História Love on the brain - Sí o no?

Tentei ao máximo esconder o sorriso involuntário que se formou em meus lábios assim que me aproximei da porta do vestiário e vi os jogadores comemorando ― meus olhos se fixaram em um moreno com um imenso sorriso, que fazia uma dança estranha. Rafaella e Gil invadiram o vestiário e eu fiquei ali no canto na minha, porém a imensa vontade de agarrar o Neymar me aquecia por dentro.

― Ei, quem é você? ― me assustei tirando minha atenção do Neymar e me virando para o homem que estava encostado na parede ao meu lado. Ele estava sem camisa e com uma camisa pendurada em seus ombros. Seu espanhol era perfeito, o que me deu um pouco de vergonha. Eu fiz curso de inglês e espanhol mas nunca os utilizei de fato, bom só quando fui para Disney com a minha irmã.

― Ah, sou Pietra Vieira ― sorri tímida e o encarei, que homem lindo ― E você é? ― ele franziu o senho e eu sorri tímida, e agora como falar em território inimigo que sou torcedora do time rival?

― Jordi Alba, ao seu dispor ― ele sorriu de lado e só então me liguei que tinha segundas intenções no seu olhar e em seu sorriso ― Você não é daqui da Espanha né? ― Olhava a bagunça do vestiário somente para não corar, Pietra sobre pressão parece um tomate.

― Sou Brasileira ― murmurei observando o Neymar me olhando em meio a multidão ao seu redor e a sua cara não era das melhores.

― Entendi ― Alba murmurou, antes que ele pudesse falar mais alguma coisa Neymar já estava ao meu lado.

― E aí, gostou do jogo? ― Ele estava com um sorriso de lado no rosto e pelo que eu o conheço, só está tentando marcar território. Porém nós não temos nada.

― Você foi fantástico ― sorri abertamente olhando em seus olhos, sempre me perco neles.

― Vocês se conhecem? ― Alba perguntou encarando o Neymar com a sobrancelha erguida.

― Sou melhor amiga da Rafaella. ― Sorri falsa com a resposta vaga, não queria que ele pensasse besteiras mas também não quero que Neymar fique com raiva.

― Quase primos ― Neymar murmurou e me abraçou de lado depositando um beijo na minha testa.

― Ah, que bom ― Alba sorriu malicioso fazendo o Neymar fechar a cara.

― Alba, vem cá ― alguém gritou do meio da muvuca e ele acenou com a cabeça, me lançando mais um de seus sorrisos maliciosos.

― Prima é? ― Sussurrei assim que me vi "sozinha" com o Neymar fazendo-o rir.

― Vai me dizer que nunca pegou um de seus primos? ― ele sussurrou de volta e me lançou um sorriso safado, descarado.

― Não ― menti na cara de pau ― seu safado ― dei um leve tapa no seu braço fazendo-o gargalhar.

― Solta minha amiga ― Rafaella se aproximou me tirando de perto do Neymar me fazendo rir.

[...]

Andava pelo quarto de calcinha e sutiã, enquanto Rafaella escolhia uma roupa pra mim. Iríamos acompanhar o Neymar na comemoração do jogo. Iríamos para uma festa privada em uma boate, privada no caso só para jogadores e convidados especiais ― lê-se vadias, empresários e famosos ― Pelo menos já me encontro maquiada e com o cabelo arrumado.

A porta foi aberta e eu me assustei tentando cobrir meu corpo.

― Que susto Neymar, pensei que fosse o Gil ― bufei olhando as roupas que Rafaella havia colocado sobre a minha cama.

― Porquê o Gil entraria sem bater no seu quarto? ― Neymar murmurou seco e Rafaella revirou os olhos e saiu do quarto. Pronto, deve ter falado com a Bruna.

― Já começou? ― murmurei o encarando ― Porque se for pra ficar assim me fala logo pois hoje eu não vou ficara aturando suas crises não. ― me virei me olhando no espelho colocando o vestido em frente ao corpo.

― Vai com o vestido, ele é bonito ― Neymar murmurou e eu continuei em silêncio. Ele acha que eu não sei o joguinho dele, ele quer que eu vá com o vestido por ser mais cumprido que o shorts e menos decotado do que a blusa.

O ignorei vestindo o shorts preto e a blusa também preta, me olhei no espelho aprovando o look. Rafaella realmente arrasa, minha melhor amiga é foda demais. Senti seu beijo no meu ombro e suas mãos na minha cintura, Neymar me abraçava por trás enquanto eu o ignorava. Ele subiu os beijos pelo meu pescoço, aproveitando meu cabelo preso que lhe dava total acesso.

― Me desculpa princesa, eu sou um babaca ― ele sussurrou no meu ouvido depositando um beijo na minha orelha.

― É mesmo ― murmurei me afastando dele e passando perfume, coloquei dinheiro, documentos e celular dentro da minha bolsinha.

O Neymar consegue me deixar puta até quando eu não quero, impressionante.

― Vai ficar assim? ― ele murmurou me olhando.

― Não sei, me diz você ― cruzei meus braços o olhando, só então reparei na sua roupa uma calça jeans rasgada, uma blusa preta também rasgada e um boné também preto. No começo eu estava completamente puta mas quando ele começou a andar na minha direção com o seu sorriso sacana, a minha marra foi destruída por inteira. O que esse cara tem?

― Vem cá, no seu pretinho ― Fechei os meus olhos quando seu lábio tocou na minha mandíbula, suas mãos desceram para a minha bunda e ele logo tratou de apertá-la com força. Seus lábios tocaram nos meus com leveza e eu sorri me afastando.

― Porque me trata mal quando fala com ela? ― sussurrei fechando os olhos, a pergunta escapou da minha boca. Apesar do medo da resposta essa dúvida rondava a minha cabeça.

― Desculpa princesa, prometo não fazer mais isso ― ele fugiu da pergunta e eu assenti, talvez seja melhor deixar isso pra lá.

― Essa é a minha última noite aqui ― resmunguei e ele assentiu, talvez ele saiba o que eu quero dizer. Isso deve acabar aqui, já passamos riscos demais e a partir da amanhã tudo voltará ao normal, cada um para seu lado.

― Vamos ― Rafaella invadiu o meu quarto e eu dei uma conferida na minha amiga. Maravilhosa, como sempre. Assim como o Neymar Rafaella também vestia uma calça jeans rasgada porém na parte de cima ela estava com uma blusa de renda branca e uma jaqueta jeans amarrada na cintura.

Me afastei do Neymar e me abaixei para calçar o salto, essa vida de baixinha não dá pra mim não. Segui na frente e abracei Rafaella de lado, Gil estava jogado no sofá mexendo no celular distraidamente. Calça preta, blusa branca e boné, era assim que ele se encontrava vestido.

― Vamos mané ― Neymar deu um tapa leve na sua nuca fazendo-o tomar um susto e me fazendo rir.

― Tá todo moscão em Gil ― murmurei ainda abraçada com a Rafa.

[...]

― Não irei beber Rafa, nem adianta ― resmunguei cheia de vontade de colocar esse líquido goela abaixo.

― Pietra negando bebida ― ela riu abrindo a boca como se estivesse surpresa ― Bom que sobra mais para mim ― ela bebeu tudo de uma vez, me fazendo rir.

― Agora você vai buscar outra pra mim, não me deixa nem fazer a sonsa ― murmurei e a mesma gargalhou jogando a cabeça para trás.

― O que seria de mim sem você? ― ela resmungou me puxando pela mão em direção ao bar. Gil e Neymar estão na rodinha dos jogares de futebol, hora ou outra aparece vadias por ali ou jogadores somem. Neymar me encara a todo momento mas logo desvia, entretanto Rafaella tentava me embebedar só para cair na pista de dança com ela.

Sabe de nada inocente, eu danço com ou sem bebidas alcoólicas no sangue. Virei o copo de batida que ela colocou na minha mão e logo a puxei para a pista de dança. O DJ tocava alguma música em espanhol, o ritmo era tão gostoso, algo como Reggaeton. Comecei a rebolar a cintura a chamando pelo dedo com a minha melhor cara de safada. Ela riu e começou a se mexer também no ritmo da música, depois de um tempo dançando a música percebi que o nome era chantaje.

― Oi gata, vem sempre aqui? ― Rafaella murmurou, colando o corpo ao meu rebolando junto a mim. 

― Você é ridícula ― gargalhei jogando a cabeça para trás a fazendo rir.

Ela me soltou e continuamos dançando e brincando, não demorou para o Jordi Alba se aproximar de nós duas.

― Será que tu podes me ensinar a dançar? ― dei uma risada e assenti mexendo meu corpo de um lado para o outro devagar para ele me acompanhar. Algumas músicas depois ele já estava bem melhor e até brincava enquanto dançava.

― Olha só quem não sabia dançar ― murmurei um pouco alto para ele ouvir e ele riu me observando.

― Apenas estava escondendo meu talento ― ele piscou e logo rimos alto, até que ele é bem legal quando não está com segundas intenções.

Rafaella gritou assim que começou a tocar sí or no e eu comecei a rir, ela me olhou começamos a rebolar como um brasileira. Essa música é maravilhosa, o Maluma é maravilhoso. Jordi tentava nos acompanhar e quando não conseguia começava a rir, eu estava me acabando dançando. Até porque como uma boa carioca adoro rebolar minha raba e a energia que se espalhava pela pista de dança estava ótima.

Senti as mãos de Jordi na minha cintura e comecei a ditar o ritmo, ele me olhava com luxúria. 

― Solo tú, tú, tú me enloqueces ― ele sussurrou no meu ouvido colando o corpo no meu ― Y solo tú, tú, tú te mereces ― ele completou aproximando a boca da minha, virei meu rosto fazendo sua boca encostar na minha bochecha. Rafaella ria enquanto acompanhava tudo de perto.

― Sé que tú quieres sí ― sussurrei colocando a mão sobre a dele na minha cintura ― Pero puede ser no, no, no, no ― ri e me afastei, retirando suas mãos da minha cintura. Sai da pista de dança soada e rindo pra caramba, me aproximei do bar dando de cara com o Neymar.

Imagina aquele bichinho do madagascar com os olhos esbugalhados, assim que eu me encontrava ao ver o Neymar ali me observando.

― Bonita cena ― ele resmungou terminando de beber o seu uísque.

― concordo ― murmurei sem saber o que falar e pedi uma garrafinha d'água ao barman.

― Meu Deus, que fora foi aquele ― Rafaella gritou se aproximando da gente me fazendo voltar a rir.

Dei uma golada na água, enquanto Neymar continuava sério. Olhei meu celular e já se passavam das três horas da madrugada, a boate ainda se encontrava lotada e as pessoas ainda dançavam animadas. Gil se aproximou da gente com a boca suja de batom, blusa amarrotada e cabelo bagunçado.

― Fez a festa em ― Rafaella gritou e eu ri ainda mais. Ela não estava bêbada mas estava animada, ele corou e eu ri mais ainda. Até o Neymar tentou se segurar mais riu.

― Quero embora ― ele resmungou e Rafaella bufou.

― Ah não, está tão legal aqui ― ela cruzou os braços e formou um bico.

― Também quero ir embora, meus pés estão me matando ― resmunguei e Neymar me encarou erguendo a sobrancelha.

― Pra estar dançando agarradinha não dói, né? ― Ele murmurou, eu bufei e revirei os olhos.

― Pelo amor de Deus ― resmunguei.

[...]

Tirei os saltos assim que chegamos na casa do Neymar. Rafaella estava tão animada que veio dormindo no carro, aquela ali é só fogo de palha. Gil subiu as escadas se arrastando e eu subi logo atrás para evitar briga com o Neymar. Abri a porta do quarto e me joguei na cama do jeito que estava, comecei a rir lembrando das cenas na pista de dança.

― Gostou da dança? ― Me assustei e olhei para o Neymar parado no meio do quarto.

― Não rolou nada, ok? ― murmurei me levantando da cama me aproximando do mesmo ― Quer passar minha última noite aqui brigando? ― coloquei minhas mãos na sua nuca e fiquei na ponta dos pés.

― Você fala isso porque você não ouviu os caras do time falando do quão gostosa você é ― ele respirou fundo e eu olhei em seus olhos. Peguei as suas mãos e coloquei na minha cintura.

― Ah é? E quem é que tá aqui comigo agora? ― murmurei colando minha boca na sua. Logo ele aprofundou o beijo, apertando com força a minha cintura. Segurei na barra da sua camisa a puxando pra cima, paramos o beijo para eu poder retirá-la mas logo colamos nossas bocas novamente.

Meu corpo pedia pelo dele, minha boca anseia colar na dele. Retirei o seu boné jogando-o pelo quarto, passei as mãos nos seus cabelos o bagunçado. Senti a cama macia nas minhas costas, uma de suas mãos apoiava o peso do seu corpo sobre mim. No entanto a outra apertou com força o meu seio esquerdo.

Gemi baixo e logo senti sua boca indo de encontro ao meu pescoço, fechei os olhos quando sua língua foi de encontro ao meio dos meu seios no decote. Ele segurou na barra da minha blusa e a puxou pra cima com pressa, sua mão adentrou o meu sutiã e apertou com força. Fechei meus olhos e mordi minha boca reprimindo mais um gemido, ele abriu o sutiã e o largou pelo quarto. 

Ele deu uma leve mordida no meu bico do seio e logo passou a língua no mesmo, senti outra mordida no meu seio e fechei os olhos. Mistura de dor e excitação.

― Porra Neymar, meus seios estão sensíveis ― sussurrei e ele riu.

― Ninguém mandou não se comportar hoje ― ele negou com a cabeça e eu fechei meus olhos sentindo um apertão no meu seio.

Ele abriu o meu shorts e o puxou totalmente bruto para baixo levando junto com a calcinha, ele retirou a sua bermuda e cueca com pressa. Logo me penetrou forte sem nenhuma cerimônia, abafei um grito mordendo o seu ombro com força e ele deu um gemido rouco. Ele retirou completamente seu membro de mim e novamente me penetrou com força, apesar da dor e do desconforto o prazer é bem maior.

Fechei meus olhos e segurei com força o lençol da cama quando ele retirou o seu membro e começou a brincar com ele na minha entrada. Inclinei meu corpo para forçar seu membro a entrar porem ele esfregou mais uma vez em mim e riu.

― Filho da puta ― sussurrei abrindo os olhos para o encarar ― Vai logo Juninho, me fode com força ― falei rouca por conta dos gemidos que escapavam da minha garganta.