História Love or Sin? - Me desculpa...

JACE

Então, acho que eu já deveria esperar uma atitude assim de Isabelle, ela não parou de falar um minuto e começou a fazer várias perguntas do tipo: "como começou?", "Quando começou?", "Sua mãe sabe?", "Já tiveram um primeiro encontro?", "Quem beija melhor?" E mais várias perguntas. Resumindo: ela estragou nosso encontro!

—Izzy, que tal você parar com tantas perguntas? —perguntei.

—Nossa, Jace. Eu só estou curiosa com o namoro de vocês, afinal, não é todo dia que eu descubro que meus melhores amigos, que são irmãos, estão juntos. Isso é fofo e curioso. —Isabelle falou, erguendo uma de suas sombrancelhas quando Clary assentiu timidamente.

—Eu realmente não queria concordar, mas ela está certa, deve ser estranho dois irmãos namorarem. Apesar de eu realmente não ligar muito para o que os outros dizem, isso me chateia, eles acham que podem julgar a gente, mas nem sabem o que se passa na nossa cabeça. —Clary falou.

—Ei, calma, eles não sabem, mas eu sei que eu te amo e não me arrependo de te ter como namorada. —falei. Um clima romântico se estabeleceu, eu poderia beija-lá, mas Isabelle estava andando no meio de nós dois e, agora que ela sabe, acho que não tem problema se eu fizer isso.

—Awnnnt! —Isabelle fez uma voz ridiculamente fofa. —Isso é tão romântico. Vocês são tão lindinhos. —Depois que falou isso, ela colocou seus braços em volta dos nossos pescoços.

—Aí—Clary falou, tirando o braço de Isabelle do seu pescoço.

—Isabelle, menos! —falei.

—Gente, já vai ficar escuro, acho melhor voltarmos para a casa, vamos? —Clary perguntou.

—Sim. —Izzy concordou. Por um tempo, um silêncio constrangedor se estabeleceu. E então, quando eu pensei que Isabelle ia se acalmar com a descoberta sobre o meu namoro com Clary, ela perguntou:

—Não me levem a mal quanto à essa pergunta, mas, eu realmente preciso fazê-lá​, vocês dois já... —ela diminuiu o tom de voz —transaram? —eu e Clary nos olhamos. Ela começou a corar. —Ai meu Deus, vocês demoraram para responder! Vocês já transaram! Ahhhhhh —todo mundo nos olhou, agora sim Clary corou violentamente, abaixando a cabeça.

ALEC

Depois de me aventurar no quarto de Norman Bates, eu volto para o quarto que estou dividindo com Jace. Me sento na cama e pego o Notebook de novo e solicitei uma chamada em vídeo com Magnus. Ele estava demorando para responder, mas quando ele atendeu eu me surpreendi, ele estava sem camisa, sua barriga de tanquinho parecia um pouco suada. Vestia apenas uma calça de moletom —talvez uma cueca​, mas pelo volume no meio de suas pernas, era provável que não—, quando ele percebeu que eu estava analisando seu belo —e gostoso— corpo, ele passa a língua nos lábios, molhando-os, o que o deixa ainda mais sexy.

—Oi amor! —ele falou e piscou. Cada vez mais sexy.

—Mag... —eu parei de falar quando Magnus apertou seu membro ereto.

—Alec, você estão tão gostoso —Magnus falou, manhoso. Quando ele estava tirando seu membro para fora eu o interrompi.

—Magnus! Quando você foi viajar no ano passado, a gente já tinha conversado sobre isso! Não adianta insistir e nem me coagir, eu não vou fazer sexo virtual. —falei. Magnus soltou um suspiro um tanto quanto reprovador da parte dele.

—Me dê alguns minutos, vou me masturbar pensando em você e volto já! —Magnus falou levantando. E novamente o chamei. Dessa vez gritando seu nome.

—A gente pode ter uma conversa séria? Eu tô preocupado! —falei.

—O que aconteceu, amor? —ele perguntou. Mudando completamente sua postura de maníaco caçador sexual para preocupado.

—Jace e Clary saíram pelas cinco da tarde, Isabelle um pouco antes, agora já são sete horas da noite, está escurecendo e eles não voltaram. Jia e Jocelyn também me perguntaram sobre eles quando chegaram há pouco. Eu não sei onde eles estão. Eu tô com medo que algo aconteça. —falei, jogando minha cabeça para trás e soltando um gemido de dor ao sentir o impacto contra parede.

—Nada vai acontecer com Izzy, não se preocupe. Já com Clary e Jace, de repente aconteça algo... —Magnus falou. Sorriu de um jeito sacana.

—O que quer dizer com isso? —perguntei.

—Nada, não se preocupe. —falou.

Eu e Magnus continuamos conversando, o tempo se passou.

Izzy, Clary e Jace chegaram e nós todos fomos jantar, exceto Sebastian que ainda estava trabalhando, até tarde.

CLARY

Após o jantar, tudo ficou quieto, minha mãe e Jia foram lavar a louça e mandaram a gente subir, principalmente eu e Jace, já que teríamos que nos preparar para o julgamento de amanhã.

Quando estávamos no corredor, o clima estava pesado, com Alec e Isabelle. Ele nem olhava para a cara dela e tinha uma expressão de raiva.

—Eu vou para o meu quarto. —falei.

—Eu vou junto, temos que conversar —Jace falou.

Alec parecia não dar a mínima para nós e entrou no quarto, batendo a porta.

Isabelle ficou um pouco vermelha, seus olhos pareciam estar lacrimejando.

—Aquele é o meu quarto também, então... —Ela falou, com a voz embargada.

Quando entramos no quarto Isabelle se tocou na cama dela. Eu e Jace nos sentamos no colchão.

—Se peguem se quiser, eu vou estar aqui, mas vai ser como se eu não estivesse. —Ela falou e enterrou sua cara no travesseiro e talvez tenha começado a choramingar.

—Anjo, tá tudo bem, para amanhã? —Jace colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha; deitamos no colchão.

—Não, mas eu vou conseguir. —falei. Toda vez que tinha a chance, Jace perguntava isso para mim. Eu sempre tive um vínculo maior com o meu pai do que o Jace.

—Só precisa se acalmar e falar tudo o que você sabe e não pode mentir

—Eu sei, mas, esse que é o problema! Eu não sei quase de nada sobre o crime. Como é que eu vou poder ajudar o papai assim? —perguntei. Por mais que essa tenha sido uma pergunta retórica, Jace respondeu:

—Calma princesa, você vai ajudar bastante não mentindo. Tenho certeza de que ele vai ficar feliz por você ter tido coragem. Certo? —Ele perguntou, afagando minha cabeça de leve. Isso me deu uma sensação gostosa de calma.

Senti minha respiração ficar um pouco mais pesada, logo logo eu estaria dormindo.

—Vou tomar banho​, eu vou já, minha princesa. —Jace falou. Levantando da cama e saindo do quarto. Alguns minutos depois, Isabelle fez o mesmo.

—Aonde vai? —perguntei.

—Vou me resolver com o Alec, não quero ficar de mal com ele por causa daquele babaca do Sebastian. —falou. Me surpreendi pelo fato dela ter chamado o Sebastian de babaca.

Ela saiu do quarto e eu fiquei sozinha de novo.

ISABELLE

Já era bem tarde. Talvez Alec estivesse dormindo, mas, mesmo assim fui até o quarto dele, precisava me resolver com ele.

Esbarrei em Jace no meio do caminho.

—Alec tá dormindo? —perguntei. Tentando ao máximo esconder minha cara amassada e vermelha por causa do choro.

—Não. Mas ele parece estar muito bravo. —falou.

Eu murmurei um "tá" e segui em frente.

Bati na porta. Não obtive resposta, mas entrei mesmo assim.

—Alex... —o chamei assim porque ele odeia que o chamem assim. Como o previsto, isso chamou a atenção dele.

—Que foi? —ele perguntou, seco.

—Me desculpa... —tentei ser forte, só tentei, pois comecei a chorar e andei para mais perto dele, deitando no colchão ao seu lado. —Sebastian... Ele tentou... Igual o Meliorn. Me beijou a força e eu tenho certeza que tentaria outras coisas —nessa hora, eu tenho certeza que qualquer um que me olhasse confundiria facilmente meu rosto com uma cachoeira.

—Izzy...

—Eu deveria ter te escutado, mas eu pensei que ele gostava de mim. Mas ele quase... Ele quase fez aquilo que Meliorn fez, me desculpa. —Me afastei um pouco do abraço de Alec e notei que sua camiseta branca estava molhada, quase transparente, culpa das minhas lágrimas.

Alec ficou me reconfortado e me fazendo cafunés. Nós conversamos sobre o relacionamento dele e voltamos ao normal.

Quando notei que ele estava dormindo —5 minutos depois da conversa— saí do quarto, escutei o chuveiro desligando e desci as escadas. Saí para o pátio e peguei o telefone, discando o número de Simon.

—Izzy?

—Simon. Preciso te contar uma coisa.

—O que foi? —ele parecia estar preocupado.

—Eu.. eu fiquei com outra pessoa, ele tentou me beijar a força, mas antes eu já tinha beijado ele uma vez. Desculpa. —falei. Odeio magoar o Simon.

—Isabelle. Tá tudo bem, sério. Além do mais, nunca combinamos ser exclusivos. —ele falou.

—Simon. Esse não é o ponto. Sei que não somos exclusivos, mas quando eu beijei ele, pensei em você! Eu te amo, porra! Dá para entender, eu te amo! —falei e desliguei o telefone. Voltei lá para cima e encontrei Jace bravo no corredor, ele socou a parede.

—O que foi? —perguntei. Ele apontou para dentro do quarto.

CLARY

Eu estava quase dormindo de novo quando Jace abriu a porta. Nem me dei o trabalho de olhar. Até que ele veio para cima de mim, me beijando, com desejo. Eu não retribuí o beijo. Jace não era assim.

—Para amor... Jace, para! —empurrei ele e vi que não era ele, era Sebastian.

Me encolhi no canto, Sebastian voltou, tentando me beijar. Ele pegou meus ombros e me agarrou, até que a porta se abriu de verdade, era o Jace. Ele empurrou Sebastian e atirou algo nele. Aquilo se quebrou quando atingiu a parede. Isso despertou minha mãe e Jia que chegaram ali e viram aquilo. Uma bagunça!

—Jace e Clary! Eles tem um caso! —Sebastian falou.

—Cala a boca, filho da puta! —Jace falou e atirou outra coisa nele.

—Não invente coisas Sebastian! —minha mãe falou e veio me amparar. Nessa altura, Alec havia aparecido lá também.

Jace saiu do quarto, encostou na parede e logo em seguida socou ela.

—Já disse para calar a boca, Sebastian! —minha mãe gritou, mas dessa vez eu não ouvi o que ele havia dito, pois isso não me importava mais.