História Love Of Life - Camila Cabello.

Idade é apenas um número, maturidade é uma escolha.

Harry Styles

Agosto de 2100, 3:15 P.M

Camila POV

   Vou me apresentar brevemente. Meu nome é Camila Cabello, aliás, Karla Camila Cabello Estrabao, contudo eu não gosto do Karla. Me faz lembrar de minha mãe brigando comigo. Eu sou uma pessoa feliz, graças a Deus tive tudo que quis. Não sou mimada, sou amada.

   Meu pai, Alejandro Cabello, é um médico muito bem-sucedido. Dono da maior rede de hospitais existentes. EstraBello, é o hospital da nossa família. Todos os médicos almejam trabalhar aqui. Não é prepotência, é a realidade.

   Agora é a hora de me perguntarem, “Porque, Camila?”. Bueno, simplesmente porque meu pai achou a cura para coisas que todos julgavam que apenas um milagre resolveria. Câncer por exemplo.

   Fico tão orgulhosa por ele, uma vez que papai passou anos estudando sobre o assunto. A anos atrás, criaram uma possível cura com o uso de fosfoamina. Bueno, my daddy descobriu que aquilo não passava de um paliativo. “Por que não achar a cura?” Questionou-se meu pai.

   Com alguns anos de estudo, ele descobriu uma nova fórmula. Essa, ele batizou de fosforiletanolamina. Eu não sei bem do que é composto, mas sei que é algo muito complexo, mas meu pai foi considerado autodidata quando muito novo. Para ter ideia, eu tenho vinte anos e meu pai tem quarenta e oito, e, dona Sinu, minha mãe, tem quarenta e seis.

   Eu sou filha única, o que não me torna mimada. Eu nasci dia três de Março de dois mil e oitenta. Vivo em um mundo considerado futurista por uns e contemporânea por outros. Fui considerada autodidata também, coisa que enche meus pais de orgulho. Sou descendente de latinos, falo muito em espanhol. Costume!

   Minha mãe, Sinu. É uma neurologista. Ela é conhecida por seus “experimentos”. Digamos que mamãe também seja um crânio e tenha seus feitos para lá de importantes. Orgulho? Demais. Várias vezes encontro com algumas pessoas que dizem “Olha, a filha da médica que me fez viver de novo”. Sim, minha mãe salvou a vida de muitas pessoas.

   Eu fico muito feliz, eles dois salvam vidas. Claro, tem seus defeitos? Tem, fazer o que, ninguém é perfeito. Mas eles procuram errar o mínimo possível. Sempre me passaram os melhores exemplos. Somos uma família feliz, temos uma vida para lá de confortável e ajudamos a todos que precisam e que de certa forma podemos ajudar com alguma coisa.

   Falando um pouco mais de mim, sou uma aluna de Tecnologia Avançada. Meu pai ficou um pouco surpreso quando eu disse que não queria nada relacionado a medicina. Sangue não é muito meu forte. Com meus inventos, dou vida, salvo vidas e não mexo com sangue. Tem coisa melhor? Não.

   Desde os meus quinze anos, tenho certeza da minha sexualidade. A princípio, foi um choque para os meus pais, vamos assim dizer, mas logo papai ficou feliz em saber que eu admirava a anatomia feminina. Mamãe ficou hooker (puta) da vida quando papai disse que me ensinaria a pegar as menininhas.

   Ele sempre me apoiou bastante, sempre foi uma pilastra proeminente demais em minha vida. Mamãe também, mas sempre tive uma ligação para lá de especial com meu pai. Não sei o porquê! Mas eu também amo a minha mamãe.

   Hoje está fazendo um mês que a minha namorada Lauren entrou em coma. A um mês que eu venho tentando criar uma máquina que me fizesse voltar ao passado e reverter esse trágico acidente que aconteceu com a Lauren, a fazendo morrer.

   Em alguns estudos, foi comprovado que a vida é paralela. “Como assim, Camila?”. Nos tempos de hoje, podemos ver o passado e eu estou criando, aliás, finalizando uma máquina que me teletransporte para lá. Para o passado. Foi difícil no começo, mas a minha força de vontade de um dia poder rever aquela íris verdes que tanto amo, era maior.

Alejandro: Filha, vai para casa descansar. Tem horas, quase dois dias que você mora aqui!

   Meu pai proferiu, o que não deixa de ser verdade. Tem dois dias que eu faço minhas refeições aqui, que banho aqui e que “durmo” aqui também. Eu sinceramente não durmo, mas enfim... Minha namorada teve uma piora no quadro clinico. Minha mãe disse estão tentando de tudo, mas aparentemente a Lolo não quer voltar.

   Não quer voltar para mim.

Eu: Não pai. Depois eu vou.

Alejandro: Filha, não há nada que você possa fazer no momento. Você não estava tão empolgada com a criação da máquina que te ajudaria?

Eu: Sim, mas e se quando eu sair daqui ela acordar? Ou então melhorar?

Alejandro: Já pensou que talvez ela fique estável nesse meio tempo que você vai em casa?

   Ele perguntou carinhoso, mas eu sei que em seu tom de voz, há repreensão pela minha teimosia.

Eu: Ok. -Suspirei cansada- Sinto que dessa vez eu vou conseguir pai. -Falei me referindo a minha máquina teletransportadora-

Alejandro: Eu confio e acredito em você.

   Fui embora, depois de beijocar a testa da Lolo. Até me permiti rir de quando me lembrei do último teste que fiz. Quase morro, porque a máquina começou a “pipocar” e sair fumaça com faíscas. Enfim, teste fracassado.

   Fui caminhando em direção ao meu carro. Bueno, sempre gostei de aventuras e sempre gostei de velocidade. Minha vida é uma aventura, sem sobra de dúvidas. Lolo e eu já pulamos de paraquedas. Ela venceu o medo que tinha e se aventurou comigo.

   Eu sou bem farrista por assim dizer. Gosto de boates, gosto de curtir a vida, contudo fui considerada autodidata cedo demais, porém, esse fato não me fez afastar da vida social. Pelo contrário, tenho uma vida bem animada.

   Meus companheiros de festa estão tão arrasados quanto eu. Shawn e Troye, são namorados e sempre foram tão festeiros quanto eu. Aliás, eu conheci a Lolo na boate, ela foi para lá ao ter o coração partido e eu também, então, meus dois bons amigos, me levaram para tentar esquecer os últimos acontecimentos.

   E foi lá que eu conheci aquela que roubou meu coração.

   Quando cheguei em casa, tomei um banho e mais uma vez fui trabalhar em meu projeto. É exaustivo, contudo só penso na recompensa que terei, imagina aí. Deixe-me explicar o que aconteceu com a Lauren, bueno, pelo que podemos perceber, na vida paralela, a Lauren do nosso passado, sofreu um acidente bem grave, não sabemos exatamente se foi um acidente, mas sim, foi algo grave, e, a minha Lolo entrou em coma, como consequência disso.

   Bueno, você deve estar um pouco confuso (a), mas o passado interfere no futuro, diretamente, isso não quer dizer que as ações, os movimentos, as falas e outros mais serão as mesmas, mas quando ocorrem situações muito graves no passado, o futuro, no caso o meu presente, sofre com isso.

   O que complica essa situação, é que as coisas não são exatas, concretas e fixas. Pode parecer confuso, mas é a verdade, eu não sei ao certo tudo, mas sei que não será fácil essa minha volta ao passado, caso isso venha a acontecer.