História Love Of Life - Dangerous Woman.

Somethin' 'bout you makes me feel like a dangerous woman.

Ariana Grande (Dangerous Woman)

Abril de 2017, 11:42 P.M

Cindy Cristy POV

   Em uma rua calma, até um pouco deserta, uma luz piscou ligeiramente e ao mesmo tempo, Camila caiu ajoelhada no chão. O momento épico foi rápido e lindo ao mesmo tempo, ali, era a prova do aprimoramento da tecnologia.

   A luz que veio do céu, assim como um piscar de olhos, sumiu. Camila trazia consigo uma mochila com várias coisas da tecnologia avançada. Um bracelete, mas para ela, aquilo era muito mais que uma simples pulseira. Aquilo em seu braço, era um projetor. Sim, um projetor! Através da pulseira, ela tinha um celular em seu braço. Bastava ela fechar a mão em punho e girar, assim, seu celular ligaria. A pulseira impermeável a permitia de tê-lo sempre consigo. Era um celular normal, porém muito futurista.

   Tinha também em sua bolsa, óculos que para nós, meros mortais, isso é apenas um projeto, contudo para a época de Camila, é apenas mais um objeto fruto da tecnologia avançada. O óculos tinha como função, basicamente a mesma de uma televisão de até quarenta e duas polegadas, ajustável e com fones de ouvidos embutidos.

   Na mochila, tinha uma chave que ao ser acionada, fazia aparecer em sua frente, sua moto. Pode parecer loucura, mas isso é apenas uma tecnologia avançada e que não está tão distante de nós. Videogame, jogos e outras mais coisas que servem de lazer também estavam nessa mochila.

   Tinha também algumas ferramentas e livros de quando fazia faculdade (uma perda de tempo, uma vez que ela era um gênio da tecnologia), caso ela precisasse usar para fazer algo durante esse tempo em que estiver aqui, sem contar também sobre o seu remédio para o coração. Ela tem problemas no miocárdio, contudo está tudo sobre controle.

   Camila além de ter uma alimentação nada saudável, não era muito fã de esportes que não envolvesse rodas ou tecnologia e para completar seu quadro, ainda é hipertensiva. Enquanto ela ainda se situava, duas jovens eram coagidas. As duas estavam voltando de um programa romântico a dois, quando perceberam que estavam sendo seguidas, então ao olharem para trás, tiveram a imagem de três adolescentes. Todos barbudos! Não queriam roubar, muito provavelmente.

   Camila caminhava olhando sempre o seu redor e segurando firmemente sua mochila. Aquele lugar era bem diferente dos locais em que ela estava acostumada em transitar. Era arrumado e tal, mas em sua época, as coisas eram mais organizadas. O mundo era sustentável. 

   Quando ela viu, duas silhuetas sendo prensadas contra a parede, aparentemente por três outras pessoas, apressou seu passo em direção ao local. Seu instinto protetor e justo, não permitiria que aquelas duas pessoas fossem covardemente coagidas por outras três. Quando chegou mais próximo, viu que eram duas garotas. Por estar escuro, não pode ver claramente o rosto da menina de cabelos castanhos assim como os seus.

   Prontamente, ela bateu a mão na cintura puxando de lá uma arma linda. Prateada com detalhes em preto e azul.

Camila: Eu não quero ter que usar desse instrumento que tenho em minhas mãos, portanto exijo que soltem essas duas garotas. -Sua voz saiu calma, contudo não deixava de ser intimidadora-

Xx': E o que ganharemos com isso? Se bem que você é bem gostosinha! -Exclamou enquanto afrouxava seu aperto nos ombros da Jauregui até então desconhecida de Camila-

Camila: Se você tem amor a sua vida, acho bom você fazer o que eu te falei.

Xx'': Olha que lindinha. É selvagem assim na cama?

Camila: Vocês estão torrando minha curta paciência.

   Até então o terceiro que estava calado, decidiu brincar e fazer um gesto obsceno, ousado e desrespeitoso, contudo no segundo seguinte só sentiu uma dor lancinante tomando conta de seu corpo e logo em seguida, uma dormência que o fazia perder o ar. Seu rosto ficava roxo como se estivesse ficando literalmente sem ar.

   As pessoas que ali estavam, observavam a cena com indignação, estranheza e admiração. Sim, nos olhos da moça de cabelos castanhos, tinha uma certa admiração. Como Camila estava de costas para um poste, que clareava fracamente aquela área, não pode ver claramente quão parecida com ela, a moça de cabelos castanhos era.

   Contudo, essa observação pode ser feita por Sofia! Ela estranhamente sentiu uma certa conexão com aquela moça que acabara de salvar sua vida e de Taylor!

   Os rapazes tão corajosos, agora estavam assombrados. Quem era aquela moça? De onde infernos ela tinha surgido? E agora? Ele morreu? Essas eram as perguntas que todos ali se faziam. Todos com exceção de Sofia que estava confusa.

Xx'': Sua assassina. Você matou ele!

Camila: Não o matei, contudo ainda posso o fazer. -Disse a moça recém chegada- Espero que vocês tenham aprendido a lição de vocês. Care, can be a dangerous woman, sometimes! -(Cuidado, posso ser uma mulher perigosa, as vezes)-

   Os rapazes, foram até o rapaz que estava inconsciente no chão e o levantaram, saindo dali de forma apressada.

   A descarga que Camila liberou, não era a suficiente para matar. Acontece que na bala que era emitida, tinha uma substância que fazia seu corpo ficar um tanto quanto confuso e acabaria no final das contas, a pessoa sem consciência e dependendo da “voltagem”, poderia levar a morte.

Taylor: Obrigada, antes de mais nada! -Disse realmente agradecida, uma vez que sabia bem o que aconteceria se ela não tivesse chegado-

Camila: Por nada! -Sorriu de lado de forma até sem graça em partes- Sua amiga está bem? -Disse ao observar que a moça não expressava nada-

Taylor: Amor? Você está bem? -Questionou preocupada ao ver o amor da sua vida, estática-

Camila: Moça! -Falou passando a mão no ombro da jovem, após guardar sua pistola-

   Quando as duas peles entraram em contato, foi como se houvesse passado um choque no corpo de ambas. As duas se arrepiaram na hora, isso passou despercebido por Taylor que via Sofia voltar ao normal!

Sofia: Quem é você?

Camila: Oh, perdoem minha falta de educação! -Disse levemente corada pela gafe cometida- Chamo-me Camila Cabello!

Taylor: Que coincidência. -Proferiu sorrindo levemente ao notar tamanha coincidência-

Camila: Porque?

Sofia: Porque meu nome é Sofia Isabella Cabello Estrabao!

Camila: Bueno, isso está ficando estranho. Meu nome completo é Karla Camila Cabello Estrabao.

Taylor: Ok, agora ficou super estranho. Mas enfim...! Obrigada, mesmo.

Camila: Por nada! Onde vocês moram? Faço questão de levar as senhoritas em casa!

Sofia: Não precisa. -Sua voz saiu mais rude que gostaria-

Taylor: Amor. -Sussurrou e apertou levemente a mão de Sofia- Vamos sim Camila!

   Camila as acompanhou até a casa de Taylor que era a mais perto do local. Enquanto as moças caminhavam e conversavam, ao menos Camila e Taylor, uma Lauren em casa, faltava colocar um ovo de tanta ansiedade e preocupação. Sua irmã, havia pedido cobertura para sair com a namorada, mas até agora, não tinha dado o ar da graça.

   Michael não era do tipo de pai que era mega paranoico com os filhos, não um pai chato. Pelo contrário, era até liberal. Contudo, sempre se preocupava, por causa da profissão sua e de sua esposa.

   Eram profissões que arriscavam, mesmo que inconscientemente, os familiares. Então, por esse motivo, sua casa era rodeada de seguranças, por um período, quando eles dois estavam envolvidos em um caso imenso, as crianças, na época, tinham que andar com seguranças.

   Lauren a essa altura, já tinha imaginado mil e uma coisa. Ela estava assombrada, iria levar a bronca do século quando o pai descobrisse. “Meu Deus, onde eu estava com a cabeça, quando a deixei sair?”, essa era a pergunta que rodava a cabeça da morena dos olhos verdes.

   Enquanto isso, uma Sofia emburrada, observava a interação a namorada com a “moça desconhecida”. Sim. Nesse meio tempo, ela arrumou esse apelido para a Cabello. A outra Cabello. Ela ficava a observar os detalhes marcantes do rosto e do corpo daquela estranha conhecida.

   A sensação de conhecer a desconhecida, era algo confuso na cabeça da pequena, de quinze anos. De onde surgira aquela sensação? O que aquilo significava? O que foi que aconteceu no momento que Camila a tocou? Com essas e outras várias perguntas, ela acabou se distanciando da sua realidade atual, sendo assim, se isolando da conversa, mesmo que imperceptivelmente.

Camila: É confuso de explicar Taylor. -Disse a mais velha, ao ser questionada sobre tudo. Literalmente tudo- Eu tenho a mais plena convicção que se falar que venho de um outro mundo, você não acreditará.

Taylor: Como assim um outro mundo. Que objeto era aquele que você tinha em mãos? -Questionou confusa-

Camila: A vida, ela é feita de linhas paralelas e as vezes, essas linhas acabam por se cruzar com o movimento de rotação e translação do mundo. -Filosofou Camila- Às vezes sacrifícios terão de ser feitos para que a felicidade futura, chegue com plenitude. -Se referiu ao ter de se distanciar de sua família e amigos-

Taylor: Uau, depois dessa aula de filosofia, nem preciso mais ir para as aulas da escola. -Disse rindo e arrancando risadas de Camila- Chegamos!

Camila: Ok, graças a Deus sãs e salvas! E você, Sofia?

Sofia: Vou caminhando. Relativamente minha casa é aqui perto.

Camila: Eu te dou uma carona!

Sofia: Como? -Taylor olhava a interação das duas-

Camila: Assim.

   Ela pegou de sua bolsa a chave da moto e quando apertou em um botão, as meninas ficaram surpresas ao ver uma moto linda se projetar em frente a seus olhos. Sofia ficou abismada.

Camila: Infelizmente ela não cabe três então, vou dar carona apenas a Sofia no caso.

Taylor: Não se preocupe, mas saiba que pretendo te ver mais vezes, você é legal. Mas depois eu quero saber quem você é de verdade!

Camila: Um dia! -Se aproximou da Jauregui e a abraçou- Ela é sempre assim? -Questionou sorrindo e se referindo a Sofia que estava emburrada-

Taylor: Quando ela quer consegue ser bem chata. -Finalizou rindo- Foi um prazer. E muito obrigada por nos salvar.

Camila: Digo o mesmo e quanto a isso, relaxa. Foi nada não!

   Lauren, quando abriu a porta de casa, viu uma moça linda, contudo ao ver a cara emburrada da cunhada, percebeu logo que se tratava de ciúmes. Preocupou-se, normal! A morena dos olhos verdes, foi correndo de encontro a irmã.

   Camila por sua vez, não conseguiu ver direito o rosto claro da moça, mas sentiu o perfume muito inebriante e até um pouco familiar ela diria.

Taylor: Ok, nos vemos em breve Camila.