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História Love Or Kill - My friend, my family.


Escrita por: Monolg

Notas do Autor


Primeiramente obrigada pelos favoritos, é muito bom saber que as pessoas gostam do que eu escrevo. Segundo, vou tentar postar aos domingos, terça-feira, quinta-feira e sabádos. São os dias mais tranquilos que tenho para postar... Mais uma vez obrigada e espero que gostem deste cap.

Capítulo 2 - My friend, my family.


Acordei com o vento gelado e seco invadindo meu quarto, senti meu lençol de cetim escorregar entre minhas pernas, e me levantei meio sonolenta ainda, fui caminhando até a varanda fechar a janela. É inverno, a temperatura está baixa e o vento extremamente seco, se eu tiver sorte não pegarei uma gripe...

Sai do banho e me enrolei na toalha fofinha que estava estendida na porta do Box, caminhei até a sala enquanto penteava meus cabelos ainda molhados e liguei a televisão para assistir ao noticiário, já estava escuro la fora e eu provavelmente estava atrasada para o jantar com o deputado e muito provavelmente Stiller vai querer me matar por isso. Me sentei no sofá  derrotada pela falta de animo e suspirei exausta me encostando na almofada, me perdi enquanto assistia ao noticiário.

“ – Hoje faz dois anos que uma jovem foi morta brutalmente enquanto voltava de um restaurante onde comemorava o aniversario da Irmã... Ninguém foi preso, nenhum suspeito, nenhuma atitude foi tomada, até quando esses bandidos ficarão soltos por ai cometendo essas barbáries?!”

Desligo a TV irritada e me levanto do sofá com pressa, sinto minha Iris escurecer, minhas mãos começam a tremer e minha garganta se fecha num aperto tão forte quanto um nó, minha cabeça lateja e a sensação de perda e raiva é imensa,posso sentir meu peito arder de ódio e minhas terminações nervosas em chamas, meus pés estão queimando e minha boca amargou, tenho um colapso  de raiva e arremesso o controle na TV em seguida dando um chute na mesa de centro de madeira que é arremessada perto da varanda, preciso destruir tudo e qualquer coisa que estiver a minha frente. Me jogo no chão em meio a cacos de vidro e fotos rasgadas,  nas minhas mãos pequenos cortem foram feitos pelos quase minúsculos cacos de vidro, mas sem duvidas qualquer dor física é suportável a essa altura da minha vida.

(...)

Termino de arrumar meu vestido e paro em frente ao espelho, o vestido curto preto realçou todas as minhas curvas, seu decote em V coberto por stras dourado deixou meus seios mais avantajados, calço o salto agulha preto de veludo e caminho até a sala procurando minhas chaves do carro, elas estavam embaixo dos cacos de vidro do vaso de porcelana que joguei na parede a pouco, tenho que ser cuidadosa para não escorregar, pego as chaves e meu casaco e saio em direção a garagem do prédio.

(...)

- Porque se atrasou tanto?. Stiller perguntou enquanto eu ajeitava meu vestido no corpo, revirei os olhos e sorri sínica.

- Imprevistos. Foi tudo o que eu disse e então caminhei devagar em direção a mansão do deputado. Por mais que eu e Stiller tivéssemos uma relação extremamente profissional ele sempre esteve presente como um irmão nos piores momentos, principalmente depois que Camilly foi morta. Ele me acolheu e me trouxe para Los Angeles quando eu estava encrencada por causa de dinheiro, me ensinou que posso conseguir o que quiser, que nada é impossível, que eu sou capaz de tudo... E sou mesmo.

(...)

- Você é uma belezinha. O velho disse enquanto eu terminava de me vestir, sorri e me virei indo em direção ao frigobar, peguei uma taça e despejei o champanhe, amassei dois comprimidos e misturei em uma taça, sorri satisfeita e voltei para a cama.

- Aqui querido, vamos brindar!. Falei rindo e entregando uma taça ao deputado que me olhou safado e mordeu o lábio. Nojento.

- Um brinde, a nós!. Gritou e virou a taça em um gole só, ri sínica. Otario.

- A você. Falei enquanto o encarava, dei um gole em minha taça e me levantei para calçar meus saltos, o deputado então começou a tossir e cuspir sangue... Essas pílulas nunca me decepcionam. Me virei novamente e vi que ele havia cuspido sangue na minha bolsa, bufei estressada e empurrei o corpo dele para fora da cama com os pés o jogando no chão.

- Que droga você sujou minha bolsa seu cretino nojento!. Falei irritada enquanto ele agonizava. Sorri vitoriosa.

- Vaca. Ele disse em um fio de voz e eu ri sem humor.

- Vamos lá querido, diga para a sua belezinha onde você guarda o dinheiro sujo das suas eleições?. Perguntei segurando seu queixo mas fui surpreendida quando ele cuspiu em mim.

- OK. Falei limpando meu rosto, me levantei e acertei dois chutes no seu rosto e ele gemeu alto de dor. Sai do quarto e fui até o escritório dele que ficava nos fundos, a casa é imensa e parece um labirinto, de muito mal gosto inclusive!...Droga- pensei quando escutei sirenes se aproximando da casa, eu tenho que sair daqui logo, e com o dinheiro. Se eu tivesse muito dinheiro, e precisasse esconder, onde esconderia? Eu estava cercada de quadros e pinturas, e nenhum deles escondia um cofre, o tapete não encobria um piso falso, no computador não haviam documentos que denunciassem algo, eu estava ficando sem tempo... Comecei a revirar o lugar, as gavetas, os armários e até joguei o computador no chão, minha paciência estava acabando e o desespero estava começando a aparecer então tentei manter o foco e ficar calma, pensa rápido Megan. Stiller! Disquei seu numero rápido e ele me atendeu na primeira chamada;

- Preciso de ajuda. Disse ríspida e ele engoliu seco.

- O que houve?. Perguntou preocupado.

- Primeiro, mande alguém me esperar a dois quarteirões da mansão, essa porra vai lotar de policia daqui a 15 minutos... – Dei uma pausa para ele absorver tudo o que eu estava falando.

- Vou mandar alguém pegar você Megan, saia logo daí. Ele disse grosseiro.

- Eu ainda não terminei... Se você fosse um corrupto e não guardasse dinheiro em cofres nem em pisos falsos em uma casa cheia de artigos artísticos, onde você esconderia o dinheiro?. Perguntei enquanto me livrava dos saltos que com toda certeza iriam me atrapalhar na hora da fuga.

- Ora não sei, em pinturas ou esculturas Megan... Caralho da o fora daí. Ele gritou no telefone e eu passei os olhos pelo escritório novamente, meus olhos pousaram em uma escultura atrás da porta de uma mulher nua, sorri e desliguei o telefone. Velho babão, te peguei!

A saída da casa já estava cercada por alguns policiais que acabaram de chegar, então a porta da frente não era muito indicada para dar o fora dali, logicamente a porta de trás também vai estar cercada por policiais que esperam ansiosamente que eu seja burra o suficiente para tentar fugir por ali. Parei no corredor e olhei para meus pés, olhei para a janela quase minúscula do lavabo e bufei irritada com a situação. Estava pronta para pular quando fui invadida por uma onda de medo, a altura era grande, mas nada que fosse me matar, respirei fundo, era pular ou ficar e me entregar. Não cheguei até aqui para ser presa, não agora, não hoje. Pulei.

(...)

- Nunca mais faça isso, você tem noção do que poderia acontecer?.- Ele entrou no quarto batendo a porta e gritando como eu nunca vi, ele estava realmente irritado.

- O dinheiro está na sala, não precisa se preocupar comigo.- Falei fria e ele riu.

- Seu treatrinho de menina má não cola comigo.- Disse sentando na cama e puxando meu pé inchado para seu colo, grunhi de dor e ele sorriu sarcástico.

- Droga Stiller, vai devagar.- Falei me contorcendo de dor. Meu pé torceu quando cai no chão mas na hora o sangue quente não me permitiu sentir dor.

- Se tivesse ido embora quando mandei seu pé estaria menos inchado.- Disse rindo e eu revirei os olhos, me estiquei até ficar próxima de seu rosto.

- Se eu fizesse metade das coisas que você manda, nós estaríamos roubando carros no farol e não políticos corruptos.- Falei séria e ele engoliu seco.

- Sinto falta da época em que você mal sabia empunhar uma arma...- Disse e eu semicerrei os olhos o encarando, ficamos nos encarando e ele abaixou a cabeça.

- Já falamos sobre isso...- Eu disse com amargura e ele suspirou.

- Megan você precisa superar, já faz dois anos...- Ele disse segurando meu braço e eu ri sem humor.

- Superar? Engraçado escutar você falando sobre superar, é você quem vive na sombra de uma mulher que te abandonou no dia do seu casamento para fugir com outro cara. - Falei amarga e ele arregalou os olhos e ficou me encarando, percebi que ele realmente ficou magoado então simplesmente afundei no travesseiro enquanto ele cuidava do meu pé.

- Eu só acho que vingar a morte da sua irmã não deveria ser seu objetivo de vida... Você deveria querer algo a mais, não sei, talvez trazer sua mãe pra cá e dar a ela uma vida melhor...

- Obrigada pela preocupação, mas estou dispensando conselhos. Deixa que dos meus problemas cuido eu.

 - Ok... Desculpe, não toco mais no assunto.- Disse chateado e terminando o curativo no meu pé, sorri agradecida e ele sorriu em troca sem mostrar os dentes. Me senti culpada pelo comentário sobre Savanah, sua ex mulher que o abandonou no altar no dia do casamento, eles estavam noivos a um ano e namoravam a cinco... Stiller entrou para o crime depois que ela o abandonou, e desde então eu nunca o vi com mulher alguma...Eu sei que sua vida foi tão difícil quanto a minha. A mãe o deixou em um abrigo quando ele tinha 6 anos e ele nunca mais teve noticias dela, o pai nunca quis saber dele, ele não tem irmãos e nem avós, a única pessoa que ele tem uma relação mais intima sou eu e Marta, sua governanta. Nos conhecemos em uma mesa de aposta, dois meses depois que Camilly foi morta, eu estava endividada e não faltava muito para mandarem me matar, eu estava em depressão e me afundando em drogas e álcool, Stiller me trouxe para Los Angeles e me mostrou a vida que levava, carros de luxo, barcos, apartamentos caros e mansões enormes... Mas me disse que se eu quisesse levar uma vida igual a dele eu deveria esquecer tudo o que ficou no passado, família, casa, tudo. No começo fiquei com um pé atrás, a proposta era muito boa pra ser verdade, mas depois de ver as dividas aumentando eu enfim aceitei... E hoje estamos aqui, ele é a minha família e eu sou a dele.

- Me perdoe sobre o comentário da Savanah, eu não quis te magoar... Você sabe, as vezes eu só digo sem pensar...- Falei com a cabeça baixa e ele me abraçou.

- Tudo bem... Vou ir para casa, quer que eu traga algo pra você comer mais tarde?- Perguntou se levantando e eu cocei a cabeça, estou louca de fome.

- Hmm, na verdade eu estou bem faminta... Não podemos pedir algo para comer agora?

- Claro, uma pizza?- Fiz cara feia e ele riu.

- Comida japonesa.- Falei batendo palminhas e ele revirou seus grandes olhos pretos.

- Ok vou pedir, vai tomar um banho, você ta cheirando a perfume de velho.- Stiller disse e saiu correndo rindo enquanto eu tacava alguns travesseiros na sua direção. Me levantei e caminhei devagar até o banheiro, liguei o chuveiro e esperei esquentar, lá fora fazia muito frio. Me despi e entrei no Box.

(...)

Terminei de secar meu cabelo e me joguei na cama, exausta. Stiller entrou no quarto saltitando com duas bandejas enormes cheias de comida, me levantei na hora e peguei uma.

- Nossa vai com calma assim você vai passar mal.- Stiller falou rindo enquanto eu devorava meu terceiro temaki.

- Não foi você que pulou da janela do banheiro de uma casa no segundo andar, então não me mande ir com calma.- Falei de boca cheia e ele fez cara de nojo.

- Desculpe Tarzan.- Falou rindo e eu revirei os olhos. Ele conseguia ser irritante quando queria.

(...)

- Quer que eu fique para o café?- Stiller disse enquanto lavava a louça e eu revirei os olhos sem paciência para sua ousadia.

- Só se você não se incomodar de dormir no sofá.- Falei rindo e ele semicerrou os olhos.

- Você tem três quartos de hospedes neste apartamento Megan, não seja mesquinha.- Falou enquanto secava sua mão e eu ri alto.

- Pode ficar Stiller.- Falei levantando as mãos em sinal de rendimento.- QUARTO DE HOSPEDES!- Gritei enquanto saia da cozinha e escutei ele bufar. Fui para o meu quarto me deitar, senti meus olhos pesarem e cai no sono... Acordei com Stiller entrando no meu quarto e andando de um lado para outro, me levantei meio sonolenta tentando entender o que estava acontecendo.

- Roubaram nossa carga agora, foi a gangue do Bieber, dá pra acreditar nisso?- Falou irritado passando as mãos na cabeça, suspirei e me sentei na cama.

- Não faço ideia de quem seja, mas quer que eu resolva?- Perguntei enquanto bocejava e ele parou para me encarar.

- Você da conta?- Perguntou coçando o queixo e eu ri alto.

- Lógico. Agora me deixe dormir, amanhã falamos sobre isso.- Falei me jogando na cama enquanto ele saia do quarto. Nunca vi Stiller tão nervoso como hoje, sem duvidas esses caras tem historia com ele. 


Notas Finais


Beijos e até o proximo, não se esqueça do comentario, ele ajuda muuuito!


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