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História Reputações - A arte do segredo - Monsters in the End


Escrita por: SrSpellman

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 21 - Monsters in the End


Flashforward

Serena saiu do camarote onde se encontrava a prefeita da cidade. Conversou com a mulher durante todo esse tempo, até retornar a pista de dança em que as pessoas estavam. Aproximou-se do balcão do bar da festa que estava ali e mexeu no celular, vendo uma mensagem de Blair que dizia:

Vamos nos reunir no telhado do prédio do salão. Temos informações.

— Blair

Ao ver a mensagem da amiga, segurou a bolsa firme até ser surpreendida com a presença de Kyle que apareceu em sua frente.

— Serena! Ainda bem que te encontrei. — disse.

— Que bom que apareceu. — falou — Recebi uma mensagem da Blair e você?

— Eu também. — disse.

— Temos de ir ao telhado! — exclamou ela, passando por Kyle até ser impedida de andar após ele segurar em seu punho.

— Espera! — pediu — O Nate tá estranho. Quando eu o vi e o chamei, ele me ignorou e saiu quase correndo. Sabe o que aconteceu?

— Não sei. Eu acho que ele não deve ter te visto. — supôs.

— Tenho certeza que ele me viu. — afirmou Kyle, determinado.

De repente, um garoto de pelo menos seis anos de idade, apareceu diante da dupla, cutucando o vestido de Serena. Ela olhou para o garoto, lançando um sorriso e se curvou para falar com ele.

— Oi. — disse sorridente — O que foi?

— Mandaram entregar isso pra vocês dois. — disse o garotinho banguelo e de cabelos enrolados, entregando um pedaço de papel pra Serena.

— Quem mandou entregar? —questionou Serena, pegando o pedaço de papel, enquanto não desprendia seu olhar do garoto.

— A garota do blog. — respondeu e saiu correndo.

Serena e Kyle entreolharam-se, desconfiados. Naquela hora, queriam fazer algumas perguntas ao garotinho, mas sabiam que sua ajuda seria inútil. Com o papel em mãos, Serena o desdobrou, vendo o seguinte recado:

Tic-Tac. Temporada de caça aos mentirosos começou! E eu estou caçando.

— Gossip Girl.

Ao lerem aquilo, novamente se olharam. Apressadamente, saíram dali e foram diretamente às escadarias do salão de festa, em direção ao telhado.

DOIS DIAS ANTES

Gossip Girl Intervention

Bom dia, galera do Upper East Side. Garota do blog na área, sua primeira e única fonte por dentro da vida escandalosa da elite de Manhattan. O ponto alto do meu blog? O septeto Gossip que acaba de se reunir novamente.

Há tempos, quando os nobres europeus ficaram cansados de bailes palacianos, eles inventaram uma novidade para dar mais graça, uma sofisticação. Roupas e Canapés são o trivial para uma noite de sábado (nesse caso, uma noite de segunda) até você adicionar uma máscara. Estão preparados para o baile de máscaras do Memorial Day? Pois eu estou! Cuidado com a identidade de vocês.

— beijinhos, Gossip Girl.

Todos estavam se mobilizando para o baile em prol do Memorial Day que aconteceria na segunda, de noite. Apesar da tensão em que o septeto passava, Blair era o exemplo de pessoa que não deixava se abater com as coisas ruins que aconteciam ao seu redor. Mesmo quando ligava a televisão e assistia noticiários sobre catástrofes, parecia não dar importância á esses tipos de assuntos. Porém, sempre tem aquela notícia que a faz berrar de tristeza.

— DOROTAAAAAAA! — exclamou Blair, chamando a sua empregada e fiel escudeira, enquanto estava sentada na cama quase choramingando.

— Sim senhorita Blair? — questionou a mulher, aparecendo rapidamente no quarto.

— Acabaram de dizer na TV que acabou a coleção de vestidos de primavera Marchesa do estilista Eric Daman! — disse Blair, entristecida.

— Mas senhorita Blair, há inúmeras opções de vestidos por aí. — comentou Dorota.

— Não quero saber! Eu queria o Marchesa Spring! — exclamou.

Ocorreram batidas na porta. Era Serena. A garota se anunciou, até ser autorizada por Blair á entrar no quarto.

— Oi B. Olá Dorota. — disse S com um sorrisinho no rosto.

— Oi S. — disse Blair, dispensando a empregada que saiu do quarto — O que faz aqui?

— Preciso falar com você sobre o desenho da Penélope. — respondeu.

— Podemos resolver isso depois? Tenho de escolher o meu vestido pro baile. — disse — A propósito... Já comprou o seu?

— Sim. O meu é da coleção de Zuhair Murad. — falou Serena, animada.

— O vestido que eu queria já teve a coleção esgotada. — comentou.

— Que chato. — afirmou — Talvez você se interesse por outro. A bloomingdale’s tá cheio de vestidos lindos.

— O problema é que eu estava esperando por aquela coleção, faz um tempo. Fiquei tão focada nos problemas da garota do blog que me desviei de tudo, socialmente. — falou.

— Precisamos falar daquele desenho. — lembrou S.

— O que quer falar? — indagou Blair — Pra uma malvadinha, até que a Penélope desenha bem.

— Acho que conheço o cara do desenho da Penélope. — comentou Serena, insegura.

— Como assim “conhece”? — perguntou Blair, olhando para a amiga, abismada.

— Ele parece muito ser o Carter Baizen. — disse — Lembra quando eu fugir pra Dubai?

— Lembro. — respondeu — O que tem a ver?

— Eu fui com esse cara. Eu o conheci numa festa. — afirmou — Namoramos durante um tempo, até ele terminar comigo.

— E por que ele terminou contigo? — indagou.

— Porque eu disse pra ele que só precisava dele pra encontrar o meu pai na época. Depois que encontrei, dispensei-o e bem... Ele ficou magoado.

— Bingo! Não percebeu? — questionou Blair — É óbvio que ele deve ser a garota do blog.

— Explique. — pediu.

— Esse tal de Carter é um ex seu que ficou magoado pela sua atitude. Sendo assim, ele resolveu virar a garota do blog para poder se vingar de você e de todo o seu círculo de amizade. — falou — Não é óbvio? É ele! Não me surpreenderia você ter mais um garoto de sua lista que adicionou “Stalker” na lista de interesses. — comentou irônica.

— Aí é que tá! É óbvio demais pra ser o Carter. — disse.

— É tão óbvio e não tão óbvio, ao mesmo tempo. — comentou Blair — Olha, e se a Penélope foi apenas um peão nessa história toda? Talvez ele tenha chegado nela, para ter mais informações sobre todos nós, principalmente você. Daí quando achou que não era mais preciso informações, colocou os planos em prática e retornou com o blog. Sendo assim, ele roubou o pingente da Penélope e enquanto nos espionava, deixou-o cair.

— Uma ótima teoria. — falou Serena.

O celular de Blair tocou e vibrou ao mesmo tempo. Serena olhou para a amiga, receosa pela mensagem que tinha chegado. A morena pegou o dispositivo móvel e o desbloqueou, lendo a mensagem que tinha sido enviada por Chuck.

O Caleb encontrou a Georgina. Avise a Serena e venham o mais rápido até a mansão dos Spencers.

— Bass

— Encontraram a Georgina. O Chuck nos mandou ir pra mansão Spencers. — disse Blair, levantando-se da cama, pegando a bolsa e prestes a sair.

— Vai mesmo sair de pijama? — questionou Serena, contendo risadas.

— Ah... É mesmo. — disse Blair, voltando para se trocar.

Após o envio de mensagem de Chuck, minutos depois, Serena e Blair chegaram à residência da família de Kyle. Todos já estavam ali e o septeto se completou com a chegada das garotas ao local.

— Onde aquela dissimulada está? — questionou Blair, mal entrando no local.

— Boa tarde pra você também. — disse Kyle, revirando os olhos.

— Demorou muito, mas conseguimos. — falou Caleb.

— Por que tanta demora? Pensei que ele fosse um hacker profissional. — comentou Blair, impaciente.

— A Georgina é completamente invisível na sociedade. Ela sabe se camuflar de uma maneira perfeita que creio eu que nem a polícia conseguiria encontrá-la. — falou Caleb — Tive de utilizar diversos recursos para encontrá-la.

— E onde ela está? — indagou Serena.

— Hotel Empire. — respondeu — Em Nova York.

— Estamos um passo á frente. — disse Dan.

— Precisamos que encontre outra pessoa. — exigiu Blair.

— Mesmo preço. — afirmou Caleb, mostrando um sorrisinho nos lábios.

— Na verdade, fará essa de graça. — disse Blair — Para compensar a sua demora, sabe?

— Quem vocês duas querem encontrar? — perguntou Eric.

— Carter Baizen. — respondeu Blair.

— Quem é esse? — questionou Kyle.

— É o garoto do desenho da Penélope. — respondeu Blair — É ex-namorado da Serena com o coração partido após ela ludibriar ele.

— Valeu B. — disse Serena, constrangida.

— Vai tentar encontrar ele ou não? — indagou Blair á Caleb.

Caleb olhou para Kyle que pareceu dizer que “sim” com os olhares. O garoto de cabelos compridos respirou fundo e cedeu.

— Vou sim. Extra é extra. — falou quase bufando.

— Ótimo. — disse Blair — Chuck e Nate, vocês veem comigo até Nova York. Já os demais... Vão descansar.

Blair se retirou dali, quase puxando Chuck consigo. Antes de Nate ir embora, aproximou-se de Serena para conversar com ela.

— Mais um segredo? — questionou pra ela no sussurro.

— Não era algo relevante pra se contar á alguém. Além do mais, é totalmente desnecessário eu entrar num tipo de assunto como esse. — respondeu ela.

— Quando vai se abrir comigo de verdade? — perguntou.

— Nate, você não está em posição de exigir que eu te conte todos os meus segredos ou fale de tudo que eu fiz. — afirmou.

— Só não quero ser o cara que descobre as coisas. Somente. — disse.

— Ah é? Então por que não me falou que o Ethan era gay e que tentou dar em cima de você? Como eu disse Nate... Você não está em posição de exigir nada.

Ela se afastou do rapaz, indo para perto de Kyle que estava assistindo Caleb mexer no notebook, a procura de Carter. Nate olhou para Serena pela última vez ali e saiu após um berro de Blair.

O motorista da limusine de Chuck o levou, assim como Blair e Nate, até o Hotel Empire em Nova York. Durante o tempo de ida, Nate apenas olhava pela janela, pensativo. Enquanto Blair e Chuck se encaravam, sem falar nada. O silêncio se quebrou com a fala do rapaz.

— Estava com saudades da limusine? — indagou Chuck, olhando para Blair com um sorriso sádico no rosto.

— Poderia estar, mas me lembrei de que os assentos me incomodam e a garrafa de champanhe sempre está vazia. — disse Blair, retribuindo o sorriso.

— Não tem saudades dos momentos? — perguntou ele, levantando uma de suas sobrancelhas, ainda com a feição safada no rosto.

Blair não respondeu, ao invés disso, reagiu contra ele, pisando o seu pé, suficiente para causar dor em Chuck. Gemeu com aquela ação da garota e fez uma careta de raiva pra ela.

— Cara feia dá fome, sabia? — questionou ela, provocando-lhe.

Ele fez um bico e revirou os olhos, reparando em Nate. Tocou em seu ombro, acordando-lhe de sua imaginação.

 — Você tá bem, Nathaniel? — indagou.

— Estou sim. Só estava pensando no baile. — disse ele, mentindo.

— Ou na Serena. — acrescentou Blair, sem se poupar da verdade.

Nate a olhou e permaneceu em silêncio. Blair deu de ombros e respirou fundo. O motorista do veículo anunciou a chegada ao Hotel Empire. Saiu do assento de direção e abriu a porta para o trio sair da limusine. Ao saírem, Chuck falou algo ao homem que assentiu com a cabeça. Juntos, caminharam até a entrada do hotel e foram até a recepção.

— Precisamos achar o quarto dela. — falou Blair.

Ela recebeu uma mensagem e ao ouvir o toque e a vibração do celular que notificava isso, estremeceu um pouco. Os garotos a olharam, receosos. Por fim, pegou o aparelho e o desbloqueou, vendo a mensagem de Serena.

Encontraram-na?

— xoxo, S

Blair dedilhou os dedos nas teclas do celular, respondendo a mensagem:

Acabamos de chegar. Envio notícias.

— xoxo, B

O trio se aproximou da recepcionista e começaram a pedirem informações sobre o paradeiro de Georgina ali no Hotel Empire.

— Bom dia, senhorita... — começou Blair ao se aproximar do balcão, olhando pro crachá da recepcionista — Miley. Gostaria de saber o quarto em que a Georgina Sparks está hospedada, por gentileza. Obrigada.

— Perdoe-me senhorita, mas a política do hotel não nos permite informar os quartos em que nossos hóspedes estão. — falou a mulher.

— Qual é o seu preço? — indagou Blair, impaciente.

— Como é? — questionou a recepcionista, confusa.

— Quanto você quer para nos dar a informação e nos autorizar á ir até o quarto da Georgina? Diga seu preço. — falou — Quer quanto? Dez mil? Quinze mil? Quanto?

— Lá vai ela, mais uma vez, tentando subornar alguém. — sussurrou Nate á Chuck — Da última vez, ela tentou subornar a recepcionista do hospital pra tentar ver o Dan.

— Desculpe senhorita, mas não posso aceitar isso. Suborno é crime. — falou a mulher, horrorizada.

— Sabe o que é crime? Crime é eu... — começou Blair, até ser interrompida por Chuck.

— Perdão, senhorita. Mas na verdade, nós queremos saber o quarto da Georgina, pois hoje é o aniversário dela. Eu sou namorado dela, ele é o cunhado e ela é a melhor amiga. Achávamos viável chegar de surpresa no apartamento dela.

— É namorado dela, mas não sabe o quarto na qual ela está hospedada? — questionou.

— Digamos que... Tivemos uma briga feia por ela ter se mudado pra esse hotel. Então tive a brilhante ideia de tentar reconciliar tudo, por meio dessa surpresa de aniversário.

— Certo. — falou ela, desconfiada — Tudo bem então.

A mulher começou a pesquisar o nome de Georgina no computador. Ao finalizar, pareceu confusa com aquilo.

— O que foi? — indagou Nate.

— Que estranho. — disse a recepcionista.

— O que é estranho? — perguntou Blair.

— A ficha de hospedagem dela foi editada minutos atrás. Antes estava “Georgina Sparks” e agora está “Virginia Sully”.

— Em qual quarto ela está? — perguntou Chuck.

— Andar sete, apartamento setenta e três. — respondeu.

— Obrigado. — falou Chuck por todos.

Eles correram apressadamente em direção ao elevador. Assim que se aproximaram, Chuck parou no meio do caminho e contestou:

— Da última vez que entrei num desses, terminei acabando preso. — falou — Melhor irmos de escada.

— O QUE? — questionou Blair, indignada — Eu estou de salto, Bass.

— Tire-os, ora. — falou Chuck, correndo na frente até as escadas. Nate o seguiu.

Blair resmungou com aquela opção. Retirou os saltos, fez uma careta e foi até as escadas, subindo-as e com uma careta de raiva no rosto.

Chegaram ao andar indicado pela mulher da recepção. Juntaram-se novamente e apressadamente, foram até o apartamento em que Georgina estava hospedada. Ao chegarem ao quarto setenta e três, a porta estava entreaberta, revelando que alguém tinha entrado ou saído dali, sem trancá-la.

— Tenham cuidado. A Georgina pôde ter ajudado a Serena e o Nate, mas ela ainda é uma louca psicótica. — alertou Blair.

Eles adentraram ao quarto de hotel de Georgina. Entreolharam-se, desconfiados de onde estavam. Andaram mais um pouco, explorando os cômodos até repararem na enorme bagunça mobílias e objetos quebrados ali.

— Parece que um furacão passou por aqui. — disse Nate — O que aconteceu?

Chuck se aproximou e viu algumas marcas na parede que eram semelhantes á golpes que indicavam sinais de luta.

— A Georgina foi atacada. — falou.

— Atacada? Por quem? — questionou Blair.

— Quem vocês acham? — indagou Nate, aproximando-se de Blair e Chuck, mostrando-lhes um bilhete — É da garota do blog.

Desdobraram o bilhete e leram. De fato, era da garota do blog. Estava escrito:

Garotos brincam com brinquedos. Garotas brincam com garotos. E eu brinco com todo mundo. Parem de me investigar ou alguém vai sofrer.

— xoxo, Gossip Girl.

Ao lerem o bilhete deixado pela garota do blog, entreolharam-se mais uma vez e ficaram preocupados com a situação atual em que Georgina poderia estar. Vasculharam o quarto por alguns minutos, até saírem dali sem deixar vestígios. Aproveitaram e mandaram mensagens aos demais, avisando sobre o acontecimento.

Enquanto o trio resolvia os mistérios d garota do blog, Eric se preparava para o campeonato de lacrosse que estava por vir. Ele e os demais membros do time estavam no campo treinando e nas arquibancadas ali estava Serena, observando o treinamento.

— Vai Eric! — gritou Serena animada, torcendo por seu irmão.

— Se eu fosse você, não me animava muito não. Ele não vai durar muito tempo. — comentou Ethan, surgindo próximo da garota.

— Pensei que já tinha sumido. — afirmou Serena, revirando os olhos.

— Vai ter troco, Serena. Pra você ou seu irmão. — ameaçou.

— O que seu pai achou da novidade? — indagou irônica.

— Pode rir. — disse — Quem ri por último, ri melhor.

— Tchau Ethan. — falou, acenando pra ele com um sorriso falso nos lábios.

O garoto deu as costas a Serena e foi embora com seus pertences. Eric viu a cena de longe e correu em direção a irmã para falar sobre o que viu.

— O que ele estava fazendo aqui? — indagou.

— Veio ameaçar. Mas não se preocupe. Já nos livramos daquele traste. — comentou — Tá pronto pra ir embora?

— Sim. — respondeu — A mamãe disse que comprou minha roupa pro baile. Segundo ela, vou ficar muito gato na roupa.

— Tenho certeza que sim. Vai conquistar muitos garotos. — disse Serena, gargalhando.

Um garoto de cabelos loiros andava em direção á Eric, para cumprimenta-lo. Assim que chegou perto dele, formou um sorriso nos lábios, fundou as mãos nos bolsos e dialogou.

— Hey, Eric! — chamou.

— Justin! Ah, oi! — cumprimentou o rapaz loiro.

— Tudo bem? Soube o que aconteceu e eu sinto muito... — disse Justin.

— Tudo bem. Acontece. — respondeu — Ah, Serena, esse é Justin Taylor. Ele é aluno daqui e um novo amigo meu. Ele é um artista, literalmente. — apresentou — Justin, essa é a minha irmã, Serena van der Woodsen.

— Prazer. — falou Serena com um sorrisinho quase malicioso.

— O prazer é todo meu. — falou ele, retribuindo o sorriso — Já vou indo, tenho que ajudar a limpar a sala de artes. Foi muito bom falar contigo, Eric.

— Digo o mesmo. — disse.

Justin se despediu de ambos e retornou á sala de artes, na qual estava auxiliando na limpeza. Eric e Serena se olharam com sorrisinhos empolgados.

— Amigo é? Por enquanto. — falou brincando.

— Cuida da sua vida. — afirmou ele, gargalhando.

E então foram embora dali.

UM DIA ANTES

— Senhorita Blair! — berrou Dorota no térreo do apartamento.

— Estou dormindo, Dorota! Deixe-me em paz! — exclamou Blair, com a cara afundada no travesseiro.

— Se estivesse dormindo não teria respondido isso, senhorita Blair! — disse lá de baixo.

— Sua mãe chegou senhorita Blair! — anunciou Dorota.

— Minha mãe? — sussurrou pra si mesma.

Na mesma hora, Blair se levantou da cama, retirou os cobertores que estavam em cima dela e saiu correndo do quarto em direção ao térreo do apartamento, para ver sua mãe. Ainda de pijama, assim que desceu, encontrou-se com Dorota.

— Cadê ela, Dorota? — questionou ansiosa.

Quando a empregada ia responder, Eleanor surgiu saindo do elevador, acompanhada de três rapazes que carregavam seus pertences, como malas, manequins, etc. A mulher ao ver a filha, foi em sua direção e lhe abraçou com um sorriso nos lábios.

— Blair, minha filha. Estive com saudades. — disse — Da próxima vez, deve vir á Paris, comigo.

— Vou nem reclamar, só vou. — retrucou, rindo.

— Os três desfiles foram um sucesso. O suficiente para arrasar com os trabalhos do Marc Jacobs. — comentou Eleanor, abanando-se — Vai ao baile do Memorial Day, amanhã?

— Não sei. O vestido que eu queria usar amanhã, esgotou-se. — falou entristecida.

— Na verdade, tive um tempo livre para visitar o seu pai e o Roman. — comentou Eleanor — E o seu pai mandou lhe entregar isso... — fez um sinal para um dos rapazes que acompanharam a mulher, pedindo para trazer a caixa dourada com um laço branco brilhoso para Blair. O homem entregou a garota que segurou a caixa, sem ter o que falar — Pode abrir. Seu pai disse que tem certeza que irá gostar.

Blair assim o fez. Desfez-se do laço que prendia a caixa e abriu-lhe. Retirou o embrulho e assim, o presente se revelou: Era o vestido que tanto queira. Marchesa Spring, um vestido em tule de seda preto com aplicações douradas e longo. Assim que viu o vestido, gritou o mais alto que pôde o suficiente para quase deixar Dorota e Eleanor, surdas.

— É o vestido que eu queria! É o que vou usar amanhã! — disse B, animada — Como ele conseguiu?

— Seu pai disse que provavelmente você esqueceria-se de comprar o vestido, então resolveu comprar pra você. Na verdade, se não fosse o Roman, até seu pai teria esquecido. — respondeu.

— Que ótimo! Obrigada mãe! Irei ligar pro papai e pro Roman e agradecer á eles. — afirmou animada.

— Agora, preciso de um banho. Estou exausta. — falou Eleanor, indo até um dos homens que lhe ajudou com as bagagens — Obrigada. — disse ela, dando uma nota de cem dólares á um dos homens.

Blair olhou em direção ao rosto do rapaz em que Eleanor estava fazendo o pagamento e o reconheceu: Era Carter Baizen. Não sabia quem ele era, mas tinha reconhecido por meio do desenho de Penélope. Blair fixou sua atenção nele e de repente, após ele pegar o dinheiro de Eleanor e agradecer, olhou brevemente pra garota com um sorriso sádico e foi embora.

— Senhorita Blair? — chamou Dorota — Você está bem?

— E-Estou. — mentiu, pois estava até mesmo pálida de susto — Preciso que leve o meu vestido pro meu quarto, Dorota. Agora!

A garota saiu correndo do apartamento e foi em direção ao elevador de casa. Assim que alcançou o rapaz, as portas se fecharam e ele desceu. Blair bufou de raiva por ter falhado naquela hora. Pegou o celular, dedilhou os dedos no teclado do aparelho e enviou uma mensagem á Serena que dizia:

SOS! Starbucks. Daqui á trinta minutos.

— xo, B

Correu pro seu quarto para se trocar, já que não estava vestida apropriadamente. Depois de minutos, estava pronta. Pegou a bolsa e foi encontrar-se com sua melhor amiga.

Então se encontraram. Blair tinha chegado primeiro no Starbucks, depois de dez minutos de espera, Serena chegou em seguida. Assim que ela entrou, um homem as serviu com um cappuccino e as deixou sozinhas na mesa.

— Pediu cappuccino pra mim? Espero que tenha pedido pra capricharem na espuma. — falou Serena, retirando o casaco e se sentando na cadeira de frente á Blair — Novidades sobre a Georgina?

— Não vim pra falar da Georgina. — falou — Vim falar sobre esse Carter.

— O que tem ele? — indagou.

— Eu o vi S! — exclamou Blair, ainda surpresa com o que lhe aconteceu.

— Viu ele? Onde? — questionou — Na rua? Em alguma loja? Onde?

— Queria eu ter o visto na rua ou numa loja. — retrucou — A minha mãe voltou de Paris. Ela estava cheio de bagagens e por isso precisava de ajuda. Ela conversou comigo e me mostrou o presente que meu pai mandou pra mim. Acredita que ele conseguiu comprar o meu Marchesa Spring? Era o vestido que eu tanto queria. Quase pedi pra minha mãe fazer uma versão igualzinha. — comentou, desviando de assunto.

— Blair... Foco! — exigiu Serena.

— Ah, sim. — falou revirando os olhos — A minha mãe preciso de ajuda pra subir com as malas, então, um dos rapazes que ajudou ela com as bagagens foi o Carter. Eu vi a minha mãe pagando pra ele pela ajuda. Eu o vi Serena. Tentei ir atrás dele, mas quando cheguei era tarde demais no elevador. Depois disso, eu congelei.

— O que o Carter fazia na sua casa? E por que ele ajudaria sua mãe com as malas? — questionou.

— Talvez ele esteja infiltrado. — sugeriu.

— Cuidado com o que fala ou faz dentro da sua casa, B. Provavelmente ele colocou uma escuta ou uma câmera, por lá.

— Ou uma bomba! — exagerou — Ele não apareceria lá, por nada. Precisamos fazer alguma coisa, S!

— Se a teoria dele ser a garota do blog estiver certa, ele vai comparecer ao baile de amanhã. Assim que o vermos, nos reunimos e vamos atrás dele. — falou.

— Amanhã iremos desmascarar a garota do blog por completo. — disse, aliviada e bebendo um gole do cappuccino.

— A propósito... Pensei num plano. — comentou.

— Que plano?

— O salão de festas do governo tem câmeras que serão monitoradas por uma iniciativa privada que é a “Spencer Security”. — disse — O Rufus é quem vai ser chefe de segurança de lá, temos uma vantagem com isso.

— Como sabe de tudo isso?

— O Dan me disse e o Kyle me confirmou. — respondeu — Continuando... O Caleb vai invadir o sistema de segurança e monitorar, para nos deixar um passo á frente da garota do blog. Poderemos saber de cada passo dela, sem nos preocupar. E se a Georgina reaparecer, nós iremos encurralar ela e a fazer, falar.

— Vou repassar o seu plano pro Chuck que vai repassar pro Kyle e pro Caleb. — avisou.

— Enquanto faz isso, vou falar pro Nate, Dan e Eric. — disse Serena, deixando uma nota de cinco dólares, pagando pelos dois cappuccinos — Vou indo. Tenho de pegar o meu vestido. Nos vemos amanhã. — falou, beijando a bochecha da amiga e partindo dali, apressadamente.

Blair ficou animada com o que estava por vir. Forçou um sorrisinho e convenceu-se de que tudo daria certo, mesmo sendo arriscado. Arrumou sua bolsa, até seu celular vibrar e tocar, notificando uma nova mensagem da garota do blog que dizia:

Alguns dizem "Não vivo sem você",  eu digo "Você não vive sem mim". Tenha cuidado com suas escolhas, pois como eu já disse antes: Uma escolha pode mudar tudo.

— You know you love me, x.o.x.o, Gossip Girl.

Leu a mensagem e bloqueou o celular com raiva. Levantou-se do assento, com os pertences guardados na bolsa, segurou o copo de cappuccino e saiu dali, determinada.

Kyle, Chuck e Caleb eram o trio do momento. Enquanto o hacker ficava no notebook, tentando saber o paradeiro de Carter Baizen, os outros dois garotos ficam jogando xadrez para passar o tempo e esperar resultados do rapaz.

— A Blair me enviou uma mensagem dizendo que ela viu o Carter Baizen na casa dela, passando-se de mensageiro. — informou Chuck.

— A Serena me enviou uma mensagem falando de um plano pra amanhã. — falou — Eu achei uma ótima ideia. Lê isso. — disse Kyle, mostrando a mensagem de Serena explicando.

Durante alguns minutos, Chuck leu a mensagem com o plano de Serena e pensou se realmente seria uma ótima ideia. Durante esse tempo, chegou numa conclusão:

— Apoio. — falou.

— Vou dizer pra ela que você concordou. — disse Kyle, enviando uma mensagem pra ela.

— Parece que alguém achou o Carter Baizen primeiro que o seu hacker, Kyle. — comentou Chuck, irônico.

— A sua namoradinha encontrou ele, mas não sabe do essencial. Saca só: Carter Baizen utilizou o cartão de crédito na última vez numa loja chamada “Dior”. Além disso, efetuou hospedagem no Hotel Empire. Coincidência com aquela garota, não acham? — comentou Caleb.

— Coincidência demais. — disse Kyle, desconfiado.

— Parece que além de estarmos lidando com um desconhecido, estamos lidando com um cara que tem grana. — falou Chuck, enquanto se servia com whisky.

— Não se a grana é suja. — comentou Caleb — O Carter é conhecido por ser um ótimo jogador. Ele adquiriu trezentos milhões de dólares em um cassino e foi descoberto que supostamente fraudou no jogo.

— E como ele é um ótimo jogador se ele trapaceia? —questionou Chuck, confuso.

— Aí é que tá. — disse — Após isso, ele abriu uma casa de jogos clandestina, o que levou ele á ser preso e pagar fiança. Porém, a penalidade dele aumentou quando a gerência do cassino em que ele recebeu os trezentos milhões avisou dos métodos trapaceiros dele. Então ele gastou meio milhão com a fiança e saiu da cadeia. — afirmou.

— E o que o faz ser um ótimo jogador, finalmente? — indagou de novo.

— Ele tem táticas e sabe planejar. Aqui diz que ele quase foi processado por elaborar um site que expusera os políticos do estado da Nova Jérsia. A sorte que teve foi pelo fato de boa parte do que dizia no blog ser verídico. Muitos dos políticos do estado foram presos por causa de Baizen. — disse — Praticamente o cara é um ótimo jogador e justiceiro. Ele é inteligente e utiliza recursos para tentar vencer de qualquer forma.

— Pegaram a referência? — perguntou Kyle— Ele tinha um blog que era pra expor os políticos; A garota do blog tem um site que é pra expor os adolescentes. Mais uma vez, coincidência, não?

— Sim. — respondeu Chuck — Acabaremos com isso, amanhã. Estamos um passo á frente. Só temos de arrancar uma confissão do Carter e... Pronto!

— Por que acha que ele vai ao baile? — questionou Kyle.

— Um homem não vai a Dior, a não ser que utilize algo de lá para um evento. — respondeu Chuck — É óbvio que ele vai e nós estaremos prontos.

— Operação “Caça-Revelação”. — comentou Kyle, otimista.

— Caleb, não pare de procurar informações. Continue vendo. Caso encontre algo importante, nos avise. — pediu Chuck.

— Pode deixar, chefia. — falou Caleb, animado.

Nate estava em casa, mais precisamente em seu quarto. Guardava o seu terno no guarda-roupa até ouvir o som do Skype vindo de seu computador. Assim que guardou a roupa, ouviu um barulho vindo da entrada de seu quarto. Suspeitou que fossem seus pais, então fechou a porta, mas não a trancou por precaução. Além do mais, sua família não tinha o hábito de trancar os cômodos. Foi então até o PC e viu quem lhe pedia a chamada de vídeo. Era Serena. Aceitou a chamada e assim, conversaram via webcam.

— Oiiii. — falou Serena com um sorriso morgado nos lábios — Só te liguei pra perguntar se você viu a minha mensagem no seu celular? Estou preocupada se você está mesmo verificando elas, depois da nossa pequena discussão. — disse ela, franzindo a testa.

— Eu vi a mensagem. — respondeu ele — Concordo com o plano. E saiba que estou vendo todas as mensagens que você envia. Não se preocupe... Não deixarei com que o lado pessoal da gente, interfira com o “profissional”. — falou ele, desabotoando a sua camisa e a retirando, sem se importar que a garota o visse.

— Nate... Você está chateado por eu não me abrir com você. E eu também estou chateada por você não se abrir comigo. Eu te escondi sobre o Carter, mas não era algo que eu precisasse chegar pra você e dizer: Olá Nate. Eu já namorei á um possível stalker, tudo bem? — ironizou, observando o rapaz colocar outra camisa — Tem coisas que são realmente desnecessárias de serem contadas.

— Concordo com você. Então eu precisava falar mesmo pra você que o Ethan era gay e que deu em cima de mim? Eu teria de chegar a você e dizer: Olá Serena. Meu ex-melhor amigo é gay e quer transar comigo, tudo bem? — retrucou a ironia — Bem desnecessário, não acha?

— Acho ambos os assuntos desnecessários para serem contados um pro outro. Então... Por que estamos brigando, Nate? — questionou ela, colocando alguns fios de cabelo por trás da orelha direita.

— Quer saber mesmo o porquê de eu estar chateado contigo, Serena? Não estou com raiva por você não me contar sobre o Carter. Eu estou com raiva por você não me contar nada. Você ao menos nem sabe se quer ter algo mais sério comigo. Você nunca expõe seus sentimentos. Você nunca se abre. — falou ele, revoltado.

— Eu nunca me abro? Quem por acaso me rejeitou em plena praça da cidade? Eu me abri com você naquele dia e ao invés disso, você me rejeitou e deu uma desculpa de que não queria se envolver comigo, pra não nos prejudicar. — argumentou — Quem aqui não está se abrindo?

— Fiz o que fiz em nome de nossa segurança. Sempre tentei ter algo com você, Serena. Você mesma sabe disso. Eu tenho sentimentos por ti, desde o Halloween em 2013. No fundo, você sabia que eu te amava e não a Blair. Você tinha medo de ceder aos meus sentimentos, por causa da sua amizade com ela. Eu sempre tentei te ter ao meu lado, mas a única coisa que eu conseguia era SEXO. Então me diz... O que é uma rejeição comparada a várias na vida?

— Você está enganado. — disse Serena, insegura.

— Não estou. Eu sempre quis você, Serena. Você sempre soube. Desde a noite da festa, naquele bar... Quando você e eu perdemos a virgindade, juntos. Você sabia a partir dali, que eu te amava. — falou — Tentei várias vezes te ter ao meu lado, mas você ignorou. Fingiu que não sabia de NADA. Quando conseguimos ter algo juntos, você tem medo de se expressar pra mim. Por quê?

— Eu nunca ignorei seus sentimentos. É complicado. A Blair... — defendeu-se até ser interrompida.

— Envolvendo a Blair. — disse — Viu? Você sabia. Mas ignorou por causa da Blair. Te fiz uma pergunta, mas eu sei qual é a resposta: Você tem medo de expressar pra mim, por causa dos seus relacionamentos antigos. Você namorou á um possível stalker e á um ex blogueiro. Até eu ficaria traumatizado.

— Me recuso continuar essa conversa com você. — falou Serena.

— Ótimo. — afirmou — Então me recuso de continuar á ter um lance com você. Quer dizer... Se é que tivemos isso, não é? Garotas como você não valorizam os sentimentos. Valorizam apenas o sexo.

Serena se sentiu insultada, como se tivesse sido chamada de “vadia” naquele momento. Então jogou:

— Não. Não tivemos. E nunca teremos. Quer a verdade? Eu sabia sobre seus sentimentos, sim. Eu sempre soube. Mas sabe o que eu decidi fazer? Decidi pegar o seu coração e controlar ele, fazer você rastejar feito um cachorro atrás de um osso. A diferença é que você teve tempo para lamber ao prêmio, mas não o consumir para a vida inteira. — disparou — Eu sempre te usei e sempre usarei. Eu nunca namoraria com um cara como você, Nate. Era isso que queria, não era? Queria eu expusesse meus sentimentos e me abrisse com você. Está aí... Eu me abri.

Nate ouviu cada palavra que a garota dizia. Ele respirou fundo e engoliu o choro que estava quase tendo naquele momento. Os olhos dele brilhavam, querendo chorar. Ali de fato, era a pior conversa e a pior noite que teve já em sua vida. Novamente, respirou fundo e disse:

— Obrigado por se abrir, Serena. Tenha uma boa noite. — falou ele, encerrando a chamada de vídeo.

Ao cessar da chamada, os olhos de Nate se encheram de lágrimas e ele chorou. Fechou o punho direito com tanta força e socou a parede, pelo menos, três vezes. O suficiente para deixar seu punho avermelhado, cortado e sangrando. Foi até a gaveta de uma mesinha e abriu-lhe pegando uma caixinha preta e pequena. Abriu-lhe e lá dentro tinha um colar de diamante. Era uma espécie de tradição familiar. As membras da família eram presentadas com o colar por seus respectivos companheiros. Cada um dos homens da família fizeram o colar igual ao original que foi o primeiro que deu origem á tradição.

Ao ver o colar, o segurou com as duas mãos e o puxou, retirando as pedrinhas pequenas e seguidamente, atirou em direção contra a janela, jogando-lhe fora. Apesar de ser uma cópia da original, não parecia um problema pra Nate se desfazer dela. Jogou-se na cama e se afundou no travesseiro, chorando.

Mysterious intervention

Poucas pessoas costumam fazer compras de armamentos. São raras as figuras que aparecem num estabelecimento como esse. Em uma das ruas pouco habitadas de Manhattan, em uma das lojas menos frequentadas pela população da Upper East Side, tinha um estabelecimento com vendas de armamentos conhecida como “Grayson Weaponry”.

Uma figura trajando moletom com capuz, calça, sapatos e luvas preta, estava dentro da loja e encostada no balcão. O vendedor que era um homem carrancudo, baixo e careca, entregava-lhe uma caixa aberta com uma arma dentro.

— Uma das melhores da loja. — disse o vendedor com uma voz rouca — Uma pistola beretta 9mm de coloração cinza. Você vai gostar dela.

A figura de moletom empunhou com a mão direita coberta pela luva preta, a pistola e analisou se era ótima de segurar, o peso, etc. Por fim, o homem lhe entregou uma caixinha com balas.

— Vai querer essa mesmo? Você me perguntou se ela era ótima para caça. Bem... Se ela é prejudicial á um humano, imagina á um animal? — ironizou o vendedor, rindo e mostrando seus dentes banguelo.

Foi entregue ao velho três notas de cem dólares, sendo pago pela pistola e as balas.

— Obrigado. — disse ele, rouco — Espero que se saia bem em sua caçada.

Segundos depois, uma senhora de idade que provavelmente era esposa do vendedor, apareceu com um garoto de pelo menos seis anos de idade que correu em direção á figura de moletom e lhe abraçou.

— Você veio de novo! Vai mesmo nos levar pra festa? — perguntou a criança com um sorrisinho nos lábios, animado.

— É claro que ele vai. — disse a mulher que era a avó do garotinho.

— Oba! — exclamou ele, onde saiu correndo pra o interior da loja.

A senhora se aproximou da figura e sorriu.

— Obrigada “olhos bonitos” por não nos deixar na mão. — disse ela, grata — Não ande por aí, sem segurança. Você sabe usar isso? — questionou, vendo a arma comprada.

Assentiu com a cabeça e então, pegou um cartucho de bala e colocou na pistola. Segurou firme com a direita e mirou em direção ao tiro-ao-alvo que tinha ali na loja, disparando certamente no ponto que tinha no círculo. Era óbvio que sabia utilizar aquela pistola. E sabia para que ocasião e quando, utilizá-la.


Notas Finais


Quem será a vítima da garota do blog?
Talvez o próximo capítulo seja o último ou talvez eu o divida em duas partes.
Aguardem <3 Revelações virão.


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