História Love or Sin? - Aconteceu no ano Retrasado

CLARY

Minha visão estava um pouco embaçada, levei minha mão até meus olhos e os cocei levemente, os abri, estava escuro, tudo estava apagado, me levantei do sofá, me arrependi disso ao sentir uma dor no meu pescoço. Andei andei até a janela da sala e, cuidadosamente, abri a cortina, me surpreendi quando vi que já estava escuro lá fora. Cocei meus olhos mais uma vez e bocejei. Olhei em volta e subi as escadas, fui direto ao quarto de Jace, quando cheguei lá, bati na porta. Jace não me atendeu, bati na porta novamente, nada. Decidi simplesmente abrir a porta. Jace estava deitado sobre sua cama, é inverno, mas, mesmo assim Jace gosta de dormir pouco coberto, ele estava apenas com um lençol que cobria suas pernas, estava sem camiseta usava uma bermuda. Sua respiração é regular e tranquila, entrei em seu quarto e depositei um beijo em sua testa, isso, o fez despertar e, tranquilamente ele se movimentou para o lado, em seguida, abrindo os olhos. Quando ele me viu, sorriu.

―Oi, minha linda! ―ele falou, sentando-se na cama.

―Oi ―falei e sorri fraco.

―O que você está fazendo aqui? ―ele perguntou.

―Vim ver se estava acordado. ―falei.

―Agora eu estou! ―ele falou.

―Desculpa, você deve estar com sono, eu vou até o meu quarto para dormir. ―falei, quando estava me afastando da cama de Jace e indo até a porta, ele agarrou meu braço e me fez olhar para ele.

―Não, fica! ―Jace disse me olhando nos olhos. ―Dorme aqui hoje.

―Jace… ―comecei a falar mas logo ele me interrompeu.

―Clary, fica, só hoje ―Ele fala fazendo aquela carinha de cachorrinho abandonado.

―Tá, eu fico! ―falei, ele foi para o lado, deixando um espaço para eu me deitar. Quando me deitei, ele me abraçou e beijou meu pescoço, fiquei toda arrepiada. ―Jace, vamos dormir. ―falei, o fazendo para com os beijos no meu pescoço.

―Boa noite então, minha princesa linda ―Jace falou com sua voz rouca em meus ouvidos, me fazendo ficar arrepiada.

―Boa noite, meu amor ―falei, me virando para dar um selinho no mesmo.

ஜஜஜ

Senti algo se mexendo atrás de mim, ainda com os meus olhos fechados me virei, abrindo os olhos vi Jace sentado na cama, sem camisa.

―Bom dia! ―falou e se aproximou, me dando um selinho.

―Acordou faz tempo? ―perguntei.

―Não, acordei agora.

JACE

―E acho que a mãe já foi trabalhar ―falei. ―Isso significa que estamos sozinhos e já estamos em uma cama… ―e meu amigo já está em alerta por causa da ereção matinal.

―Jace, não vamos fazer sexo, não agora! ―ela falou.

―“Não agora”, então você está pensando nisso? ―perguntei. Ela ficou totalmente corada, estava muito vermelha. ―Não precisa corar, eu só estava brincando! ―não, não estava. ―Está tudo bem? ―perguntei, me aproximando. Comecei um beijo, calmo, mas logo nos separamos.

―Jace, você sabe que eu sou virgem e sabe que eu tenho um pouco de medo de…

―Já sei, Clary, tudo bem! Eu não vou te pressionar, vou esperar você ficar pronta e, quando quiser, eu vou estar com você, certo?! ―Falei, olhando ela nos olhos. Realmente não consigo entender como é que a Clary tem tanto poder sobre mim, ela me faz dizer, pensar coisas que eu nunca diria e nem pensaria e o pior é que ela não move um dedo, nem abre a boca, é apenas eu olhar para Clary que meus pensamentos mudam completamente, eu fico mais carinhoso, atencioso. E agora, que já vai fazer um ano que aquilo aconteceu, Clary é a única que consegue me acalmar, ela olha para mim, aqueles olhos verdes, amo quando ela olha para mim, me faz sentir como se eu fosse a pessoa mais amada do mundo, talvez fosse, quando eu estava com Clary, não queria que o tempo passasse, apenas queria ficar ali com ela.

―Jace, eu estou falando com você ―falou Clary, me tirando de meus devaneios.

―Desculpa linda, o que você tinha dito? ―perguntei, sorrindo ao olhar para ela.

―Para descermos e tomarmos café da manhã, ou almoçar, nem sei que horas são. ―falou.

―Espera, eu vou ver ―falei, me inclinando para perto do meu guarda-roupa, onde o telefone estava. ―Acho que vamos almoçar.

―Que horas são? ―perguntou.

―Meio-dia, vamos descer? ―falei, em seguida, peguei sua mão e descemos as escadas, no andar de baixo da nossa casa tinha a cozinha, a sala e a dispensa.

Repentinamente, ouvimos batidas na porta.
―Deve ser a Rory, pode atender meu amor? ―gritou Clary da cozinha.

―Claro minha princesa! ―falei e andei em direção até a porta, me surpreendi quando vi Isabelle parada na porta com seus olhos arregalados, eles estavam vermelhos e levemente marejados.

―Posso entrar? ―falou ela, mordendo seu lábio inferior, provavelmente, segurando o choro.

―Claro Izzy, o que aconteceu? ―perguntei, dando espaço para ela entrar na casa.

―Nada, eu só pensei em vir para cá! ―Ela falou, ainda estava estática, mal se mexia e quando falava, era de forma lenta e um pouco arrastada, seus lábios mal abriam.

―Quem er… Oi Izzy! ―Clary falou. ―Jace pode vir aqui, ligeirinho? ―Clary perguntou, eu assenti e fui até a cozinha.

―O que foi?

―O que a Izzy faz aqui? ―perguntou, não havia ficado brava nem irritada com a chegada de Izzy, mas sim, surpresa.

―Não faço ideia, mas você deveria falar com ela, quem sabe assim ela conte. ―falei, Clary assentiu e foi até o sofá.

CLARY

―Izzy, o que aconteceu? ―perguntei. Isabelle nem parecia ter me notado ali, até que eu falei com ela.

Ela continuou parada, sem dizer nada, estava sentada no sofá. Seus lábios estavam tremendo um pouco. Isabelle se levantou e veio caminhando bem rápido até mim, ela me abraçou, muito forte.

ISABELLE

Meus lábios estavam tremendo, eu estava quase chorando. Quando Clary chegou e me perguntou o que aconteceu, eu não consegui me mexer, não conseguia pensar direito no que estava acontecendo. Fui correndo até ela e a abracei, quando o fiz, senti seus braços nas minhas costas, assim como eu, Clary também me abraçou forte, foi então que eu não resisti, comecei a chorar, eu normalmente nunca choraria na frente de alguém e, apesar de eu conhecer Clary e Jace a menos de uma semana, sinto que posso confiar neles, que posso contar com eles, para tudo. É tão bom me sentir assim, quem me vê pensa que eu não preciso de ninguém, que eu sou totalmente segura comigo mesma, bem, eu costumava a ser, não mais depois do que aconteceu no ano retrasado, é difícil lembrar, mesmo que já tenha passado dois anos, é realmente muito difícil.
―Izzy, calma. ―Clary falou, separou o nosso abraço e fez carinho na minha testa.
―Li.. liga pro A-Alec ―falei, soluçando um pouco por causa do choro.
―Cadê seu celular? ―perguntou. Eu tirei ele do meu bolso e desbloqueei, o entregando para Clary. Ela rapidamente achou o número de Alec, estava nos favoritos, e então começou a falar com ele.
―Oi Alec, é a Clary…. É, sim, a Izzy está aqui!.... Ela quer que você venha, pode vir?.... Parece ser algo sério, eu não sei o que é!... Minha casa, sabe onde é?.... Tudo bem, eu espero.

―O-o-o que e-ele disse? ―Perguntei em meio à diversos soluços.
―Está vindo, Magnus vai trazê-lo de carro. ―Não falei nada, apenas assenti. Quando olhei para o lado, Jace estava nos olhando, ele veio até mim e me abraçou, sem nem dizer uma palavra, ele apenas me abraçou.

ஜஜஜ

―Alec, que bom que você chegou! ―Clary disse, indo recebê-lo na porta.

―Cadê a Izzy? ―El perguntou, estava muito preocupado, eu reconhecia o tom da voz dele quando estava preocupado.
―Ali! ―Clary apontou para mim e Alec imediatamente veio, ele sentou do meu lado. Chorando, apoiei minha cabeça em seu ombro.

―O que foi, Izzy, o que aconteceu? ―Ele perguntou, me abraçando de lado.
―Ele está aqui, eu vi ele. Alec, ele voltou! ―falei e comecei a chorar muito, novamente.
―Eu vou matar aquele desgraçado! ―Alec falou, de preocupado estava começando a ficar furioso. Abracei ele, forte.