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História Reputações - A arte do segredo - The game is over for you - Part 2


Escrita por: SrSpellman

Notas do Autor


Boa leitura!
Cuidado com as lágrimas, hihi.

Capítulo 23 - The game is over for you - Part 2


FLASHFORWARD (2° Semestre de 2016)

O ambiente do escritório era agitado. Principalmente por ser em Manhattan. As pessoas pareciam desesperadas. Corriam por todos os lados, fazendo seus serviços. Por sorte, Kyle havia conseguido um estágio na empresa “Spencer Global”, agora que teve sua mesada suspensa pelo seu pai, após quebrar uma de suas ordens que era não ir ao enterro de Jenny Humphrey.

— Spencer! — exclamou um rapaz de terno e óculos de nerd no rosto, aproximando-se do garoto.

— Sim, Liam? — indagou.

— O que está fazendo aqui? Deveria estar preparando a sala para a reunião com a nova investidora da empresa. — comentou o homem, impaciente.

— Não me informaram sobre reunião alguma. — retrucou Kyle.

— Todos os estagiários passam por um teste para surpreender um investido e fazê-lo investir em nossa empresa. Deveria saber disso, já que é dono. — afirmou — Prepare-se e suma daqui. Vá para a sala B. — mandou e saiu dali.

Kyle revirou os olhos, franzindo a testa e respirando fundo. Abriu uma gaveta e ali viu uma carta com enunciado “Van der Woodsen”. Fechou a gaveta com um certo receio, levantou-se da cadeira e saiu daliu.

Se as coisas não estavam nada fáceis para Kyle, também estava difícil para Blair Waldorf. Ela estava gerenciando um desfile de moda da sua mãe em Paris e não parecia nada satisfeita com o que acontecia no evento.

— Eu disse que queria orquídeas e não tulipas! Troquem! — exclamou ela, quase gritando com um dos decoradores.

— Senhorita Blair? — chamou Dorota que para surpresa de muitos, tinha viajado — A modelo Gigi Hadid chegou.

— Mande ela pro camarim experimentar as roupas dela. — disse — Onde está minha mãe?

— Está conversando com o barman, negociando as bebidas que serão servidas. — respondeu.

— Que ótimo. — disse — Obrigada Dorota. Dispensada.

A empregada saiu indo falar com a modelo. Blair subiu em cima da passarela para verificar se tudo estava ok. Andou até o final e quando ia voltar, sua atenção voltou-se á um rapaz que lhe chamou pelo nome e sobrenome.

— Blair Waldorf? — questionou o segurança.

— O que foi? — indagou.

— Mandaram te entregar. — disse o segurança, entregando uma carta pra ela e saindo.

Ela verificou bem a carta, até perceber o enunciado dela que era “Van der Woodsen”. Mordeu os lábios, insegura com o conteúdo que tinha ali. Olhou para trás e fixou sua atenção em dois quadros cobertos por um pano. Gradativamente, a pintura deles era uma homenagem á um alguém.

— Coloquem os dois quadros em cada ponta da passarela! — ordenou Blair — Se tivermos de fazer uma homenagem, que ela seja digna.

Mais um alguém passava o tempo para se livrar dos problemas. Era Nate. O seu time de lacrosse estava em campeonato por Londres, contra outras escolas de elite. Desde o que aconteceu, sentia que precisava estar conectado á algo que o fizesse bem. E o algo era o próprio esporte.

Ao finalizar do jogo, juntamente da vitória, ele tomou um banho com seus colegas de time no vestiário, pegou sua bolsa e depois ficou sozinho nas arquibancadas que agora estavam vazias, do campo, pensando. Respirou fundo, abaixou a cabeça e relembrou todos os momentos ruins que passou. Apesar de tudo, lembrava-se de Serena que era o amor da sua vida que mais sentia falta desde que partiu. Procurou seu baseado e sem querer viu a carta com “Van Der Woodsen” estampado e acendeu então o baseado de maconha com um isqueiro que estava em sua bolsa. Precisava ficar melhor. Assim que deu umas três ou quatro tragadas, abaixou de novo a cabeça.

— Foi tudo culpa minha! Culpa minha! — exclamou Nate, chorando com um peso enorme na consciência.

— Não foi sua culpa e você sabe disso. — afirmou uma voz masculina do nada.

Ele ergueu a cabeça, mais uma vez e quando olhou para o lado, Eric o acompanhava. Nate arregalou os olhos e limpou um pouco das lágrimas.

— Foi tudo culpa minha. Por que não admite? — questionou.

— Todos nós fazemos escolhas. Cabe a nós fazer a certa. Você fez o que fez para ajudar aos outros. — falou.

— Ajudar? Só ocorreu morte. Tudo por culpa minha. — disse ele, lamentando-se — Eu preciso do seu perdão, Eric! Por favor!

— Você não precisa de perdão, Nate. Você precisa seguir em frente. É isso que precisa. — retrucou — Agora descansa.

Ele fez o que lhe foi sugerido. Nate repousou na arquibancada, fechou os olhos e tirou um cochilo por um tempinho ali.

Como será que Chuck Bass estava aproveitando seus momentos? Ele estava em uma viagem no Japão, em busca dos prazeres femininos. De fato, Chuck era o tipo de homem que não queria apenas se aventurar com as americanas. Ele queria muito mais.

Dentro da cozinha de um restaurante, ele aproveitava um momento bastante íntimo com uma garota japonesa chamada “Hinashi”. Ela parecia amar a experiência de estar tendo um caso com um americano e ao mesmo tempo, achava errado o que fazia.

— Seu marido chega mesmo daqui á cinco horas? — indagou Chuck, dando alguns beijos no pescoço dela, enquanto apalpava seus seios pequenos.

— Ele deve estar resolvendo alguns negócios idiotas. Não importa. — falou a mulher, mordiscando os lábios e gemendo de prazer com as preliminares do rapaz.

Ele rasgou a blusa da mulher, deixando-a apenas com o sutiã rosa pra fora. Começou a fazer um rastro de beijos de seu queixo até por volta de seus seios, levando a mulher á loucura. Infelizmente, o momento foi interrompido com a chegada do marido dela no local.

— Hinashi? — chamou o homem, surgindo na entrada da cozinha.

A atenção da dupla foi diretamente ao rapaz. Chuck olhou feio pra ela, sentindo-se enganado.

— Olha senhor, eu posso explicar... — começou Chuck até ser surpreendido com um soco do homem que tinha se aproximado dele, furiosamente.

— Itashi! Deixe-o! — exclamou Hinashi.

— Americano imbecil! — berrou Itashi, socando mais uma vez Chuck.

O homem se aproximou da mulher e começou a gritar com ela, nervoso. Chuck se levantou, afastando-se da dupla e observou a briga de longe.

なぜあなたはそれを行うのですか?— indagou Itashi á mulher em japonês.

私はあなたと一緒に住んでいるのは疲れ! — respondeu ela, brava.

O resto da briga foi toda assim. Chuck saiu do estabelecimento com um olho roxo, porém, com um sorriso na cara. Afundou a mão direita no bolso, vendo uma carta com semblante “Van der Woodsen” estampado na frente.

O Brooklyn era um lugar bastante simples, porém, confortante. Diferente dos demais, Dan parecia mais feliz que o normal. Meses atrás, estava de luto, mas deu a parecer que seu luto tinha acabado com um motivo importante em si.

— Parece que alguém está mandando bem no livro. — comentou Rufus, comendo uma torrada e vendo o filho no notebook.

— Felizmente é um capítulo de saudades. Estou fazendo o retorno de uma pessoa muito especial pro protagonista do livro. — afirmou.

— Ah sim... A Lily mandou te entregar essa carta. — avisou Rufus, aproximando-se do filho, entregando a carta á ele.

Dan avaliou muito bem a carta e ao mesmo tempo, não queria abrir. Ele não queria voltar com toda aquela melancolia. Estaria sendo egoísta por tentar seguir em frente? Colocou a carta do lado e voltou a digitar.

— Não vai abrir? — indagou.

— Talvez mais tarde. — respondeu.

— Você quem sabe. — disse Rufus, voltando para a cozinha.

— Bom dia! Hum... Que cheirinho gostoso de waffles. — disse uma voz feminina e doce, aparecendo na área.

O garoto olhou para a carta e seguidamente para ela. Pensou: Qual seria o preço da felicidade de um alguém? Lançou um sorriso maravilhado para a pessoa que tanto amava e que acreditava muito: Sua irmã, Jenny Humphrey.

ATUALMENTE (30 de maio de 2016 – 1° Semestre)

Repentinamente, Nate surgiu por trás e quando estava prestes a atacar o garoto, Ethan apertou o gatilho do revólver. E então, disparou. Foi só isso que aconteceu. Mas o alvo era outro. O corpo baleado caiu no chão, enquanto o sexteto tinha ficado horrorizado com a cena em que tinham presenciado. A pessoa, coberta de sangue e que recebeu o tiro no peito, estava desesperada por ajuda e ao mesmo tempo, ciente do seu destino final. Será mesmo que aquilo terminaria daquela forma?

Assim que ocorreu o disparo, o rapaz desistiu de atacar Ethan. Ao invés disso, ele correu em direção ao corpo baleado, assim como os demais, para ajudar. O atirador permaneceu de pé, perto da entrada da escadaria e horrorizado com o tiro que deu. Tinha errado o seu alvo. Respirou fundo e ao mesmo tempo, ficou nervoso.

— ASSASSINO! — gritou Nate com raiva e os olhos lacrimejando de choro em direção á Ethan.

Toda atenção agora estava na pessoa baleada. Todos estavam agachados no chão, tentando arranjar um meio de ajudar. Ethan, ainda de pé, parecia perturbado consigo mesmo.

— Como você pôde? — indagou Blair, olhando para Ethan, abalada.

O desespero só aumentou. Ethan tinha apontado o seu revólver para Serena com a intenção de mata-la. Mas não aconteceu. Ela foi salva; Salva por um alguém que a amava mais do que tudo nessa vida. Foi salva pelo seu irmão, Eric.

— Você vai ficar bem. Fica comigo. — pediu Serena, chorando e com o sangue do irmão nas mãos, consolando-lhe.

— Pensei que não mentisse mais pra mim. — comentou Eric, baixinho, tremendo de frio.

— Nós vamos ligar pra ambulância, você vai ser socorrido e sairemos todos numa boa. Nos livraremos da garota do blog pra sempre. — disse ela, esperançosa.

— É tarde demais... — tossiu — Não temos tempo.

— Precisamos tentar pelo menos. — afirmou Serena, chorando e olhando nos olhos do irmão, caído no chão — Por que se colocou á frente de mim? Por quê?

— Porque eu não sou ninguém, Serena. — respondeu — Eu sempre serei lembrado por apenas ser seu irmão.

— Não, claro que não. — contestou.

— Eu me coloquei á frente de você, porque de todos eu fui o único que não sofreu. Cada um passou por uma situação difícil e então... Senti que você não podia passar por isso de novo. Eu te amo Serena. Você é a pessoa mais especial que existe em minha vida. Eu sempre vou me lembrar de você. Eu te salvei porque...Eu precisava fazer isso. Eu sempre vou te defender.

— Está enganado sobre o que disse antes, Eric. — falou — Você nunca será lembrado por apenas ser meu irmão. Você entrou no time de lacrosse e fez o time ir pra frente. Você deixou uma marca pelo seu próprio mérito. Você não será esquecido e muito menos será lembrado por ser uma sombra. Será lembrado por ser o herói que salvou a irmã e que jogava lacrosse muito bem. — desabafou quase se afogando nas próprias lágrimas — Eu te amo, Eric. Eu sempre vou te amar. Mas por favor... Não vai embora. Não me deixa. Eu me sentirei incompleta sem você ao meu lado. Sem o meu irmãozinho.

— É a minha hora, Serena. — justificou — Você nunca estará incompleta, enquanto eu residir em seu coração. Viva por mim. É o que eu te peço. — pediu — Não é apenas uma escolha minha irmã. É muito mais que isso. Eu te amo... Adeus. — tossiu por uma última vez, fechando os olhos lentamente com lágrimas nos olhos e um sorriso suave nos lábios.

— NÃO! — berrou Serena, aproximando sua testa da testa de seu irmão — MEU IRMÃO NÃO! ERIC! NÃO, NÃO, NÃO! ERIC!

Blair abraçou Chuck, chorando horrores. O rapaz, por incrível que pareça, também chorava com o ocorrido. Nate se aproximou de Serena, tomando-a em seus braços, a fazendo chorar em seu peito. Dan estava no canto, chorando perto de Kyle.

Ethan segurava firme o revólver, quando de repente, foi surpreendido com a presença de duas pessoas com capas vermelhas. Elas seguravam revólveres e apontavam para Ethan que estava armado. O garoto ao vê-las, ainda espantado, não sabia o que fazer.

— QUEM SÃO VOCÊS? — questionou ele.

Uma das figuras encapuzadas abaixou o capuz e se revelou. Era Georgina Sparks com um sorriso maléfico nos lábios.

— O jogo acabou pra você, Wate. — alertou.

A outra pessoa de casaco vermelho, também retirou o capuz. Revelou seus cabelos loiros ao público, com uma mudança enorme de estilo. Era Jenny Humphrey. Assim que Dan a viu, paralisou por completo e ficou pálido. Os demais ali presentes, também se surpreenderam.

— J-Jenny H-Humphrey? — gaguejou Ethan — Mas eu cuidei de você...

— Você achou que tinha me matado. Mas não conseguiu. — disse.

— A garota do blog vai ficar feliz em saber sobre seu status. — ameaçou.

— A garota do blog desativou todas as redes dela, principalmente o blog. — alertou Georgina com um sorriso masoquista — Você foi deixado para trás, para assumir a culpa. Como se sente?

Jenny olhou para o lado e viu o grupo espantado. Pôde então, reparar no corpo que estava entre eles. Identificou de primeira. Aproximou-se dos outros, apenas para confirmar se era mesmo quem imaginava ali caído.

— Eric... — disse Jenny, abalada e olhou para Serena que estava totalmente destruída.

— O que tá acontecendo aí, Jenny? — perguntou Georgina, do outro lado do telhado, apontando a arma para Ethan.

— Ele matou o Eric. — afirmou com uma dor no peito de tristeza e revolta.

Afastou-se do corpo e voltou para frente de Ethan, destravando a própria arma, mirando nele. Ela agora estava fora de si.

— POR QUE FEZ ISSO? O ERIC ERA APAIXONADO POR VOCÊ! COMO PÔDE MATAR A ÚNICA PESSOA QUE TE AMAVA E ACREDITAVA EM VOCÊ? — indagou Jenny.

— Eu não sei... Foi tudo tão rápido. Eu não queria machucar o Eric! Eu juro! Eu... Eu... Eu queria machucar a irmã dele. A Serena. Me desculpem! — falou Ethan, chorando.

— Me dá a arma! — exigiu Georgina.

Sabendo que as coisas não iriam melhorar pro seu lado, ele jogo a arma no chão e chutou pra Georgina. Ethan se sentia culpado e de fato, era. Porém, não queria ter atirado em Eric. Apesar de tudo que aconteceu, o garoto tinha sido o único que o amava e que ele estava amando.

— A justiça será feita á você. A polícia vai falar com você. — disse Jenny, discando o número da polícia e ligando para eles.

— A verdade está no meu armário do vestiário da escola. Procurem lá. — disse Ethan, andando para trás —Eu sinto muito.

— O que está fazendo? — indagou Georgina, confusa.

Ethan respirou fundo, subindo em cima da ponta do prédio e olhando para as duas garotas com casaco vermelho, chorando.

— Eu sinto muito. Muito mesmo. — disse ele, arrependido.

— Ethan não faça isso! — berrou Jenny.

E o fez. Abri os braços e se jogou do prédio, arrastando-se pelo ar até aterrissar no solo, morto. Fraturou boa parte de seus ossos e danificou boa parte de seu cérebro que se espatifou no chão lá embaixo. Seu suicídio, não era apenas por culpa, mas sim, por arrependimento aos seus atos.

Horrorizadas, Jenny e Georgina se olharam. Correram até a ponta do prédio, verificando as pessoas lá embaixo que agora estavam observando o corpo de Ethan caído. Era questão de minutos, para que a polícia, a ambulância e a mídia, estivessem ali.

E tudo acabou ali. Blair aos pratos em Chuck, que também estava pra baixo; Jenny próxima do irmão, o abraçando com tanta força que chorou de tristeza e saudades; Georgina, acompanhada de Kyle que estava encostado na parede, inexpressivo; Serena, que era a pessoa mais prejudicada naquele momento e estava sendo consolada ali por Nate.

O momento era difícil. Os fantasmas já tinham desaparecido, mas era a hora da dor habitar nos corações de cada um. Uma era difícil viria para todos. A perda de um ente querido ou de um amigo querido era a pior coisa que pudesse ser suportada por um alguém. Mas cada momento, os de alegria, os de tristeza, os de amor e os de ódio, seriam eternamente lembrados. E havia um fato: Eric van der Woodsen nunca seria esquecido. Não por quem o amava. Mesmo morto, enquanto deixou memórias, elas teriam de ser lembradas. Não por ter sido uma sombra, pois tinha deixado de ser àquilo, há muito tempo. Mas sim, por ser um herói.

Gossip Girl Intervention (Horas depois – Mensagem programada)

Oi galerinha do Upper East Side. Garota do blog na área. Sua primeira e única fonte por dentro da vida escandalosa da elite de Manhattan. O ponto alto do meu blog? O septeto Gossip que acaba de se reunir, novamente.

Infelizmente, trago péssimas notícias. O septeto agora virou sexteto.

A garota do blog envia os pêsames para todos que eram próximos de Eric van der Woodsen. A outra notícia é de que finalmente, darei o meu ADEUS. Estarei desativando o blog por tempo indeterminado. As coisas passaram dos limites. É hora de nos aventurarmos de outras formas. Surpresas estão por vir, principalmente para esse sexteto.

Apenas lembrem-se: Eu sempre estarei aqui seus pequenos mentirosos.

— de sua fiel amiga, Garota do Blog.

FLASHFORWARD (2° Semestre de 2016)

Eles receberam a mesma carta. Todas escritas por Serena aos seus amigos.

O desfile de Eleanor, já tinha iniciado. Era a primeira etapa de todo o evento. Blair estava nos bastidores, orgulhosa com o trabalho que fez. Não tinha largado a carta que recebeu, desde que lhe foi entregue. Olhou para as modelos e seguidamente, fitou os quadros cobertos. Respirou fundo e tomou coragem de abrir a carta e a leu. Demorou alguns segundos para ler ela, até que quando acabou seus olhos se encheram de lágrimas, comovida. Após a primeira etapa se encerrar, Eleanor chamou a filha ao palco que foi para lá, rapidamente.

— Agradeço a presença de todos aqui. É uma honra ter gerenciado todo esse evento de minha mãe que é uma estilista de puro talento. — disse ela, animada — Porém... Aproveito esse momento do evento, para fazer a homenagem á uma pessoa. — anunciou — Bem... Todos sabem o que aconteceu comigo e meus amigos, meses atrás que levou á perda de um ente e amigo querido. Ele era importante para todos nós, mesmo quando se sentia excluído. Não queremos que ele seja lembrado como o jogador de time de lacrosse, mas sim... Pelo herói que ele foi. Por isso... Palmas para Eric van der Woodsen que apesar de não estar aqui, sempre estará em nossos corações. — olhou para trás, pedindo para a sua equipe retirar as cobertas dos quadros e assim o fizeram. Cada quadro tinha uma foto especial: O momento do nascimento de Eric e quando venceu o seu primeiro campeonato de lacrosse. Assim que o discurso finalizou, todo o público ficou acirrado e bateu palmas, em homenagem ao jovem garoto que partiu.

Dan também tinha criado coragem para ler a carta. A sua irmã Jenny, foi para o seu lado e leu ao seu lado, o conteúdo. Ele se encheu de orgulho, olhou para a irmã, sorriu e ambos se abraçaram, relembrando principalmente os momentos bons com Eric.

Enquanto isso, Chuck estava no aeroporto. Lia a carta enquanto estava sentado, aguardando a embarcação. Sua seriedade contemplava seu rosto, até ser quebrado por um sorriso dele. Ele não parecia triste, mas sim, determinado.

Kyle, por sua vez, aguardava na sala de reunião a pessoa com quem ia negociar. Durante o tempo, leu a carta enviada por Serena, deixando escapulir um sorriso orgulhoso de seus lábios, após a leitura.

Já Nate, estava acordado. Depois de um imenso cochilo, achava que tinha de ler o que Serena tinha escrito. Ao ler a carta, se surpreendeu com o conteúdo e chorou comovido. Foi atrapalhado por Tyler Lockwood, seu co-capitão.

— Você tá bem? — indagou o rapaz — Você estava falando sozinho. E ainda falou o nome do Eric.

— Eu tô bem. — respondeu com os olhos vermelhos e sorriso nos lábios — Eu estou muito bem.

Por fim, Serena estava em Washington, D.C. Vestia-se semelhante á uma mulher de escritório. Permanecia sentada em uma cadeira de frente ao capitólio, vendo as fotos com seus amigos e família, em seu celular, sorrindo. Estava lá para algo importante.

— Senhorita van der Woodsen? Conseguimos investidores para a ONG e o privilégio da nomeação de três hospitais filiados daqui de Washington. Porém, eles insistem em saber qual será o nome. — falou um rapaz, próximo dela.

— Se chamará “Organização Eric van der Woodsen”. — respondeu, parando em uma foto de seu irmão, no celular. Estava tão orgulhosa de si mesma, quanto estava do seu irmão.

O rapaz balançou a cabeça positivamente, afastou-se de Serena e começou a fazer uma ligação. Ao encerrar, ele foi até ela e a conduziu até o carro, para leva-la e fechar o restante dos negócios.

A carta de Serena, dizia em formatos diferentes para cada um de seus amigos:

“Meu(Minha) Caro(a)... [nome]. Devo dizer que passamos por momentos difíceis. Todos juntos. Talvez um dia possamos até rir de tudo que aconteceu. Mas eu sei que nem tão cedo, eu estarei pronta para fazer isso. Eu achava que quando eu perdi o Eric, tinha perdido uma parte de mim. Mas não perdi. Pelo contrário. Estou mais forte. Estou pronta para encarar os desafios da vida e seguir em frente. Aliás... Estou seguindo em frente já fazem meses. Mas falta algo que devo fazer, para me lembrar de meu irmão. Eu estou pronta. Vocês foram importantes para mim. De fato. Sempre estiveram ao meu lado. Vamos nos rever no segundo período de aulas da Constance/ Saint Jude’s. Esperarei por vocês. Amo todos e infelizmente, esta carta não pode mensurar o qual eu estou com saudades. É hora de sermos fortes e firmes. É hora de recomeçarmos. Ou por você, ou por mim ou pelo Eric. Prometi á ele que seguiria em frente e vocês também devem seguir e creio que já estão seguindo. Estou orgulhosa."

— com carinho, Serena van der Woodsen

Finalmente, a reunião de Kyle iria começar. Ele desligou o celular assim que uma figura exuberante e bela adentrou á sala. Com trajes executivos, cabelos castanhos encaracolados, beleza atrativa e postura sensual, a mulher se sentou na cadeira á frente de Kyle com um sorrisinho nos lábios.

— Ah... Obrigado por ter vindo, senhorita... — esqueceu-se do nome e sobrenome da mulher.

— Pierce. — respondeu ela, rindo da gafe do rapaz.

— Perdão. Prazer, sou Kyle Spencer, filho de Robert Spencer. — apresentou-se, estendendo a mão direita.

— Katherine. Katherine Pierce. Encantada. — disse ela, apertando a mão dele, com um olhar masoquista.

— Devo dizer que é um enorme prazer em recebê-la aqui, senhorita Pierce. — comentou ele.

— O prazer é todo meu. — ela retrucou.

— Meu objetivo aqui é te dar motivos para fechar investimento da empresa do seu chefe com a minha. — disse ele, sincero.

— Parece que não é o único que tem motivos. — afirmou ela, mordendo os lábios e percebendo ele distraído com seu jeito.

— A sua empresa é qual mesmo? — questionou ele.

— No momento vamos ficar no anonimato, está bem? — ela retrucou, piscando pra ele e cutucando a orelha direita que tinha uma escuta, na qual ela estava recebendo informações sobre o que falar.

Por trás da escuta, havia um grupo que estava passando as informações para ela e escutando toda a conversa que Katherine tinha com o rapaz. Em uma localização anônima, dentro de uma enorme sala, havia um grande telão com a imagem de Kyle ao vivo que estava sendo transmitido por meio de uma câmera na blusa de Katherine. Além da enorme tela, havia uma longa mesa com várias cadeiras e variadas pessoas observando a negociação de ambos. O texto de Katherine estava sendo repassado por uma mulher de cabelos brancos e ótimo gosto em visual, sentada numa cadeira no centro, ordenando tudo que a garota tinha de fazer e falar naquele momento.

O grupo que estava na sala secreta se intitulava como “Americon Initiative”, vulgo, uma facção terrorista que caçava Robert Spencer e sua família, há anos. O inimigo agora era outro e talvez, muito pior.

Era apenas o começo de uma nova história de mistério e suspense. Mas e o amor? Ainda existia? Sim. Mas ainda tinha de ser muito explorado.

Love Story não é uma história de amor. Lembre-se disso.

Em breve, segunda temporada.


Notas Finais


Finalmente acabamos a primeira temporada, depois de pelo menos três meses!
Devo dizer que alguns capítulos foram difíceis de escrever e a escolha da morte também não foi nada fácil.
Alguns de vocês leitores, devem estar confusos sobre a ligação de Ethan, como a Jenny está viva, etc. Tudo será explicado em um provável capítulo bônus que vai ser uma espécie de "atualização", nada mais.
Obrigado por chegarem até aqui! Em breve, segunda temporada. <3 (A segunda temporada será postada junto á primeira, isto é, os capítulos vão estar aqui)


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