Megan Pov
Olho-me no espelho sujo e quebrado que está pendurado na parede embolorada a minha frente, respiro fundo e encaro meu reflexo cansado, não vejo vida em meu próprio corpo, a não ser pela pequena elevação em minha barriga, que hoje faz dois meses de uma quase vida, uma quase vida que vai ser boa, vou sair daqui e dar uma vida plena ao meu bebê, eu devo isso a ele.
- Querida, disfarce.- Minha mãe diz e logo depois ouço um chacoalhar na maçaneta. Arrumo minha blusa de forma que fica larga e disfarça o volume de minha barriga, me sento ao lado de minha mãe, Alex entra.
- Boa tarde senhoras.- Ele diz debochado assim que entra no quarto, em uma de suas mãos carrega uma grande sacola preta.
- Quando vai nos tirar daqui?- Pergunto enjoada e ele ri.
- Seus desejos foram atendidos Megan.- Ele diz sínico e eu o olho desconfiada.
- Para onde vai nos levar?- Pergunto desconfiada e ele me olha diabólico, um de seus homens entra no quarto e nos arrasta de forma agressiva para fora da casa, depois nos coloca dentro de um carro preto. Alex entra e se senta no banco do passageiro, sou vendada e amarrada, minha mãe também, começo a me desesperar.
- Fiquem caladas.- Alex ordena enquanto amarra uma mordaça em minha boca, acredito que minha mãe também é amordaçada pois não a escuto falar mais, apenas resmungar algo. Passamos todo o trajeto sem poder ver nada e nem falar nada, meus pulsos começam a arder e minha boca a ficar seca, estou com medo de para onde vão nos levar e o que vão fazer conosco.
Justin Pov
Desço do carro e faço um sinal para que Ryan, Chris e Chaz para que eles me esperem e não permitam que nossos homens avancem. Estamos parados em frente a casa de Stiller, a um grande portão impedindo nossa entrada, um de meus homens atira contra ele o abrindo, logo todos os seguranças da casa abrem fogo contra nós, me escondo atrás de uma grande viga, Chris e Chaz me dão cobertura enquanto avanço para dentro da casa, chuto a porta e a mesma cai, entro com a arma em punho e logo atrás vem Ryan, Chris e Chaz. Vasculhamos alguns cômodos e não achamos um vestígio se quer de Stiller, vou caminhando devagar em direção ao escritório e percebo que dentro do mesmo está tocando um CD de um famoso concerto de Opera Suiça, abro a porta devagar e sinto os pelos de minha nuca ouriçarem, Stiller está sentado com sua arma em su mão direita enquanto fuma um cigarro de maconha com a outra.
- Finalmente, Stiller.- Digo frio e ele sorri diabólico para mim.
- Que desprazer encontra-lo Bieber.- Ele diz soltando seu revolver em cima da mesa de vidro e dando mais um trago em seu cigarro.
- Concordo plenamente.- Digo olhando fixamente para seus olhos, sinto cada partícula de meu sangue ferver dentro de minhas veias.
- Qual o motivo de sua inesperada visita?- Ele pergunta sínico e eu arqueio uma sobrancelha, Chris e Chaz estão atrás de mim, Ryan está no final do corredor para nos dar cobertura.
- Para onde Alex levou a Megan?- Pergunto aborrecido e ele ri descontroladamente, tossindo algumas vezes por conta do cigarro.
- Você invadiu a casa errada, eu só passo encomendas não sei para onde ele as manda.- Ele diz sério e eu o olho com raiva e faço um disparo que acerta seu cigarro, ele me olha aparentemente aborrecido.
- Não estou brincando Stiller. Diga-me o que sabe e eu pegarei mais leve na hora de cortar suas bolas.- Digo rude e ele arregala os olhos.
- Não posso contar o que não sei. Mas sei de muita coisa que posso contar Justin. Lhe tenho nas mãos e você mal sabe.- Ele diz ameaçador e eu solto uma risada sínica. Faço um sinal para Chaz e Chris, eles entram no escritório, Stiller levanta as mãos em sinal de rendimento, os meninos o amarram e eu me aproximo e me sento a sua frente.
- Não faça joguinhos comigo Stiller, eu não tolero brincadeiras.- Digo levantando as mangas de minha camisa social e ele sorri.
- Sei disso.- Ele diz segurando a risada, sinto meus olhos arderem de raiva e lhe acerto o primeiro soco, uma dose de adrenalina passar rasgando por meus punhos. O canto de sua boca sangra mas ele parece não se abalar, acerto-lhe mais um, dois, seu rosto está quase irreconhecível mas ele se quer grita de dor.
- Diga-me! – Grito enfurecido e ele ri, me levanto e viro de costas para ele, passo as mãos pela cabeça, estou pirando.
- Quantos tiros foram?- Ele pergunta e eu me viro novamente para ele, arqueio uma sobrancelha.
- Do que está falando?- Pergunto confuso.
- Camilly.- Ele diz e sinto um frio enorme passar por meu corpo. Como ele sabe?
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