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História Love or Hate? - I was blinded by hate.


Escrita por: emanuelesiqp

Notas do Autor


OI, AMORES 💕💕💕💕💕

Como vocês estão?

Então, comecei a postar mais essa fanfic. Minha meta é postar, pelo menos, um ou dois capitulos por semana.

Acho que vocês irão gostar.

Boa leitura. 📖❣

LEIAM AS NOTAS FINAIS. LEIAM AS NOTAS FINAIS. LEIAM AS NOTAS FINAIS.

Capítulo 1 - I was blinded by hate.


Fanfic / Fanfiction Love or Hate? - I was blinded by hate.

Miranda Allen

- Faça isso direito, garota! É assim que você quer se tornar uma chef? Desse jeito, você não vai chegar à lugar algum. - meu superior não parava de reclamar. Já me acostumei.

Passo por isso todos os dias.

- Vá pedir desculpas aquele casal pelo arroz mal posicinado no prato e que isso não se repita!

- Sim, chef! - passei as mãos pelos cabelos e, em seguida, me apoiei pelos cotovelos na bancada de ferro.

- Não fica assim, Andy. Você sabe que foi um erro bobo. Aquele casal queria prejudicar você. - disse Sophie.

Sophie Duncan é uma garota doce e gentil. Dificilmente erra. Ela até poderia ser a favorita do chef, mas ainda era a minha amiga. Eu a considero minha irmãzinha.

- Falar é fácil. Você nunca erra, So. - murmurei.

- Você sabe que é a melhor cozinheira desse lugar. - disse Christopher, meu melhor amigo.

- Valeu, gente. Eu tenho que ir pedir desculpas pelo meu erro. - saí da cozinha e caminhei até a mesa em que o casal estava.

- Olá. Eu sou Miranda Allen, a cozinheira que deixou o arroz mal colocado em vossos pratos. Gostaria de pedir desculpas e dizer que isso não voltará a se repetir. - disse com toda a formalidade que consegui.

- Garanto que isso não se repetirá. Não voltaremos a comer nesse restaurante. - disse a mulher.

- Bom, com licença. - comecei a caminhar com passos largos de volta à cozinha, mas acabo esbarrando em alguém.

- Ei! Olha por onde anda, garota. Ficou cega? - ah, eu fiquei.

Fiquei cega de ódio.

Levantei meu olhar até o rosto do homem em que eu havia esbarrado.

- Na próxima vez, pare de mexer na porra desse celular e olhe você por onde anda.

- O que está acontecendo aqui? - meu chef apareceu me olhando com desdém.

- Sua funcionária, que por sinal tem um vocabulário sujo igual a merda de vaca, tropeçou em mim e ainda me tratou com pura ignorância. - disse o homem.

- O que? Mas, você chegou perguntando se sou...

- Já chega. Miranda, peça já desculpas ao senhor. -disse meu chef.

- Mas, senhor Roberts, eu...

- Miranda, desculpe-se. - ordenou.

- Perdão. Isso não acontecerá novamente. - meu sangue estava fervendo e eu lutava contra meu corpo para não dar um soco na cara daquele moleque.

- Assim espero. - o homem disse rude e sorriu com ironia.

- Volte para a cozinha, senhorita Allen. - assenti e caminhei até à cozinha, entrando na mesma em seguida. Me encostei na pia e abri o registro da torneira, lavando meu rosto em seguida.

- Amiga, o que hou... - Christopher parou de falar assim que viu nosso chef parado com os braços cruzados. Seu peitoral subia e descia rapidamente, conforme respirava.

- Miranda, é a segunda vez que você comete algum erro hoje. Primeiro, o casal que não irá mais voltar e segundo, o garoto com quem você foi grosseira. - disse o senhor Roberts.

- Mas, ele foi...

- Não me interrompa, senhorita Allen. Isso não irá se repetir. Você está demitida.

- O que? Mas, eu preciso desse emprego. Eu tenho um irmão de 15 anos para cuidar. O senhor não pode fazer isso.

- Eu posso e já fiz.

- Não, chef. Eu prometo que isso nunca mais irá se repetir. Eu vou mudar. Eu preciso trabalhar. Me dá só mais uma chance, por favor. - implorei.

- Pegue suas coisas e saia do meu restaurante imediatamente. - senhor Roberts virou as costas e sumiu do meu campo de visão.

- Eu não acredito. - Christopher me abraçou. - Como eu vou cuidar do Brad? Eu preciso urgentemente de outro emprego.

- Calma, Andy. Você só precisa manter a calma. Você é uma das melhores cozinheiras que já vi e, com certeza, irá conseguir um emprego melhor do que esse. -disse Sophie se aproximando.

- É. Você tem razão. Eu vou me acalmar. Eu sou boa e vou conseguir ser uma chef de verdade. Vou deixar meu irmão e a mamãe orgulhosos.

- Andy, eles já sentem orgulho de você. Você é inteligente, durona, esforçada, forte, linda e, além de tudo, você é feliz. É isso que importa. - disse Christopher.

- Obrigada, gente. Eu amo muito vocês. Agora eu tenho que ir. - desamarrei meu avental e o coloquei sobre a bancada. Fui até meu armário e peguei minhas coisas. Voltei até meus amigos. - Tchau.

- Nos vemos amanhã? - perguntou Sophie.

- Claro. - sorri.

- Tchau, meu amor. - disse Christopher.

- Tchau, So. Tchau, Chris. - beijei suas bochechas e saí pela porta de trás. Subi em minha bicicleta e comecei a pedalar até minha casa.

Já eram 11:35 PM. Eu morava um pouco longe do meu antigo trabalho. Eu estava exausta, com fome e com frio.

[...]

- Oi, maninha. Por que demorou tanto? - peguntou Brad.

- Tive uns imprevistos. - me sentei à mesa apoiando meu cotovelo e deixei minha cabeça cair em minha mão.

- Como foi o dia? Novidades?

- Até tenho, porém, não são tão boas quanto eu queria. Eu perdi o emprego. Mas, eu prometo que vou conseguir outro.

- Não precisa se preocupar. Se você quiser, eu posso começar a trabalhar.

- Não! Não precisa. Eu sou a maior de idade, eu trabalho. Você tem que estudar. - senti meu estômago roncar de fome.

- Para sua sorte, eu fiz a janta. - fui até àcozinha junto a Brad e coloquei os pratos e os talheres na mesa, me sentando em seguida. Brad se aproximou com uma travessa.

- E o que você fez?

- Sua comida favorita! - tirou o pano que cobria a comida.

- Lasanha. - sorri ao ver meu prato predileto à 10 centímetros de distância. Peguei um pedaço e coloquei em meu prato. Devorei tudo aquilo em poucos minutos. - Estava uma delícia.

- Estou vendo. - Brad riu.

- Agora nós precisamos dormir. Amanhã você tem aula e eu vou procurar um emprego novo. - subimos as escadas e parei na porta do quarto de Brad.

- Boa noite.

- Boa noite, Brad. - beijei sua testa e fui para o meu quarto. Me despi e fui para o banheiro. Liguei o registro e deixei a água quente molhar cada parte do meu corpo.

Minha vida nunca foi fácil. Sempre tive que trabalhar para poder me sustentar. Assim que minha mãe faleceu, meu irmão e eu fomos morar com a minha avó. Quando eu tinha apenas 15 anos, minha avó também morreu.

Aquela notícia foi devastadora. Brad e eu estávamos sozinhos mundo. Éramos apenas duas crianças. Mesmo assim, nunca deixei faltar nada para meu irmão.

Minha mãe foi abandonada pelo meu pai durante minha gestação. Ele trabalhava demais e não tinha tempo para cuidar de um filho. O pai de Brad foi assasinado brutalmente. Ele devia uma quantia muito alta à umas pessoas envolvidas com o tráfico.

Posso parecer forte, mas ninguém sabe o quanto eu sou frágil. Eu choro todas as noites com saudade da minha mãe. Ela era uma mulher incrível.

Flashback on

- Bom dia, mãe. - desci as escadas e fui ao seu encontro na cozinha, abraçando sua perna.

- Bom dia, Andy. Filha, levanta do chão. Está muito frio, não quero que você fique doente. - disse Charlotte.

- Está bem. - obedeci e parei ao seu lado. Abri a geladeira à procura do meu leite matinal, mas, não o encontrei. - Mamãe, acabou o leite?

- Acabou. Esqueci de comprar. Você pode ir ao mercado? Tenho que terminar de lavar a louça.

- Posso sim. Cadê o Brad?

- Está dormindo. - minha mãe foi até sua bolsa e pegou o dinheiro, me entregando em seguida. - Vai pela calçada e não demora muito.

- Okay. - saí pela porta e peguei minha bicicleta que estava no jardim. Fui pedalando até o mercado.

Era um lindo dia de Primavera. As flores estavam lindas, o verde das gramas e das árvores estavam vivos, os pássaros cantavam. Estava tudo perfeito.

Entrei no mercado e fui à procura da seção de laticínios. Assim que a encontrei, peguei o leite e fui para a fila. Paguei e fui até minha bicicleta. Durante todo o percurso até minha casa, eu sentia um cheiro horrível de fumaça. Virei a esquina onde eu morava e vi uma fumaça preta saindo de dentro de uma das casas. Haviam carros de bombeiros e muitas pessoas. Fui me aproximando aos poucos. Rapidamente, reconheci aquela casa. Era a minha casa.

  Saí da bicicleta em um pulo e a deixei jogada na calçada. Passei entre as pessoas, mas os bombeiros me impediram de entrar.

- O que está acontecendo com a minha casa? - perguntei nervosa.

- O gás estava aberto e explodiu. - disse um dos bombeiros.

- Explodiu? Onde estão minha mãe e meu irmão?

- Sua mãe estava na cozinha naquela hora. Ela nos pediu para salvar seu irmão.

- Cadê ela? Ela está bem? Por favor, me diz que ela está bem. - meus olhos marejaravam. O bombeiro olhou para a ambulância e havia um corpo coberto por um plástico preto. Toda vez que eu via aquilo, sabia que era uma pessoa morta. - Não. Não pode ser. Não é ela que está ali, não é mesmo?

- Sua mãe foi intoxicada pelo cheiro da fumaça. Infelizmente, ela não sobreviveu. - eu não sabia o que falar. Eu não tinha o que falar. Meu mundo estava destruído. Perder minha mãe era o que eu menos queria naquele momento. Eu só sabia chorar. Perdi todas as minhas forças.

- Brad. Cadê o Brad? Brad! - gritei meu irmão, que veio correndo em minha direção e me abraçou.

- Cadê a mamãe? -perguntou Brad.

-Ela não vai mais voltar. - nós chorávamos em sincronia.

- Miranda! Brad! Escutei uma voz conhecida.

- Vovó. - Brad e eu falamos em uníssono e corremos até nossa avó, abraçando-a.

- Vocês irão ficar comigo. Vamos embora. - assentimos e fomos para a sua casa.

Flashback off

Uma das piores sensações da minha vida, talvez a pior, foi perder minha mãe. Desde então, eu tenho feito tudo para orgulhá-la.

Brad é o meu refúgio. Sei que posso contar com ele para tudo. Ele sempre tenta me ajudar o máximo possível. Mas, ele é só um adolescente. Não quero que ele se encha de responsabilidades que não sejam os estudos.

Eu não tenho tempo para muita coisa. Não saio, não vou à festas, não tenho muita vida social, não namoro. A única coisa que faço é beber.

Já tentei namorar uma vez, mas não deu muito certo. Ele era muito grudento e ciumento, e isso me atrapalhava muito a estudar e a trabalhar. Desde então, não namoro.

Homens são todos iguais. São uma perda de tempo. Por isso não namoro. Não quero que me atrapalhem.

[...]

- Vai logo, senão você irá se atrasar! - disse.

- Espera aí. Só mais uma ajeitadinha aqui, uma outra aqui, e... Acabei. - disse Brad assim que terminou de arrumar seu cabelo.

- Não sei o que você tanto faz nesse cabelo. Você mexe trocentas vezes e continua a mesma porra.

- Não fica a mesma porra. Meu cabelo é bonito e eu gosto de arrumar ele.

- Eu sei, seu animal. Odeio admitir isso, mas seu cabelo é melhor do que o meu.

- Seu cabelo também é bom. Você só não cuida.

- O tempo que eu poderia passar cuidando dessa vassoura, eu passo trabalhando para ganhar dinheiro.

- Para de ser chata, garota.

- Vamos logo, seu irritante. - Brad foi à caminho da escola e eu fui procurar um emprego. Parece loucura, mas Brad e eu estávamos sendo carinhosos na nossa última conversa. Bipolaridade? Talvez.

Parei a bicicleta assim que vi uma placa em um restaurante que dizia "Contratamos". Entrei no local e fui até a recepção.

- Bom dia. Eu li em uma placa que dizia que vocês estão contratando.

- Estamos sim, mas, no momento, temos disponível apenas o emprego de garçonete. - disse a recepcionista.

- Não, tudo bem.

- Vou passar para o gerente. - assenti. Esperei um tempo e a recepcionista me chamou. - É só entrar naquela sala. O gerente já está a sua espera.

- Obrigada. - caminhei até a sala e entrei na mesma.

- Bom dia. Você é Miranda Allen?

- Bom dia. Sou eu mesma. - apertei a mão do homem.

- Posso ver seu currículo?

- Claro. - peguei o papel que estava em minha bolsa e entreguei em suas mãos. O homem analisou bem e leu cada parte.

- Pelo visto, você é uma ótima profissional.

- É o que dizem. - sorri.

- Pena que temos apenas vagas para garçonete.

- Eu preciso muito desse emprego. Mesmo sendo de garçonete.

- Você é muito simpática e carismática. Os clientes adorariam ser atendidos por uma pessoa como você. Será uma honra tê-la trabalhando conosco. Você está contratada. Quem sabe no futuro você não começa a trabalhar como chef?

- Sério? Muito obrigada mesmo. Prometo que não irei decepcionar.

Eu iria começar tudo de novo, e, dessa vez, sem homens imbecis tentando me ferrar.

Espero.


Notas Finais




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