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História The Last Ride - Uma volta um tanto quanto bagunçada


Escrita por: aevans_j

Notas do Autor


Erros arrumo depois, boa leitura!

Capítulo 13 - Uma volta um tanto quanto bagunçada


Camila Cabello

Suspirei ao ouvir o meu celular vibrando no criado mudo, tentei me mexer, mas os braços firmes em minha cintura apertaram, me forcei a abrir os olhos e arregalei assim que olhei por cima do meu ombro, Lauren dormia suavemente atrás de mim.

- Espero que papai nunca saiba disso… - Sussurrei me soltando de seus braços sem muito movimento, estiquei os braços e peguei meu celular, é Shawn. - Merda! - Resmunguei, não havia avisado a ele sobre minha viajem, na verdade não falei pra ele sobre nada! Eu tentei falar com o mesmo, mas depois descobrir que ele estava muito ocupado com as coisas no restaurante dos pais.

Shawn e eu tínhamos uma amizade desde que me conheço por gente, amigos de infância, inseparáveis.

- Shawn! - Falei baixo, puxei minha cadeira que estava ao lado da cama e me sentei na mesma.

Camila? Oi! - Sorrir escutando a voz dele, empurrei a cadeira para o banheiro.

- Estou tão feliz em ouvir sua voz! - Ele riu.

- Também fico feliz em ouvir a sua, desculpa não te avisar sobre as coisas, estava tudo tão corrido.

- Eu entendo, como está?

Bem e você?

- Também, estava preocupada.

Ei, estou bem. - Riu. - O que acha de irmos para a lanchonete? Eu estou morrendo de vontade de ficar o dia todo com você, podemos matar aula hoje! - Então meu sorriso morreu. - Mila? Você está aí?

- Oi, estou.

Por que sinto que tem algo de errado?

- Shawn…

- O que aconteceu?

- Eu não estou em Miami.

Onde você está?

- Em Paris com Lauren. - A linha ficou muda. - Shawn?

Você está com Lauren em Paris?

- Sim…

- E você simplesmente foi sem avisar ou deixar uma mensagem.

- Shawn, eu sinto muito, eu tentei te ligar e…

Tenho que desligar. - Ouvir o barulho do carro dele.

- Shawn.

Tchau, Camila, aproveite Paris com a sua garota. - Franzir o cenho. Que merda deu nele?

- Shawn! - Desligou e eu soltei um grunhido de raiva.

Às vezes eu o odiava por não conseguir dizer o que havia de errado, ele sempre conseguia esconder as coisas melhor que eu.

Suspirei e fui até a pia, lavei o rosto e escovei os dentes. Assim que voltei para o quarto Lauren estava sentada na beira da cama, ela tinha o cenho franzido e olhava para o chão, ela parecia está em outra dimensão.

- Ei. - Chamei e ela virou a cabeça, assim que me encarou sorriu. - Bom dia.

- Bom dia. - Sua voz rouca me fez quase suspirar, me aproximei e ela beijou minha testa. - Acordou a muito tempo?

- Não, estava no banheiro. - Ela assentiu, franzir o cenho olhando para o seu rosto, ela estava pálida e ofegante. - Você está bem?

- Não sei. - Falou ofegante, arregalei os olhos assim que olhei para as suas mãos, ela estavam apertando fortemente a cama.

- Onde está sua bombinha? - Ela negou. - Lauren!

- Eu…droga! - Saiu correndo para o banheiro, fui atrás e ela estava vomitando, fui até lá e segurei seu cabelo. Lauren apertava a privada deixando seus dedos brancos.

- Vou chamar Chris. - Falei assim que ela se sentou no chão e abraçou suas pernas perto do peito, seus olhos estavam lacrimejantes, franzir o cenho. - Lauren, o que aconteceu?

- Eu só odeio isso…- Sussurrou. Puxei a descarga e me aproximei dela. - Odeio ser um fardo para todos.

- Você não é isso. - Toquei em seu rosto. - Você não é um fardo para ninguém. - Suspirou. - Vou chamar seu irmão e seus avós.

- Não, Camila…

- Volto logo.

- Camila… - Segurou em meus braços.

- Eu preciso chamá-los, eles saberão o que fazer.

- Eu estou bem…- Ela estava piscando várias vezes e ofegante. - Não chame ninguém.

- Fique aqui e tente se manter acordada, ok?! Pode fazer isso?

- Não chame ninguém…Camila…- Ela pedia chorando.

- Volto logo.

- Camila! - Exclamou ofegante, sair do banheiro a ouvindo gritar por meu nome, assim que sair do quarto percebi que chorava, limpei as lágrimas e fui até o quarto de Chris, bati na porta e não demorou muito para ele abrir, estava sonolento.

- Camila? Está tudo bem?

- Não…- Deixei um soluço escapar. - Lauren precisa de ajuda.

Ele logo pareceu acordar, voltou para o quarto rapidamente e pegou o casaco preto.

- Vá até o quarto dos meus avós, eu vou buscar Lauren. - Assentir e empurrei a cadeira até o quarto dos avós de Lauren, bati várias vezes e logo a porta se abriu.

- Criança, o que aconteceu? - Limpei as lágrimas que insistia em cair.

- Lauren...ela não está bem. - Solucei.

- Calma, me explica… - Sua fala foi cortada assim que viu Chris sair do quarto com Lauren em seus braços, ela havia desmaiado e eu sentir meu coração parar por um segundo. - Christopher leve ela para o carro, vou chamar sua avó.- Ele assentiu e desceu com Lauren. - Minha menina, ela irá ficar bem, acredite em mim.

- E-Eu…- Minha voz saiu cortante.

- Troque sua roupa e pegue para Lauren, vou acordar Angélica e logo vou buscá-la no quarto. - Assentir e empurrei minha cadeira o mais rápido possível, essa era a pior parte, eu me sentia inútil nela.

Me arrumei o mais rápido possível, peguei roupas para Lauren e meu casaco, logo o avô dela veio me buscar, descemos e não encontrei Lauren, olhei para todos os lados.

- Chris e o motorista a levaram, não se preocupe. - Angélica segurou minhas mãos e eu assentir, logo o avô de Lauren apareceu de carro e entramos, eu juro que se fosse em outro momento perguntaria como aquele senhor corria tão rápido com aquele carro.

Chegamos ao hospital e fomos para a recepção, o avô de Lauren falou com alguém alí e nos levaram para a sala de espera do quarto de Lauren, ainda estavam fazendo exames e teríamos que esperar, deixei um soluço sair assim como outro e mais outro, eu não conseguia conter minhas lágrimas.

- Ei...- Chris se ajoelhou na minha frente. - Ela vai ficar bem. - E chorei mais ainda, ele também chorava e me puxou para seus braços, me abraçou fortemente deixando seu queixo em minha cabeça. - Vai ficar tudo bem.

E eu queria que aquilo fosse verdade.

[…]

Ouvir o barulho da porta e levantei a cabeça que descansava no ombro de Chris, era o doutor, ele se aproximou e sorriu levemente, os avós de Lauren ficaram em pé assim como Chris, ele puxou minha cadeira para frente dele e segurou em meus ombros.

- Como ela está, doutor? - Angélica o perguntou segurando a mão de Merlin.

- Não se preocupem, ela está bem. - Todos suspiraram e ele cruzou os braços. 

- Então o porquê dela ter ficado assim? - Chris perguntou.

- Isso que queria saber…- Ele descruzou os braços. - Percebi que da última vez eu havia passado remédios para ela, ela estava indo bem tomando todos, mas então ela trocou, certo?! - Ele encarou Chris que assentiu. - Então porquê ela não está tomando?

- Como não? Eu vi ela…- Então Chris parou de falar e eu o encarei. - Ela não os engolia. - O doutor assentiu.

- Sabemos o quanto Lauren precisa e às vezes isso é chato, mas ela precisa colaborar, assim em breve ela poderá parar aos poucos. - Assentimos. - Já podem entrar, ela está acordada.

Agradecemos e entramos, Lauren estava meio sentada, tinhas as mãos entrelaçadas e olhava pela janela, Angélica bateu na porta chamando a atenção dela que assim que nos viu suspirou.

- Sinto muito. - Quase sussurrou. Angélica negou e foi até a neta a abraçando, logo o avô dela Lauren também se juntou.

- Eu não queria ter que falar assim com você, Michelle. - O avô de Lauren falou grosseiro e ela abaixou a cabeça. - Olhe para mim enquanto falo. - Assim ele fez. - Quantas vezes eu disse para você se cuidar? Quantas vezes eu falei para você não desobedecer uma ordem? Eu falei tantas vezes, achei que teria entendido, eu pedi uma única coisa quando você foi embora…- Segurou Lauren pelos ombros. - Pedi que vivesse e não que morresse! - Lauren tinha os olhos lacrimejados. - Sabe qual foi o meu maior desgosto desde que você foi para Miami? Desobedecer ordens! - Lauren continuava encarando o senhor que a segurava pelos ombros, ela não desviava o olhar. - Eu te ensinei tudo que eu aprendi, te ensinei a ser forte, a ser sonhadora, te ensinei a se cuidar sozinha e ensinei que nunca…nunca mesmo desobedecesse ordens porque o mundo é feito disso! Ordens! Você me desobedeceu, Michelle e eu estou muito chateado com você. - Então soltou Lauren que engoliu o seco, ele se afastou e disse que estaria falando com o médico.

- Você sabe como seu avô é, irei conversar com ele, ele só está preocupado com você. - Angélica beijou a testa de Lauren que apenas assentiu. - Só prometa que vai tomar os remédios direitinho agora.

- Eu prometo. - Sussurrou e Angélica assentiu.

-  Volto logo. - Se despediu e saiu.

- Você nos deve uma explicação, você não sabe o susto que nos deu! - Chris suspirou e se sentou ao lado de Lauren, me aproximei ficando do outro lado da cama.

- O que eu fiz não interessa para você. - Lauren falou ríspida. Franzir o cenho assim como Chris. - Sabe, eu pouco me importa com essas drogas de remédios! Eu não ligo se um dia vou morrer sem ar, se eu vou morrer com dores no peito! Eu não ligo e você também não deveria ligar já que esteve esses anos todos gritando para o mundo o quanto me queria morta.

- Lauren, você não precisa falar assim com ele. - Intervir.

- E você? Está aqui porquê mesmo? Pena da garota que é chamada de aberração por todos? Ou por quê se sente uma desolada por está em uma cadeira de rodas? Você é uma patética!

Eu não sei exatamente de onde veio tanta força, ou melhor, eu sei e meu coração estava partido. Havia dado um tapa em Lauren, seu rosto virou para o lado de Chris com a bochecha direita vermelha.

- Sabe o que você merece? - Ela me encarou. - Ficar sozinha pelo resto da sua vida, sua ingrata de merda!

Sair do quarto empurrando a cadeira o mais rápido possível, ouvir Chris me chamar assim como ouvir os avós de Lauren quando passei por ele, peguei o elevador e antes que fechasse Chris entrou, encostou na caixa metálica.

- Lauren está de cabeça cheia. - Comentou apertando o botão.

- Eu quero que ela vá pro inferno. - Resmunguei e ouvir a risadinha baixa dele. - Você sabe o quanto doeu ouvir aquilo dela?

- Sei…ela está brava porque você chamou ajuda. - Assim que o elevador para saímos e ele empurrou minha cadeira para fora do hospital, o motorista veio até nós. - Mas ela foi muito rude com você.

- E com você.

- Eu não ligo, aquilo não doeu, mas em você sim. - O motorista abriu a porta. - Acho que ela não irá voltar pra casa hoje…aviso que estará esperando ela na mansão.

- Eu não irei esperá-la. - Chris franziu o cenho. O motorista me colocou no carro e ainda de porta aberta falei a Chris. - Irei voltar para Miami…você pode me chamar de dramática, pode falar o quanto estou sendo infantil, mas eu não vou ficar aqui cuidando de uma garota que é mal agradecida e que joga na cara o quanto se odeia e o que as pessoas são e o que elas estão passando. - Suspirei. - Eu posso está em uma cadeira de rodas, posso sentir pena de mim mesma, posso me culpar por está assim, mas eu não vou ficar aqui ouvindo uma garota me dizer o que eu já sei.

- Camila, você só está de cabeça quente…vocês podem conversar.

- Não quero vê-la tão cedo.

- Ok...- Entrou no carro e me encarou. - Mesmo fazendo muito mal a Lauren, sei que ela não deveria ter falado assim com você. - Prendeu o cinto e o motorista fechou a porta. - Vou te ajudar a voltar para casa e vou com você.

- Não, agora que vocês estão bem, não quero atrapalhar.

- Não se preocupe, falo com Lauren assim que chegar em Miami. Vamos buscar nossas coisas e iremos voltar para Miami.

A viagem foi rápida, o motorista nos deixou na mansão e Chris me ajudou a subir, me deixou arrumando minhas coisas e foi arrumar as dele, não demorou muito e bateram na porta, assim que se abriu Vero entrou e sorriu.

- Oi. - Se sentou na cama.

- Oi, Vero. - Ela sorriu. - Aconteceu alguma coisa?

- Ah, não…- Deu de ombros. - Soube que está indo embora…- Assentir. - E também soube o que Lauren falou a você. - Suspirei. - Lauren não é assim…mas ela foi uma babaca. - Assentir novamente.

- O que realmente veio fazer aqui?

- Vim te ajudar, vamos voltar com você.

- Vamos? - Franzir o cenho.

- Sim, todos vamos voltar com você, Lauren pode ir depois se quiser…

- Por que?

- Por que o quê?

- Por que irão deixar a melhor amiga de vocês aqui e irão voltar comigo?

- Lauren não quer nos vê…e eu tenho que voltar já que meus pais estão enchendo o saco falando que se eu perder aula irei ter que me formar em medicina.

- E o que tem?

- O que tem que eu não suporto coisas que envolve hospital…sem contar que meus pais só falam isso para que eu não atrapalhe a transa deles. - Fizemos uma careta e rimos. - O jatinho está nos esperando no aeroporto, precisa de ajuda?

- Não, vou apenas tomar um banho e já desço. - Ela assentiu.

- Lauren vai atrás de você e vai pedir perdão…- Apenas desviei o olhar. - E eu acho que você deve meter outro tapa na cara dela, às vezes ela merece. - Piscou e saiu do quarto.

Suspirei e fui para o banheiro, não queria demorar e assim fiz, fui rápida e logo Kj apa e Chris subiram para pegar minhas malas. Havia um enorme carro nos esperando, todos entraram e seguimos para o aeroporto, ninguém tocou no nome de Lauren, continuaram bagunçando entre nós.

E eu agradecia por isso, não queria tocar no assunto.

Já era noite quando desembarcamos no aeroporto, o motorista nos esperava, ele me deixou primeiro em casa e assim que deixou minhas malas na varanda se despediu e foi embora, suspirei e peguei a chave que estava dentro da minha bolsa, abrir a porta e ouvir o som da televisão, tranquei a porta e puxei minha mala até a sala onde meus pais estavam assistindo algo alí.

- Olha só quem voltou! - Exclamei assustando os dois. Se levantaram e correram até mim.

- Minha menina! Estava morrendo de saudades. - Papa me pegou nos braços, rir beijando a bochecha dele.

- Estávamos todos com saudades! - Mamãe beijou minha testa e eu sorrir.

- Também sentir saudades, mas agora estou aqui! - Eles sorriram.

- Lauren não veio com você? - Suspirei.

- Eu sinceramente não sei e não quero saber. - Meus pais franziram o cenho. - Pode me levar para o quarto? Estou cansada…

- Oh, tudo bem, vamos lá! - Papai sorriu, mamãe veio atrás com a mala e minha cadeira.

- Onde está Sofia?

- Ela foi fazer um trabalho na casa da Taylor. - Arquei a sobrancelha para o meu pai. - Ela não foi fazer trabalho, não é?! - Neguei e ele suspirou. - Ela sempre me engana.

- Ah, querido…você que é muito lerdo. - Mamãe entrou no quarto e ligou a luz, sentir saudade daquele lugar.

- Não sou não! - Me colocou na cama.

- É sim! - Falei e ele me encarou sério. - O que foi? Falei a verdade!

- Você sempre está do lado da sua mãe! - Sorrir. - Precisa de mais alguma coisa?

- Ah, não…só preciso de descanso, amanhã eu tenho aula.

- Tudo bem, mas tome banho antes. - Fiz uma careta para a minha mãe. - Sem essa! Você está fedendo! - Mamãe tampou o nariz e eu revirei os olhos. - Vá logo, irei trazer algo para você comer depois.

- Ok…obrigada. - Sorriram e beijaram minha testa.

- Que bom que voltou…- Papai sorriu.

- Concordo! - Pisquei e ele riram saindo do quarto. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Shawn.

"Ei! Voltei para Miami e estou morrendo de saudades de você! Nos vemos amanhã?"

Esperei, mas não veio resposta.

- Até você?! - Olhei para o porta retrato onde nós dois estávamos, ele tinha as mãos sobre minha cabeça e seu queixo repousava sobre a mesma, ele sorria, eu tinha os olhos fechados, mostrando língua e segurando nos punhos dele. Aquela foi a primeira vez que havíamos ganhado uma competição. - Qual é, Shawn? Eu preciso de você…

[…]

Acordei assustada, olhei em volta e suspirei. Mas um pesadelo do meu trágico verão. Joguei o lençol para o lado e antes que pudesse puxar minha cadeira para perto a porta do meu quarto se abriu e uma cabeleira preta se jogou sobre mim.

- Kaki! - Rir abraçando minha irmã.

- Sofi, sentir sua falta. - Beijei sua cabeça e ela suspirou.

- Também sentir a sua, aliás, porquê não avisou que voltaria? Eu poderia ter indo buscar você! - Se sentou e me encarou.

- O motorista de Lauren veio me deixar. - Dei de ombros, ela me ajudou a sentar na cadeira e me empurrou para o banheiro.

- Papa me contou que algo de estranho estava acontecendo…o que ela fez?

- Não foi nada.

- Quando você diz isso é porque aconteceu algo. - Me encarou pelo espelho, suspirei.

- Ela passou mal…não queria ajuda, não queria que eu chamasse os avós dela ou Chris, mas eu não sabia o que fazer…ela falou que não queria ser um fardo para eles, mas eu chamei, a levamos para o hospital e então quando acordou, me disse que eu tinha pena dela, que estava com ela só porque me sentia desolada e patética.

- E o que você fez? - Bufei.

- Dei um tapa nela e disse que merecia ficar sozinha. - Ela assentiu, me virou para ela ficando frente a frente.

- Ela não falou aquilo porque quis, Taylor me contou que Lauren muitas vezes explode, ela não gosta e nunca gostou de dá trabalho, mas ela foi uma vadia quando disse tudo aquilo para você.

- Eu sei…- Sorriu e beijou minha bochecha.

- Agora tome banho se não iremos nos atrasar para escola! - Assentir. - Ah, Mila?

- Sim?

- Shawn te contou sobre o que aconteceu? - Franzir o cenho.

- Não…

- Estranho, ele sempre contou tudo pra você.

- O que aconteceu?

- Os pais dele estão se separando.

Abrir a boca, mas não saiu nada, Sofia sorriu sem mostrar os dentes e saiu do banheiro, bufei e coloquei as mãos no rosto.

- Droga…

[…]

Sofia correu enquanto me empurrava, estávamos no corredor de nossos armários e como estava um pouco mais cedo não tinha quase ninguém. Sempre fazíamos isso para passar o tempo.

- Ok, você é muito rápida com essa cadeira! - Sofia gargalhou sentando no chão, rir encostando a cadeira no armário ao lado dela.

- Você viu o Shawn? Eu quero conversar com ele…

- Ainda não…ou melhor, aquele serve? - Apontou para trás de mim e Shawn estava entrando pela porta principal da escola, suspirei, ele estava com as mãos no bolso da jaqueta e com fones de ouvido, sua cabeça estava baixa e esbarrava em algumas pessoas. - Ele parece mal…

- Vou falar com ele.

- Quer que eu leve você até lá?

- Não, Taylor já deve ter chegado. - Ela assentiu. - Aliás, o que Taylor tinha?

- Ela não estava se alimentando, coisa de líder. - Suspirou.

- Se quiser eu posso falar com ela...sei como isso sobe a cabeça.

- Obrigada. - Sorrir e ela se despediu. Empurrei minha cadeira até onde Shawn estava, ele colocava os livros dentro da bolsa, parei ao seu lado e ele me encarou.

- Ei. - Ele tirou o fone e fechou o armário.

- Ei. - Ajeitou a bolsa nos ombros. - Tenho que ir.

- Shawn, espera aí. - Segurei sua mão antes que ele passasse por mim. - O que está acontecendo?

- Nada? - Franziu o cenho. - Olha só, tenho que ir para aula.

- Nos dois sabemos que não tem o primeiro tempo.

- Tenho que estudar. - Bufei. - A gente conversa outra hora.

- Shawn…

- Tchau, Camila. - Ele se afastou e eu bati no armário.

- Merda!

Depois disso fui ao banheiro, peguei meu celular onde estava tocando loucamente, era meu pai, franzir o cenho e atendi.

- Pai?

Camila! Finalmente! - Rir.

- Aconteceu alguma coisa?

Sim, mas não é nada sério. - Suspirei.

- Então o que aconteceu?

Chegou algumas coisas para você…

- O que exatamente são?.

- Ah, você pode ver quando chegar, só queria avisá-la.

- Papa…

Tenha um bom dia, hija. Papai te ama. - E desligou.

Rir negando com a cabeça e guardei o celular, iria falar com Shawn e ele não iria fugir.Seguir para a biblioteca onde ele estava, me aproximei e ele levantou o olhar, suspirou e pegou a mochila do chão.

- Não pense em fugir! - Ele revirou os olhos, tirou o fone e fechou o livro, cruzou os braços e arqueou a sobrancelha.

- Olha só, estamos em uma biblioteca. - Ele falou baixo. - Então é melhor não gritar aqui, Camila.

- Vem cá, qual o seu problema? - Fiquei ao lado dele e ele suspirou. - Sofia me falou sobre seus pais, mas eu sei que não é isso.

- Cinquenta por cento não é por meus pais…mas o divórcio deles está me machucando, e eu não quero falar disso.. 

- Então me fala o que está te machucando nos outros cinquenta por cento.

- Você. - Franzir o cenho.

- E-Eu? - Ele soltou uma risadinha.

- Sim, você. - Me encarou. - Você nunca soube como eu me sentia, o que eu sentia, porque você só me via como seu melhor amigo.

- Mas você é meu amigo…

- Exatamente, amigo. - Ele suspirou. - Mas isso me machuca, ser seu amigo. - Engoli o seco. - Camila, eu sou apaixonado por você e saber que está com Lauren me machucou mais ainda.

Arregalei os olhos. Ele deveria está brincando, não, ele não estava já que segurou meu rosto e se aproximou, eu estava em choque e não conseguia falar e nem fazer nada. Eu o deixei me beijar e correspondi, mas eu estava o machucando mais, eu estava machucando a única pessoa que não queria.

- Não, Shawn. - Abrir o olhos me afastando dele, ele me encarou com lágrimas nos olhos. - Eu sinto muito, desculpa…eu sinto muito. - empurrei minha cadeira o mais rápido possível para fora da biblioteca, mas antes de sair a bibliotecária me chamou.

- Cabello e Mendes, sem beijos na biblioteca.

- Sinto muito, não vai acontecer de novo. - Falei e ela assentiu, sair o mais rápido possível dalí e fui para o banheiro, verifiquei se tinha alguém e dexei-me chorar.

Eu nunca percebi isso nele, eu não percebi que ele se machucou sentindo aquilo por mim, mas eu não podia ficar com ele já que ele é mais como um irmão para mim. Eu fui horrível em corresponder o beijo, não que ele seja ruim nisso, mas eu estava dando falsas esperanças para ele, eu não poderia ter feito isso. Agora eu tinha machucando meu melhor amigo e eu havia prometido nunca não fazer isso.

Eu magoei a única pessoa que jurei nunca magoar.


Notas Finais


E então, como estamos?


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