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História Reputações - A arte do segredo - The game is over for you - Part 1


Escrita por: SrSpellman

Notas do Autor


A revelação da garota do blog é neste capítulo!
E a revelação de quem morreu é no próximo e último da primeira temporada.
Boa leitura!

Capítulo 22 - The game is over for you - Part 1


Flashforward

Disparou. Foi só isso que aconteceu. Mas o alvo era outro. O corpo baleado caiu no chão, enquanto o sexteto tinha ficado horrorizado com a cena em que tinham presenciado. A pessoa, coberta de sangue e que recebeu o tiro no peito, estava desesperada por ajuda e ao mesmo tempo, ciente do seu destino final. Será mesmo que aquilo terminaria daquela forma?

ATUALMENTE (Dia do Baile)

Era o tão esperado dia. O baile de comemoração em prol ao Memorial Day ocorreria em um salão de eventos do estado em Manhattan. Tudo já estava pronto. Desde a decoração até os funcionários que estariam na festa. De acordo com a mídia, seria o evento do ano e promete deixar uma marca em todos os estadunidenses que vão ser homenageados juntamente de seus entes perdidos em guerra.

A presidente do distrito de Manhattan, Regina Mills, não poupou esforços para o planejamento da festa. Investiu com o dinheiro necessário do governo, na festa, para as pessoas que marcaram presença no dia.

De fato, todo o distrito de Manhattan estava movimentado, assim como seus adjuntos. Pessoas de todas as classes sociais: Elites, ricos, médica, pobres, etc, tinham autorização para participarem do evento, já que ela era pública para todos que residem nos Estados Unidos.

Os melhores vestidos estavam esgotados nas melhores lojas. Boa parte das mulheres pareceram fazer as compras de última hora para a festa.  Não só as mulheres, como também os homens que buscavam ternos e acessórios de ótima qualidade.

— Sabe onde está a minha echarpe azul-marinho, Joseph? — indagou Chuck ao mordomo, enquanto vasculhava o guarda-roupa.

— O senhor jogou fora, não se lembra?

— Preciso comprar outra. — disse — Provavelmente joguei a anterior fora, por estar velha.

Batidas na porta ocorreram, anunciando a entrada ao quarto do garoto. Era o pai dele, Bart Bass.

— Talvez devesse usar uma gravata para a ocasião de hoje. — sugeriu o homem com um semblante de seriedade no rosto — Já está grande demais pra utilizar esses acessórios infantis. Use uma gravata.

— Gravatas me sufocam. Prefiro utilizar uma echarpe. — falou ele, indo pegando uma echarpe quadriculada, indo pra frente do espelho e a colocando.

— Se vai a uma festa séria, deve ir como um adulto e não uma criança. — disse o homem, franzindo a testa.

— Por que está preocupado com a minha presença na festa? — indagou.

— Não estarei presente. Fecharei um contrato com um sócio. — respondeu — Você será o único me representando no evento. Por isso, deve ir vestido bem.

— Só quer que eu me vista bem? Certo. Espero que não me peça pra fazer nada mais, além disso. — comentou.

— Só aproveite a festa. — afirmou — A propósito... Estou preparando uma papelada para entregar á você. É da empresa.

— Para quê? — questionou.

— Para a direção da empresa. Assim que terminar o colégio, você será encaminhado para começar um estágio de três meses nas Indústrias Bass e após o estágio, tomar posse da diretoria empresarial. — disse o homem, mostrando um raro sorriso no rosto.

— Mal acabo o colegial e você já quer que eu trabalhe pra você. — disse — Posso ter outras opções, também.

— Claro que terá mais opções. Mas... Você deveria seguir o exemplo do seu amiguinho, Kyle Spencer. — mencionou — O pai o colocará na empresa, após ele acabar o colégio. Quer mesmo viver como uma criança ou quer começar a se tornar um adulto? — questionou — Darei um tempo para que pense.

Bart abotoou os botões de seu terno e saiu do quarto de seu filho com a cara amarrada.

Apesar de ser manhã, Blair já estava bastante ativa para noite. Dorota tinha preparado um ótimo café da manhã para ela e a patroa. Como de costume, sentava-se na cadeira do meio da mesa e sua empregada ficava ao seu lado, para acompanhar sua refeição matinal.

— Mal posso esperar pra usar aquele vestido que o papai comprou. Ele é tão lindo! — exclamou Blair, comendo um salgadinho de queijo e quase se derretendo ao degustar — Dorota... O que é isso? É tão saboroso...

— É um salgadinho de queijo. Ele é feito de trigo, queijo ralado e outros ingredientes necessários. — comentou — Foi o Vanya que me ensinou esta receita. Ele disse que durante a viagem dele ao Rio, o fizeram provar esse prato.

— É realmente gostoso, Dorota. Algo fora do cardápio matinal é sucinto! — exclamou animada.

O elevador trazia consigo uma visitante. Era Serena. Ela passou pelas portas e procurou por Blair até ouvir sua voz vinda da sala de refeições. Foi até lá e ao chegar, olhou a amiga devorando os salgadinhos de queijo e fez uma careta.

— Bom dia, B. Bom dia Dorota. — disse S.

— Olá, S. Sente-se conosco e prove esses deliciosos salgadinhos de queijo. — pediu Blair, oferecendo pra ela, a comida.

— Obrigada. — falou Serena, pegando o salgadinho de queijo e o mastigando — Hum... É muito bom.

— Receita brasileira, sabia? Ainda vou pra lá. — disse Blair, determinada.

— Pensei que não gostasse do Brasil. Uma vez você me disse que não visitava países de “terceiro mundo”. — falou a loura, quase se engasgando ao rir.

— Mas que reviravolta, não é mesmo? — questionou B, irônica.

— Bom dia meninas. — desejou Eleanor com os óculos no rosto, tortos e aproximando-se da mesa com comida, pegando um cupcake — Ah, olá Serena.

— Oi Eleanor. — cumprimentou.

— É bom revê-la. Espero que vá com a Blair ao evento de hoje a noite do Memorial Day. — afirmou Eleanor, esperançosa.

— Claro que eu vou. Não se preocupe. — assegurou.

— A propósito... Obrigada por me recomendar aquele mensageiro, Serena. — disse Eleanor, dando uma mordida no cupcake.

Blair olhou para Serena, confusa.

— Mensageiro? Que mensageiro? — questionou.

— O Carter Baizen. Graças á sua recomendação e a aceitação dele, ele e sua equipe me ajudaram a trazer aquelas bagagens pesadas. Ser estilista não é fácil. — afirmou ela, saindo dali.

O coração de Serena acelerou só de saber o fato de que estava sendo usada.

— Que recomendação foi essa? Eu não fiz nada disso. — disse ela.

— Espera! — exclamou Blair, olhando para a empregada — Dorota preciso que você pegue o celular de minha mãe.

— Mas senhorita Blair... — começou.

— Agora Dorota! É urgente! — berrou.

Dorota se levantou do assento, sem piscar os olhos e saiu quase correndo que nem o Flash. Foi em busca do celular de Eleanor para entregar á Serena.

— Precisamos acabar com isso, hoje! Temos de arrancar a confissão da garota do blog, expor ela e acabar com essa palhaçada. — afirmou Serena.

— O Caleb disse que vai derrubar o site da garota do blog, assim que tivermos a atenção dela. Após derrubarmos ela e soubermos quem ela é, ele vai invadir o firewall da garota do blog e fazer a divulgação por meio do site e das mensagens. — comentou Blair, aliviando a amiga.

— Aqui está senhorita Serena. — disse Dorota, reaparecendo e entregando o celular de Eleanor á loura.

— Tchau Dorota. — falou Blair, olhando para a empregada que sumiu com uma careta engraçada de raiva.

Vasculharam a listagem de contatos de Eleanor e não encontraram nada. Verificaram as mensagens enviadas pra ela e acharam a tal evidência. Uma mensagem enviada do aparelho eletrônico de Serena á mãe de Blair. Leram a mensagem que dizia:

Carter Baizen é um mensageiro e tem uma ótima equipe de auxiliares para carregarem suas bagagens.

Recomendo-o!

— Serena

— Serena é o seu número de seu celular. — comentou B.

— Eu vi. — disse assustada — Parece que além de nossa atormentar, ela pode manipular nossos celulares.

— Não por muito tempo. — falou Blair, determinada.

Os celulares de ambas tocaram e vibraram ao mesmo tempo, notificando uma nova mensagem da garota do blog que dizia:

Um, dois, a garota do blog vem depois.

— xoxo, Garota do Blog.

As duas se entreolharam, receosas e saíram dali ás pressas.

O café da manhã dos Humphrey’s/Van der Woodsen’s não era tão diferente como a dos Waldorf’s. Agora que ambas as famílias estavam juntas, parecia uma família maior; Uma família unida e mais feliz. Rufus não parecia mais abatido com a morte de sua filha, assim como Dan. Lily e Eric têm sido uns ótimos suportes para os dois, assim como Serena.

— Cadê a Serena? — perguntou Dan á Eric.

— Ela foi visitar á Blair. Coisas de meninas. — respondeu.

— Irá ao evento de hoje, querida? — indagou Rufus á Lily.

— É claro. Já que você irá me acompanhar... — ela respondeu com um sorrisinho no rosto e segurou a mão direita de Rufus.

— Já sabem que roupa usar, Dan e Eric? — questionou Lily olhando para os garotos.

— A Serena me ajudou á escolher. — respondeu Eric.

— Também já escolhi a minha. — retrucou Dan.

— Tenho certeza que ficarão lindos nas roupas. — comentou ela.

Repentinamente, eis que surgiu Blair e Serena na residência, indo apressadamente em direção á Dan e Eric.

— Precisamos conversar meninos! — exclamou Serena, aproximando-se da mesa em que estava ocorrendo a refeição matinal.

— Reuniãozinha de emergência fashion! — berrou Blair — O que estão esperando? Vão pro quarto da S!

— Isso é mesmo necessário logo de manhã, Blair? — questionou Lily, confusa.

— Extremamente necessário e urgente Lily. Só vai demorar alguns minutos. — afirmou com um sorriso forçado no rosto — Vamos!— berrou, puxando Eric pelo pulso, levando-lhe ao quarto de Serena.

— Já temos nossas roupas, não precisamos novamente da opinião de vocês. — disse Dan.

— Calado, Humphrey! — exclamou Blair, puxando ele também pelo pulso.

O quarteto foi até o quarto e ao chegarem lá, trancaram a porta. Os meninos ficaram confusos com a atitude das meninas e se olharam estranhamente.

— O que aconteceu? — indagou Dan.

— A garota do blog é o que aconteceu. — respondeu Blair.

— Ela arrumou um jeito de enviar uma mensagem á Eleanor e recomendar o Carter para ser o mensageiro das bagagens dela, só para aproveitar e entrar no apartamento da B.

— Tá dizendo que o Carter auto se indicou? — indagou Eric — Já que ele é a garota do blog, então...

— É exatamente isso, mini van der Woodsen. — respondeu Blair.

— E o que devemos fazer? — questionou Dan.

— Devem ter cuidado com o Carter. Se verem ele trabalhando em quaisquer lugar, avisem pra mim e pra Blair. Ok? — falou Serena.

— Certo. — respondeu Dan e Eric num coral.

— Podem ir. — falou.

A dupla de garotos saiu do cômodo, deixando Blair e Serena sozinhas para conversarem.

— Devemos fazer algo. — falou Blair, andando de um lado pro outro — Estamos um passo á frente da garota do blog, mas por quanto tempo?

— Blair preciso falar uma coisa com você... — começou Serena.

— Agora não, S. Precisamos melhorar nosso plano! — exclamou Blair, nervosa — E se a gente pedisse ajuda do FBI? CIA? Precisamos vencer a garota do blog!

— Eu e o Nate terminamos. — falou S, soltando a bomba, o suficiente para fazer Blair calar a boca.

A garota arregalou os olhos e fitou a amiga que estava sentada na beira da cama com a cabeça baixa e um olhar triste. Sabia que precisava ajudar ela naquele momento, então ficou ao seu lado e indagou:

— O que aconteceu? — indagou.

— Brigamos naquele dia que estávamos na casa do Kyle. — disse — Ele veio querer tirar satisfações comigo sobre o passado. Então, ontem... Eu tentei acertar as coisas com ele, mas não deu certo. Eu falei coisas ruins pra ele, palavras que certamente o magoou. Mas eu tinha de fazer aquilo, B.

— Me parece que você foi obrigada á fazer isso. — comentou — O que a garota do blog fez?

Serena olhou para a amiga com os olhos brilhando de lágrimas e começou a explicar. Durante a explicação, relembrou o momento:

— Você precisa procurar o Nate e se resolver com ele, Serena. — afirmou pra si mesma, andando de um lado pro outro, dentro do quarto.

Respirou fundo, pensativa. No fundo, sabia que o que Nate dizia, era verdade. Precisava resolver-se com ele, o mais rápido possível. Teve então a ideia de ir até a casa do garoto, até receber uma ligação no Skype de uma coisa. Já estava prestes á sair, quando se virou e foi até o computador e aceitou a chamada de vídeo desconhecida.

Ao abrir a tela, percebeu a movimentação da pessoa, subindo escadas. A figura usava luvas pretas e literalmente utilizava a chamada de vídeo por meio do aplicativo no celular. Serena ficou assustada. A figura se aproximou do quarto de Nate e abriu a porta lentamente, deixando-a entreaberta. Ali dentro do quarto, lá estava o rapaz, experimentando o seu terno para o evento. Ele não percebia que estava sendo espionado, pois estava escutando música e distraído, perto do guarda-roupa.

Serena ficou mais assustada, assim que viu a figura mostrar um revólver de frente á câmera, como se fosse uma espécie de ameaça. Segundos depois, a pessoa enviou uma mensagem pra ela no Skype que dizia:

Você vai seguir o meu roteiro. Vai ser a boneca que eu quero que seja. Seja realística ou eu mesma serei. Faça o que direi ou explodo os miolos dele.

— xoxo, Garota do Blog.

Segundos depois, a figura encerrou a ligação no Skype e enviou algo para Serena. Eram ordens do que ela deveria fazer e falar para Nate. Respirou fundo, nervosa, passando as mãos nos cabelos e os bagunçando, sem saber o que faria. Sabia que a garota do blog era capaz de tudo, então, decidiu ceder á pressão.

Fez a ligação no Skype pra Nate e disse tudo aquilo, lendo a partir de um roteiro enviado pela garota do blog. Apesar de ler o que fora mandado, cada emoção que sentia naquele momento, era mais verdadeiro que o amor que ela sentia pelo rapaz. Ao finalizar a sessão, começou a chorar, desesperadamente por ter destruído os sentimentos do rapaz.

— Eu não queria ter feito aquilo. Mas... Eu precisava B. Pela proteção do Nate. — comentou a garota, já começando a chorar — Eu o amo demais pra isso.

— E por que não fala pra ele que foi tudo uma ameaça da garota do blog? — questionou.

— Porque pareceu muito real e... Ele não acreditaria em mim. Acharia que foi uma desculpa minha. — respondeu.

— Talvez devesse encarar o medo e apenas tentar se reconciliar com ele, de novo. — sugeriu.

— Você tem razão. — falou Serena, enxugando as lágrimas — Obrigada B.

As duas se abraçaram. Até mesmo nos momentos difíceis, ambas eram pilares uma da outra.

Howard, pai de Nate, adentrou ao quarto do rapaz, acordando-lhe. O garoto não queria sair da cama, parecia muito abalado com o que aconteceu entre ele e Serena. Seu pai foi até a janela, abriu as cortinas e deixou os raios solares invadirem o quarto e atingirem ele.

— Acorde Nate. Você precisa se preparar para a noite de hoje. — disse o homem, perto da cama dele.

— Ainda é cedo, pai. A festa é a noite. — disse Nate, rouco e fungando o nariz — E além do mais... Não sei se irei.

— Como assim não vai? Vou ser prestigiado pela presidente do distrito de Manhattan, á ser o chefe do gabinete dela. Isso já é uma grande honra e será útil se você e sua mãe estiverem lá para dar esse apoio.

— Por que você sempre pensa em si mesmo? — indagou.

— O que quer dizer?

— A namorada do seu filho, o magoou. O namoro que estava tendo, terminou. E durante essa noite toda, ele apenas chorou. — falou Nate, como se fosse um poeta — Você não sabe ser um pai normal e perguntar “o que aconteceu?”, “tudo bem com você”?, etc? Você sempre tem de estar no controle de tudo?

— Filho, olha... — começou o homem.

— Não pai! Eu estou cansado de você, da Serena e de todos! — berrou furioso.

— Eu agora estou preocupado com você... — voltou a falar, até ser interrompido.

— Quer ajudar? Sai do meu quarto e me deixa em paz. — exigiu Nate, puxando o pai pelo pulso e o jogando pra fora do quarto, batendo a porta na cara dele e trancando.

— Nate! Você não pode agir como se nada estivesse acontecendo! — berrou o homem, batendo várias vezes na porta.

Nate de costas pra porta afundou-se, sentando no chão e apoiado na madeira atrás dele, começando a chorar ao relembrar novamente das palavras de Serena. Mesmo com os berros do seu pai, não eram nada comparadas á tristeza que o garoto sentia.

Era o primeiro jogo de Eric no campo de lacrosse. Era a primeira vez que ele enfrentaria um time adversário de outro colégio. Era a primeira vez que estava oficialmente em um campeonato. Lily, Rufus e Serena, tinham ido assistir ao jogo, assim como os demais pais presentes nas arquibancadas do campo.

Ele corria pelo campo, segurando um bastão, agindo como um atacante, assim como os outros dois garotos que atuavam da mesma forma que ele. Os jogadores cortavam o espaço no campo, chegando até mesmo derrubar seus oponentes. Eric parecia assustado. Não queria ser derrubado. O seu time adquiriu 30 pontos, enquanto os oponentes tinham adquirido 70 pontos. Estavam em grande vantagem. Ele não queria perder em seu primeiro jogo, pelo contrário, queria ganhar.

— Não sabia que estava aceitando viadinhos no seu time, Tyler. — provocou o capitão do time inimigo — Apesar de que já tinham um, a diferença é que o outro era co-capitão e não assumido.

Falou, fazendo os demais rapazes do seu time, rirem daquilo.

— O time é aberto ao público. Felizmente, não vamos privar as pessoas de serem dele, pela raça, religião ou sexo. Desculpa se você é tão intolerante, Jake. — retrucou Tyler.

Os garotos do time da Saint Jude’s fizeram uma espécie de “woo” com o argumento de Tyler.

Voltaram ao jogo. Eric parecia mais inspirado em vencer aquela partida e passar da primeira etapa do campeonato. As marcações de pontos estavam subindo cada vez mais. O jogo encerraria com o primeiro time que chegasse aos cem pontos.

— Passa pro Eric! — ordenou Tyler aos demais garotos.

Eric se posicionava firme no jogo. Corria em zigue-zague á procura da bola. Assim que conseguia, segurava o bastão e saía correndo, cortando caminho em direção ao gol, jogando a bola. Assim que iria fechar o jogo com mais um gol que iria desempatar a jogada, acabou sendo derrubado por um oponente. Ao cair, ficou imobilizado no chão, abatido.

— Eric! — gritou Tyler, o vendo de longe.

— Isso que acontece com os viadinhos no lacrosse. No fim das contas, eles só ficam no chão do jeito que gostam. — provocou Jake com um sorrisinho nos lábios.

Ele não gostou do que ouviu. O técnico do jogo se aproximou de Jake, dizendo:

— Falta! Três minutos no banco, Fitzgerald. — ordenou o homem á Jake que saiu sorrindo até o banco.

O jogo prosseguiu. Eric já estava de pé e melhor. Os jogadores do time rival agora emplacavam oitenta pontos, enquanto o time do garoto tinha sessenta. Não estavam nem próximos de vencerem. Os três minutos de penalidade de Jake se passaram e então, ele voltou ao campo. Ao retornar, ocorreu mais um intervalo no jogo para ambos os times se reunirem e falarem sobre suas táticas de vencerem.

— Não vamos conseguir vencer o jogo em oito minutos. Eles já estão na frente. — disse Patrick, um dos membros do time, ofegante.

— Vamos cortar eles na linha direita, enquanto os demais do time vão pra linha esquerda. Jogamos a bola, interceptando o alto. — sugeriu Tyler.

— Não vamos fazer isso. — replicou Eric.

— Por que não? — indagou Tyler.

— É muito óbvio. — disse — Não percebem os movimentos do time deles? Eles parecem Siris, pois só fazem o jogo andando pra frente e pra trás, enquanto o restante de nós está deslocando.

— Como assim? — perguntou Ben.

— Eles fizeram uma espécie de “muro”. Eles se movimentam mais para frente e para trás. Precisamos fazer um ataque com desvio. Eu percebi isso, até o Jake me derrubar.

— E o que fazemos? — questionou Tyler.

— Cerquem o Jake e passem a bola pra mim. Somente. — respondeu.

Os times voltaram ao campo. Já estavam prontos para seguirem com seus planos. Assim que o jogo começou, Tyler pode perceber que a teoria dita por Eric, de fato, era verdadeira. Os movimentos dos oponentes eram mais para frente e para trás, eles pareciam falhar com movimentos de lados. Pareciam menos ágeis.

Fizeram conforme o plano. Três jogadores foram o suficiente para cercarem Jake, enquanto Eric cortava o caminho, deixando-os confusos. Lançou a bola de lacrosse em direção ao gol, marcando ponto. Isso se repetiu três vezes por jogadores diferentes, até ficar um ponto á frente do time oponente. Juntaram-se de novo, para decidirem o resto do jogo.

— Em menos de seis minutos, conseguimos trinta pontos. Devemos conseguir marcar o último em dois minutos.

— Vamos lá! — gritou o time em um coral.

Voltaram ao campo, retornando com o jogo. Os oponentes estavam mais acirrados naquela hora. Estavam até mesmo derrubando os jogadores da ST. Jude’s. Eric não parecia preocupado, apenas achava uma covardia o jeito em que conduziam o jogo.

Tyler, co-capitão do time, conseguiu segurar a bola e gritou para Eric, passando para ele. Neste exato momento, ele corria em direção ao gol, segurando o bastão de lacrosse até ver Jake bloquear o seu caminho. Seguiu seu instinto, onde desviou da direção dele, passando pelo seu lado direito, dando uma giradinha e arrastando seu pé em direção á sua canela, fazendo Jake cair. Ao voltar com sua posição original, lançou a bola de lacrosse ao gol, marcando os cem pontos, trazendo vitória ao time.

O apito do técnico soou. Marcando o encerramento do jogo.

— TIME DA SAINT JUDE’S, VENCE! — berrou, ele.

Eric foi até Jake que estava no chão, agachou-se e disse:

— Isso é o que acontece com preconceituosos, intolerantes e babacas no lacrosse. No fim das contas, eles terminam apenas no chão. Do jeito que merecem. — disse com um sorriso nos lábios e se levantou, correndo até o time.

Levantaram o rapaz, o deixando no alto, enquanto todos comemoravam a vitória no jogo. Gritavam, choravam, faziam urros. Lily e Rufus que estavam ali, pareciam impressionados com tudo aquilo. Agora estavam de pé, aplaudindo ao mais jovem garoto do lacrosse que agora era uma estrela.

— ERIC! ERIC! ERIC! — berrava o time em um coral.

Não se comoveu, pelo contrário, parecia estar pela primeira vez, sendo reconhecido por algo que fez. Não vivia mais nas sombras de sua irmã. Agora era reconhecido pelo seu próprio mérito.

Chuck resolveu visitar o seu melhor amigo, Nate, após saber por Blair sobre a discussão que ele teve com Serena. Howard e sua mulher, Anne, estavam prestes á sair até que cederam a chegada do garoto para tentar aumentar a autoestima dele. Foi até o quarto dele e assim que chegou, bateu na porta e anunciou sua chegada.

— Nate? É o Chuck. Quero falar contigo. — falou.

A porta do quarto se destrancou. Nate abriu a porta para o amigo. Assim que abriu, Chuck sentiu o odor de bebida do rapaz. Nate se afastou e voltou pra cama, bebendo mais um gole do whisky. Chuck adentrou e observou o amigo.

— A Blair já deve ter te contado. — falou, desanimado.

— Sim. Só me falou da sua briga com a Serena. Nada mais. — comentou — Não achava que tinha sido tão péssima.

— Pois é. Mas foi. — retrucou.

Por alguns segundos, o local ficou em silêncio. Ambos se entreolharam, sem dizer nada. O silêncio se quebrou com a fala de Chuck.

— Você não pode faltar hoje no evento. — falou.

— Quem mandou você falar isso? — questionou — Meu pai, Blair ou Serena?

— Nenhuma das três. — respondeu — Apenas precisamos estar todos juntos quando formos atacar a garota do blog. Se um ficar para trás, ela vai ter vantagem.

— Foda-se a garota do blog, cara. Eu não ligo mais pra nada. — retrucou.

Chuck se aproximou do garoto, fechou o punho e socou o rosto do amigo com uma força mediana. Afastou-se, vendo Nate cambalear para trás, deitando na cama com o nariz sangrando.

— Filho da puta! — berrou Nate, bravo — Por que me bateu?

— Primeiro: Por estar agindo que nem uma criança mimada. E segundo: Me vingando do soco que me deu na festa beijo na boca. — respondeu — Você vai á festa sim, Archibald! Não deixe que a Serena controle seu emocional. Mostre que está bem.

Nate se levantou prestes á retaliar o soco do rapaz.

— Ao invés de se levantar para me bater, por que não se levanta e enfrenta suas emoções? Tem força corporalmente, mas é fraco psicologicamente. — disse.

— E o que você quer que eu faça, hein? Que eu vá pra festa, fingir que estou me divertindo e ver a Serena?

— É exatamente o que eu quero. Mas eu não quero que finja nada. Eu quero que você supere. Não cometa um deslize. Siga em frente. — afirmou.

O mesmo silêncio de antes, retornou. Desta vez, foi quebrada por Nate.

— Eu vou. — disse Nate, quase sussurrando.

— Muito bem, Archibald! — exclamou Chuck, abraçando o amigo — Bem... Agora vá tomar um banho, você está sujo.

NOITE (Momento do evento)

Gossip Girl Intervention

No Upper East Side, as aparências às vezes enganam. Desde com quem você anda, até a cor do seu cabelo, tudo pode mascarar a realidade. E o que eu estava dizendo sobre as aparências? Sim, elas podem enganar. E, na maioria das vezes, a primeira impressão é a que fica.

— boa festa, Garota do Blog.

O salão de eventos estava fabuloso. A decoração parecia coisa de cinema. A entrada do salão de festas era na verdade, um museu da cidade. Havia um enorme tapete vermelho na entrada, como se fosse uma pré-estreia de algum filme. Aos que passassem por ali, sentiriam-se como astros e divas do cinema ou até mesmo da música.

Blair já estava com seu vestido. Era o Marchesa Spring que tanto desejava. Preto com detalhes dourados e uma máscara preta com prateado no rosto.. Ela foi levada de limusine por Chuck que trajava um terno todo vermelho com uma máscara do Diabo.

— Está linda. — falou ele, sentado próximo dela na limusine.

— Eu sei. — disse ela, mostrando um sorrisinho convincente nos lábios.

— Que tal depois da festa, a gente comemorar sozinhos a queda da garota do blog? — sugeriu ele com um olhar malicioso, alisando a coxa da garota.

— É claro. — falou ela — Mas antes, que tal me dizer as três palavras com sete letras? — indagou debochada.

— Por que você não fala? Eu que dei o primeiro passo entre nós dois. — chantageou.

— E está prestes a ser o único passo que dará. — retrucou Blair, rindo.

Ele fez uma cara feia e pediu que o motorista dirigisse mais rápido até a festa.

Dan estava vestido de forma tradicional. Trajava um terno todo preto com uma gravata borboleta, parecendo um pinguim. A sua máscara também era simples e preta. Parecia não se dar bem com os luxos da extravagancia. Diferente dele, Eric foi todo de branco, apenas tendo o preto em sua gravata borboleta. Já a sua máscara era branca e com penas.

— Somos o Yin e Yang. — comentou Eric á Dan, rindo.

— Percebi. — afirmou Dan, gargalhando.

Segundos depois, Lily que estava vestida com um vestido justo lilás e de máscara de penas, segurável, apareceu acompanhada de Rufus que parecia uma versão mais velha do filho. Ao se aproximarem dos garotos, aguardaram Serena.

— Onde está a Serena? — questionou Lily.

— Está descendo. — respondeu Eric.

Eis que no topo da escada da residência, Serena surgiu. Ela trajava um vestido longo de Murad Zuhair de coloração cinza que a deixava perfeita na roupa. Sua mascara era dourada e parecia combinar com a tonalidade de seus cabelos loiros.

— Podemos ir? — questionou.

 Nate havia combinado com Kyle para que ele o levasse ao baile, já que estava sem companhia. Inicialmente, Kyle estranhou o pedido, até entender que ele precisava de uma carona. Ele trajava um sobretudo preto e ao invés de utilizar máscara, estava com o rosto desenhado de uma caveira. Seu cabelo estava lambido para trás, dando um ar sensual ao garoto. Parecia um rockeiro. Caleb o fazia companhia, ao contrário dele, estava apenas de terno preto e máscara verde, parecendo o Arrow.

Buscaram Nate que estava trajando um terno preto e uma máscara em homenagem ao fantasma da ópera. Ela tinha caído perfeitamente bem no rapaz. Ele adentrou á caminhonete de Kyle, determinado.

— Você tá bem, cara? — questionou Kyle.

— Estou bem. Por que não estaria? — indagou com um sorriso no rosto.

— Seus pais já foram? — questionou Kyle.

— Sim. — respondeu — Podemos ir?

E partiram dali.

A festa se iniciou. Todos do septeto estavam ali presente, no museu/salão de eventos, local que ocorreriam o baile de máscaras em prol do Memorial Day. A presidente do distrito de Manhattan, Regina Mills, cumprimentava os convidados com uma ótima simpatia e sorriso no rosto. Blair agora conversava com a mulher, juntamente de sua mãe, enquanto observava Serena lá no canto com Eric, Dan, Lily e Rufus. Ela acenou para a amiga que retribuiu o gesto.

— É claro que a Blair se interessaria. Não é mesmo? — indagou Eleanor, olhando para a filha.

— Ah... O quê? — perguntou ela, sem entender.

— Fazer um estágio no gabinete da presidente. — respondeu — E então?

— Claro, claro. Tudo bem pra mim. — retrucou Blair.

— Ficarei grata com seus serviços, Blair. — disse Regina.

— Eu que fico grata, senhorita Mills. Não sabe quanta honra é poder trabalhar em seu gabinete. — falou Blair com um sorrisinho.

— Vou indo. Aproveitem o resto da festa. — desejou.

— Vamos até a Lily, ela chegou. — comentou Eleanor, indo até próxima dela.

— Eleanor! — exclamou Lily, abraçando a mulher — Até que enfim a vi.

— França é terrível nessa época. Não sugiro que visitem. — comentou, rindo — Rufus! Meus pêsames pela Jenny. Ela era uma garota talentosa.

— Tudo bem. Realmente ela era. — disse.

Os adultos começaram a conversar. Blair fez um sinal para Dan, Eric e Serena, chamando-lhes para outra parte da festa, afastando-se dos demais adultos. Chuck observava ali, até se aproximar também.

— Onde estão o Kyle e o Nate? — questionou ela.

— Estão chegando. Calma. — respondeu Chuck, paciente.

— Na verdade... Já chegaram. — replicou Eric, apontando com a cabeça em direção á entrada.

Os dois últimos garotos que faltavam, chegaram e traziam consigo Caleb. Ao avistarem o grupo, foram até eles.

— Desculpem o atraso. — falou Kyle.

— O que importa é que vocês estão aqui. — afirmou Dan.

— Novidades, Caleb? — indagou Serena.

— Fiquem de olho em um cara de terno preto e máscara preta. — comentou Caleb.

— Caso não tenha percebido, mas boa parte dos rapazes aqui está sob essa descrição. — retrucou Blair, impaciente — Até mesmo os Humphrey’s.

— A diferença é que... Ele está com uma rosa preta no bolso do blazer. Ele comprou horas atrás em uma floricultura. — retrucou de volta.

— Só isso? — indagou Serena.

— Apenas isso. — respondeu de volta.

— Vamos nos separar. Em duplas. — falou Blair, indo com Chuck.

Dan e Eric foram juntos. Kyle e Caleb, também. Sobrou-se então, Nate e Serena que obrigatoriamente, ficaram unidos. As duplas se separaram no salão. Nate andava distanciado da garota, não se importando com a presença dela. Ela parecia incomodada. Incomodada o bastante para dar um basta com àquilo.

— Nate, precisamos conversar. — falou.

— Não temos nada para conversa, Serena. Me deixa em paz e foca no plano. — afirmou.

— Olha o que eu disse pra você não é verdade... Era tudo inventado. Era mentira.

— Era mesmo? Não brinca. Suas emoções diziam o contrário. — ironizou.

— Eu não queria, eu juro. — disse.

— Não importa. Enquanto tivéssemos segredos, nunca daríamos certo. — falou — Não precisa ficar com pena de mim, Serena. Eu sei me virar. — afirmou, andando na frente.

— A garota do blog me forçou á dizer tudo aquilo pra você. — soltou.

Ele parou no meio do caminho, olhou para ela e foi em sua direção, confuso.

— Como assim ela te forçou?

— Eu ia até você no dia que brigamos, até ela ligar pra mim pela chamada de vídeo do Skype. Ela estava na sua casa. Estava com um revólver, na porta de seu quarto e disse que atiraria se eu não atuasse daquela forma. — justificou — Eu te amo, Nate. Eu nunca diria tudo àquilo, pra você. Se quiser saber se é verdade, veja a mensagem de ameaça dela em meu Skype. — disse, entregando o seu celular á Nate que o segurou — Só veja, por favor.

— Vai ficar sem celular? — questionou ele.

— Estou com um reserva. Por precaução. — disse — Envie mensagens ou ligue pra mim, por meio dele, ok?

Ele respirou fundo e guardou o celular. Olhou para ela com os olhos brilhando e disse:

— Vemos isso depois, Serena. Temos uma pessoa pra derrubar. — afirmou.

Blair e Chuck também procuravam. Eles estavam no outro lado do enorme salão, observando os convidados. Por sua vez, Chuck conseguiu identificar um alguém conhecido. Ela utilizava uma capa vermelha e uma máscara da mesma cor. Era a mesma roupa em que viu Georgina usar.

— Blair! Ali! — exclamou ele, baixinho, apontando para a figura — Eu vi a Georgina vestida daquele mesmo jeito no aeroporto. É ela!

— Vamos lá! — exclamou Blair.

A dupla andejou em direção á figura de vermelho, a fim de desmascarar Georgina na festa. A figura percebeu que estava sendo seguida, até fugir apressadamente, esbarrando em diversos convidados. Correu da dupla até ser surpreendida por outra que era Dan e Eric.

— Vai á algum lugar, Georgina? — questionou Dan.

Quando se virou para fugir, foi surpreendida pela chegada de Blair e Chuck.

— Acabou pra você, Georgina. O que faz aqui? — indagou Blair.

E então, a pessoa por baixo da capa vermelha, revelou-se. Era uma garota qualquer que estava usando aquele casaco.

— Me desculpem, mas... Quem são vocês? — questionou a garota.

— Nós que fazemos as perguntas... Quem é você? — perguntou Blair.

— Clarice. — respondeu.

— Onde conseguiu esse casaco? — indagou Chuck.

— Uma garota me deu no banheiro feminino. Ela era muito legal. — respondeu.

— E como ela era? — questionou Chuck.

— Não posso dizer. Ela me deu o casaco em troca disso. —retrucou.

— Te dou milhares de casacos, até mesmo um milhão de dólares, mas precisa nos contar quem era. — pediu Chuck.

Assim que a garota iria começar a falar, as luzes se apagaram e uma se acendeu no topo das escadarias do salão. O discurso da presidente do distrito iria iniciar. Ela estava no alto com uma taça de champanhe e um sorriso nos lábios, iniciando sua oratória.

— Boa noite. Meu nome é Regina Mills. Presidente do Distrito de Manhattan. É com enorme alegria que agradeço á presença de todos neste evento memorável que é o Memorial Day, um dia para prestigiar ás nossas forças armadas que um dia serviram ao nosso país. Agradeço principalmente aos meus colegas de gabinete pela presença de vocês, aos membros do governo, á pequena parte da população nova iorquina aqui presente e principalmente aos membros do distrito de Manhattan. — disse — O Memorial Day deste ano será prestigiado por um baile de máscaras, para nos mostrar os lados ocultos de nós mesmos e acima de tudo, o nosso eu misterioso. Teremos mais tarde um leilão para arrecadar fundos á ONG “Military Hope”. — foi aplaudida pelo que disse durante dez segundos — É com prazer que anuncio também a minha candidatura á prefeitura de Nova Iorque. O atual prefeito que nos forneceu recursos para este evento, está ciente de minha candidatura e devo dizer que ele está grato por eu ser sua substituta, uma vez que ele não irá tentar reeleição. O partido Democrata estará me lançando como concorrente. — falou ela, sendo aplaudida de novo — Bem, desejo uma ótima festa pra todos. Boa noite.

Assim que seu discurso acabou e as luzes se acenderam, a garota da capa vermelha tinha desaparecido. Chuck, Blair, Eric e Dan se entreolharam com raiva do momento de distração. Nate, Serena, Kyle e Caleb chegaram logo depois, reunindo o grupo.

— O que aconteceu? — indagou Serena.

— Encontramos uma garota com uma capa vermelha e achávamos que era a Georgina. — respondeu Blair.

— E por que acharam que era ela? — indagou Kyle.

— Porque eu vi a Georgina usando essa mesma roupa no aeroporto. — respondeu Chuck.

— Estamos ficando paranoicos. — comentou Serena — Vou ir até a Regina.

— Pra quê? — indagou Eric.

— Tentar convencer ela de barrar o Carter de entrar na festa. Alertar de que ele é um perigo pra todos. — respondeu.

— Não podemos falar isso, Serena. Não temos provas. — comentou Blair.

— Então eu irei mandar falar com os seguranças dela, pra nos avisar quando ele chegar. Daí, estaremos atualizados. — sugeriu — Dan me leva até o Rufus. Só ele pode me dar acesso ao camarote da Regina.

— Vem comigo. — disse Dan.

Serena foi com o rapaz até Rufus, á procura de auxílio. Os demais ficaram juntos.

— Precisamos continuar. — disse Blair — Captou algo, Caleb?

— Nada. — disse com um tablet nas mãos, verificando as câmeras do local — A Serena já está no camarote. O Dan e o Eric ficaram junto do pai.

— Ótimo. Então vamos. — disse Blair até ser impedida por Caleb de prosseguir.

— Espera! — exclamou ele, dando um zoom na câmera três, reparando em duas pessoas com casaco vermelho, juntas — Há duas pessoas com aquele casaco vermelho, perto da fonte daqui da festa.

— Onde fica essa fonte? — perguntou Chuck, desesperado.

— Ala dois. — respondeu — Elas se separaram. Uma ficou na ala dois e a outra está no centro da festa.

— Eu e o Chuck vamos á ala dois. — afirmou Blair — Kyle e Caleb, vocês procuram ela pelo centro da festa. Nate... Vá atrás do Eric, do Dan e tragam a Serena. Vamos acabar com isso.

O casal saiu e foi até a ala dois, apressadamente. Kyle e Caleb prosseguiram com seu caminho, assim como Nate foi atrás dos outros dois garotos.

— Dan! Eric! — exclamou Nate ao encontrá-los.

— O que foi? — indagou Dan.

— Acharam duas pessoas com o casaco vermelho. — disse — Precisamos encontrar a Serena e reunir o grupo. Vamos ao camarote da prefeita.

Falou Nate, correndo em direção ao destino desejado. Quando Dan iria acompanha-lo, acabou recendo uma mensagem em seu dispositivo móvel que dizia:

Estamos no telhado. Só falta você, o Eric, o Nate e a Serena. Venham logo!

— Blair Waldorf.

Dan obedeceu e chamou Eric com ele para ir. Ambos procuraram as escadas que levavam ao terraço do prédio.

Blair e Chuck caçavam a figura de casaco vermelho. Ela agora estava próxima de uma escadaria que levava ao telhado. Percebeu então que Blair e Chuck a caçavam. Assim que iria fugir, avistou Kyle e Caleb que vinha em uma direção. Sem saída, começou a subir as escadas, enquanto o quarteto dava um encontro até o mesmo ponto.

— O que estão fazendo aqui seus idiotas? — questionou Blair, irritada.

— Perdemos a outra casaco vermelho de vista. — respondeu Kyle.

— Temos de ir! Rápido! — exclamou Caleb.

— Vão à frente. Vou tentar encontrar a Serena e o Nate. — disse Kyle, se separando dos demais.

— Vou tentar encontrar a outra casaco vermelho. — disse Caleb, afastando-se.

Blair revirou os olhos e começou a subir as escadas, juntamente de Chuck. Minutos depois de subirem, Eric e Dan surgiram ali também, subindo as escadarias. Serena e Nate eram os únicos desconectados com o plano.

Ele olhava para os lados, observando algo suspeito. Pensou em sua conversa com Serena sobre a ameaça da garota do blog á ela e tentava encontrar coragem para saber se era verdade o que ela dizia. Com o celular dela, acessou o Skype e viu as mensagens anônimas com o mesmo texto que ela tinha dito pra ele no dia da ligação. Seus olhos brilhavam só de pensar que a garota quem ele amava, não havia mentido pra ele. Circulou então, animado.

Nate procurava por Serena entre os convidados do baile de máscaras em prol do Memorial Day. Circulava entre a multidão, vasculhando com seus olhos, á procura da garota. Andou até a entrada do salão de festa, a fim de evitar o barulho, ligando para a garota. Esperou por alguns segundos ela atender, até ir para a caixa postal. Bufou, sem graça, até se virar e dar de cara com um rapaz que trajava as mesmas roupas que ele, de terno todo preto com uma máscara irreconhecível de fantasma da ópera.  De surpresa, Nate recebeu um soco no rosto, ficando desacordado após o golpe. A figura após fazer Nate desmaiar, o rastejou até o beco mais próximo da área da festa, deixando-lhe ali. Continuou com seu trajeto, adentrando a festa.

Kyle agora procurava no meio da festa, por Serena e Nate, não os encontrando. Porém, assim que teve a oportunidade de localizar um deles, perdeu. Tinha avistado “Nate” ali próximo das escadarias que levavam ao terreno e o chamou por seu nome:

— Hey Nate! Aqui! — gritou Kyle.

A figura olhou para Kyle, ignorou e partiu apressadamente, subindo as escadas. Kyle não entendeu o motivo de o rapaz ter agido daquela forma. Mas não importava. Ele já estava indo para o mesmo lugar que os demais. Procurou por Serena até encontrá-la.

Serena saiu do camarote onde se encontrava a prefeita da cidade. Conversou com a mulher durante todo esse tempo, até retornar a pista de dança em que as pessoas estavam. Aproximou-se do balcão do bar da festa que estava ali e mexeu no celular, vendo uma mensagem de Blair que dizia:

Vamos nos reunir no telhado do prédio do salão. Temos informações.

— Blair

Ao ver a mensagem da amiga, segurou a bolsa firme até ser surpreendida com a presença de Kyle que apareceu em sua frente.

— Serena! Ainda bem que te encontrei. — disse.

— Que bom que apareceu. — falou — Recebi uma mensagem da Blair e você?

— Eu também. — disse.

— Temos de ir ao telhado! — exclamou ela, passando por Kyle até ser impedida de andar após ele segurar em seu punho.

— Espera! — pediu — O Nate tá estranho. Quando eu o vi e o chamei, ele me ignorou e saiu quase correndo. Sabe o que aconteceu?

— Não sei. Eu acho que ele não deve ter te visto. — supôs.

— Tenho certeza que ele me viu. — afirmou Kyle, determinado.

De repente, um garoto de pelo menos seis anos de idade, apareceu diante da dupla, cutucando o vestido de Serena. Ela olhou para o garoto, lançando um sorriso e se curvou para falar com ele.

— Oi. — disse sorridente — O que foi?

— Mandaram entregar isso pra vocês dois. — disse o garotinho banguelo e de cabelos enrolados, entregando um pedaço de papel pra Serena.

— Quem mandou entregar? —questionou Serena, pegando o pedaço de papel, enquanto não desprendia seu olhar do garoto.

— A garota do blog. — respondeu e saiu correndo.

Serena e Kyle entreolharam-se, desconfiados. Naquela hora, queriam fazer algumas perguntas ao garotinho, mas sabiam que sua ajuda seria inútil. Com o papel em mãos, Serena o desdobrou, vendo o seguinte recado:

Tic-Tac. Temporada de caça aos mentirosos começou! E eu estou caçando.

— Gossip Girl.

Ao lerem aquilo, novamente se olharam. Apressadamente, saíram dali e foram diretamente às escadarias do salão de festa, em direção ao telhado.

Ao subirem das escadas, Serena e Kyle se encontraram com os demais. Blair, Chuck, Eric e Dan já estavam ali e pareciam assustados. Estavam próximos da beira do telhado, olhando para a recém-dupla que chegou.

— Blair? Me chamou? — indagou Serena, surgindo com Kyle, confusa.

— Não era pra você ter vindo, S. — disse Blair, amedrontada.

— Mas por que não? — questionou ela, confusa.

— Por causa dele. — disse Blair, apontando com a cabeça em direção á uma figura que se vestia semelhante á Nate. A figura segurava um revólver.

— Opa... Calma aí. — disse Kyle, segurando na mão de Serena e se afastando com ela, indo em direção aos demais amigos — Você não precisa fazer isso, cara.

— Cadê o Nate e o que você fez com ele? — indagou Serena, desesperada.

— SEU COVARDE! POR QUE NÃO TIRA ESSA MÁSCARA E NÃO SE REVELA? VOCÊ PODE VER TODOS AQUI, MAS É FRACO POR NÃO NOS DEIXAR TE VER! — berrou Blair, revoltada. Chuck segurou em sua mão, apertando-a.

— Vocês são tolos demais. — falou a figura mascarada, por meio de um aparelho de diferenciador vocal, deixando sua voz rouca — Sempre seguiram as pistas erradas. Sempre me desafiaram achando-se os donos do mundo. Mas no fundo, não são ninguém. O jogo acabou pra todos.

— O jogo acabou pra você, Carter! Se nos machucar, não sairá dessa festa nem tão cedo. A segurança já foi avisada. — falou Serena.

— E por que acha que me passei do Nate? Sairei daqui da mesma forma que entrei: Como Nate Archibald. Quando eu fizer o que farei, a culpa toda será de Nate Archibald. — falou a figura. — E além do mais, foi muito fácil para mim, manipular as mensagens de vocês, fazendo parecer que eram vocês enviando. Principalmente as suas, Blair e Serena. Se eu fui capaz disso, sou capaz de sair com as mãos limpas.

— E o que você fará? — indagou Dan.

— Um de vocês eu matarei. Eu avisei que não deveriam me desafiar, mas o fizeram assim mesmo. — respondeu.

— Não irá matar ninguém aqui. — replicou Blair.

Ele então apontou a arma em direção á Blair, dizendo:

— Você não é meu alvo, pois eu prometi ao seu namoradinho que pouparia você. Estou poupando agora. — disse.

Desta vez, apontou a arma em direção á Chuck.

— Você não é meu alvo, pois já te fiz sofrer com a condenação falsa. — disse.

Voltou á apontar a arma. Desta vez, para Dan.

— E você? Só de te espancar foi um prazer, então... Já sofreu demais. — disse.

Apontou a arma para Kyle e disse:

— Tivemos uma ótima briga no prédio. Acho que foi o suficiente pra te assustar. — falou.

Apontou a arma para Eric e disse:

— Não precisei fazer nada com você. Auto se destruiu. Mas em breve, você será o próximo, depois de...

E sendo assim, desbloqueou o revólver e apontou em direção á Serena.

— Sendo assim... Você nos deixará hoje, Serena. — afirmou a figura de voz eletrônica, rouca.

— Mas por quê? Eu sofri que nem todos aqui. — replicou.

— Tem razão. Mas é algo muito além disso, Serena. — justificou a figura — Meu alvo começou com você e mudou ao decorrer do tempo. Mas depois que fez certas coisas, tive de virar o jogo novamente pra ex-rainha da Constance.

— O que eu fiz com você? — indagou ela — Quem é você?

— Eu sou... — começou.

Antes de terminar a frase, retirou a máscara lentamente e revelou seu rosto para o sexteto ali presente no telhado. Assim que retirou e eles viram a sua face, todos arregalaram os olhos, surpresos com quem tinham visto. Blair estava chocada e não imaginava que a garota do blog pudesse ser aquela pessoa, assim como Chuck. Kyle e Dan pareciam desconfortáveis com a ideia daquela pessoa ser quem era. Enquanto Eric e Serena, não chegaram a suspeitar nem um pouco de que ele pudesse ser a pessoa que os marcou durante esses meses.

— Não acredito... É você! — exclamou Serena, horrorizada.

Era ele. Parado ali, segurando o revólver, trajando as mesmas vestimentas de Nate. Era ele. Ethan Wate. O ex-ficante de Eric e agora inimigo de todo o grupo. Assim que revelou sua feição, forçava um sorriso nos lábios, como se fosse um momento triunfal pra ele.

— Acharam mesmo que era o Carter esse tempo todo? Vocês são uns idiotas. — disse ele, gargalhando e guardando o aparelho diferenciador vocal — Você me humilhou publicamente! Eu até colocaria culpa do Eric, mas tenho meus motivos para não culpa-lo.

— Eu te humilhei? Se você é a garota do blog, tinha como você não postar sobre si mesmo!

— Aí é que se engana! Eu não poderia. Sabe por quê? Porquê seria suspeito demais. — retrucou ele com raiva e ainda apontando o revólver pra Serena.

— Como conseguiu postar sua própria notícia? Você estava com a gente naquele momento da discussão. — indagou Blair, confusa.

— Acha mesmo que eu sou o líder? Está enganada. Eu não sou a garota do blog. Eu sou um ajudante dela. E quer saber mais? Não só há eu no grupo, como há outras pessoas. Elas vão atormentar as suas vidas até o fim dos tempos. A garota do blog só dá as ordens e nós fazemos o resto. — falou Ethan.

— Então você só assina como a garota do blog, mas não é ela? — questionou Dan.

— Sim. A verdadeira garota do blog é intitulada como “Queen Gossip” ou “—G”. O Dan foi a primeira identidade á assumir os planos da garota do blog e eu sou o segundo. A diferença entre eu e o Dan é que ele foi o dominante e eu sou o subordinado.

— Está dizendo que a “Queen Gossip” é a chefe e vocês são as marionetes que agem como se fossem ela, de acordo com os planos dela? — questionou Serena.

— Isso mesmo, Serena. — respondeu ele — A garota do blog me deu permissão para matar um de vocês hoje e bem... Não vou hesitar em fazer isso. É uma dádiva poder conseguir essa honra da nossa chefia.

— Mas e o Carter Baizen? — indagou Chuck.

— Ele foi só uma distração. — falou — Uma ótima distração, por sinal.

— E as pessoas de capas vermelhas? — indagou Blair.

— Que pessoas de capas vermelhas? — questionou Ethan, de volta — A nossa Red Coat não foi incumbida para participar desse plano. E só temos uma.

— Parece que está desatualizado. Há duas pessoas com casaco vermelho na festa. — afirmou Chuck com um sorrisinho — Uma delas nos atraiu pra cá.

— Seja lá quem forem não queriam atrair vocês. Queriam me atrair. — afirmou.

— Você não precisa fazer isso, Ethan. Você é muito melhor que isso. Não cometa um erro que pode mudar toda a sua vida. — suplicou Serena.

— Preciso mesmo ouvir esse sermão? Não precisa dizer mais nada, Serena. O jogo acabou pra você. — disse.

Repentinamente, Nate surgiu por trás e quando estava prestes a atacar o garoto, Ethan apertou o gatilho do revólver. E então, disparou. Foi só isso que aconteceu. Mas o alvo era outro. O corpo baleado caiu no chão, enquanto o sexteto tinha ficado horrorizado com a cena em que tinham presenciado. A pessoa, coberta de sangue e que recebeu o tiro no peito, estava desesperada por ajuda e ao mesmo tempo, ciente do seu destino final. Será mesmo que aquilo terminaria daquela forma?

Assim que ocorreu o disparo, o rapaz desistiu de atacar Ethan. Ao invés disso, ele correu em direção ao corpo baleado, assim como os demais, para ajudar. O atirador permaneceu de pé, perto da entrada da escadaria e horrorizado com o tiro que deu. Tinha errado o seu alvo. Respirou fundo e ao mesmo tempo, ficou nervoso.

— ASSASSINO! — gritou Nate com raiva e os olhos lacrimejando de choro em direção á Ethan.

Continua...


Notas Finais


E então, o que acharam? Me pergunto se vocês chegaram a suspeitar dele.
Em breve sairá o último capítulo da primeira temporada. Após finalizar o último, pensarei se darei continuidade com uma segunda temporada.
Feliz ano novo! xoxo


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