História Love Of Life - Life doesn't stop.

Amigos são como o vento: às vezes perto, outras longe, mas eternos em nossos corações.

Desconhecido

Maio 2017, 7:36 P.M

Lauren POV

   Hoje, decidimos ir a um restaurante bem legal e aconchegante, que costumávamos frequentar sempre. Hoje em dia por causa da correria, nem temos mais tanto tempo. Temos até um certo, passe livre nesse restaurante, porque o dono é conhecido do meu pai, então...

   Coisa que me deixa um pouco mexida, muitas pessoas se aproximam das outras apenas pensando no que podem conseguir em troca dessa possível amizade. Comigo e meus irmãos, não era diferente, cansei de ter “amigos” que apenas queriam se aproveitar um pouco de nós.

   Sinceramente, costumo dizer, tenho muitos conhecidos, mas amigos verdadeiros, poucos. Essa é a dura, nua e crua realidade. Era frustrante, pessoas que julgávamos amigos, apenas queriam se aproveitar de nós, por popularidade, em sua maioria.

   Como combinamos de sair, Frankie e Ariana ficaram de passar aqui em casa para me levar, aliás nos levar, porque Taylor e Sofia não vão, mas o Chris vai. E como eu vou beber, bem como o Chris, que nem deve voltar conosco, não vou dirigir, já o Frankie, hoje por sorte ou azar, foi um sorteado e junto da Ally, não vai beber.

   Tay e Sofi, disseram que preferem programas mais animados. Porque assim, o local é bem tranquilo, aconchegante, tem um sonzinho ao vivo, algo bem rústico, bem calmo, já elas preferem algo mais eletrônico, mais agitado, bem como boate.

   Confessor, fiquei triste pelo fato de Camila não estar presente nessa nossa confraternização. Ariana vai estar conosco, então já vamos preparados para encontrar e parar por causa dos fãs dela. É um pouco desconfortável, mas fazer o que? São os fãs dela. É compreensível.

   No momento, me encontro indecisa sobre o que vestir. Sempre é assim, então por essa questão opto por uma calça surrada, coturno e uma camisa de alguma banda de rock, em sua maioria. Entretanto, hoje quero vestir algo mais apropriado para a situação.

Chris: Anda logo, Lauren! -Gritou lá de baixo me apressando- Ari e Frank já chegaram.

   Eu nem respondi. Estava acabando já, para que tanto estresse? Quando vamos sair, precisamos tirar na sorte (ou azar), para ver quem vai ficar sem beber. Sempre a Ally que fica, pois ela se diverte sem beber. A baixinha não trisca em bebida. Ela e Lucy disputam para ver quem é mais responsável.

   A única diferença entre elas, é que Lucy, bebe, isso tudo por influência da Ve, mas isso é bem difícil de acontecer. Ela é muito responsável, não me admira que tenha sido a Vero responsável por “desvirtuar” minha amiga.

Eu: Vamos? -Inquiri ao descer e encontrar Ariana e Chris no Snapchat, provavelmente-

Frankie: Eu, pela primeira vez, devo dizer que você está mais diva que eu. -Oh bicha exagerada-

Eu: Obrigada, então?! -Respondi receosa-

   Ariana e Chris que antes estavam rindo, agora levantaram, por fim. Ari me deu um abraço apertado. Eu tinha sentido saudades dessa nanica!

Ariana: Que saudades, senhorita gótica das trevas.

Eu: Digo o mesmo de ti, senhorita pequena Grande Butera.

   Nos despedimos dos nossos pais que desceram abraçados conversando, e fomos para o carro de Frankie. Lá, ligamos o som no máximo. Estava tocando a música do momento, Cheap Thrills da maravilhosa da Sia. Amo as músicas dela, ainda quero ir em um dos seus shows. Ela é muito foda!

   Baby I don't need dollar bills to have fun tonight (I love cheap thrills) ♪

A vida me ensinou a dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração.

Charles Chaplin

Setembro 2100, 12:03 A.M

Cindy Cristy POV

   Em dois mil e cem, o clima na casa dos Jaureguis era muito pesado. Clara chorava, enquanto lhe “forçavam” a tomar um chá, no intuito de lhe acalmar. Mike, olhava a falsidade de muitas pessoas e ao mesmo tempo, se assustava com a reação da sua nora... Ou talvez a sua falta de reação.

   Lauren sempre gostou de aventura, de se arriscar, então sempre disse, que ao morrer gostaria de ter suas cinzas jogadas em um lugar que por algum motivo fosse especial para ela. Camila já sabia aonde jogaria as cinzas do seu amor.

   Engraçado que, elas pretendiam envelhecer juntas, observar cada expressão de alegria e felicidade, se transformar uma marca do tempo e experiência. Seria pedir demais? Bom, a reposta ainda, bem como muitas outras, eram incógnitas.

   Talvez... Se... Caso... A não ser que... Essas e outras conjunções, que no momento são hipóteses, pairavam na cabeça da Cabello! Hipóteses vazias e sem uma justificava aparente, para tudo que estava acontecendo.

   Em sua mente, vazios estavam pairando. Retornar a dois mil e cem, não era uma possibilidade. Porque, ela havia perdido um dos seus maiores motivos de lutar diariamente contra qualquer coisa. Qual a razão pela qual lutar? Ai, ai. Suspira Camila sem saber o que fazer. Enquanto isso, Mike e Clara viam o olhar perdido da nora.

   Em outro plano, Lauren em sua juventude, olhava com pesar, ao lado de sua querida abuela, Angelica, a cena de seu velório. Um enigma, apenas quem morre descobre. Ao morrer, você fica eternamente naquele plano, com a idade em que viveu com mais intensidade, com mais alegria e amor.

   Lauren, por coincidência ou não, morreu no auge de sua felicidade. Sua vida estava perfeita. O amor de sua vida, sua família, seu trabalho entre outras coisas. Já sua avó estava no auge de sua mocidade. Mais precisamente, quando descobriu que seria avó pela primeira vez.

   Aquele período foi de muita felicidade, de muita intensidade para ela e toda a família. Clara, lhe daria sua tão esperada netinha. Ela tinha se livrado do estorvo que era o marido em sua vida. Enfim, estava tudo dando certo. Ela foi muito feliz naquela época. Talvez Lauren não tenha tido tempo ainda, de associar as coisas, apenas.

Angelica: Fique tranquila, minha filha. Deus está olhando por aquela menina com a alma despedaçada. Ele nunca esquece de algum filho! -Proferiu sabiamente-

   Alma despedaçada, porque realmente era visível quão quebrada estava a alma de Camila. Enfim, agora aonde quer que Camila esteja, sempre terá sua Lauren olhando por ela. Protegendo de tudo, do mundo e até mesmo de si mesma.

   Enquanto isso, a turma do desande (n/a: lembrei das minhas amigas. Realmente quando estamos juntas, as coisas são tão espontâneas e extrovertidas, que desandam qualquer coisa que estejamos “concentradas”. Bia e Bruna, I love you babes!) se divertia rindo da cara de Ally que estava emburrada.

Ally: Mas aquela vez não conta. -Dizia a baixinha com um enorme bico nos lábios-

Lauren: E porque não?        

Ally: Foi a Dinah que me embebedou, não o fiz por vontade própria.

Chris: Mas devemos concordar que você fica uma graça, quando está bêbada! -Falou morrendo de rir-

   De fato, a baixinha ficava engraçada. As piadas podres na percepção de Lauren, era a melhor parte. E o período de ressaca então..! Esse sim era de se achar graça. Ela não lembrava de nada e quando os flashes voltavam, ela ficava doidinha de vergonha. Isso aconteceu umas duas vezes, apenas, mas foram vezes memoráveis.

   Como a vida é engraçada! Não podemos imaginar o futuro, com isso, não nos preparamos para ele. Por isso, devemos rir e nos divertir o máximo possível, porque o futuro é incerto. A vida é assim. Enquanto uns choram a perda de alguém, outros choram de rir de alguém.

   E no final das contas, como diz Lenine... Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma. Até quando o corpo pede um pouco mais de alma. A vida não para.