História Love So Life - Bonequinha de porcelana

Wonwoo não sabia o que havia acontecido a minutos antes, um choque percorreu suas veias e seu coração imediatamente despertou. Como sempre, o garoto tinha suposições, baseadas em livros, aqueles que nesses dias tem sido os seus melhores amigos, onde ele pode viajar para um mundo somente dele, sem preocupações ou medos, onde ele pudesse se libertar. Para o moreno existiam dias opções, ou ele estava ficando louco-a que era a mais aceita por si- ou ele estava começando a criar uma afeição por aquele garoto- que mais parecia um filhote de cachorro-. 

A palavra "amor" para Jeon era desconhecida, segundo a Internet amor é "forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais" e era o veredito para aquele garoto. Ninguém nunca sabe explicar o amor, só dizem o conjunto de emoções misturadas e sempre varia de pessoa em pessoa, o que lhe deixava confuso, como algo que nem os livros conseguem explicar claramente pode ser possível de acontecer?

Decidido, o veredito de sua cabeça tinha escolhido, Jeon Wonwoo estava completamente doido da cabeça, pirado, maluco, daqui a pouco estaria usando camurça e falando dos Grammy's da Beyoncé para todos como seu amiguinho bochechudo.

-"eu vou ali pegar alguma coisa para beber"-O castanho estava atrás de si observando a pele branquinha sendo banhada pelo brilho não natural e sutil da lua e das estrelas, aquela noite estava especialmente linda, os pontinhos brilhantes pareciam serem espirradas ali, como naqueles quadros onde a tinta é jogada, mas a diferença é que a tela era escura. 

Wonwoo parecia nem ligar ou ter ouvido aquela preocupação, por trás das linhas de expressão calma em seu rosto sua mente viajava em outro lugar ou em até outro mundo se fosse possível.

-Wonwoo...-o hálito de menta invadiu as narinas enquanto a mente deu branco e todos os pelos de seu corpo arrepiaram, ele deu um pulinho e as mãos grandes e quentes seguraram sua cintura fazendo ele quase pirar, coitado, ele estava oficialmente pirando. -Calma...

-Você me assustou...-o ar foi solto pela boca em forma de um suspiro sôfrego, Mingyu estava perto, perto demais para que a sanidade de Jeon aguentasse. -pode me soltar já...-E de lá se saiu um mingyu e voltou um pimentão em tamanho gigante, ele se afastou coçando a nuca e modificando os lábios, oh, que tentação, pobre Wonwoo

-Por que veio para cá? Não iria pegar algo para beber? -Os braços grandes foram parar da varando de gesso e os olhos cor chocolate foram direcionados a paisagem espetacular da noite.

-eu....eu me perdi no meio do caminho, e acabei vindo para cá colocar meus pensamentos em ordem... -A resposta rápida foi bolada em sua mente, ele não era bom em mentir, não conseguia olhar nos olhos das pessoas enquanto estivesse fazendo aquilo e, para a sorte de Wonwoo, Mingyu não era um cachorrinho tão perceptivo assim.

-sobre o que pensava? -Apesar de saber a resposta Mingyu queria ouvir mais da delicada e doce voz do moreno, ele gostava de como chegava aos seus ouvidos, para Mingyu, Wonwoo era delicado como uma bonequinha de porcelana.

-Sobre livros...- os dedos longos fizeram pressão entre si e os lábios fizeram a mesma coisa, ficando levemente avermelhados. Uma gargalhada foi ouvido de seu parceiro que logo abriu um sorriso alinhado para a careta que Wonwoo fazia.

-Eu já disse isso mas, você fica muito lindo sem os óculos, principalmente seus olhos...-os olhos âmbar agora eram banhados pela luz do luar que lhes deixavam em um tom um pouco mais amarelas, lhes deixando na cor mel, Jeon era cheio de mistérios e segredos quais o Kim queria descobrir, iniciando pelos olhos que eram incrivelmente fascinantes. 

"Todo mundo precisa de inspiração,               Todo mundo precisa de uma música, uma linda melodia..."

As respirações estavam mescladas, os olhos não pareciam querer se desgrudarem, nenhum dos dois estava ciente do que estava fazendo, um simples imã que atraiu primeiramente as orbes de ambos agora se tornara forte e os puxava cada vez mais, ele queria os corpos juntos, se aquecendo, tornando-se somente um.

"Quando a noite é tão longa                              Porque não há garantia, de que essa vida é fácil..."

Wonwoo sentia o tecido fino da camiseta do outro em suas mãos, e os lábios roçarem entre si, mas, Mingyu provavelmente estava sob efeito de álcool e o moreno não queria causar conflitos futuros por causa de um ato desses. Ele separou seu corpo e de repente tudo fez-se fui novamente, Mingyu era o calor que faltava em sua monótona rotina congelante.

"Como as cores de um caleidoscópio,                        Que provam para mim, Que tudo de que preciso..."

- Não, melhor não...-Foram as últimas palavras de Wonwoo, antes de sair daquela sacada acompanhado pelo brilho das estrelas, que parecia ter enfraquecido, o soco deferido na parede branca fez o sangue se espalhar pelo palmo de Kim e grunhidos de dor fossem deferidos de sua voz, Wonwoo queria mas, somente quando Mingyu estivesse pronto para aquilo.

"Você aparece como um sonho para mim..."

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As lágrimas grossas caiam no piso claro enquanto o rosto angelical era amassado pelo mesmo. Jeonghan desde que chegou da festa estava jogado no chão de sua sala com o rosto sendo amassado pelo mesmo, em sua cabeça lhe passava a frase de seu "mini-amigo" falando que aquela festa seria horrível e tudo mais, e não é que aquele projeto tinha razão, uma nota mental era escrita em sua mente, nunca ir contra o que Jihoon falava.

-Yoon Jeonghan saia desse chão já! Onde se viu chegar assim de uma festa!? -O homem desceu as escadas vestindo apenas um roupão de ceda cor creme, os cabelos bagunçados, o rosto amassado, a máscara de dormir no topo da cabeça sendo segurada pelo elástico e as pantufas fofinhas entrando em atrito com o chão sem causar barulho.

-Omma...-o garoto fundava limpando as lágrimas com a manga da camiseta listrada que usava. -Seungcheol...Cheollie... -Ele caiu aos prantos novamente, chorando alto, ele tinha sido um idiota.

-Jeonghan, se sente no sofá, segundo pare de fazer escândalos, seu pai irá acordar! E terceiro, eu avisei, não falei que esse namoro fingido ia dar merda, falei também que quando estivesse chorando pelos cantos por ele eu não iria ajudar mas, como sou um coração mole vou sentar nesse sofá maravilhoso e quero que você me explique direito essa história. -Com toda a sua graça o homem se sentou no sofá aveludado esperando o garoto, que logo se sentou com a maquiagem toda borrada.

-Omma...ele terminou comigo... -Ele pegou uma das almofadas e soterrou o rosto logo recebendo um tapa, a maquiagem pouco importava naquela hora mas, para o homem sua almofada vinda de sei lá onde era importante sim, é não a queria manchada de lápis de olho.

-Eu falei que isso não ia dar certo. Aiai, Jeonghan, onde você tem na cabeça que esse "relacionamento" iria progredir? Eu deveria estar te dando uns cascudos agora mesmo debaixo do chuveiro -a almofada agora era usada como arma para bater no bêbado carente vulgo Jeonghan.

-E o pior....ele disse que homens só servem para serem príncipes não para terem um...-A expressão do homem se tornou furiosa, agora que ele nunca mais iria ter qualquer tipo de relacionamento com Choi Seungcheol, nunca mais.

-Olha, você me larga Yoon Jeonghan que eu vou até na casa desse menino arrancar o que ele tem de mais precioso no corpo dele, eu juro que ele não tem mais filhos -o homem gritava descontrolado enquanto era segurado pelo filho, ele estava explodindo, onde já se viu, preconceito. Enquanto isso um outro homem de barba por fazer descia as escadas, ele usava um roupão de seda assim como seu esposo sendo o dele preto e estar um pouco aberto, revelando seu peito desnudo.

-O que acontece aqui? -O homem coçava os olhos como se fosse uma pequena criança enquanto seu esposo correu até seus braços e desabou em lágrimas, estaca descrente por aquilo tudo.

-Appa...desculpe, nos te acordamos -o mais novo dali fez uma qpeuan reverência ao patriarca e voltou a se sentar no sofá triste por seu Omma, de qualquer forma ele não deveria ter contado sobre Choi, estava colocando a culpa do choro de seu Omma em si próprio.

-Siwon...nos somos algum tipo de aberração? Por que não podemos ser príncipes uns dos outros? O que nos temos de errado? Por que não somos aceitos? -As mãos de Heechul esmurravam sem força o peito do marido que suspirava assim como o seu filho.

-Claro que nos podemos ser, nos somos, e somos iguais a qualquer um na sociedade, fico admirado que existem pessoas em pleno século xxi que não toleram isso, meu amor, você é perfeito, mais do que qualquer um outro, agora pode me explicar o que está acontecendo, por favor? -Ele selou os lábios de ambos rapidamente olhando o filho jogado no sofá creme com uma cara nada boa.

-Cheollie, ele...terminou comigo e quando eu disse que ele era meu príncipe ele disse que homens não tem príncipes eles são príncipes -as lágrimas grossas voltaram a correr pelo rosto do garoto, borrando ainda mais o preto no rosto e fazendo suas orbes começarem a ficar vermelhas, pois os olhos já estavam inchados.

-Meu anjo... -O homem levou sua mão até o queixo do garoto o puxando. -Aquele cara não te marece, se ele pensa daquela forma mas, talvez seja o bip de "sou hetero" dele falando mais alto, sei que você não foi o mais certo fingindo um namoro por anos com ele mas, se ele não cortasse para o outro lado nem tinha aceitado essa sua maluquice -ele sorriu beijando a testa do mesmo- não sei preocupe, vai aparecer alguém bem que será seu príncipe, e fará de você uma princesa mais bela do que você já é, e se der errado, eu e seu Omma estamos aqui para tudo, sempre ao seu lado, nos te amamos, e você -apontou para o homem encolhido em outro sofá- Vamos para o quarto, minha rainha.

-Obrigado appa, eu amo vocês -ele sorriu selando os lábios nas bochechas de sua Omma e de seu appa e subiu para seu quarto.

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Seungkwan estava como sempre empinando suas fartas nádegas em uma calça apertada enquanto saia para a faculdade, ele nunca se preocupou tanto com isso, afinal, o que ele tinha de bom era para ser mostrado. Os fones foram plugados um dos hinos de sua rainha diva começou a tocar, não o deixando parado. O caminho era mais divertido ao som da música batendo alto em seus ouvidos. 

Enquanto Seungkwan ouvia ele não percebeu onde foi se meter, resultado, um seungkwan perdido no meio de onde Judas bateu as botas e ainda por cima sem sinal, que ótimo! 

O ruivinho pensava em gritar mas, ele estava em um ligar onde provavelmente teriam muitos marginais e coisas do gênero, sendo que ele era indefeso contra esses caras. 

Suas preces a Judas, Jeová, Buda, Jesus e mais uns outros 500 deuses foram ouvidos e o pequeno achou uma viela onde parecia que daria de volta ao caminho da escola mas, para a infelicidade de Seungkwan uma mão puxou seu pulso com força de volta para dentro daquele beco...