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História Love Or Kill - Fim


Escrita por: Monolg

Notas do Autor


Eu não estou acreditando ainda, a dois anos atrás eu estava começando a escrever essa historia, exatamente nesse mesmo mês, eu era tão ingenua e estava tão vazia, o amor por essa historia me consumiu toda e me fez ser quem eu sou, eu amo todos vocês, cada comentario e favorito, vocês me trouxeram até aqui, vocês viveram comigo cada angustia e cada felicidade, cada vacilo e cada golpe do Justin... Obrigada por tudo, só tenho a agradecer!
Não pensem que acabou, nunca é um fim, sempre há um recomeço!
Me aguardem, trarei novas historias, novos amores.
Eu amo vocês!

Capítulo 37 - Fim


Fanfic / Fanfiction Love Or Kill - Fim

Justin Pov

O cano frio do revolver carregado parece assobiar dentro de meus ouvidos, ouço armas sendo destravadas, abro os olhos rapidamente, Megan me encara, está perdida, com medo, raiva, rancor. Olho em volta, os meninos estão em alerta, eles fariam de tudo para me proteger, até mesmo, atirar nela. Chaz abaixa a arma, ele parece lutar contra si mesmo. Sinto vontade de gritar para que eles abaixem as armas, mas o nó em minha garganta impede que eu diga quaisquer palavra, levanto minha mão e faço um sinal para que eles abaixem as armas, Ryan hesita mas o reprendo com o olhar e ele compreende. Todas as pessoas a nossa volta estão vidradas em Megan, tudo está tão silencioso que o único barulho que escuto é a respiração pesada de Megan. Na minha cabeça se passam muitas coisas, e na maioria delas, estratégias para desarma-la, mas meu coração diz que não, meu coração se nega a acreditar que ela me mataria, ela me ama e seu coração é bom demais para isso. Ela fecha os olhos os reprimindo, vejo a dor tomar conta de seu corpo, sinto que ela vai explodir, mas não. Ela abre os olhos, sua respiração se tranquiliza, ela me olha, sua Iris está negra, sua bochecha levemente corada e da sua testa caem pingos de suor, sua mão tremula tenta segurar firmemente o revolver em sua mão, sinto vontade de beija-la e dizer que não precisamos disso, podemos ir para casa e esquecer tudo, podemos superar como costumávamos fazer, mas sei que dizer isso seria injusto e tolo, então permaneço calado.

- Você não pode deixar ela fazer isso cara, diga a verdade! – Chris grita enfurecido, Megan parece não se abalar.

- Nada do que eu diga vai mudar o que aconteceu. – Digo frio e engulo seco, Megan pisca repetidas vezes.

- Foi um jogo o tempo todo? – Ela diz depois de um longo tempo em silencio, respiro fundo.

- Não Megan, nunca foi um jogo. – Digo sério e ela ri.

- Você sabia? – Ela pergunta se exaltando um pouco, seu corpo permanece fincado no mesmo lugar.

- Eu nunca soube. – Digo de cabeça baixa.

- Como pôde Justin? – Ela diz em um fio de voz e uma lagrima escorre de seus olhos.

- Eu fui covarde, desculpe. – Digo e ela solta uma gargalhada assustadora.

- Desculpe? Não é como pisar no meu pé, Justin! Você matou a minha irmã! – Ela grita descontrolada e encosta sua arma em minha cabeça, seu dedo bambeia no gatilho e um frio percorre minhas espinhas.

- Eu.não.matei.Camilly ! – Grito perdendo a paciência. Megan arregala os olhos, olha para Alex que me parece confuso.

- Ele está blefando! – Stiller grita e eu o fuzilo, Megan bambeia.

- Se não a matou, porque ainda está na frente da arma? – Megan pergunta desconfiada e eu suspiro soltando todo ar preso.

- Porque eu te amo Megan...Amo muito mais do que poderia um dia imaginar.- Falei a abraçando, mas ela não correspondeu. Me afastei a encarando, ela estava pálida, o sangue de seu rosto havia fugido. 
- Eu te amo...mas não te perdoo.- Falou apontando a arma para a minha cabeça. Engoli seco, não haviam mais segredos entre nós.

- Ele está blefando.- Stiller diz frio e eu o fuzilo com o olhar. Megan fecha os olhos, eu sabia o que estava por vir. Fecho os olhos os reprimindo com força, na minha mente se passam as cenas de todas as vezes em que estivemos juntos e felizes, o dia em que a salvei na praia, quando a conheci, o mesmo amor que fez meu coração bater mais forte, agora iria para-lo para sempre. Respiro fundo, não há nada que eu possa fazer, só aceitar. Um longo silencio toma o lugar, minhas mãos tremem mais que minhas pernas bambas, tenho que me esforçar para me manter de pé. Megan suspira.

- Eu te amo. – Ela balbucia e faz um disparo...Abro os olhos, ainda estou vivo. Ela não atirou em mim, ela atirou em Stiller, seu corpo morto está jogado no chão. Solto todo o ar preso em meu corpo.

- Isso é por ter me chamado de Savannah – Ela diz vingativa, Alex a encara assustado.

- Que belo teatro. – Escuto uma voz feminina atrás de mim, me viro e levo um susto, Lexi estava parada com um sorriso diabólico atrás de mim.

- O que está fazendo aqui? – Megan indaga quase engasgada e Lexi solta um riso sínico.

- Vim buscar meu premio. – Lexi diz debochada e Megan franze o cenho.

- Não é hora para brincadeiras, Lexi. – Digo sem paciência, todos se olham confusos.

- Já não está cansada de apanhar? – Ryan pergunta e Lexi da de ombros.

- Tudo o que ela me fez, toda a dor que me causou, nunca se comparará ao o que tirei dela. – Lexi diz sínica e Megan parece acordar, olho para Lexi e depois para Megan, as duas se encaram como dois cães com raiva.

- Do que você está falando? – Megan rosna e Lexi sorri vitoriosa. Lexi caminha devagar até passar por mim e ficar a minha frente, Megan continua com o corpo paralisado em frente a loira.

- Toda aquela cisma, todo aquele ódio Megan. Nunca passou pela sua cabeça?! Você é muito mais tola do que pensei, muito mais do que Camilly. Vocês duas são tão parecidas que temi que Justin soubesse quem você era no momento em que pôs os olhos em você, mas não, porque se ele soubesse Megan, se ele desconfiasse que você era irmã da falecida ele jamais teria se aproximado de você e eu o teria para mim, como era para ser. Mas você apareceu, e eu me vi com o mesmo problema pela segunda vez, precisava me livrar de você a qualquer custo, mas estava sendo mais difícil do que a primeira vez. Tenho que admitir querida, você me deu um trabalhão, tive que ser mais discreta do que antes, pensei até em alguns momentos em que eu não conseguiria, mas ai você me dá um grande presente como esse, a família toda reunida, você, o bebê, a vovó e o papai. Eu poderia desejar algo mais fácil que isso? – Estamos todos paralisados, as palavras de Lexi começam a ecoar em minha cabeça, estou tentando fazê-las ter sentido...ela a matou.

- Como você pôde? – Grito e vou para cima dela, ela saca sua arma e aponta para mim, paro. Megan está parada, sem esboçar quaisquer reações.

- Todo esse tempo eu procurei por alguém, alguém que estava tão perto. Eu não quero saber a sua motivação, porque sua voz me dá nojo, eu só quero poder acabar com você Lexi, como prometi a dois anos atrás. – Megan diz, sua voz está rouca, seus olhos claros agora estão escuros e sem vida. Engulo seco. Em outra situação eu teria matado Lexi, mas esse momento não é meu, essa vingança não pertence a mim.

- Como pretende fazer isso Megan? – Lexi a desafia, sua arma está apontada para mim, suspiro pesado, Megan olha para mim e depois para o revolver, ela sabe que qualquer passo acabaria com minha vida.

- Você o ama, não teria coragem. – Megan diz e Lexi ri.

- Tem razão.- Ela diz sínica e então vira seu revolver para Angela, vejo Megan se contorcer de raiva, Lexi sorri vitoriosa e faz um disparo, meus olhos se arregalam imediatamente, Megan se assusta, pega impulso e corre em direção a Lexi, vejo tudo em câmera lenta, é como um filme de terror, os cabelos pretos de Megan voando contra seu rosto enquanto ela corre desesperadamente e impulsionada pela raiva, seu rosto suado e sua expressão de ódio a faz ser a coisa mais assustadora que um dia já me deparei, nunca em anos eu havia visto tanto ódio em um só coração, a dor transforma as pessoas. Megan agarra Lexi e as duas caem no chão, não consigo acompanhar os golpes que Megan distribui porque são muito rápidos e precisos, Lexi tenta se defender mas é quase impossível, algo sobrenatural. Acordo de meu transe e olho para todos que acompanham a luta no chão.

- Ryan, segura o Alex! – Digo e Alex tenta correr mas Ryan o pega, corro até Angela, a mesma está atirada no chão, a bala acertou seu peito, mas ela ainda está viva, preciso tira-la daqui rápido.

- Nosso carro não está tão longe daqui Justin, vamos leva-la, cuide da Megan. – Chris diz pegando Angela em seu colo, apenas concordo e o vejo sumir no horizonte.

- Megan, pare! – Grito a levantando do chão, Lexi se levanta e sacode a poeira do chão sobe suas roupas, Megan se ajeita.

- Porque veio até aqui Lexi? Porque acabar com o seu teatro depois de dois anos? – Megan questiona e Lexi sorri sem vida.

- Você está grávida Megan, tudo o que ele sempre quis você está carregando ai. Acha mesmo que depois disso eu teria alguma chance de fazê-lo esquecê-la? Não é como um inseto, isso iria liga-los para sempre e nem mesmo eu, poderia interferir. – Lexi diz enquanto algumas lagrimas caem de seu rosto. Eu sempre soube que Lexi era apaixonada por mim, nós tivemos um caso no passado, mas nunca passou de sexo e ela sempre soube muito bem disso, agora, olhando para ela e vendo todas as coisas horríveis que ela foi capaz de fazer, só consigo sentir pena.

- Então porque veio até aqui Lexi? Porque não fugiu e foi viver sua vida longe de nós? Porque não deixou que eu matasse Justin achando que ele era o verdadeiro assassino de minha irmã? – Megan está a cada minuto mais nervosa, seu rosto vermelho e suado parece que vai explodir a qualquer momento, ela grita enquanto pressiona sua barriga grande, parece estar sentindo dor.

- Megan, se acalme! – Peço e ela me ignora, Lexi me olha depois encara a grande barriga oval de Megan e sorri dolorosamente.

- Eu não conseguiria viver sabendo que deixei que você matasse o homem da minha vida...- Ela diz com o rosto baixo e uma voz sombria.

- Então vá embora! – Megan berra mais alto do que achei possível, Lexi solta uma gargalhada fria.

- Mas eu também não conseguiria viver sabendo que vocês estão felizes brincando de casinha. – Lexi diz destravando seu revolver e apontando para Megan. Arregalo os olhos e me coloco a sua frente, Chaz entra na frente de Megan também.

- Lexi pense bem, por favor. – Chaz suplica tentando fazê-la mudar de ideia mas ela continua firme com seu revolver apontado para nós.

- Lexi abaixe essa arma. – Peço com a voz calma, ela fecha os olhos e os reprimi, suas mãos firmes agora tremem. Olho para trás e vejo Megan pálida, seus olhos fundos e marcados pelo choro parecem pedir socorro, viro-me novamente, a angustia toma conta de todos os corpos ali juntos, unidos pelo medo e pelo amor a família. Fecho os olhos, já consigo sentir o gosto do sangue em minha boca e da bala perfurando meu peito, eu morreria mil vezes, das piores formas possíveis, se eu tivesse a certeza de que minha mulher e meu filho estariam a salvo, toda dor, todo rancor, valeria a pena.

- Te esperei por muito tempo, desejei esse momento todos os dias da minha vida, a cada lagrima de dor e angustia, eu jurei, cada bala que atravessou aquele corpo, cada fio de cabelo que daquela cabeça caiu, eu vingaria. Nunca duvide de mim, eu sou uma Bieber. – Megan diz sacando seu revolver cromado que estava escondido no cinto de sua calca jeans. Vejo os olhos de Lexi se arregalarem, ela faz um disparo mas Megan não dá tempo para que ela reaja e a acerta com quatro tiros, cabeça, peito, barriga. Lexi está morta, Camilly vingada.

- Megan! – Ouço Chaz gritar e correr até ela, há muito sangue no chão, ela está assustada, não há sinais de tiro, então ela grita.

- Meu bebê! – Ela grita pressionando sua barriga que agora carrega um furo indicando que a bala havia lhe acertado ali. O sangue de meu rosto corre, minhas mãos soam frio, um tiro na barriga mataria os dois. Levanto-me do chão e a pego bruscamente no colo, saio correndo em direção a um dos carros e abro a porta traseira a colocando lá, ela grita e se contorce de dor, Chaz entra atrás junto com ela enquanto eu me sento no banco do motorista e saio acelerando em direção a qualquer hospital mais próximo dali.

- Justinn ele precisa nascer! – Ela grita fazendo força, Chaz a deita no banco e pede para que ela faça força.

- Megan se essa criança nascer fora do hospital, ela vai morrer! – Chaz grita e Megan se assusta.

- Não era pra ser assim Justin, ele só tem sete meses. – Megan grita e eu engulo seco, preciso leva-la a um hospital rápido, um bebê prematuro precisa de cuidados.

- Querida, olhe para mim. – Digo pelo retrovisor e ela me encara. – Vai dar tudo certo, você vai conseguir, faça força, o Chaz vai cuidar de você até que eu te leve ao hospital, mas eu preciso que fique calma. – Digo e ela assenti e volta a fazer força, sua unhas sujas de sangue estão fincadas no banco de couro do meu carro, isso mostra o quanto ela está fazendo força, sua testa está completamente molhada e seu cabelo parece ter saído do chuveiro agora, suas pernas sujas de sangue assustam a Chaz que tenta de toda forma ajuda-la a fazer força.

- Justin ela está ficando fraca! – Chaz grita desesperado, estou voando com o carro pela avenida faltam apenas algumas ruas para chegarmos, estou desesperado.

- Megan fique acordada, por favor, querida já estamos chegando aguente! – Tento anima-la, ela está lutando para manter-se acordada.

- Eu não vou conseguir. – Ela diz em um fio de voz, faço uma curva fechada e acelero, jogo o carro em cima da calçada a ouço gritar como nunca antes, Chaz desce do carro e corre para dentro do hospital pedir ajuda, entro no banco de trás e congelo. Megan está sorrindo agarrada ao bebê, uma menina. Não consigo conter as lagrimas e desabo ali mesmo, a bebê chora descontroladamente, abraço Megan e a beijo.

- Eu te amo muito. – Eu digo em um sussurro e ela sorri. Algumas enfermeiras chegam apressadas e tiram Megan e a bebê do carro rapidamente, eu e Chaz vamos para a recepção preencher algumas papeladas e aguardar. Estou tão feliz, tão exultante, se o mundo acabasse hoje eu poderia me gabar e dizer; Eu fui o homem mais feliz do mundo até o meu ultimo segundo de existência.

...

Em algum lugar por aí 10:00AM

Sentado naquela espreguiçadeira na areia fofa vendo Camilly e Megan correndo na beira d´água, pude perceber, e ter a certeza de algo que sempre me questionei. O amor existe, não como algo clichê, nem namoros adolescentes, o amor é muito mais do que podemos ver, é como o vento que sopra os cabelos morenos de Camilly, nós não vemos, sentimos, uma sensação libertadora, muitas vezes fazemos pouco caso dela, mas somente quando nos é tirado damos o verdadeiro valor. O amor liberta, o amor perdoa, o amor cura e da a vida. Nunca fui capaz de me perdoar, durante todo aquele tempo imaginei ter matado a mulher que eu amava, mas Megan me deu amor, o amor me curou e me deu um propósito para viver, o amor de Megan me perdoou, mesmo quando nem eu mesmo me perdoei, o amor de Megan me deu a vida, me deu uma vida, uma outra vida para cuidar, zelar e por fim, amar. Por outro lado, o amor também mata, um belo exemplo é Lexi, o amor adoeceu, machucou e por fim, a matou. E você? Love or Kill?

Fim.


Notas Finais


Estou em prantos, fiquei segurando esse cap por dias pq não queria acreditar que acabou, obrigada por tudo novamente, fiquem atentas, mandarei mensagens com surpresinhas sobre a nova fic!


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