senti até intimidada.

   Começamos a conversar e descobri que aquele mulherão, tinha apenas dezesseis anos. Eu só tinha quinze, era ainda o bebê da dona Sinuhe, mas sempre fui “solta”, como a mesma diz. Quando começamos a ficar, nossos pais ficaram um pouco... Digamos que com o pé atrás. Porque? Bom, principal motivo, era a nossa idade. No ponto de vista deles, éramos novas demais. O que não foi um empecilho.

Lauren: Amor, você está bem? -Disse se sentando ao me lado-

Eu: Eu não estou bem. -Assumi finalmente em voz alta-

Lauren: Me dê sua mão. -Eu tinha os dedos emaranhados em meu próprio cabelo, os puxando. Sempre tive essa mania insana-

   Levemente ela foi soltando meus dedos e puxando suavemente minha mão para o meio das suas. Ali, as suas mãos frias, faziam um contraste perfeito com as minhas mãos quentes. Brincávamos até com isso. Uma completava a outra.

Lauren: Eu já lhe disse, quando estiver nervosa, pense em mim. Lembre-se dos meus olhos verdes, lhe encarando.

   Ela dizia isso, porque uma vez lhe confidenciei que seus olhos me acalmavam, então ela sempre me dizia isso. Coincidência ou não, eu me acalmava mesmo.

   Lentamente fui até o meu closet, após tomar o meu banho. Mesmo de roupão, eu ligava para Ariana, enquanto procurava uma roupa qualquer e uma mochila. Depois de uns três ou cinco toques, a Ariana por fim atendeu.

Ariana: Bom dia. Mila?! -Sua voz era de sono. Se a situações não fosse tão desesperadora, eu me sentiria culpada por acordá-la-

Eu: Ari, bom dia, eu estou apenas te ligando para visar que hoje não poderei ir trabalhar. Ocorreu um imprevisto, vou ter que fazer uma viagem. De última hora.

Ariana: O que houve? -Sua voz estava mais desperta e preocupada, agora-

Eu: Olha, no momento eu não posso lhe dizer muita coisa, creio que você não entenderia na correria, então assim que eu voltar eu prometo lhe contar tudo!

Ariana: Ok, fica tranquila. Leve o tempo que for, mas tenha em mente depois vai me contar direitinho essa história. -Fez uma breve pausa e depois, por fim, continuou- Boa viagem e volte logo. I love you, my boo boo.

Eu: Obrigada, voltarei em muito breve. -Sorri ternamente para ela, mesmo sabendo que ela não veria, enquanto com a outra mão pegava uma blusa- I love you too, my babe.

   Nos despedimos e eu fui me arrumar. E Mia? Já sei! Vou pedir a Taylor para cuidar dela enquanto eu estou fora.

Eu: Taylor?! Bom dia. -Falei ao ouvir sua voz pelo telefone-

Taylor: Mila, quanto tempo?

Eu: Pois é, andei bem ocupada. -Sorri sem graça- Eu queria te pedir um favor! -A frase saiu meio hesitante-

Taylor: Pode pedir até dois.

Eu: então, eu vou ter que viajar de última hora, mas eu não tenho com quem deixar a Mia.

Taylor: E quem seria a Mia?

Eu: Minha bebê. Minha gatinha!

Taylor: Por um breve momento, achei que fosse realmente um bebê. -Deu uma gargalhada do outro lado da linha-

Eu: Então, você pode? -Proferi depois de dar uma leve risada-

Taylor: Claro, mas houve algo?

Eu: Viagem de última hora. Mas enfim, não pretendo ficar por muito tempo.

Taylor: Espero que fique tudo bem, independente do que seja. Mas lhe respondendo, fico sim!

Eu: Muitíssimo obrigada. Posso passar aí, para deixar a gatinha?

Taylor: Claro!

   Depois que deligamos a ligação, corri com minha filha em direção ao elevador. Porém antes, peguei tudo que ela necessitaria. Fiz uma verdadeira mochilinha. Desci e chamei um táxi, quando ele parou, entrei e dei o endereço dos Jaureguis. Fomos o caminho todo, ouvindo uma estação qualquer.

   Quando parei na porta, o segurança avisou através do interfone e lá de dentro, vejo a Taylor toda sorridente, saindo. Mais atrás, sua irmã. Lauren.

   A Themônia albina!

   Estava bem casual, mas sem perder a elegância e a beleza. Taylor também não estava muito diferente. Quando se aproximou mais de mim, me cumprimentou com um beijo e um abraço. Logo pegou Mia dos meus braços.

Eu: Olha Tay, aqui tem tudo que ela irá precisar. Não pretendo demorar muito, mas de qualquer forma, não quero os dar prejuízo.

Taylor: Nem se preocupe. -Ela percebeu o olhar intenso da irmã sobre mim- Eu vou deixar as duas madames a sós.

   Saiu deixando, Lauren e eu, sozinhas. Ótima ideia? Ou péssima ideia? Eis a questão! Eu não tinha muito tempo para conversar, então acho que isso me ajudaria.

Lauren: An... -Sua hesitação e até mesmo constrangimento estavam bem aparente-

Eu: Eu tenho que ir. -Ia saindo quando senti sua mão em meu antebraço-

Lauren: Espere. Eu francamente lhe devo um belo pedido de desculpas! -Seus olhos exalavam sinceridade- Eu fui muito egoísta contigo. Agi erroneamente! Você mesmo estando machucada, sempre me pôs como prioridade, sempre cuidou de mim. E eu, no entanto, lhe machuquei ainda mais.

Eu: Relaxa. Eu estava errada, você é noiva.

Lauren: Nós duas erramos, contudo assumo que a maior parcela de culpa, é minha! -Assumiu-

Eu: Olha, eu francamente não tenho tempo para isso, não hoje e nem agora. Eu ainda vou viajar. -Falei suspirando, porque infelizmente essa é a verdade-

   Seu olhar estava cravado no meu. O verde no castanho. Ali, era travada uma luta. Uma luta de gigantes. Podia ser comparada com a luta entre os dois grandes da mitologia grega, Zeus e Hades (n/a: amo história de mitologia grega). Dessa vez não o bem contra o mal.

   E sim, o certo contra o errado. Era uma verdadeira luta de titãs, como hoje em dia é mais conhecido. Aquele olhar penetrante me causava arrepios. Me deixava claramente de pernas bambas. Ouvi um suspiro sair dela.

   Acenei positivamente para ela e me fui, porém quando já estava um pouquinho distante, ouvi ela gritar.

Lauren: Camz. Boa viagem!

   Parei no mesmo instante. Só ela me chamava de Camz, e a Lern nunca tinha me chamado de Camz. Eu senti meu coração palpitar em meu peito. Sentia que ele podia sair a qualquer momento. Ainda bem que tomei meus remédios pela manhã.


Notas Finais


Para ou continua?


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