Camila.
Me aproximei de Taylor onde conversava com minha irmã, ela me encararam e sorriram. Sofia beijou minha bochecha e Taylor fez o mesmo.
- Oi maninha, como você tá? - Sofia perguntou.
- Bem e vocês?
- Tudo ótimo. - Taylor deu de ombros.
- Tay…você…v-você poderia…- Engoli o seco.
- Eu?
- Me dá o e-endereço da sua irmã. - As duas arquearam a sobrancelha e eu sorrir um pouco envergonhada.
- Quer vê-la? - Assentir e ela riu.
- É que e-ela é legal.
- Uhum é sim. - Sorriu. - Ela mora do lado da minha casa, não tem erro, é o lado esquerdo.
- Ok, Obrigada. - Beijei sua bochecha e de Sofia.
- Você vai com quem? - Sofia franziu o cenho.
- Acho que irei chamar um táxi…
- Eu a levo. - Olhei para Shawn e sorrir, ele revirou os olhos.
- Ok, mande um abraço para a Lauren e fale que irei vê-la assim que chegar em casa. - Assentir para Taylor e Sofia.
Shawn me levou para o seu carro e me colocou no banco do carona, ele logo tomou o lugar do motorista e fomos rumo a casa de Lauren.
- Não sei porque você se preocupa tanto com ela. Vocês se conheceram não tem nem uma semana. - Encarei Shawn e e revirei os olhos.
- Você sabe que eu me preocupo com às pessoas.
- Esse é o ruim. - Arquei a sobrancelha. - Você se preocupa com as pessoas, mas as pessoas não se preocupam com você.
- Sinto que Lauren é diferente. - Ele me encarou. - Assim como me preocupo com você.
- Eu também me preocupo com você. - Sorri.
Conversamos sobre outras coisas até chegar na casa de Lauren, assim que Shawn parou o carro de frente para o enorme portão nos encaramos surpresos.
- Ela é rica. - Shawn comentou e logo após rirmos.
De longe vimos Kj apa e Austin lavando seus carros, Shawn buzinou fazendo Austin se assustar e Kj apa rir dele. O ruivo se aproximou pelo portão, olhei pela janela e acenei, ele sorriu e abriu o portão para Shawn passar com o carro, entramos e ele veio até a janela do passageiro.
- Camila. - Sorrirmos.
- Oi, tudo bem?
- Tudo ótimo. - Olhou para o meu amigo e acenou. - Shawn.
- E aí. - Revirei os olhos.
- Bom, acho que veio ver Lauren certo? - Assentir. - Ela está no quarto, acho que está acordada. Vamos lá, posso te levar? - Perguntou e eu assentir.
- Obrigada. - Abriu a porta e meu amigo e eu saímos, Kj apa me pegou nos braços e Shawn fechou a cara.
- Aí Shawn. - Austin o chamou. - Gosta de carros antigos? - Meu amigo me encarou e seus olhos brilharam, rir e assentir.
- São os meus prediletos! - Ele foi até o garoto que o chamou com a cabeça e Kj apa me levou para dentro.
- Ó vagabunda! - Vero gritou para Demi que riu. Elas estavam correndo pela "casa".
- Meninas. - Kj apa chamou a atenção das duas que nos encarou e sorriram.
- Oi Camila. - Acenei.
- Oi meninas.
- Vou levá-la para ver Lauren. - Assentiram para o garoto que começou a subir as escadas.
- Estou pesada? - Ele riu e negou.
- Não, aliás, quase sempre carrego Lauren pelas escadas da vida. - Rirmos. - E acredite, ela é muito pesada. - Ele fez uma cara de dor e eu rir mais. - Não fale pra ela.
- Não sei de nada. - Ele assentiu sorrindo.
Fomos por um enorme corredor onde havia várias e várias portas, paramos onde estava escrito "Jauregui baleia" o baleia era escrito em um pedaço de folha de caderno.
- Vero quem colocou aí. - Ele falou. - Você pode bater na porta? - Assentir e bati. Logo ouvimos "Estou no banho, mas pode entrar". Entramos e o ruivo me colocou sentada na cama dela. - Vou te deixar aqui, qualquer coisa se ela desmaiar de susto pode gritar. - Rir.
- Obrigada. - Ele piscou e saiu do quarto me deixando alí.
Olhei em volta e aquele quarto é muito lindo! Bem a cara de Lauren.
Olhei para o criado mudo onde estava uma foto dela com seus amigos, eles a abraçavam e a mesma estava completamente lambuzada de bolo, sorrir e olhei em volta, logo na parede havia um enorme quadro, é um homem sorrindo e encostado no carro, aliás, o carro parece muito com o de Lauren.
Ouvir o barulho da porta do banheiro e rapidamente olhei ela, Lauren colocava a blusa cinza que estava dentro da calça, mas fez uma careta e tirou, assim que olhou para mim franziu o cenho.
- Camila? - Sorrir e ela ficou sem entender.
- Oi. Como você tá? - Ela piscou algumas vezes e depois sorriu.
- Oi! - Rir e ela puxou a cadeira da escrivaninha para se sentar em minha frente. - Estou bem e você?
- Que bom. - Sorrir. - Estou bem.
- Que surpresa, achei que não viria. - Dei de ombros.
- Prometi que viria. - Ela assentiu.
- Você venho com quem?
- Shawn. - Ela assentiu. - Ele está falando sobre carros com seus amigos.
- Ele gosta de carros antigos?
- Ele é apaixonado! - Sorrir. - Quem não é?!
- Você também gosta?
- Sim! Tenho um Mustang Fastback 1969. - Ela arregalou os olhos e eu gargalhei.
- Você tá brincando! - Neguei com a cabeça. - Céus! Você tem que me apresentar pra ele ou ela.
- Ela. - Ela assentiu animada.
- A minha bebê é um Camaro 1968.
- Uau! Temos bom gosto. - Batemos uma na mão da outra e logo rirmos. - Bem parecido com o seu carro. - Apontei para o quadro e Lauren sorriu.
- É meu avô. - A encarei surpresa. - Ele ama carros, me deu de presente quando completei quinze anos.
- Legal. - Ela me encarou.
- Obrigada por vir.
- Não foi nada, estava preocupada. - Sorriu.
- Quem veio deixá-la aqui?
- Kj apa, segundo ele não estava pesada. - Rirmos. - Bom, acho melhor chamar Shawn para me buscar, acho que estou atrapalhando. - Peguei meu celular.
- Não! - A encarei. - Não vá, você não está atrapalhando.
- Tem certeza? - Ela assentiu. - Ok.
- Assim você pode me contar mais sobre o seu carro.
Sorrir. Lauren é uma garota legal.
[…]
- Você tá de brincadeira? - A encarei e ela negou.
- Juro, meus avós sempre me mandavam para etiquetas, mas eu odiava. Só ia por causa da comida. - Rir.
Lauren está contando como foi difícil aprender modos com seus avós e pelo vista não foi nada fácil para ela aprender a usar um garfo.
- Me conte uma coisa. - Virou a cabeça para mim. Estávamos deitadas em sua cama olhando para o teto e batendo papo sem intensão de parar. - Você vai me apresentar o seu carro? - Rir e assentir.
- Vou te apresentar metade dele. - Ela franziu o cenho.
- Metade?
- Sim. - Assentir. - Quando sofri o acidente, eu estava dentro dele.
- Sinto muito. - Dei de ombros. - Desculpe-me perguntar, mas como foi que você…
- Fiquei sem andar? - Assentiu. - Bom, foi no verão do ano passado.
Verão de 2015
Me despedir de meus pais e entrei no carro junto com Sofia, íamos para a casa dos nossos avós e como seria o aniversário de casamento dos meus pais decidimos que dariamos o verão todo para eles curtirem.
Sofia como sempre colocou a sua música preferida, There For You, posso dizer que essa música é ótima para viajar. Minha irmã cantava tão alto que eu apenas ria, às vezes cantava um trecho da música junto a ela. Coloquei meu óculos de sol voltando a presta atenção na estrada, estava um belo dia de verão, sol, vento e música, melhor coisa de todos os tempos.
- Você acha que iremos andar de cavalo? - Minha irmã mexeu as sobrancelhas.
- Com certeza! Vovó prometeu nos ensinar esse ano. - Ela sorriu animada.
- Demora muito para chegarmos?
- Não, meia hora.
- Então por que não acelera? - Sorriu e eu a encarei sorrindo de lado.
- Estava esperando você pedir. - Sorrirmos e eu acelerei o mais fundo possível.
A cada curva era uma aventura, naquela estrada era difícil ter carros passando. Sofia aumentou o volume enquanto gritava alegremente, nossos cabelos voavam com o vento, os braços de Sofia tocavam o teto do carro. Meu sorriso estava quase rasgando meu rosto se não fosse a próxima curva.
- Camila!
- Sofia!
Freei o carro porém não tivemos chance, o lado do motorista ficou de frente para o caminhão, teve tempo apenas de fechar o olhos, meu carro capotou e eu apeguei.
- Nossa…- Lauren me olhou assustada.
- Quando acordei estava presa nas ferragens, Sofia estava bem, não teve nada além de arranhões. - Suspirei. - Quando cheguei no hospital não sentia minha pernas, os médicos falaram que tenho chance de voltar a andar, mas tenho que fazer fisioterapia.
- Você está fazendo?
- Sim, todos os dias.
- Algum resultado? - A encarei.
- Eu não sei. - Ela segurou minhas mão que estava entre nós e sorriu.
- Você vai conseguir. - Sorrir de volta.
- E você?
- Eu o que?
- Todos temos um acontecimento em nossas vidas, me fale o seu. - Ela pensou e depois riu.
- Christopher é meu irmão. - Acabei de rindo.
- Você é engraçada.
- Não estou brincando, Chris é meu irmão. - Franzir o cenho.
- Sério? - Ela assentiu. - Então por que ele te odeia? E por que Taylor nunca falou que Chris é irmão dela? - Ela deu de ombros.
- Taylor também não se dá muito bem com Chris. - assentir. - Ela me odeia pro ser…d-diferente.
Franzir o cenho, ela desviou o olhar e eu fiquei mais confusa ainda. Sua mão apertou a minha e só agora percebi que ainda estávamos de mãos dadas.
- Diferente como?
- E-Eu…acho melhor descermos. - Ela se sentou e eu segurei firme sua mão. Me sentei e a encarei.
- Eu percebi. - Ela franziu o cenho. - Quando você saiu do banheiro estava ajeitando a blusa, então acabei olhando e percebi. - Ela abaixou a cabeça. - Por que não me encara?
Ela me encarou, seus olhos estão vermelhos sinal de que ela queria chorar.
- Você não foi embora.
- Não, não fui. - Ela suspirou.
- Por que não foi?
- Porque você é linda de qualquer jeito.
Foi então que ela deixou a primeira lágrimas cair. Levei o dedo polegar direito até o seu rosto e limpei a sua lágrima.
- Por que está chorando?
- Porque você não fugiu, Camila. - Sorrir e beijei sua bochecha.
- Nunca fugiria de você.
A puxei e abracei, seus braços apertaram minha cintura, suas lágrimas molhavam minha blusa e seu corpo grudava ao meu cada vez mais.
Foi a primeira vez que me sentir bem nos braços de alguém que acabo de conhecer.
Lauren estava sendo especial, mesmo tendo poucos dias a conhecendo. O que é estranho, parece que a conheço a anos.
Lauren.
Camila ainda segurava minha mão, havíamos voltado a deitar e agora ela estava fazendo perguntas um pouco constrangedoras.
- Mas tipo, você mija segurando o negócio? - Corei e ela gargalhou.
- Camila!
- O que?
- Sem perguntas! - Ela bufou e assentiu. Ficamos em silêncio por alguns minutos até ela virar para mim.
- Mas você tem problemas em mijar?
- Meu Deus! Camila! - Ela gargalhou me fazendo gargalhar também.
- Ok. Ok. - Se sentou e me encarou. - Tenho que ir…tenho fisioterapia. - Suspirou.
- Poxa…- Ela sorriu. - Obrigada por vir.
- Que nada, foi bom te ver. - Me abraçou e eu sorrir. - Vou pedir para o Shawn vir me buscar…
- Eu levo você. - Ela arqueou a sobrancelha.
- Você tá morrendo e quer me carregar?
- Por incrível que pareça…- Se levantou. - Eu estou muito bem. - Sorrir e a peguei nos braços. - E você não é pesada.
- Eu não quero ser culpada da sua morte. - Falou enquanto saíamos do quarto.
- Se eu morrer você também morre, iremos cair juntas da escada. - Ela riu. Descemos os degraus e não encontramos ninguém na sala.
Saímos de casa e todos estavam conversando com Shawn, ele parecia animado, mas quando nos viu fechou a cara.
- Acho que seu namorado não gosta de mim.- Sussurrei para Camila enquanto íamos até eles.
- Ele não é meu namorado. - Sussurrou de volta. Shawn veio até mim e pegou Camila dos meus braços.
- Deixa comigo. - Assentir para ele.
- Obrigada por hoje. - Camila sorriu e beijou minha bochecha.
- Foi divertido. - Assentir. - Está com o seu celular? - Entreguei a ela que salvou seu número e me entregou novamente. - Me mande mensagem quando quiser.
- Irei sim. - Sorrir. - Te vejo de novo?
- Com certeza. - Deu um soquinho no meu braço e olhou para Shawn. - Vamos? Temos que ir para a fisioterapia.
- Vamos. - Ele assentiu e me encarou. - Tchau Lauren.
- Tchau Shawn. - Acenei e eles foram embora.
- Te vejo de novo? - Vero encarou Demi tentado me imitar.
- Com certeza. - Demi piscou várias vezes e sorriu para Vero.
- Vocês são ridículas. - Revirei os olhos e elas riram. - E então, o que temos para hoje?
- Daremos uma voltinha de carro, depois iremos ao McDonald's e por último iremos para o central park. - Kj apa sorriu e deu um soquinho na mão de Austin.
- O que acha chuchu? - Austin piscou para mim.
- Que você é afim de mim. - Ele fechou a cara e eu sorriu.
- Engraçadinha. - Dei de ombros e me encostei no carro dele.
- Laur. - Encarei Lucy que carregava um sorrisinho sapeca. Quando olhei para as suas mãos arregalei os olhos, ela segurava um balde de água.
- Lúcia…- Ela gargalhou e jogou em mim. Austin e Kj apa que estavam do meu lado já haviam indo para longe. - Eu tinha acabado de tomar banho…- Choraminguei e eles gargalharam.
- Lauren Jauregui molhada. - Vero falou e gargalhou mais ainda.
- Eu odeio vocês.
[…]
Olhei para os meus amigos que jogavam basquete na quadra próximo ao McDonald's, estava sentada ao lado de Lucy em uma pequena arquibancada enquanto tomávamos milk-shake e falávamos mal dos nossos amigos.
Demi e Kj apa formavam uma dupla contra Austin e Vero, nesse momento quem estava ganhando era a dupla Demi e Kj apa. Austin xingava Vero a cada bola fora e a idiota apenas ria que nem lesa.
- Está torcendo pra quem? - Perguntei a Lucy que riu.
- Eu estou torcendo para a minha barriga aguentar tanta gostosura. - Rirmos. - Mas se quer saber de uma coisa, Austin vai matar a Vero.
- Ah, isso não é novidade. - Rirmos novamente.
Eles ficaram um bom tempo jogando, acabou que no final Lucy estava certa, Austin quase mata Vero. Depois fomos para o Central park, mesmo estando anoitecendo ficamos por alí, Vero e Lucy foram se agarrar embaixo de uma árvore, enquanto nós quatro ficamos jogando pequenas pedrinhas no lago.
- E então, o que fez com Camila naquele seu santuário? - Austin mexeu as sobrancelhas e eu revirei os olhos.
- Apenas conversamos. - Ele suspirou.
- Uhum.
- Deixa a garota, ela não é tarada que n você. - Kj apa riu.
- Eu não sou tarado.
- Claro que é! - Demi olhou para ele. - Todo virgem é tarado!
- Eu não sou. - Falei e eles me encararam arqueando a sobrancelha. - O que?
- Tá. - Falaram juntos.
- Eu hein. - Voltei a jogar as pedrinhas. Ficamos um bom tempo conversando até que resolvi contar a eles sobre Camila saber que sou intersexual. - Camila sabe que tenho um pênis.
Eles pararam de jogar as pedrinhas e me encararam. Ficaram apreensivos, mas eu sorrir.
- Ela não fugiu. - Eles suspiraram e sorriram.
- Então ela aceitou?
- Por incrível que pareça? Sim.
- Sabia que Camila é uma garota especial! - Kj apa me abraçou pelos ombros.
- Agora ela vai querer te pegar. - Demi sorriu maliciosamente e eu revirei os olhos.
- Nada haver.
- Tá no olhar dela que ela quer o seu corpinho garota! - Austin gargalhou e eu bufei.
- Vocês são tão idiotas…
- Você nos ama! - Demi sorriu.
- Não! - Comecei a caminhar em direção ao meu carro e eles vindo atrás.
- Ama sim! - Kj apa gritou.
- Não!
- Ama demais! - Austin correu e me abraçou.
- Não! - Logo Demi e Kj apa se juntaram ao abraço e nos jogaram no gramado.
- Ama muito!
- Tá! - Sentir o peso de mais duas pessoas. Lucy e Vero. - Eu amo vocês.
- Amamos você. - Falaram juntos.
Eu tinha muita sorte de tê-los, eu os amava e eles sentiam o mesmo por mim. Eu não tenho amigos, eu tenho irmãos.
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