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História Reputações - A arte do segredo - The archives of truth


Escrita por: SrSpellman

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 17 - The archives of truth


Acordou. Serena estava deitada ao lado de Nate que estava sentado na ponta da cama. Ao despertar, saltou logo da cama e ficou de pé. Estava assustada e lembrava-se de Georgina, minutos atrás.

— Serena! Ainda bem que acordou! — exclamou ele, ficando de pé e olhando para ela.

— Estávamos no hospital. Como fomos tirados de lá? — questionou — Onde estamos?

— Estamos num quarto de motel. — respondeu um pouco estranho — Não sei também.

— A Georgina nos trouxe pra cá. A questão é: Como ela nos tirou de lá?

— Foi bem simples. — comentou a morena, surgindo na entrada do quarto com um sorriso psicótico.

Serena e Nate trocaram olhares rápidos, ficando um do lado do outro para a própria proteção.

— Como nos tirou do hospital? — perguntou Nate.

— Vesti-me de médica e levei a maca de vocês até a portaria dos fundos do hospital. É óbvio que para me proteger, pediu a um amigo para desligar as câmeras de segurança por alguns minutinhos. — respondeu sorridente.

— Por que nos tirou de lá? — perguntou S — Se pretende nos matar, saiba que não será tão fácil nos conter.

— Não pretendo matar nem você e nem o Nate. Apenas pretendo ajudá-los. — disse.

— Nos ajudar? — perguntou Nate, olhando para Serena de forma estranha — Pelo que eu sei você estava fugindo.

— Eu estava fugindo de vocês. Mas eu tive complicações com a garota do blog. — afirmou.

— Que tipo de complicações? — indagou S.

— Eu fiz um acordo com a garota do blog. Eu faria tudo que ela desejasse e em troca, ela me concederia as chaves do site e se revelaria pra mim. — explicou — Mas isso não aconteceu. Ela me pediu para fazer um serviço e eu me recusei. E então, ela disse que nunca pretendia me entregar o domínio do blog e muito menos se revelar.

— Não acredito que iria trabalhar com a garota do blog. Você é pior que ela. — falou Nate com desgosto.

— Quando se está nas mãos do diabo ou você coopera ou você fica presa no inferno. — falou.

— Que tipo de serviço você recusou? — perguntou Serena, olhando para Georgina com certo rancor.

Georgina revirou os olhos, respirou fundo e cedeu.

— Fui encarregada pela garota do blog em assassinar Jenny Humphrey. Tínhamos descoberto o paradeiro dela, mas... Eu me recusei. Nunca aceitaria cruzar essa linha que é de assassinar alguém. Eu não chegaria á esse ponto. — falou.

— Não acredito que aceitou cooperar com a garota do blog. — comentou Serena, andando pros lados de cabeça quente — Ajudou ela em algo contra nós?

— É... Sim. — disse.

— Em que? — indagou Nate, curioso.

— Fui eu que dei a ideia pra garota do blog em incriminar vocês dois. — falou.

— O QUE? — berrou Serena e Nate ao mesmo tempo, andando um pouco mais á frente, prestes a lançar-se contra Georgina.

— O Chuck foi mais vítima dessa história do que imaginam. Ele incriminou vocês dois, pois a garota do blog ameaçou a Blair de morte. ISSO EU NÃO SUGERI! — falou Georgina, andando para trás, séria.

— Eu sei que não foi culpa do Chuck. — falou S.

— Como assim sabe? — indagou Nate, olhando para Serena.

— Ele fez o que fez contra a gente para nos proteger. Ele se explicou pra Blair e a Blair explicou pra mim. Eu entendi.

— A ideia nunca foi machucar vocês, mas sim, punir. — falou Georgina.

— Me dê um motivo para não batermos em você aqui. — exigiu Serena com raiva.

— Sem mim, não irão encontrar as evidências que tem no meu QG. — falou.

— E onde fica o seu QG? — questionou Nate.

— No quarto ao lado. Mas devem descansar. A garota do blog está procurando por vocês.

— Precisamos que avise sobre nós ao resto dos nossos amigos. — pediu S.

— Não posso. A garota do blog está me rastreando. — disse — Eu tenho de ir embora. Devem esperar algumas horas para entrar no meu QG. Irei tentar distrair a garota do blog.

— Para onde vai? — questionou S.

— Uma prima minha está me ajudando com minha fuga. É hora de me deslocar. — falou — Boa sorte pra vocês dois. Mesmo que vocês não gostem de mim e eu muito menos goste de vocês, eu espero que fiquem bem. As coisas estão piorando.

— Obrigado Georgina. — agradeceu Nate.

Ela olhou para Nate e sorriu. Em seguida olhou para Serena que desviou o olhar. Balançou a cabeça positivamente e partiu dali. Aquele era o adeus temporário de Georgina Sparks. A dupla que ficou no quarto vazio de motel, perguntavam-se de modo igual: Será que veriam aquela pobre alma novamente? Nate e Serena olharam um pro outro e começaram a arrumar o quarto do motel, para descansarem melhor.

A festa de Blair Waldorf tinha acabado tragicamente. As meninas que antes estavam dopadas despertaram com dores de cabeça e sem se lembrar do que tinha acontecido. Como Blair era anfitriã da festa, ela conversava com um detetive a respeito do que tinha ocorrido no evento das garotas.

— A festa do pijama sempre deu certo. Era algo anual e sem nenhum tipo de problema. — explicou.

— Poderia nos dizer se liberou drogas na festa sem consentimento da lei? — questionou o homem.

— Não. Eu nunca usei drogas. E muito menos iria liberá-las para uma festa tão importante como essa. — falou — É como eu já disse a um policial... A festa estava bem, até que chegou uma mercadoria estranha de bebidas que deixou as garotas assim.

— Certo. O carrinho com as bebidas foram confiscadas. — comentou — A bebida sofreu alteração fisiológica ao conter “Boa-noite Cinderela”.

— O que? — indagou Blair, surpresa — Eu não pedi essa encomenda. As encomendas pra festa cessaram assim que ela iniciou. Não entrava mais nada e muito menos saía.

— Precisaremos da nota fiscal de tudo que foi comprado e, além disso, precisaremos de uma listagem com os nomes de todos que trabalhavam durante o evento.

— Tudo bem. — disse.

— Há alguma chance de ter sido um dos gogoboys que contratou que fez isso? — perguntou o detetive.

— Não acho que tenha sido algum deles. Isso é trabalho do senhor, descobrir.

— Certo. Aguardo as listagens até amanhã. Passar bem, senhorita Waldorf. — o detetive colocou a boina e se retirou do local da festa.

Todos que estavam no apartamento de Blair, foram embora. A polícia tinha investigado todo o prédio, a procura de suspeitos e evidências. Após ficar sozinha durante um tempo, arrumando o próprio apartamento, segundos depois, seus amigos surgiram.

— Blair! Resolveu tudo? — questionou Dan.

— Sim. A polícia encontrou vestígios de boa-noite Cinderela nas bebidas. Elas só chegaram depois e eu nunca autorizei que mercadorias chegassem depois de minhas festas.

— O que a polícia disse? — perguntou Kyle.

— Eles estarão investigando. Pediram a listagem de tudo que comprei pra festa e a listagem de funcionários contratados. — respondeu — A Serena e o Nate estão bem?

Os quatros garotos se olharam com receio. Tinham medo de dar a má notícia pra Blair e ver sua reação.

— O que estão esperando? Eles estão bem ou não? — questionou nervosa.

— Na verdade... Não sabemos. — falou Chuck — O Eric ficou esperando na recepção por notícias, mas acabou cochilando. Chegamos depois e... Uma equipe de médicos correu até o quarto deles dois. No início, pensávamos que estava acontecendo algo ruim, mas não aconteceu.

— E o que aconteceu então? — perguntou.

— A Serena e o Nate desapareceram, Blair. — finalizou Chuck.

Um peso caiu sob as costas de Blair. Ela parecia quase afundar com aquela notícia. Seus olhos brilharam e naquele momento, apenas sentiu a rainha de dentro se desmoronar. Sentiu apenas a fragilidade de seu corpo com aquela notícia.

— Como assim desapareceram? — questionou, quase gritando — Não conferiram as câmeras de segurança?

— A segurança do hospital viu as câmeras. Mas eles perceberam que a filmagem foi manipulada e teve uma exclusão de vinte minutos na gravação. — respondeu Kyle.

— Precisamos fazer algo! A Serena e o Nate não podem pagar pelo pecado de todos aqui! Não podem! — berrou. Ela estava fora de si.

— Ei! Calma. — falou Chuck, aproximando-se da garota e a abraçando, mantendo-lhe em seus braços — Nós vamos encontrá-los. Eu prometo.

Chuck olhou para Kyle como se estivesse exigindo com o olhar que ele tomasse a atitude de encontrar Serena e o Nate naquele momento. Blair foi conduzida por C até o quarto, para tentar descansar e ficar calma. Os demais garotos ficaram no térreo.

— Eu posso tentar encontrar a Serena e o Nate do mesmo modo que encontrei a Georgina. — falou Kyle.

— Deve ter cuidado. Pois se localizar eles dois, a garota do blog pode ter a informação. — disse Dan.

— Gente que tal sairmos daqui? Não é um bom lugar para se conversar. — alertou Eric e sussurrou — Não podemos arriscar. Aqui pode ter escutas.

— Ah... Precisamos organizar aqui. Que tal pegarmos uma vassoura? — disse Kyle, enrolando.

— Não precisa. Eu limpo e arrumo aqui. Só ajudem a senhorita Blair, ficar melhor desse problema. — falou Dorota, surgindo quase cambaleando.

— Obrigado Dorota! Você é dez! — falou Kyle, indo até a empregada e a beijando na bochecha. Dan repetiu a ação em seguida. Até ser finalizada por Eric. Os três saíram dali e despediram-se, seguindo seus caminhos.

O motel em que Serena e Nate estavam ficava nos arredores de Manhattan, próximo de uma floresta. Era um local bem pacato e sem movimentação alguma. Já era madrugada por volta de duas horas da manhã e ambos estavam acordados, mesmo naquele horário tarde.

— Tem comida na geladeira. Não tá com fome? — perguntou Nate, sentado em uma cadeira, olhando para Serena que estava deitada na cama.

— Não estou com fome. — retrucou a loura.

— Então deveria descansar. — sugeriu Nate.

— Já descansei tempo demais. Precisamos agir. — falou S.

— Não podemos. Ouviu a Georgina. — disse — A garota do blog está nos procurando nesse exato momento e não vai poupar fôlego em tentar nos encontrar. Devemos agir quando amanhecer.

— Você quem sabe. — disse ela.

Serena se sentou na cama e esticou as pernas, deixando suas costas apoiadas na parede, pensando. Nate olhou para ela, levantou-se da cadeira em que estava e andou em sua direção, sentando-se na cama ao seu lado.

— Então você sabe de toda verdade sobre o Chuck... — começou.

— É. Eu sei. Eu esperava que o Chuck contasse pessoalmente pra você. — disse.

— E por que não esperou ele te contar pessoalmente também? — questionou.

— Não tive essa opção. A Blair me contou recentemente. — explicou Serena.

— Também não tive a opção de esperar pelo Chuck pra falar. — resmungou Nate.

A garota o olhou. Ele parecia decepcionado e ao mesmo tempo, culpado por ter afastado seu melhor amigo.

— O Chuck e a Blair foram pra Brighton após o incidente na festa Beijo na Boca. Pegaram o primeiro avião e foram pra ela, atrás da Georgina. Eles acharam que armaram uma emboscada pra ela, mas pelo contrário... Ela que armou uma emboscada pra eles dois. Chuck soube de última hora do paradeiro de Georgina e foi atrás dela no aeroporto. Ao chegarem lá... Blair esperou na limusine, enquanto ele procurava por ela, lá. Do aeroporto, a garota do blog o ligou e ameaçou a Blair de morte ali mesmo na limusine, caso ele recusasse a proposta. Foi por isso que ele fez o que fez com a gente... Por causa da Blair. Para mantê-la viva.

— E por que ele não nos contou isso? — questionou.

— Porque ainda estavam sob ameaça. Ele só contou agora, pois tudo de ruim já passou.

— A garota do blog ferrou o Dan, eu, você, Chuck e quase ferrou com a Blair. Agora só falta ferrar com o Kyle e o Eric. — comentou Nate.

— Temos de ficar um passo á frente da garota do blog. É nossa hora. — disse.

Um longo silêncio ocorreu no quarto. O assunto parecia encerrado para os dois.

— Eu acho que vou andar um pouco... — falou Nate, prestes a se levantar até ser impedido por Serena que segurou em seu braço.

— Não vai. Fica aqui. — pediu S — Não quero ficar sozinha.

— Só vou caminhar um pouco... — falou ele, levantando-se e afastando-se de Serena.

— Vai me dizer agora que está fugindo de mim porque a sua advogada pediu? Fala sério! — exclamou Serena, levantando-se da cama e indo até o garoto, ficando alguns quadrados longe dele.

— Não tem nada a ver com a minha advogada, Serena. — retrucou Nate.

— Eu sinceramente não te entendo, Nate. — falou Serena — Você primeiro diz que me ama e me trata com total frieza e agora tá fugindo de mim. O que eu fiz pra você?

— Já disse que não tem nada a ver com você! — exclamou Nate, baixinho.

Ela se aproximou mais do rapaz e ficou atrás dele, aos berros.

— Se não tem a ver comigo, então por que ainda foge de mim? Estamos sozinhos aqui e mesmo assim, você continua frio e fugindo. Eu sei que deveria ter contado sobre o Chuck, mas você deveria entender.

— EU ENTENDO SERENA! — berrou Nate, virando-se para a garota e ficando frente á frente dela — Eu sei que estou sendo frio com você e sei que estou fugindo de ti, mas eu preciso fazer isso! Pois se eu me permitir ficar apaixonado por você eu vou sofrer mais uma vez. Não posso dar a garota do blog o luxo do amor que eu sinto por ti. Não posso! — falou e saiu do quarto de motel após passar da porta. O tempo estava nublado, prestes a chover.

— Espera! — exclamou Serena e ao mesmo tempo, Nate parou de frente a porta do motel e continuou de costas pra garota — Novamente, falarei isso. — falou, respirando fundo — Se você me ama... Não me deixe pra trás. Enfrente os obstáculos comigo.

Nate respirou fundo e naquela hora, relembrou da última vez em que a ouviu dizer a mesma coisa. Um flashback do momento voltou em sua mente, relembrando a cena.

— Você tem que fazer o Dan se lembrar de tudo sobre a garota do blog. Tem de fazer ele se lembrar de todos nós. — pediu S.

— Eu irei tentar ajudá-lo. — disse e começou a andar na frente.

— Espera! — exclamou Serena e ao mesmo tempo, Nate parou no meio do caminho e continuou de costas pra garota — Se você me ama... Não me deixe pra trás. Enfrente os obstáculos comigo.

Nate respirou fundo e naquela hora, apenas pensava em correr até os braços da garota e beijá-la. Mas não o fez. Ainda de costas pra ela, enrijeceu a postura e disse:

— E é porque eu te amo que não posso ser egoísta. — falou — E é porque eu te amo que não posso arriscar nosso amor. Sinto muito. — voltou a correr, triste.

Aquele flashback na mente de Nate o deixou bastante comovido. Engoliu um seco, sem saber o que falar. Apenas virou-se e olhou diretamente para Serena que estava no pátio do motel juntamente dele. Os pingos de chuva começaram a cair do céu, iniciando o fenômeno que os deixavam molhados ali mesmo no local. O letreiro do motel intitulado como “Bates Motel”, iluminava de forma azulada boa parte do pátio. Sem o que dizer, Nate andou em direção à garota, tomou-lhe em seus braços, envolvendo seus lábios nos dela, beijando-a sem se importar com a água da chuva que agora os deixava encharcados. Parecia uma cena de um filme romântico, mas na verdade, era apenas um momento de amor entre um homem e uma mulher. Ao cessar do beijo, mesmo debaixo de chuva, olharam um pro outro.

— Eu te amo Serena van der Woodsen. — falou ele, olhando para ela com um sorriso nos lábios.

— Eu também te amo Nathaniel Archibald. — disse ela, retribuindo o sorriso.

O garoto a beijou novamente, desta vez a erguendo e fazendo ela se prender em sua cintura, enquanto voltavam para dentro do quarto de motel e aproveitar o resto da noite.

Finalmente aquele péssimo dia passou. Blair tinha levantado da cama sem disposição alguma. Assim que se ajeitou, desceu as escadas e observou o local onde tinha ocorrido a festa e estava totalmente arrumado. Foi até a sala onde eram servidas as refeições, sentou-se na cadeira e gritou:

— DOROTA! — berrou.

 — O café da manhã já irá sair senhorita Blair. — falou a empregada, bocejando. Era claro que ela tinha passado a noite toda, arrumando a casa.

— Espera! Você está cansada. — disse Blair, percebendo a sonolência de Dorota.

— Não estou senhorita Blair. — mentiu a empregada, evitando bocejar.

— Vá tirar um dia de descanso. — pediu Blair.

— Mas senhorita Blair... — começou Dorota.

— É uma ordem, Dorota. Vai. — exigiu B — Vou pra alguma lanchonete.

— O-Obrigada! — exclamou a empregada, saindo dali como uma lesma.

Não poderia ficar sem sua refeição matinal. Levantou-se da cadeira, pegando sua bolsa e o batom que estava dentro dela, passando nos lábios. Colocou o batom dentro de novo, caminhando até o mancebo da casa, pegando um sobretudo vermelho e vestindo-lhe. Saiu de casa.

Ao ficar de frente ao prédio, Blair acenava a espera de um táxi. A caminhonete que tinha ganhado estava no conserto após o acidente com Serena e Nate. Esperou um táxi parar, mas muitos deles estavam já com passageiros. Repentinamente, um carro preto parou bem na frente dela. O vidro do carro abaixou, revelando o motorista.

— Senhorita Waldorf. Esperava falar com você. — falou o homem.

— Nos conhecemos? — questionou Blair.

— Não diretamente. — respondeu — Sou Richard Castle. Eu era o detetive responsável pelo caso de Serena van der Woodsen, Nathaniel Archibald e Daniel Humphrey. — falou, mostrando o distintivo para comprovar que era detetive.

— Ah. Sei quem é. — disse — O que deseja comigo?

— Apenas conversar. Pelo visto está aguardando um táxi. — falou o homem — Que tal uma carona?

— Minha mãe me ensinou a não aceitar nada de estranhos. — afirmou B com um sorrisinho cínico nos lábios.

— Não sou um estranho. Não depois de dizer o meu nome e sobrenome e ainda mostrar o meu distintivo. — falou enquanto abria a porta de passageiro da cadeira de frente — E então?

Blair revirou os olhos e ficou pensativa. Será que era uma boa ideia? Decidiu ceder ao gosto do homem, adentrando ao seu veículo e ficando ao seu lado. Ao trancar a porta, o homem começou a dirigir.

— Para onde gostaria de ir? — questionou.

— Residência dos Spencers. É uma mansão enorme que fica no litoral de Manhattan. Não precisei falar o endereço, pois é óbvio saber onde eles moram.

O detetive riu com o comentário da garota e começou a dirigir ao destino pedido por ela.

— O que queria falar comigo mesmo? — lembrou.

— Encontramos vestígios que possivelmente indicam uma luta em um corredor próximo ao seu apartamento, senhorita Waldorf. — informou.

Assim que o detetive lhe informou aquilo, veio um flashback em sua mente lembrando-se do que Kyle tinha falado.

— Por que chamou a polícia, Spencer? — questionou Blair.

— A garota do blog tentou me atacar. Quer dizer... Ela atacou. Mas eu consegui me safar.

— Nossa. Isso que eu chamo de ninja. — falou Blair.

Despertou da cena em sua mente e voltou ao assunto com o homem.

— E o que tem a ver comigo? — perguntou.

— Um rapaz ligou para a central pedindo ajuda na East 74th Street na Fifth Avenue. — disse — A polícia não sabia onde era a localização do pedido de socorro, mas quando rastrearam, veio do seu prédio. Achamos muita coincidência uma ligação dessas e uma festa onde só tinha meninas dopadas, inclusive a própria anfitriã.

— Continue. — pediu Blair, o olhando.

— Haviam cacos de vidros por uma área do corredor em que ocorreu a suposta luta. Os vidros sustentavam um extintor de incêndio que repentinamente apareceu dentro da sua casa. Sem contar que a polícia reparou que a porta de sua casa estava sem a maçaneta. Por que não explica melhor isso?

— Com todo respeito, mas... Eu estava dopada. Não me lembro. Não sei o que um extintor de incêndio fazia dentro do meu apartamento e muito menos o motivo da maçaneta da porta opcional do meu apartamento ter sido quebrado. — falou — Talvez a teoria da polícia esteja errada.

— Tem uma teoria melhor? — perguntou o homem, parando o veículo após aparecer sinal vermelho.

— Talvez os cacos de vidro não tenham sido durante uma luta. Creio que a pessoa ou as pessoas que trouxeram a encomenda das bebidas com Boa-Noite Cinderela, procuraram por algo para abrir a porta e se infiltrar na festa para apagar todos.

— É uma ótima teoria, senhorita Waldorf. — falou, acelerando o carro após dar sinal verde — Porém, por que Diabos uma pessoa iria tão longe a procura de um extintor se tinha objetos próximos do seu apartamento que poderiam auxiliar no arrombamento?

— Não sei policial. Pergunte a quem fez isso. — disse — Já sei! Que tal deixar de interrogar pessoas inúteis para a investigação e ir prender bandidos de verdade? Esse é o seu trabalho, não é mesmo?

— Deixo que os policiais tenham a honra de prender. Enquanto eu... Prefiro fazer a investigação. Obrigado pela sugestão.

— De nada. — falou com um sorriso falso.

A conversa esfriou e ambos ficaram calados. O detetive bufava de vez em quando e Blair o olhava de forma negativa, porém, triunfal.

O dia começou muito lindo para a dupla, Serena e Nate. Ambos despertaram quase na mesma hora, deitados um ao lado do outro, seminus. Ela só estava de sutiã e calcinha, enquanto Nate estava sem camisa e de cueca boxe. Acordaram já com um beijo intenso.

— Bom dia. — desejou Nate com um sorrisinho no rosto.

— Bom dia. — retrucou Serena, retribuindo aquele sorriso — Como dormiu?

— Dormi bem. — respondeu — Ei! Era pra eu ter perguntado primeiro! — exclamou Nate, brincando — Dormi ótimo e você?

— Também. — falou, rindo.

— Quer comer algo? — perguntou Nate, vestindo a calça e a camisa.

— Acho difícil ter algo que preste, mas... Quero sim. — falou.

—Já volto então. — falou ele, dando um selinho nos lábios da garota, saindo do quarto.

Serena se jogou na cama, encantada pelo momento com o rapaz.

Ao sair do quarto, Nate olhou pros lados e viu uma máquina ali no final do corredor, próximo da recepção. Andou até a máquina, vendo ela. Só tinha salgadinhos. Pegou a carteira que por incrível que pareça ainda estava ali no bolso, retirou uma nota de dólar e colocou na máquina. Ela liberou um salgadinho chamado “Cheetos”. Olhou em direção a recepção que estava vazia, apenas com um computador de tubo e uma televisão, ligados. Aproximou-se mais do computador, olhou pros lados e acessou o site da garota do blog que exibia a seguinte notícia:

CASAL DESAPARECIDO!

Bomba! A It Girl e o N estão desaparecidos fazem exatamente doze horas. Quem tiver informações sobre ambos, contate-se comigo e receberá uma ÓTIMA recompensa.

— xoxo, Garota do Blog.

Nate ao ver aquela notícia ficou preocupado. Saiu do site e correu em direção ao quarto de motel, desesperado. Serena ao ver a chegada do garoto, ficou logo de pé e preocupada.

— O que aconteceu Nate?

— A garota do blog ofereceu uma recompensa por nós dois. Creio também que nossos amigos estejam procurando pela gente. Temos de investigar o quarto ao lado, o mais rápido possível! Quanto antes, melhor. — falou, jogando o pacote de salgadinho pra garota. Começou arrumar o lugar.

O trânsito estava péssimo, por isso a demora de Blair para chegar à residência de Kyle. O detetive parou no meio da avenida que estava interditada por carros. O homem resolveu quebrar o gelo da conversa anterior.

— Espero que não esteja com pressa. Sei que a vida de rica lhe permite fazer tudo na hora certa.

— Assim como os pobres, os ricos também se atrasam. Um exemplo disso é a Beyoncé que maioria das vezes é a última a chegar a um tapete vermelho. — falou Blair, dando de ombros.

— Diga-me Blair... Você acha que alguém conspira contra você e o seu grupo? — questionou.

— Por que a pergunta?

— Soube que tem um blog de fofocas que vive falando sobre todos os jovens de Manhattan, principalmente de você e seu grupo de amigos.

— Um blog não nos fere se é isso que quer saber. — falou.

— Não me refiro ao blog, mas sim, a pessoas especiais que apoiam a causa. — explicou.

— Acredito que sejamos apenas um grupo de amigos que servem de inspiração e nobreza aos demais.

— Conhecia Jenny Humphrey? — perguntou, pegando-a de surpresa.

Blair engoliu um seco, sem saber o que responder. Sentiu-se violada com a pergunta do homem. Olhou para ele e respondeu:

— Conhecia. — respondeu.

— Ainda não solucionamos o caso da senhorita Humphrey. Como era a sua relação com a desaparecida?

— Normal. A gente se falava, mas não era nada demais. — comentou, mentindo.

— Normal? Nada demais? Hum... — disse o homem — Então com quem era a disputa de poder pelo título de “Rainha” da escola de vocês? Quem era humilhada várias e várias vezes? Quem foi uma grande concorrente á sua altura, senhorita Waldorf?

Então foi pega, de novo. A sua mentira não tinha dado certo. Blair pensou em maneiras de contornar a situação e disse:

— Se quiser respostas, me mande uma intimação. Minhas mãos estão limpas. Não sou obrigada a falar nada de certo pra você sem a presença do meu advogado ou a intimação.

— Pensei que tivéssemos tendo uma conversa amistosa. — comentou, passando por algumas casas do litoral, indo até a maior mansão dali.

— E eu pensei que estávamos tendo uma conversa, mas não, estamos tendo um interrogatório. Por acaso suspeita de mim, detetive Castle? Lembre-se que você quase mandou dois jovens inocentes pra cadeia por uma investigação mal feita. Vai querer repetir o ato?

— Aquilo tudo foi um desentendimento. Não irá acontecer de novo. — falou o homem calmo, chegando à residência, parando o carro bem de frente ao local — Chegamos.

— Agradeço por me trazer, detetive. — disse a garota, abrindo a porta do carro, saindo.

— Quando precisar desabafar, sabe quem procurar. — disse o homem.

— Sei sim. Ela é loura, alta e minha melhor amiga. Ela é quem procurarei. Não se preocupe. Tchauzinho. — falou Blair com um sorriso falso, fechando a porta do carro. O homem levantou os vidros do carro e partiu dali.

Ela seguiu seu caminho. Foi em direção à entrada da mansão que era longe. Ao chegar lá, tocou a campainha até a porta ser aberta por Eric.

— Blair. Finalmente chegou. — disse.

— Imaginava que todos estariam aqui. Mas por que a casa do Kyle? — questionou ela, adentrando ao local.

— É mais longe da rotina. — respondeu Eric, fechando a porta. Guiou Blair até a sala onde estavam os garotos — A Blair chegou. Vamos começar?

Chuck estava presente, assim como Dan. Ao ver a garota, seus olhos brilharam e não se descolavam dela em nenhuma hipótese. Ela se sentou numa poltrona de couro que parecia ser o destaque da sala e ficava bem de frente a lareira.

— Bem... O que viemos tratar aqui? — questionou ela.

— Viu o anuncio da garota do blog para tentar encontrar a Serena e o Nate? — perguntou Chuck.

— Não. Não visitei o site da garota do blog desde que eu saí de casa. O que ela postou?

— Isso. — falou Dan, pegando o celular e mostrando o print da notícia pra Blair.

— Só não entendi uma coisa... — falou Eric.

— O que? — perguntou Kyle.

— Por que a garota do blog faria um anuncio sobre o desaparecimento deles dois se foi ela que os sequestrou?

— Também estranhei. Mas talvez a garota do blog só queira a manter as aparências. — comentou Kyle.

— Ou não. Talvez a garota do blog realmente não seja a pessoa que os sequestrou. Talvez tenha sido outra pessoa. — afirmou Blair.

— Então quem você acha que está por trás de tudo isso? — indagou Dan.

— A Jenny Humphrey. — respondeu.

Os garotos se olharam, confusos. Dan pareceu se encolher com a resposta da garota, mas sabia que Serena tinha contado pra ela sobre o que lhe disse.

— A Jenny está desaparecida, sabia? — falou Eric.

— Eu explico ou você explica Dan? — questionou B.

Dan respirou fundo e cedeu a pressão da garota.

— A Jenny veio até a mim numa visita do hospital. Eu achava que tinha alucinado, mas não alucinei. — disse — E... Acho que foi ela quem me espancou.

— Oi? Como assim? — perguntou Eric.

— Creio que tenha sido ela. Só me lembro do rosto e o cabelo dela, enquanto me espancava na biblioteca. — disse.

— Isso não faz sentindo, Humphrey. A Jenny é sua irmã. Ela nunca faria isso. — comentou Chuck, confuso.

— Por isso eu fiquei neutro em relação à participação dela nisso tudo. Eu vi ela me espancar. Mas quando ela me visitou no hospital, ela disse que não podia voltar, pois estava em perigo e colocaria todos em perigo também. Se ela queria me matar, por quê não o fez enquanto estávamos sozinhos no quarto de hospital? — indagou á reflexão de todos.

— Ele tá certo. — disse Kyle — Tá. Essa não é a hora de acusarmos e sim, encontrar a Serena e o Nate. Algum plano?

— Espera aí! — contestou Blair.

— O que foi? — perguntou Dan.

— E se a Serena e o Nate tiverem fugido do hospital pra acabar a “missão”?

— Como assim? — perguntou Chuck.

— Vocês garotos são lerdos. — alfinetou — Pensem! E se a Serena e o Nate fugiram do hospital para terminarem com o plano? E se eles foram ao destino do QG da Georgina? Dan, você sabe onde fica não sabe?

— Sei sim. — respondeu — Mas e se sua teoria estiver errada e eles não estiverem lá?

— Daí terminaremos a missão por eles. — sugeriu sorridente — Vamos?

— Vamos! — exclamou os garotos em um coral.

O grupo saíram juntos dali, indo pro carro conversível de Kyle. Com as coordenadas indicadas por Dan, partiram dali até o destino de Serena e Nate.

Era a hora. O mais recente casal adentrou ao quarto ao lado da qual estavam hospedados. Era onde ficava o antigo QG de Georgina quando era garota do blog. Após entrarem no quarto, acenderam as luzes e se surpreenderam. Haviam duas mesas cheias de papel ali e era um ambiente mal cuidado para se estar.

— Ao invés de virmos aqui, a Georgina poderia ter desembuchado naquela hora, não acha? — perguntou Nate.

— Talvez ela estivesse apressada ou talvez ela soubesse que as palavras dela seriam vazias e que precisaríamos de fatos para comprovar tudo.

— Tem razão. — falou ele, ligando a lanterna do celular, enquanto verificava os arquivos. Serena fez o mesmo.

Os dois vasculharam qualquer evidência entre o amontoado de papéis e não encontraram alguma. Quase derrubaram metade dos arquivos. A maioria deles eram sobre postagens antigas do site da garota do blog.

— Nada? — perguntou Serena.

— Nada. — respondeu Nate.

Ele vasculhou uma área debaixo, até perceber a gaveta em falso da cabeceira. Puxou ela toda e deixou uns papéis escondidos, caírem.

— Serena, olha isso. — falou, colocando a gaveta em cima da cabeceira, enquanto pegava os papéis que estavam mais pra correspondências. Ela se aproximou dele.

— Parecem cartas. De quem é? — questionou Serena, olhando para elas enquanto Nate as abria.

Ao abrir da carta, começaram a ler. Ela dizia:

Não sei o que fazer. Estou a um tempo fugindo dela. Você pelo menos conseguiu ter uma vantagem sobre ela. Não sei o que fazer. Não sei pra onde ir. No fundo, sei que minha família está preocupada comigo. Principalmente o Dan. Ele deve estar sendo vítima dos meus erros. Preciso de ajuda.

— JH

— Essa carta é da Jenny. — informou Nate, respondendo a garota.

— E essa outra carta?

— Vejamos... — colocou o papel da frente, atrás do outro, lendo a nova carta.

A segunda carta, dizia:

A família Spencer é um ótimo alvo. Jenny Humphrey me indicou.

— GG

Nate e Serena se entreolharam, duvidosos. A segunda carta parecia mais um bilhete do que uma carta. O que ela queria dizer com isso?

— Por que a garota do blog avisaria pra Georgina que a família do Kyle é um ótimo alvo? — questionou Nate, confuso — E por que a Jenny indicaria?

— Esse não é o lado mais curioso. — retrucou Serena — Por que a garota do blog atacaria a família do Kyle se eles se mudaram agora pra Manhattan? O Kyle e a família dele nunca tiveram destaque na garota do blog, até eles se mudarem pra cá.

— Isso é muito estranho... — falou Nate.

— Melhor pegarmos o que achamos e sairmos daqui. — sugeriu Serena.

Pegaram as evidências importantes e guardaram. Saíram do quarto de motel, onde ao passarem pela porta e fecharem vasculharam se todos seus pertences estavam ali.

— Vamos? — perguntou Nate.

— Vamos. — falou Serena.

Selaram um beijo naquela hora que servia de despedida do local e assim que se viraram, deram de cara com o resto do grupo de amigos.

— Bonito! Que bonito hein! Que cena mais linda. — falou Blair, aplaudindo e sarcástica — Será que estamos atrapalhando o casalzinho aí?

Os dois olharam para Blair, surpresos. Não esperavam vê-la ali e muito menos os outros. Aquele momento foi marcado de constrangimento e reencontro.


Notas Finais


E a Season Finale se aproxima!
Ainda há muito impacto pela frente...


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