História Love or Friendship? - Teimosia

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Algumas horas depois, e todos ja estavam na toca. Em segurança, apesar de todo o caos. Mas ainda muito nervosos. Dominique ainda mais. A cena do braço ensanguentado de Gui perseguia seus pensamentos aonde quer que ela fosse. Assim como a marca no ceu. Ela assim como a maioria sabia o que significava. E não gostava muito.

– Domi... Você está bem? – Perguntou Hermione, preocupada com a amiga. Estavam os quatro no quarto de Rony, haviam acapado de chegar. 

– Você quase não falou nada desde que acordou. – Comentou Harry, colocando a mão sob a dela. Rony notou as mãos juntas, e por um momento pensou em brincar com a situação, mas a ideia se esvaiu quando olhos nos olhos meio fora de órbita da amiga.

– Eu... só estou chocada. – Respondeu, com os olhos pregados na parede. – Mas o que esta acontecendo, Harry? Você queria nos contar algo.

– Tem um coisa que não contei à vocês. – Respondeu Harry, e a garota finalmente olhou para ele. Incetivando ele a falar. – Domingo de manhã, acordei com a cicatriz doendo.

Dominique arregalou os olhos e murmurou baixinho :

– Nossa. 

Rony escancarou a boca em surpresa, e Hermione prendeu o ar. Citou livros, varias sugestões, e pessoas para que ele pudesse obter uma resposta do que significa.

– Mas ele não estava la? Da ultima vez que sonhou com ele, ele estava em Hogwarts.

– Ele não estava na Rua dos Alfeneiros... Mas sonhei com ele. Ele e Pedro... Rabicho. – Explicou o garoto, se levantando e indo até a janela. – Eles queriam matar alguém. Falavam de um plano.

Dominique prendeu a respiração por um momento, e foi até o garoto. Sorrindo para o mesmo.

– Vai ficar tudo bem... Não é, Rony? – Perguntou ela, virando a cabeça para fitar o ruivo.

– É claro, claro. Foi só um pesadelo. – Respondeu imediatamente, tentando confortar Harry. Que espiava pela janela, sem dar muita atenção para a garota ao seu lado. 

– É, mas sera que foi mesmo? – Perguntou Harry. – É esquisito, não é... Minha cicatriz doi, e alguns dias depois os comensais da morte aparecem. E o sinal de Voldemort aparece no céu.

– Não... fala... o... nome... dele. – Disse Rony, trincando o maxilar.

Um arrepio percorreu o corpo de Dominique, e ela sem saber o que fazer, se sentou na cama, e voltou a olhar para um ponto fixo na parede.

– E lembra o que a Trelawney disse? – Continuou o moreno, ignorando o pedido de Rony. – Ano passado?

– Como não? – Perguntou Dominique. – Tenho arrepios só de pensar!

E outro arrepio percorreu seu corpo, fazendo ela tremer. 

– Ah, Harry, vai mesmo dar atenção pro que aquela velha charlatã diz? – Perguntou Hermione, soltando um riso irônico.

– Só diz isso dela porque não gostou do que ela disse para você ano passado. – Disparou Dominique, sem a intenção de ofender.

– Domi! - Exclamou a amiga.

– Foi diferente... Ela entro em transe. Eu contei à vocês. – Respondeu Harry, voltando seu olhar à Dominique que raramente piscava. – Por que não se deita? 

Dominique nem percebera que o garoto havia falado com ela, mas levantou e foi até Hermione, se sentando ao seu lado. Harry franziu o cenho, pensando que a mesma havia lhe ignorado.

– Por que perguntava de Edwiges? – Perguntou Hermione, brincando com os cabelos de Dominique. Que estavam meio emaranhados por ela não te-lo escovado hoje. – Está esperando uma carta?

– Contei à Sirius sobre minha cicatriz. – Respondeu ele, dando de ombros – Na esperança dele saber alguma resposta.

– É, bem pensado. – Elogiou Rony.

– Mas Sirius pode estar longe. – Disse Dominique, de repente.

– É... Ele pode estar na africa. Edwiges levara tempo. Qualquer viajem é cansativa para ela. E Sirius deve estar o mais longe possivel. – Falou Hermione, concordando com a amiga.

– Eu sei. – Disse Harry, com a cara retorcida. E olhou em direção à janela, ainda esperando a coruja branca entrar pela mesma.

– Vamos jogar uma partida de Quadribol no pomar, Domi e Harry. – Sugeriu Rony. – Quero ver a melhor artilheira dentro dessa ruiva ai.

– Vou pegar minha Firebolt. – Harry e Dominique falaram juntos, e correram.

Hastings era uma familia de renda boa, e não negava coisas às duas filhas. Apesar de Dominique nunca pedir muita coisa, alem dos livros e utensílios para o quadribol.

As proximas semanas foram legais, para Dominique ainda mais. Conversava com Harry, apesar de nada mais ter rolado viviam de mãos dadas. Tambem conversava com Gui, que lhe arrancava boas risadas. Fazendo com que Harry ficasse com ciúmes, mas é claro, que o mesmo nunca admitia. Nem mesmo admitia que gostava da menina.

Todos estavam ocupados fazendo algo, Hermione lendo um livro que Sra. Weasley comprara para ela, Rony, Domi e Harry no Beco Diagonal. Gui e Rony jogavam xadrez, e de vez em quando Dominique sussurava no ouvido de Gui algumas jogadas para que ele vencesse de Rony. Harry polia sua firebolt, enquando lançava alguns olhares nada discretos às ações de Dominique. Que não percebera nada. Fred e Jorge estavam mais afastados, de cabeças baixas e penas na mão enquanto escreviam num pergaminho e chochichavam.

Dominique se emergiu em pensamentos, tentando achar um jeito de fazer Rony perder. Ele nunca perde. Só voltou a si quando Hermione a puxou escadas acima para arrumar as malas.

– Você contou à Harry? – Perguntou Hermione subitamente, enquanto dobrava uma camiseta.

– Contei o que? – Perguntou Dominique, colocando uma muda de roupa dentro da mala.

– Que você gosta dele, ora! – Respondeu Hermione, batendo a mão contra a coxa. 

– Nãoo... – Disse Dominique, arrumando os livros na mala. E deu de ombros, como se fosse a ultima coisa que ela faria. – Se eu disser, e ele não sentir o mesmo vai acabar com a amizade.

– Por que? E prefere ficar na dúvida? – Insistiu Hermione. 

– Prefiro. – Respondeu Dominique, óbvia. 

O medo de não ser recíproco era maior do que não estar junto. 

– Ele se preocupa com você. – Comentou Hermione, e a amiga deu de ombros. – Ele gosta de você.

– Ele também gosta e se preocupa com você. – Disse Dominique, simples. E Hermione abriu a boca em descrença.

– Mas não vive de mãos dadas, e nem me beija. – Respondeu ela, levemente incrédula.

– É, por que eu o beijei. – Falou Dominique, apontando para o próprio peito.

– Mas como você é teimosa! – Reclamou Hermione. – E você não beijou sozinha. Se não contar... Eu conto.

A conversa foi interrompida pela Sra. Weasley. Que entrou no quarto, carregando um cesto de vestes escolares. Fazendo com que as duas se calassem.

– Vejam se cabe tudo ai, queridas. – Disse ela, rapidamente. – Tenho que entregar aos meninos o restante das roupas.

Assim que a Sra. Weasley saiu, Dominique se virou rapidamente para Hermione e jogou uma das vestes na amiga.

– E se fosse Harry? – Perguntou ela, estupefata e a amiga riu.

– Se fosse ele, ficaria sabendo a verdade, que você gosta dele. Se fosse ele. – Respondeu a amiga. Dominique riu, achando graça no próprio desespero. 

A porta foi aberta novamente, fazendo Dominique levar a mão ao coração ao ver que eram Rony e Harry.

Os dois se sentarem sem falar nada, e as meninas se olharam coradas.

– E então... Do que falavam? – Perguntou Rony, trocando um sorriso cúmplice com Harry.

– Que esse ano teremos que comprar vestidos... Estava na lista de material. – Respondeu Dominique rapidamente. E os garotos se olharam, duvidando.

– É... – Falou Harry, meio incerto, tentando conter um sorriso. – Temos vestes a rigor também. Sra. Weasley nos comprou.

– Combinamos de irmos comprar depois, não é? – Disse Hermione à amiga, que concordou.

As duas nem imaginavam que Harry e Rony ouviram desde a primeira até a última palavra, escondidos atrás da porta e por pouco a Sra. Weasley não os pegou.