História Love or Sin? - O que pode dar errado?

ISABELLE

Após minha conversa com Magnus, eu fui correndo para o carro de Rory, entrei e sentei ao lado de Alec e Clary.

—Ficou falando com ele? —Alec perguntou, sussurrando para mim

—Só disse para ele te dar um tempo —sussurrei de volta e olhei para a frente.

Depois de algum tempo, em silêncio absoluto dentro do carro, Rory se pronunciou:

—Alec e Isabelle, vocês querem que eu passe na casa de vocês para pegarem suas coisas?

—Não precisa, mais tarde eu e o Alec passamos lá, com a Clary e o Jace —falei e sorri.

Não demorou muito para que chegássemos na casa deles. Eu já tinha vindo aqui antes, Alec também, então não foi uma surpresa ver como a casa é linda e tudo perfeitamente arrumado.

—Eu já vou, tchau —Rory falou timidamente e foi embora.

—Então, temos a tarde toda livre, o que vamos fazer? —Alec perguntou.

—Podemos por o colchão na sala e assistir filmes —Jace falou, dando de ombros logo em seguida.

—Por que por o colchão na sala? —Alec perguntou.

—A televisão é maior... E então, vamos? —Clary respondeu.

—O filme vai ser de que? —Alec perguntou, de novo.

—Terror —Jace foi o primeiro a responder.

—Terror não. Comédia! —respondeu Clary, totalmente animada.

—Comédias são terríveis —Clary me olhou como se fosse me matar. —, a maioria delas são. Por que não assistimos um romance? —perguntei.

—Todos empatados. —Clary disse. —O Alec desempata. —continuou. Todos olharam para Alec, como se ele fosse água no meio do deserto.

—Terror, óbvio. —ele falou. Já deveria saber, o Alec ama assistir filmes de terror. Acho desnecessário, se o Magnus estivesse aqui, ele diria romance e Alec concordaria com ele, mas não, eles brigaram, coisa chata. Reviro meus olhos.

—Os garotos pegam o colchão. Eu faço a pipoca! —falei. Olhando ao redor, procurando a cozinha. Na vez que eu vim aqui, nem percebi a cozinha, então agora eu nem sei onde ela fica.

—Não! —Alec gritou. —Foi mal, Izzy, mas a pipoca fica com a Clary, ela sabe fazer uma ótima pipoca, você pode ficar olhando para ela. —Alec concluiu sua fala.

—É pipoca de microondas, o que pode dar errado? —perguntei. Óbvio, foi uma pergunta retórica, mas, Alec preferiu ficar falando muitas baboseiras sobre minha comida, eu acho ela ótima, mas lá em casa todos dizem que é ruim. Não entendo o porquê.

Depois de muito "bla, bla, bla", Alec finalmente concluiu com:

—Apenas deixe a Clary cuidar da pipoca. —Ele me olhou e, com um sorriso cínico, eu assenti.

Eu e Clary fomos para a cozinha, enquanto Jace e Alec subiram para um dos quartos.

—Doce ou salgada? —ela perguntou.

—Salgada! —respondi.

Me sentei em uma das cadeiras, tirei o celular do meu bolso, o coloquei em cima da mesa e apoiei meu rosto com as duas mãos. Fiquei encarando o celular.

—Tá tentando explodir ele com o poder da sua mente? —Clary perguntou debochando.

—Se eu fiz isso com o celular da minha mãe posso fazer com o meu, ou você acha que eu sou uma simples amadora? —respondi, fingindo estar ofendida.

—Com certeza você é uma amadora! —Clary respondeu e pôs a pipoca no micro, ligando-o logo em seguida.

—Mas, falando sério, por que você tá encarando ele? —perguntou​. —É sobre a pessoa que você não parava de teclar hoje na escola?

—Sim, desde que a gente saiu da escola ele não me manda mensagem! —falei, um pouco brava, pegando o celular, levantei minha mão e larguei o telefone, claro, a altura era muito pequena, então só deu um barulho, quase inaudível.

—Quem é "ele"? —Clary perguntou.

—Não vai debochar? —Clary negou com a cabeça. Não que eu tivesse vergonha do Simon, mas eu não gosto que as pessoas fiquem tirando sarro de mim, ou dele por ser um nerd, como o Jace faz, se eu fico irritada? Quase, mas levo em conta que o Jace é imaturo e um gostosão que legal quem ele quiser. —É o Simon.

—Gosta dele? Tipo, de verdade? —Eu fiquei envergonhada, nunca tive ninguém que me perguntasse isso, ou ao menos se importasse com o que eu estou sentindo.

—Sim, eu gosto, ele me faz sentir bem e me faz dar risadas e sorrir e ser feliz e ele é meu amigo, então sabe tudo sobre mim e não me magoaria. —falei. Respiração existe? Porque eu nem sei mais o que é isso.

—Ele sabe?

—Claro que não. —falei como se fosse óbvio, e era.

—E por quê? —Clary se surpreendeu.

—Não sei se ele gosta de mim. —falei simples.

—É claro que gosta. Todo mundo gosta, afinal, olha para você, é maravi... —Clary parou de falar quando um barulho muito alto foi ouvido e um alto gemido de sor logo depois, nós duas corremos para a sala e lá estavam Alec nos degraus de cima com uma cara de apavorado segurando um colchão de casal pesado e Jace, no fim das escada caído, com sua bochecha esquerda vermelha e uma expressão de dor no rosto, essa expressão o deixava engraçado.

Depois de alguns tempo, Clary reagiu e foi ajudar o Jace, a primeira coisa que ela faz foi segurar a mão dele, eu subi correndo as escadas e ajudei Alec a segurar o colchão que realmente era pesado pra caramba.

CLARY

Eu estava pronta para dar conselhos amorosos —não que eu fosse boa nisso, afinal, eu namoro o meu irmão—, quando de repente escutamos um barulho, seguido de um gemido de dor, do Jace, eu e Isabelle vamos correndo para a sala. Por algum tempo eu fico sem reação, mas logo vou correndo para perto de Jace ajudá-lo, por um momento penso em dar um beijo nele, mas me lembro que não posso pois Alec e Izzy estão aqui.

—Tá bem? —pergunto apavorada.

—Tô, se acalma —Jace falou, percebendo que eu estava nervosa, piscou para mim.

⚜⚜⚜

Arrumamos tudo para assistirmos o filme na sala, Alec deitou na ponta direita, ao lado de Izzy, que estava ao meu lado e Jace na ponta esquerda. Assim que o filme começou eu me abracei em Jace, o que provocou o estranhamento de Izzy, já que ela me olhou com uma cara estranha.

O filme começou sem graça, mas depois começou a assustar, o que me fez ficar cada vez mais grudada em Jace. Quando a pipoca acabou, eu me ofereci para ir colocar a bacia das pipocas na pia. Grande erro. Estava tudo escuro, engoli em seco e continuei andando. Larguei a bacia na pia e dei meia-volta, mas Jace estava ali, o que me assistiu demais. Eu gritei, Jace me abraçou, ele olhou para a sala, e me beijou. Paramos o beijo quando Isabelle gritou:

—Vão demorar? —voltamos para a sala e nos deitamos. Depois de alguns minutos, senti meus olhos pesarem e me deixei levar.

Melhor dormir do que ficar assustada.

⚜⚜⚜

—Vai ser engraçado! —Não identifiquei a voz.

—Vocês são horríveis, não façam isso! —Isabelle, talvez?

—Nós vamos fazer! —Jace. Era o Jace.

—Chama ela e eu assusto. —Esse era o Alec. Os idiotas queriam me assustar.

—Clary? Clary, acorda... —Jace me remexeu, mas eu não abri os olhos.

—Clary? —ele falou mais uma vez, mais alto.

Eles me chamaram, de todas as formas tentaram me acordar. Até que pararam de me remexer.

—Mataram ela! —Isabelle concluiu.

—Como? Nós nem assustamos ela ainda, idiota. —Alec falou.

—Mas vocês devem ter matado ela de algum jeito! Ela deve ter sentido isso nos sonhos dela e ter tido um ataque! Mataram ela! —Isabelle falou, novamente.

E, com um grito, eu os assustei. Jace foi o que mais pulou. Depois, me olhando com uma cara de chateado. Passamos o resto da tarde olhando séries e rindo de besteiras.

À noite, fomos para a casa de Isabelle, minha mãe levou a gente. Jantamos e fomos dormir nos nossos quartos. Isabelle comigo e Alec com Jace.

Eu demorei a dormir pois a luz do celular de Isabelle me atrapalhava.

⚜⚜⚜

Seis da manhã.

Meu celular despertou seis da manhã.

Eu mal dormi à noite e já te hoje que arrumar minhas coisas. Deveria ter arrumado antes, assim teria mais tempo para dormir, como a Isabelle, que ainda se encontra desmaiada na minha cama.

Comecei a arrumar minha coisas, fui colocando as primeiras peças de roupas que eu encontrava, até que pus a mão em um pedaço de papel, o tirei do meio das roupas. Era uma foto. Minha e do meu pai. Sorri fraco e a guardei.

⚜⚜⚜

Todos estavam prontos, então descemos e fomos até a garagem. Qua do fomos colocar nossas malas no carro, Magnus chegou correndo.

—Alec! Olha, eu te amo muito, nunca seria capaz de te trair, me perdoa. Desculpa se eu passei uma má impressão. Eu te amo e sempre vou te amar, meu amor. Vamos voltar, não fique bravo comigo, eu te amo tanto.

Alec sorriu de orelha a orelha. Ele se aproximou de Magnus.

—Eu também te amo! —falou e os dois se beijaram.