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História The Last Ride - Coisas de pai


Escrita por: aevans_j

Capítulo 6 - Coisas de pai


Lauren Jauregui.

Final de semana, finalmente!

Minha semana foi bem cheia, quase sem tempo de respirar. Camila e eu estamos em algo muito bom... não sei exatamente o que temos, mas sei que não estou me arrependo disso. Geralmente nos encontramos no Greynolds Park, lá está sendo o nosso lugar e temos sorte já que lá não é tão movimentado.

Camila está me fazendo bem, e espero está fazendo o mesmo com ela.

Estacionei o meu carro na frente da casa de Camila, ela estava na varanda e sorriu assim que me viu sair. Fui até ela e beijei sua bochecha, ela sorriu mais ainda.

- Achei que teria desistido. - Neguei e empurrei sua cadeira sobre a rampa, fomos para a garagem de sua casa.

- Falei que iria fazer isso, aliás, é uma honra. - Ela riu e apontou para a alavanca ao lado do portão que assim que puxei a alavanca para baixo o portão subiu. Lá estava o carro com uma lona cinza por cima, nos aproximamos e Camila puxou a lona.

O carro que estava quase todo destruído me assustou, Camila suspirou e eu a encarei.

- Ainda dá tempo de desistir. - Ela deu de ombros.

- Meu avô sempre dizia que se eu desistisse de algo nunca iria conseguir. - Fui até o porta malas do meu carro e peguei a caixa de ferramentas para logo voltar a garagem. - Acho melhor eu começar, vai demorar, mas vou conseguir trazer seu bebê de volta.

- Acha que tem jeito? - Tirei minha jaqueta e coloquei sobre uma mesa de ferro que tinha ali.

- Sim, eu trouxe uma fita, vou apenas passar ela em volta do carro e vai está novinho. - Ela riu, me aproximei dela e me abaixei. - Eu preciso que você não venha na garagem até que eu consiga arruma-lo, pode fazer isso?

- Vai ser tentador, mas acho que posso. - Sorrimos, ela se inclinou e selou nossos lábios. - Qualquer coisa me chame. - Mordi o lábio inferior e assentir, ela se afastou e eu sorrir.

- Ok...- Me virei para o carro e coloquei as mãos na cintura. - Vamos ao trabalho!

Comecei a tirar as peças que estavam já soltas, a frente do carro e a parte do motorista estavam completamente destruídas, demoraria, mas antes do baile iria conseguir.

Assim que terminei de tirar comecei a olhar as peças que eu poderia aproveitar, tinha algumas que seriam úteis, mas outras eu teria que comprar e conhecia o lugar certo e ainda teria que passar para pegar outras coisas em casa.

[...]

Buzinei algumas vezes e logo o portão de ferro se abriu, adentrei o local com o carro e estacionei ao lado da caminhonete. Desci e olhei em volta, alí é um ferro velho, muitos dos carros que estão alí ou quebraram alguma peça ou são restos de acidentes.

- Lauren Jauregui...- Me virei para o garoto que tinha os braços abertos. - Que bom vê-la novamente. - Sorrir e fui até ele para logo abraça-lo.

- Cole. - Ele se afastou e sorriu.

- Você estava sumida e demorou muito para vir me ver, não gostei disso. - Rirmos e começamos a andar pelo ferro velho.

- Me desculpe, estava um pouco distraída. - Dei de ombros.

- Eu sei, a garota está mexendo com você. - O encarei. - Que foi? Eu sou praticamente o dono de Miami. - Neguei com a cabeça sorrindo.

- Ela é uma garota incrível. - Ele tocou em meu ombro.

- E o que ela acha de você?

- Ela gosta de mim. - Sorriu.

- Isso é bom, quero que você seja feliz. - Assentir. - Agora o que você realmente veio fazer aqui? - Colocou as mãos nos bolsos do macacão e sorriu.

- Preciso de latarias para um carro.

- Qual o modelo?

- Mustang Fastback 69. - Ele me olhou surpreso.

- Você vai mexer em um bebê desses? - Assentir sorrindo. - Cara, você tem muita sorte. - Rir e ele me chamou com a cabeça. Me levou até onde ficava os carros mais antigos e abriu os braços. - Fique a vontade, Laur. Mi casa es su casa. - Piscou e foi embora.

Olhei em volta e tinha um carrinho de puxar com a plataforma de ferro, o peguei e puxei para perto de mim, demorou quase uma hora para pegar tudo o que eu queria, assim que terminei fui até Cole que estava sentado sobre o capô da caminhonete dele.

- Achou tudo o que queria? - Desceu do capô e olhou as coisas que estavam no carrinho.

- Quase tudo, preciso de uma bomba de combustível.

- Vem comigo. - O acompanhei até o trailer dele. - Tenho várias, mas a melhor é essa aqui. Garantia de um ano. - Rirmos.

- Obrigada, agora quanto deu? - Saímos do trailer dele.

- Nada. - Franzir o cenho. - Pode levar tudo...- Deu de ombros e eu rir.

- Ok, o que você quer que eu faça? - Cruzei os braços e ele colocou as mãos nos bolsos.

- Vai ter uma corrida amanhã... só para aquecer o final de semana, o que acha de vocês correrem?

- Achei que nunca iria chamar. - Ele comemorou e me abraçou.

- Amanhã às 23:59, sem atrasos Jauregui.

- Irei chegar às 00:01. - Ele riu.

- Tenho outro presentinho para você. - O acompanhei até a caminhonete dele que apontou para um o motor na parte de atrás da caminhonete. - Para reformar um carro como esse que está fazendo, você precisa de um moto novo. Esse chegou hoje, nunca foi usado em outro carro, está novo e funciona perfeitamente.

- Cole...- Ele sorriu.

- É seu prêmio por correr amanhã. - Me abraçou pelos ombros. - Me passa o endereço que eu levo essas coisas pra você.

- Obrigada, de novo.

- Você agradece muito, Jauregui. - Sorrimos.

Cole sempre foi um dos meus melhores amigos, ele quem organiza corridas pelo mundo e sempre ganha bastante com isso. O ferro velho é um bom negócio pra ele, além de ser uma herança do pai, conheci Cole em uma corrida em Paris e desde então somos amigos. Ele é como um empresário para mim e para os meus amigos.

Depois que passei o endereço da casa da Camila, passei rapidamente em casa para pegar outras coisas e voltei para a casa dela, assim que cheguei abrir novamente a garagem e voltei ao meu trabalho, talvez eu tivesse feito muito barulho já que Sofia apareceu com uma vassoura nas mãos, ela me olhou assustada e eu acabei rindo.

- Eu poderia ter te matado!

- Com uma vassoura? - Ela revirou os olhos e me olhou curiosa.

- O que faz aqui? Achei que estaria lá dentro com Camila. - Neguei.

- Quero fazer algo por ela. - Dei espeço para ela ver o carro e sua boca abriu.

- Você tá brincando?! - Sorrir negando.

- Acho que o carro é importante para a sua irmã...quero que ela tenha isso de volta. - Sofia sorriu.

- Você gosta dela não é?! - Dei de ombros. - Camila também gosta de você. - A encarei. - Depois o acidente e o término do namoro com o Froy, Camila não acreditava que alguém ainda poderia gostar dela, você sabe...- Passou a mão direita sobre a bochecha. - Agora ela vive em uma cadeira de rodas.

- Não por muito tempo, não é?! - Sofia suspirou e olhou para trás, se aproximou e tocou em meu braço.

- Ainda não sabemos, os médicos disseram que ela teria chance, mas não muitas. A qualquer momento ela pode definitivamente parar de andar. - Franzir o cenho.

- Ela não sabe?

- Não...- Suspirou. - Mas não queremos tirar as esperanças dela e nem de nós. - Voltei a encarar Sofia. - Por favor... não conte a ela.

- Tudo bem...eu acho melhor voltar para o meu trabalho. - Me virei e sentir que ela ainda estava alí.

- Camila ainda tem chance, Lauren...mesmo sendo poucas, ela ainda tem chance. - Ouvir seus passos longe e suspirei.

Eles não podem fazer isso com Camila...não podem esconder isso dela. Bati na mesa de ferro e suspirei, mas eu acabei de decidir que também preciso mentir pra não deixá-la pior em relação a isso.

Mas em algum momento tudo isso seria difícil de lidar.

Camila Cabello

Passei o dia todo tentando ir para a garagem, mas havia prometido a Lauren que não iria, Sofia foi até lá e disse que estava uma bagunça e que não diria mais nada.

Estava tentando ligar para Shawn, mas ele não atendia e isso me deixava preocupada. Ele nunca some sem me avisar ou algo do tipo, tentei falar com os pais dele, mas ninguém atendeu também. Olhei pela janela do meu quarto e sorrir observando Lauren carregando uma caixa de madeira junto com o cara que nunca vi na minha vida, deve ser algum amigo dela ou sei lá.

Lauren estava com uma calça moletom e uma camisa branca, essa que estava quase preta de graxa e molhada deixando a marca de seu sutiã preto aparecendo, ela tinha o cabelo amarrado em um rabo de cavalo, ela parecia mais linda...

- Vou falar para o papai que está na janela imaginando várias formas de ir pra cama com aquela garota. - Encarei Sofia que sorria sapeca na porta, revirei os olhos e dei uma rápida olhada pela janela, Lauren se despedia com rapaz.

- Não estava imaginando isso. - Sofia negou e se jogou na minha cama. - O que estava conversando com ela?

- Nada de mais, só achei que era um daqueles pirralhos na garagem. - Deu de ombros e eu rir.

- Você estava com uma vassoura.

- Preconceito com a minha vassoura? Eu posso muito bem te bater com ela. - Dei de ombros e me aproximei dela.

- Posso perguntar uma coisa? - Ela ficou de bruços e apoiou a cabeça sobre os braços para me encarar.

- Você já está fazendo isso maninha. - Revirei os olhos. - Quer uma camisinha? Posso pegar no quarto dos nossos pais.

- Espera você sabe?

- Que a Lauren tem um pintinho? Ah, sei sim. - Fiz uma careta e ela riu. - Ano passado depois do quase término que tive com a Tay, ela me contou e disse que a irmã dela tinha medo das pessoas por causa disso, me fez prometer não conta a ninguém e não fiz.

- Ainda bem, Lauren ainda não consegue se aceitar. - Suspirei. - Enfim, a pergunta é, quando você descobriu que estava apaixonada pela Tay?

- Quando não conseguia deixar de sorrir pra ela. - Minha irmã sorriu. - Você está apaixonada pela Laur?

- Eu não sei. - Dei de ombros. - É complicado...

- Você tem medo? - Assentir. - Lauren não é como o Froy, Camila. Ela é uma garota incrível e eu sei que ela é a pessoa certa pra você. - Ela sorriu e eu acabei fazendo o mesmo, mas logo fiz uma careta.

- Nossos pais transam?

- Que nojo, Camila! - Ela afundou o rosto na cama e eu fiz outra careta tentando afastar aquilo da mente.

[...]

No final da tarde Lauren me mandou mensagem, ela tinha que ir embora e eu mandei ela tomar banho antes de ir. Meu pai a cada segundo parecia em meu quarto, se certificando de que a porta estava destrancada.

Estava olhando pela janela do meu quarto quando ouvir o barulho da porta do banheiro, Lauren havia trago uma roupa, mas nesse momento ela estava apenas com a calça e sutiã, ela me encarou e acabou corando, vestiu a blusa, agora preta e sorriu sem jeito.

- Como se sente agora? - Ela se aproximou e se sentou sobre a poltrona puxando minha cadeira para perto dela.

- Leve, estou limpa. - Sorrimos. - Eu posso te beijar?

- Depende...você vai ter que me contar como o carro está. - Ela negou e eu rir puxando seu rosto para beija-la.

É incrível como beijá-la me faz esquecer de tudo ao meu redor, parece que me manter perto dela é melhor do que ficar na cama olhando para o teto. Mas nesse momento eu deveria prestar atenção em volta, já que eu ouvir a porta abrir.

- Filha. - Lauren se afastou imediatamente com os olhos arregalados, fechei os olhos e mordi o lábio inferior antes de me virar para o meu pai que tinha o rosto vermelho e os seus dedos da mão brancos tanto que apertava a maçaneta.

- Papa...- Tentei falar porém ele me cortou.

- Está na hora de ir, Jauregui. - Lauren assentiu várias vezes antes de levantar e pegar a sua mochila, ela se aproximou de mim porém ela se afastou de novo e apontou para fora do quarto.

- É m-melhor eu ir. - Assentir. - Tchau, Camila.

- Tchau. - Ela passou pelo o meu pai e ele virou a cabeça lentamente para ela e deu espaço para a mesma passar. - Papa...- Ele negou.

- O jantar vai ser servido, vamos. - Ele veio até mim e me pegou nos braços para descermos, assim que ele me colocou sentada na cadeira Sofia franziu o cenho, ela sabia que papai estava irritado. - Vou ajudar a mãe de vocês a colocar a mesa. - Assentimos.

- Ok...o que o nosso pai tem? - Ela virou-se para mim e eu suspirei.

- Ele foi até o meu quarto.

- E daí? - Ela franziu o cenho e eu revirei os olhos.

- Lauren e eu...bom...- Sofia começou a rir. - Sofia!

- Vocês estavam se pegando?

- Não se pegando...estávamos nos beijando. - Ela riu mais ainda.

- Papa vai morrer! - Ela gargalhou mais ainda e eu bufei.

- Para com isso!

Logo nossos pais se sentaram a mesa, mamãe percebeu que tinha algo de errado assim que meu pai me encarou e depois bebeu um enorme gole de vinho, abaixei a cabeça e suspirei.

- Eu vou perguntar só uma vez. Por quê que vocês estão assim?

- Pergunte da nossa querida filha...ou melhor, pergunte a Lauren o que ela fazia com a língua dentro da boca da minha filha. - Ele me encarou e eu abaixei a cabeça mais uma vez.

- O que... Ah! - Mama riu. - Você estava beijando Lauren? - Dei de ombros e ela riu mais uma vez. - Achei que iria demorar.

- Sinuhe! - Papa exclamou e minha mãe deu de ombros. - Isso é uma palhaçada! Não o fato de você gostar de garotas, mas por ser ela!

- O que tem ela? Lauren é uma garota incrível! - Falei e ele bateu na mesa antes de levantar e sair andando, bufei e me encostei na cadeira.

- Vou conversar com o seu pai. - Mamãe tocou minha mão e eu assentir. - Sofi leve sua irmã pro quarto.

- Tudo bem, mama. - Ela me fez subir em sua costa e fomos para o meu quarto. - Você acha que papai vai matar Lauren como ele tentou fazer com Froy?

- Ninguém vai matar ninguém, ele só está estressado e eu não sei porquê.

- Talvez seja porque ele não quer ver você machucada novamente. - Ele me colocou sentada na cama e se sentou ao meu lado. - E papai tem um enorme ciúme de você. - Deu de ombros.

- Ou ele achou que eu poderia salvar a família sem mais um motivo para falarem mal da gente.

- Camila...

- Você sabe que o papai sempre afasta a gente dá família, por causa da sua sexualidade e pela minha deficiência.

- Não é uma deficiência. - Ela revirou os olhos. - E ele nos afasta porque não quer que sejamos machucadas.

- Tanto faz. - Bufei e Sofia riu. - Que foi?

- Você não gosta de ouvir.

- Talvez seja porque você fala demais. - Me deitei e ela deitou ao meu lado. - Acha que ele vai me odiar por gostar de garotas também?

- Claro que não, papai continuou me amando e vai continuar te amando também.

[...]

Sofia e eu estávamos jogando joguinho em nossos celulares quando alguém bate na porta, olhamos para a mesma e era nossa pai, ele entra e coloca as mãos nos bolsos da calça.

- Filha, posso conversar com a sua irmã? - Sofia pulou da minha cama e assentiu, beijou meu rosto de sussurrou.

- Boa sorte. - Assentir e ela saiu. Me sentei e papai se aproximou para logo se sentar na cama, ele passou as mãos no rosto e me encarou.

- Você está bem? - Assentir. - Desculpe pelo o que disse.

- Qual parte? Por ter expulsado Lauren ou por achar tudo uma palhaçada ou por eu gostar de garotas? - Ele suspirou e negou.

- Me desculpe por tudo, eu não estou com raiva por você gostar de garotas e sinto muito por expulsar Lauren daquele jeito. - Ele fechou os olhos. - Eu fui duro com você e Lauren. Eu só quero proteger vocês, você e sua irmã sabem que tenho ciúmes de ambas, sou pai e quero vocês bem, não quero nenhuma machucada, mas vocês estão crescendo. - Abriu os olhos. - Eu tive um motivo para ficar com raiva e falar aquelas coisas.

- E qual era? - Ele segurou minhas mãos.

- Você se machucar de novo. - Suspirei.

- Papai...

- Você já se machucou muito, primeiro o acidente, depois o término com Froy, a rejeição na escola e...

- E a culpa. - Assentiu. - Eu sei que quer me proteger papai e eu amo você por isso, mas eu preciso confiar em mim e nas pessoas outra vez. - Toquei seu rosto. - E você precisa me deixar fazer isso. Sei que a nossa família é difícil, não ligo pra eles, eu apenas preciso saber que a mamãe e você estão comigo, acreditam em mim e confiam em mim, apenas isso, eu quero ser uma pessoa boa agora, quero poder amar outra vez e viver, não importa se estarei em uma cadeira de roda a vida toda, eu quero viver. - O abracei. - Apenas confie, papai.

- Eu amo você, hija.

- Te quiero mucho.


Notas Finais


E então, o que acharam?
Demorei, mas vou tentar escrever o mais rápido possível, estou sem tempo e fica difícil pra fazer isso, Chicago provavelmente irá demorar mais um pouco pra atualizar... então tenham um pouco de paciência, irei fazer o meu melhor pra atualizar ok?!


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