Harleen Quinzel
Já havia passado uma semana que estava cuidando do meu paciente, Joker. E acho que estamos tendo algum progresso. Ele me trata de uma forma diferente... Espera aí, eu to mesmo pensando nisso.
Balanço a minha cabeça levemente, ageito meu óculos em meu rosto, tentando me concentrar na ficha do Joker, que estou relendo. Realmente eu quero cura-ló.
[...]
Após terminar de reler aquela enorme ficha, eu desvio meu olhar para o relógio. Estou atrasada, então me levanto da cadeira rapidamente, andando rapidamente até a sala dele, ouvindo o barulho dos meus saltos batendo contra o chão dentro da sala. Sento na cadeira e o observo. Ele está me olhando com aquele mesmo sorriso, que me deixa meio assustada.
– Olá, Harley.
– Olá, Joker.
– Eu acho que você está atrasada. – Ele fala cada palavra de forma bem devagar, eu acho que ele está tentando me irritar.
– É estou mesmo, desculpa. Eu trouxe algo para você hoje.
– E o que é? – Ele pergunta, com seus olhos olhando nos meus. Ele faz isso para me provocar, não é possível! Por fim, ageito meu óculos no rosto, levando o olhar para o bolso do meu jaleco.
– Um gatinho.
Falo com uma certa empolgação, tirando o gatinho de pelúcia do bolso.
– Hmm, isso foi um lindo gesto.
Ele fala se levantando da cadeira aos poucos, e eu também me levanto, o que eu estou fazendo? Parece que não tenho mais controle do meu corpo.
– Mas sabe do que eu preciso?
Ele pergunta se curvando para frente junto a mim, foi questão de centímetros para os nossos lábios não se colarem.
– De uma metralhadora. – Ele fala a última palavra bem devagar, como se tivesse prazer em falar isso.
– Uma metralhadora?
– Sim, uma metralhadora.
– Tá – Suspiro pensando onde eu vou arrumar uma metralhadora.
– Acorde. – Meu subconsciente "fala" e aquela frase ecoa na minha cabeça.
– Eu não posso te dar uma metralhadora, Joker.
Falo me levantando daquela cadeira rapidamente e saio daquela sala. O que está acontecendo comigo? Ele me dá medo, mas ao mesmo tempo eu gos... Espera aí, eu não gosto dele, eu não sinto nada por ele.
[...]
Depois de um estressante turno de trabalho, eu estou em casa, refletindo tudo que havia acontecido, tomando um copo d' água. Eu preciso parar com isso, o que sinto por ele é quase uma síndrome de estocolmo.
Balanço minha cabeça levemente, afim de afastar aqueles pensamentos. Vou até a sala, me sento no sofá, a ligo TV e começo a ver o noticiário.
Um psicopata fugiu do hospital psiquiátrico Arkham, seu nome é Joe Keer, mais conhecido como Joker.
Quando escuto esse nome eu me arrepio, se ele vir aqui me machucar ou até me matar.
Me levanto do sofá e começo a fechar as portas e janelas do minha casa. Isso faria eu me sentir um pouco mais segura.
Por fim, vou para o meu quarto, me deito na cama e me cubro com meu edredom.
– Tudo vai ficar bem.
Mumurro aquilo na tentativa de me sentir melhor, aquele medo estava me consumindo completamente. sento minhas pálpebras "pesarem" e resolvo virar para o lado e dormir um pouco.
[...]
Acordo ouvindo um barulho estrondoso na porta. Provavelmente haviam arrombado, e logo ouço uma risada feia e escandalosa. Bem diferente das comuns. É o palhaço, eu tenho certeza.
Me levanto correndo da cama, para tentar botar a comoda de madeira que ficava ao lado da porta na frente da mesma. Mas o móvel é muito pesado e nem se mexe.
Ouço um barulho na porta, de alguém girando a maçaneta suavemente.
Esse é o meu fim.
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