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História Reputações - A arte do segredo - The power of decision


Escrita por: SrSpellman

Notas do Autor


A 1° temporada está prestes a acabar ♥
Boa leitura!

Capítulo 12 - The power of decision


Ao lerem a mensagem em que garota do blog os enviou, ficaram abalados. Olharam pra Dan, contendo a expressão de frustração em seus olhares. Ele tinha perdido a memória, tudo que sabia.  A indignação de seus amigos era grande e alguém tinha de se responsabilizar por tudo aquilo.

— Você não se lembra de nada, Dan? — perguntou Serena, surpresa.

— Não faço a ideia de quem seja você. — respondeu ele, sério.

Serena ficou calada, assim como o resto do grupo. Segundos depois, Lily, Rufus e Alison apareceram de repente no quarto, confusos com a presença de todos os jovens.

— Serena? O que faz aqui? — perguntou Lily.

— Pensei que a administração hospitalar não permitisse visitas durante esse horário. — disse Rufus, indo pra perto de Dan — Tá bem filho?

— O que aconteceu com o Dan, Rufus? — perguntou S.

— Vão pra fora. Explicarei lá. — falou Lily — Não me façam pedir duas vezes ou irei acionar a segurança.

Eles obedeceram á ordem. Saíram do quarto e ficaram no lado de fora, esperando por respostas. Lily falou algumas coisas com Rufus e depois foi até os jovens que aguardavam.

— Podem falar. — disse.

— O que aconteceu com o Dan? — perguntou Nate.

— Ele teve traumatismo cranioencefálico. — respondeu Lily.

— Por que ele consegue lembrar-se da família, mas não dos amigos? — perguntou Serena.

— A família é uma imagem fixa na mente de alguém que não sofreu totalmente por perda de memória. O doutor disse que há casos reversíveis de perda de memória, como é o caso de Dan. Ele vai se lembrar de tudo e de todos aos poucos. — explicou.

— Quando o Humphrey vai poder sair daqui? — questionou Blair.

— Amanhã. Deram vinte e quatro horas de supervisão pra ele.  — disse.

— Como podemos ajudar ele pra fazê-lo voltar com a memória? — perguntou Kyle.

— Evitem brigas e tentar pressioná-lo de lembrar tudo. Ele precisa de “referências” para que se lembre. Entendem?

Balançaram a cabeça, positivamente. Tinham entendido o recado que Lily havia dado. Ela entrou de volta ao quarto para fazer companhia.

— Tudo isso é culpa da garota do blog! — exclamou Serena com raiva.

— Sabemos que a garota do blog agora é capaz de machucar qualquer um que esteja aqui. — disse Blair.

— Pelo visto não teremos respostas nem tão cedo. Melhor irmos. — disse Kyle, andando na frente, em direção ao elevador.

O grupo partiu dali. Tinham agora de se lidar com os problemas que a garota do blog tinha arranjado para eles.

Lily ficou no hospital por algumas horas, até que finalmente estava em casa na companhia de Serena e Eric. O clima entre os van der Woodsen’s estava melhor, comparada com a minidiscussão de mãe e filha mais cedo.

— Serena? — disse Lily, aproximando-se da sua filha que estava na janela do apartamento, pensando.

— O que foi? — perguntou ela, sentindo o vento ir em direção ao seu rosto, arrastando seus cabelos para trás, apreciando aquele momento de relaxamento.

— Irei para a casa do Rufus. A Alison ficou com o Dan no hospital. — avisou — O Eric foi assistir um filme na casa de um amigo.

— Tudo bem mãe. — afirmou ela, assentindo com a cabeça.

Ela reparou como a filha estava frustrada. Passou seu braço direito pelas costas dela e abraçou-lhe, tentando animá-la.

— O Dan irá sair dessa situação. O problema de vocês vai se resolver. Não se preocupe. — disse ela, tentando confortar a filha.

— Obrigada mãe. — falou S, abraçando sua mãe por um logo intervalo de tempo, quase não a soltando. Uns segundos depois cessaram aquele momento.

— Ah e tenho novidades. — anunciou ela — É sobre o Charles...

— O que tem o Chuck? — indagou Serena, revirando os olhos.

— Ele será julgado amanhã. A promotoria, junto á defesa, exigiram a sua presença. Assim como a de Nate.

— Irei amanhã. Não se preocupe.

Sorriu para a filha e depositou um beijo em sua bochecha. Afastou-se dela, pegando a bolsa e indo até o elevador do apartamento. Ao chegar, ela deu de cara com Kyle Spencer.

— Boa noite senhora van der Woodsen. — desejou o rapaz — A Serena tá aí?

— Está sim, Kyle. Pode entrar. — falou.

— Obrigado. — disse ele, saindo do elevador e se despedindo de Lily.

Adentrou ao apartamento de Serena, vendo-a ali perto. Foi em sua direção, anunciando sua chegada para não assustá-la.

— Dia difícil, não é mesmo? — indagou Kyle, indo pro lado de Serena e olhando a vista acompanhado dela.

— Pois é. — falou — Amanhã vai ser o julgamento do Chuck. Eu e o Nate fomos intimados á ir.

— Não se preocupe. O Bass vai ter o que merece. — tranquilizou.

— Espero que tudo se esclareça. O Chuck não faria isso comigo e com o Nate, se não tivesse motivos.

— Talvez tenha e talvez não tenha. — afirmou Kyle — Isso não justifica o fato dele ter quase colocado você e o Nate na cadeia.

— Não vamos falar do Chuck, ok? A justiça vai ser feita e a garota do blog não vai ganhar de nós dessa vez. — disse Serena.

Ambos ficaram em silêncio por um tempo. Não sabiam o que falar naquela hora. Kyle respirou fundo e virou-se para Serena, ainda encostado na barra da janela.

 — Você tá muito preocupada com o Dan, não é? Eu percebi sua reação... — disse.

— O Dan foi o primeiro cara que eu tive um relacionamento mais duradouro. Ele sempre foi uma pessoa importante pra mim, mesmo quando estávamos brigados. — respondeu.

— Você ainda gosta dele? — questionou o garoto loiro.

— Ele é meu amigo. — disse ela.

— Gosta ou não gosta? Gostar do tipo... Como namorado. — falou Kyle, olhando-a.

Serena ficou um pouco incomodada com a pergunta de Kyle e olhou para ele fixamente. Mexeu um pouco nas pontas do cabelo, sem jeito e decidiu responde-lo.

— Como eu disse... Ele é apenas o meu amigo. — respondeu.

— E o Nate? — indagou Kyle.

— Não creio que você veio até aqui pra perguntar dos meus sentimentos pelo Nate ou pelo Dan. — contestou Serena — O que você quer Kyle?

— É tão difícil pra você acreditar que eu vim apenas pra te fazer companhia e ver se você tá bem? — questionou Kyle, olhando-a, indignado.

— Já viu que estou bem, então...

Kyle olhou para ela com os olhos arregalados e com um sorriso irônico. Ela estava mesmo dispensando a sua companhia? Desencostou-se da barra da janela e revirou os olhos.

— Tudo bem. Não vou te incomodar mais. — disse — Adeus Serena.

Ela ficou calada e ignorou a despedida do rapaz. Ele se afastou dela e assim que já estava longe, olhou para trás. Balançou a cabeça negativamente e foi embora dali, decepcionado com a atitude dela.

No dia seguinte, era o julgamento de Chuck. Foi marcado no horário da manhã por volta das 11hrs e em Nova Iorque. Todos já estavam lá, presentes para acompanhar o julgamento e o veredito que o júri decidiria naquela hora. Uns aglomerados de pessoas estavam naquele lugar, os mais conhecidos estavam sentados na frente e alguns lugares estavam reservados, já as demais pessoas, eram cidadãos de Nova Iorque que possuíam o direito de assistir á sessão do julgue. A defesa e a promotoria já se encontravam presentes naquele momento, assim como o júri.

Serena tinha chegado cedo, acompanhada de sua mãe Lily e seu irmão Eric, onde se sentaram na frente em um dos lugares reservados. Um pouco depois, Nate também tinha chegado ao lado de seus pais e acompanhado de uma mulher negra, de cabelos curto e castanho, trajando um vestido azul que parecia ser de alguma loja de marca, sentando-se em um dos assentos próximos de Serena. Blair chegou em seguida, sozinha e logo depois, Kyle também chegou e se sentaram juntos na frente. Minutos depois, Rufus deu as caras acompanhado de seu filho Dan e sua ex-esposa, Alison. Permaneceram próximos da família van der Woodsen.

Serena olhou para Dan que parecia confuso com toda aquela situação. Mal sabia que boa parte daquele problema estava ligado a ele. Ambos trocaram olhares e Serena lançou um sorriso em direção ao rapaz que retribuiu um pouco sem jeito.

Por fim, Chuck chegou. Acompanhado de sua advogada, pôs-se a frente do público, sentando-se na área da defensoria, enquanto a promotoria chegava também naquele momento. Segundos depois, todos do local se levantaram para prestigiar a chegada do juiz que se se sentou rapidamente em sua cadeira. Bateu com o martelo de madeira na bancada e iniciou a sessão.

— Iniciaremos a sessão do julgue do autor “Charles Bartholomew Bass” que é acusado de perjúrio, danos morais, acusação falsa e difamação contra as vítimas “Nathaniel Fitzwilliam Archibald” e “Serena Celia Van Der Woodsen” no caso 1.146-P que promove ações sob o jovem “Daniel Randolph Humphrey”, encontrado espancado numa sala administrativa da biblioteca pública de Manhattan. — falou o juiz.

O público escutou a apresentação do juiz “Joseph Palmer”, atentamente. O homem tinha uma aparência envelhecida, seus cabelos grisalhos, seus dentes amarelados e sua postura, eram chamativas.

— A promotoria pode se manifestar contra o senhor Bass. — falou o juiz.

Uma mulher de cabelos preso e coloração cor de mel, de altura mediana, levantou-se do assento da acusação e se pôs de frente ao júri e ao público. Um crachá preto com o seu nome, “Emily Sinclair” era destaque em seu blazer cor azul-marinho.

— O senhor Bass é considerado o melhor amigo do senhor Nathaniel Archibald. É inacreditável pensar que o mesmo teria o motivo de querer prejudicar a pessoa mais próxima dele em sua vida. — começou Emily.

— Protesto. — contestou Eve, advogada de Chuck — Irrelevância.

— Mantido. — disse o juiz.

— Tais atitudes de Charles Bass em tentar promover alegações falsas são inevitáveis. Porém, deixa-se uma dúvida em relação a sua participação no espancamento contra o senhor Daniel Humphrey. — falou — Como o senhor Bass teria escutado gritos se não chegou a entrar na biblioteca? É irrefutável sua presença nessa ocasião e suspeita também.

— Protesto. — falou Eve, novamente — Insinuação.

— Negado. — falou o juiz — Prossiga.

— De acordo com a delegacia de Manhattan, Charles Bass não informou o seu paradeiro de ligação. Apenas informou que “foi ver o que estava acontecendo dentro da biblioteca”, mas que não “chegou a entrar lá” e que “apenas ouviu gritos”. — disse — A sala em que Dan Humphrey foi encontrado ficava longe de quaisquer saídas da biblioteca, impossibilitando de alguém escutar quaisquer gritos naquela região de fora. Não poderia escutar grito algum, sem entrar na biblioteca. — pausou por alguns segundos e olhou para o júri — Além disso, meritíssimo, o que estaria fazendo Charles Bass por aquela área que o fez enxergar tão bem o bastão de lacrosse do senhor Nathaniel? Onde se escondeu enquanto ele observava a porta ser arrombada? — questionou — Deixo as respostas para a defesa. — afirmou, voltando a se sentar na cadeira da acusação.

— A defesa poderá argumentar á favor do senhor Charles Bass. — disse o juiz — Por favor, senhorita Rothlo.

— Meu cliente não tem participação no caso do senhor Daniel. Ele foi apenas um espectador de todas as ações recorrentes. — falou Eve, enquanto se levantava e ficava á frente de todos os presentes — Ele está ciente de todos os seus atos de falsa moral contra o senhor Archibald e a senhorita van der Woodsen.

— Protesto. — disse Emily — Obstrução da verdade.

— Mantido. — falou o juiz.

— De acordo com o meu cliente, ele foi induzido á fazer a denúncia por uma pessoa que lhe enviou uma mensagem anônima. — falou Eve.

— Protesto. — disse Emily, novamente — Inexistência de provas.

— Mantido. — disse o juiz.

— Permissão para me aproximar. — pediu Eve que foi autorizada pelo juiz e foi em sua direção, acompanhada de Emily — Meu cliente está disposto em negociar com a promotoria por uma penalidade reduzida.

— Caso ele deseje uma penalidade reduzida, terá de assumir seu erro no tribunal. — disse Emily.

— Deixe o seu cliente ciente de tudo que poderá acontecer com ele, caso se declare culpado pelas acusações citadas. — alertou o juiz.

— Certamente ele está. — disse Eve, colocando-se de frente aos demais — O meu cliente, Charles Bass, está ciente de todas as acusações que a promotoria apresentou. Com isso, ele declara-se culpado por tudo que infringiu.

— A promotoria convoca o senhor Bass para testemunhar. — pediu Emily.

Chuck se levantou e foi até a cadeira do réu, sentando-se nela. Observou seus amigos e o júri com um pouco de receio.

— Senhor Bass, o senhor admite que cometeu perjúrio, danos morais, acusações falsas e difamações? — questionou a promotora.

 — Sim. — falou Chuck, receoso.

— Admite então que fez uma ligação falsa, onde citou o senhor Nathaniel e a senhorita Serena como meliantes nessa história? — questionou de novo.

— Eu admito. — respondeu ele.

— Cesso as perguntas. — disse Emily, voltando a se sentar.

— Com a declaração de culpa do senhor Bass, a defesa poderá apresentar uma tática penal para o réu. Cabe à promotoria aceitar. — comentou o juiz.

— Multa pelo perjúrio e prestação de serviço comunitário. — sugeriu Eve.

— “Prestação de serviço comunitário?” — questionou Emily, irônica — O seu cliente não roubou uma lojinha de doces e sim fez acusações falsas contra pessoas inocentes. Além disso, ele nunca informou ao júri, como sabia do que ocorria na biblioteca.

— Como eu disse anteriormente, por meio de uma mensagem anônima é que ele foi avisado do que ocorria na biblioteca. — disse Eve.

— E como eu também disse anteriormente, não se há provas para auxiliar nesse argumento defensivo. — contestou Emily.

— O que a promotoria propõe para a penalidade do senhor Bass? — interrogou o juiz á Emily.

— Detenção de três anos pelos delitos e dois anos de indenização para a reparação dos danos morais e a difamação. — disse.

— O senhor Bass cometeu o seu primeiro delito. Assumiu a sua culpa e pediu perdão pela infração das leis. Creio eu que deveria ser dada uma segunda chance á ele. Muitos dos que ocupam aquela cadeira do réu, cometeram crimes mais bárbaros que o senhor Bass e receberam penalidades reduzidas quando assumiram seus erros. — disse Eve — Continuo com minha proposta de penalidade e deixo nas mãos do júri, a sentença.

— Sendo assim... Anuncio trinta minutos de recesso. — afirmou o juiz, batendo o martelo na mesa e saindo de sua cadeira, juntamente de todos.

Todos saíram do tribunal e ficaram no lado de fora. O clima era tenso entre todos que mal conversavam uns com os outros. A promotora Emily aproveitou o tempo e dirigiu-se até a família Archibald para dialogar com eles sobre um assunto indelicado.

— Perdão pela intromissão, senhor Archibald. — disse ela com um sorriso cínico em direção á Nate — Posso falar com você por um momento?

— Creio que para falar com ele deverá passar por mim, Sinclair. — disse a mesma mulher de vestido azul que acompanhou os Archibald’s.

— Olá Annalise. Não sabia que estava trabalhando com ele. — disse Sinclair, surpresa.

— Agora sabe. — retrucou — O que deseja?

— Caso o senhor Nathaniel deponha contra o senhor Bass por danos morais, ele sofrerá indenização. — alertou Emily.

— Meu cliente não fará isso. O júri sabe o que fará. — retrucou Annalise.

— O seu cliente quase foi preso por tentativa de homicídio doloso e tentativa e ocultação de cadáver. Caso o senhor Nathaniel abra um processo pelos danos morais, o júri irá repensar sobre o senhor Bass.

— Não tenho motivos para ajudá-la, Sinclair. E nem o meu cliente tem motivos para tentar afundar o senhor Bass. Se ele fez algo de errado, teve seus motivos e serão esclarecidos futuramente. Aceite que você perdeu esse caso e fique calada, pois o silêncio é o seu melhor argumento de ataque. — ordenou Annalise, guiando a família Archibald para outra área, longe da promotora.

Passado os trinta minutos, todos retornaram ao tribunal para o veredito do juiz. Era o momento mais aguardado daquele dia. O coração de Chuck estava acelerado, sentindo a adrenalina em suas veias, temendo ser culpado pelo crime. Percebeu então que tudo que tinha feito em nome de Blair, foi beneficente para ela e prejudicial para ele.

— Damos continuidade ao julgamento. — anunciou o juiz — O júri se reuniu e decidiu o futuro do senhor Bass... — pausou por alguns segundos — Charles Bartholomew Bass, conhecido mais como “Chuck” declarou-se como culpado e sendo assim... O júri concedeu á ele uma pena mínima, isto é, por ser menor de idade, sua família terá de arcar com uma indenização e juntamente dessa penalidade, o senhor Bass irá prestar serviço comunitário durante três dias da semana, sendo segunda, quarta e sexta em propriedades públicas durante um mês. Vale ressaltar que as vítimas, Nathaniel Archibald e Serena van der Woodsen, a qualquer momento, podem processar o réu pelos danos morais, uma vez que é algo pessoal e por parte de ambos. — disse ele — Sendo assim, encerro esse julgamento. — falou o juiz, batendo o martelo na mesa.

Novamente, o juiz se levantou e saiu dali. Chuck ficou aliviado com a decisão do júri e ao mesmo tempo, feliz. Levantou-se ao mesmo tempo em que sua advogada e a abraçou. Virou para trás e a primeira pessoa que ele olhou foi Blair. Sua amada Blair. Lançou um sorriso de alívio na direção da garota que o ignorou. Sentiu um aperto no coração de apenas a ver ter feito aquilo com ele.

— Darei informações sobre a prestação do serviço comunitário e a multa, através de e-mail. Nesse momento, apenas fique longe da mídia. — pediu Eve.

— Certo. Obrigado pelos seus serviços, senhorita Rothlo. — falou Chuck, animado.

— Creio que os serviços dela não tenham acabado senhor Bass. — falou Annalise, aproximando-se da dupla.

— Quem é você? — questionou Annalise.

— Annalise Keating. Advogada de Nathaniel Archibald. — falou — A promotora Sinclair, sugeriu que o senhor Nate fosse depor contra você, senhor Bass. Mas ele se recusou, bravamente. Se ele fizesse isso, sua pena não teria sido essa. O júri teria visto você com maus olhares. — falou.

— O que desejam? — questionou Eve.

— Abriremos um processo contra o senhor Charles Bass pelos danos morais. Ele terá de reparar os danos morais que cometeu contra o meu cliente. — falou Annalise.

— Você quer mesmo fazer isso? — questionou Chuck, olhando para Nate que permanecia em silêncio.

— Porém, estamos abertos á negociações. Daremos um prazo de pelo menos até vinte dias para apresentações de negociações. — falou — Caso não nos apresente algo, o senhor Bass poderá reparar os danos morais na cadeia.

Um nó ocorreu na garganta de Chuck. Annalise andejou á frente da família Archibald que acompanhava-lhe. A mulher, por incrível que pareça, tinha fibra e era competitiva, tanto que era considerada a melhor advogada do estado.

Apesar da situação de Chuck melhorar um pouco, não era só ele que estava passando por mudanças. Dan, já tinha sido autorizado á sair do hospital e agora se encontrava em casa. Passou boa parte do tempo com seus pais que lhes instruiu de algumas coisas. Rufus o ensinava a desenhar figuras geométricas em um caderno desenho. Dan segurava um lápis com a mão direita com um mau jeito e desenhava tudo de modo esforçado.

— Viu? Você conseguiu. É um círculo. — disse Rufus.

— Um círculo mal feito. — afirmou Dan, negativo.

— Você vai melhorar filho. Tenha confiança mais de si mesmo. — disse.

— Quase que ele não é liberado do hospital. — comentou Alison — Ainda não nos explicou do seu surto, Daniel.

— Não foi nada mãe. Apenas tive medo que vocês fossem embora. — respondeu.

— Tem certeza? — questionou Rufus.

— Absoluta. — respondeu. Mas era mentira. Na verdade, o seu surto no dia anterior ocorreu por causa de um fato inexplicável. Voltou a pensar no aconteceu anteriormente.

Estava sozinho. Horas atrás, seus pais e Lily, faziam-lhe companhia no quarto. Ainda se perguntava o porquê do tumulto entre aqueles jovens que julgavam o conhecer. Dan estava se sentindo estranho, como se precisasse ver uma pessoa que não fosse as mesmas de sempre. Aguardava por Jenny. Bateu na própria testa e lembrou-se que tinha alucinado, até desacreditar nessa ideia depois de ver algo.

Ao vasculhar os olhos pelo quarto, viu o copo d’ água que estaria na mesinha ali próximo. Estava manchado de batom. O mesmo batom que Jenny usava, quando bebeu um gole de água em sua visita á ele. Sentiu seu corpo tremer e o suor em sua testa, alegando se tinha alucinado mesmo ou se sua irmã tinha aparecido ali mesmo. Chegou á conclusão de que realmente não estava louco e que ela falava a verdade sobre tudo. Estaria mesmo Jenny, em perigo? Apesar de não lembrar-se dos seus amigos, lembrava-se de algumas coisas sobre a garota do blog, porém, apenas fingia não saber nada sobre ela pela própria segurança. Ao pensar nisso, sua mente girou e girou até dar um grito de susto.

— Filho? Filho? — disse Rufus, chamando-a atenção.

— Oi? — questionou Dan.

— Está bem? — perguntou o seu pai.

— E-Estou. Só tô cansado. — respondeu.

— Se quiser pode ir pro seu quarto. — sugeriu.

— Sinceramente pai... Prefiro sair e respirar um ar puro.

— Você voltou hoje filho. Não pode sair por aí. É perigoso.

— Não quero ser tratado como uma criança, pai. O mundo será sempre perigoso. Apenas lide com a situação. — retrucou — Posso ou não sair?

Rufus olhou negativamente para Alison que fez uma careta que parecia um “sim”.

— Ah... Tudo bem. Pode sair. — falou — Mas volte cedo.

— Certo. — disse ele, animado. Levantou-se, pegou um casaco e vestiu com um pouco de dificuldade. Saiu de casa, apressadamente.

Em outro lado da Upper East Side, os problemas pendentes tediam a ser solucionados. Blair estava em seu quarto, posteriormente em seu closet, organizando-lhe. Dorota estava de folga. Trocava as roupas em seus devidos cabides, impaciente. Sem anunciar chegada, Serena apareceu ali.

— Blair? — chamou-lhe a atenção.

Assustou-se com a presença da garota, quase dando um pulinho.

— S? O que faz aqui? — indagou.

— Vim resolver os problemas pendentes. — disse.

— Novamente? — indagou Blair — Troca a faixa, S.

— Eu sei o que eu fiz foi errado, mas... — começou Serena.

— Eu te perdoo. — falou Blair, sorridente.

— Como? — questionou S, arregalando os olhos, surpresa — Não vai nem gritar e me deixar implorar pelo seu perdão?

— Olha S... Eu sei que você agiu como uma completa vagabunda por ter transado com o meu namorado em 2013. — relembrou — Mas eu te perdoo, porque eu também sei que fui culpada nessa história.

— Mas você não tem culpa de nada, B. — disse a loura.

— Na verdade, eu tenho. — retrucou — Eu sentia e sabia que o Nate queria terminar comigo desde 2013. Eu sempre senti que ele nunca me amava. Talvez tenha amado, mas não da forma que eu queria que fosse. Eu tenho culpa, pois eu forcei o meu namoro com o Nate, forcei ele ter sentimentos por mim. Além disso, eu sabia que os pais dele estavam pressionando ele á namorar comigo. Eu apenas fui uma boba que criou um conto de fadas. — explicou — E é por isso que eu te perdoo S. Você é minha melhor amiga e não vai ser a garota do blog que vai separar nós duas.

— Então... Estamos bem? — indagou Serena.

— Estamos. É um peso a menos entre nós duas. — falou Blair, gargalhando — Tá, mas me ajuda a arrumar esse closet, pois a Dorota inventou de ter folga hoje.

— Claro. — afirmou S, feliz pela reconciliação. Ainda estava surpresa pela atitude de Blair, mas por fim, entendeu.

O garoto solitário andava pelas ruas, pensativo. Desde a sua hospitalização, não tinha um tempo para pensar no geral. Alguns jovens no meio da rua paravam e o observavam. Sentou-se em um banco de praça, de frente á biblioteca municipal e relaxou. Encarou o lugar em que tinha sido encontrado com um olhar de desdém.

Flashbacks vieram em sua mente no momento do ataque em que sofreu. Lembrou-se então do confronto que ocorreu-lhe na biblioteca, depois que fora surpreendido pelo bastão de lacrosse contra seu rosto. As cenas apareciam aleatoriamente em sua mente e apenas conseguia lembrar-se de uma figura encapuzada, de pé, batendo o bastão pelo seu corpo. Parecia escutar até os próprios gemidos de dor que teve na hora do ataque. O flashback foi interrompido com a chegada de um alguém.

— Dan? Você tá bem? — perguntou Nate, de pé ao lado dele.

— Estou sim. Valeu. — disse ele — Quem é você?

— Sou o Nate. Um de seus melhores amigos. — informou.

— Você foi o cara acusado injustamente, certo?

— Eu mesmo...

— Por que está aqui? — questionou Dan.

— As aulas vão voltar amanhã para nós e achei viável você não ficar sozinho, sabe? Com essas coisas acontecendo... — falou N — Você tem certeza que quer ir pra escola? Você começou a fisioterapia hoje...

— Recomendaram que eu fosse. Mas evitasse escrever, pois a minha condição motora ainda é crítica. — disse — Mas eu aceito companhia.

— Certo então. Vemos-nos amanhã então. — disse Nate.

— Tchau. — despediu-se Dan.

Nate voltou a correr pela área, enquanto Dan levantou-se do banco da praça e saiu dali, voltando para casa.

Uma figura encapuzada, todo de preto, trajando um moletom com capuz e luvas de couro, encontrava-se ali presente no outro lado da praça, próximo á uma carroça de pipoca. Seu rosto era visível aos outros e apenas permaneceu ali para observar a conversa entre Nate e Dan. Após a conversa ter acabado do outro lado, retirou os fones de ouvido pretos e desapareceu de cena.


Notas Finais


Espero que tenham gostado desse capítulo <3
Em breve, surpresas :3


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