História Reputações - A arte do segredo - Descobertas

— Que droga foi aquela? — indagou Chuck, abrindo uma garrafa de vodka, bebendo-a e se jogando no sofá do próprio apartamento.

— Venho recebido essas mensagens desde que eu voltei. Não faço ideia de quem seja. — comentou Serena.

— Tá bem na cara, não? “GG”? — questionou Blair, revirando os olhos — Gossip Girl. Você sabe S.

— O que está insinuando, B? — perguntou Serena, arqueando uma de suas sobrancelhas, duvidosa.

— Seu ex-namorado, Dan Humphrey, irmão da psicótica loira e fugitiva, é quem está enviando essas mensagens anônimas. — afirmou Blair — Caso não se lembre, ele já foi a Garota do Blog. Quer que eu fale mais do passado?

— Vocês duas não comecem! — ordenou Nate, perto da janela, impaciente.

— Tá pessoal. Sabemos que o Dan era a garota do blog, antes. Porém vocês não se lembram do que ele disse? — perguntou Eric.

— O que ele disse “mini Van der Woodsen”? — retrucou Chuck, bebendo.

— Ele disse que se fosse revelado ou descoberto, haveria consequências. Antes, quando o Dan era a garota do blog, tudo sobre todos estava no site. Mas depois que ele se revelou, o site ficou fora do ar. E agora, recebemos mensagens anônimas. Estranho, não?

— É o que eu estou dizendo! A pessoa que está enviando essas mensagens idiotas é um garoto que mora no Brooklyn, tem um cabelo estragado e parece um pato: Dan Humphrey! — exclamou Blair, determinada.

— Espera, espera.  O Eric tá certo. — comentou Nate, desencostando-se da janela e se aproximando do grupo — Não se lembram de que a garota do blog já foi editada por várias pessoas? Georgina, Dan e até mesmo pela Serena? Então! E se for um círculo? Talvez todos os editores até agora tenham sido apenas meros fantoches. Talvez tenha alguém maior por trás disso.

— Concordo com o Nate. A única pessoa que teve capacidade de segurar o segredo da garota do blog por tanto tempo foi o Dan. E quando o Dan deixou de ser a garota do blog, por que o site seria excluído? — disse Serena.

— É bem óbvio, não? Por que ele deixaria o site da garota do blog no ar, se ele já se revelou? Deveriam também se lembrar de que o Dan mandava mensagens da garota do blog para a gente. Ou estão esquecidos? — comentou Blair.

— Não. Nós lembramos. Mas as mensagens da garota do blog não eram no estilo das mensagens que estamos recebendo. Antes os sms pareciam mais uma espécie de “surpresa.” Hoje em dia, parecem de “ameaças.” — respondeu Serena.

— Não sei por que estão preocupados. O que temos a perder? O Dan é a garota do blog e isso é fato. Não duvido que ele esteja por trás de tudo isso. — falou Chuck.

— Estamos juntos nessa, Chuck. Eu prefiro ir falar com o garoto solitário e esclarecer essas ideias. Quem vota á favor? — perguntou Blair.

Chuck havia sido o único do local a concordar com a ideia da garota. Serena olhou para Nate e depois revirou os olhos.

— Quem concorda de analisarmos a situação melhor e não fazer pré-julgamentos? — questionou Serena.

Nate, por sua vez, havia levantado o braço. Serena o olhou com uma feição de gratidão, enquanto Blair havia apenas demonstrado mais raiva. Eric permanecia neutro.

— Parece que estamos empatados. — disse Nate — Eric?

— Prefiro não votar. Não concordo de colocarmos a culpa no Dan e muito menos ficarmos parados sem fazer nada.

— O Dan é a garota do blog! A Serena não admite isso, pois ainda tá apaixonada por ele. Confessa S! — berrou Blair.

— Não estou apaixonada pelo Dan, B. Caso não lembre, a revelação dele foi um dos motivos de eu ir embora.

— Pessoal! É isso! — exclamou Nate.

— O que? — todos indagaram quase em um coro.

— A garota do blog ficou ativo a partir dos nossos onze anos. A partir daí, começamos a virar matéria do blog em fofocas que tornaram a nossa vida pública. A Serena só foi atormentada pela garota do blog durante um tempo e depois se internou por dois anos. — comentou Nate, até ser interrompido.

— Valeu por lembrar, Nate. — retrucou S.

— O que quer dizer? Que a Serena sofreu menos que nós? Que ela é a culpada disso tudo? Concordo também! — exclamou Blair, recebendo um olhar de desaprovação da sua “amiga”.

— Não falo disso, Blair. A Serena foi a menos atormentada, porém, em compensação, foi a que mais sofreu nas mãos da garota do blog. Isso causou uma pressão psicológica enorme nela que a fez sair de Manhattan. Depois que ela desapareceu, nós viramos o foco do blog até 2015.

— E também foi à época em que o Dan se revelou ser a garota do blog. E como eu não queria passar pelos mesmos problemas de novo, eu voltei ao internato. Por isso eu não avisei nada, Blair. — justificou Serena.

— Você já estava melhor. Poderia ter voltado. — retrucou B.

— Eu fiquei quatro anos sofrendo por causa da garota do blog. Quando eu finalmente já estava melhor, o Dan se revelou pra nós. Acha que eu não tive uma recaída e de repente tudo de ruim voltou pra minha mente? — disse Serena.

— Agora você está passando pelas mesmas coisas que passava antes, não vai fugir de novo? Não tem justificativa, S. — respondeu Blair.

— Agora é diferente. Eu tinha onze anos, quando comecei a ser atormentada. Fiquei dois anos fora, para superar a garota do blog tentando destruir a minha vida. Quando foi em 2015, havia descoberto sobre o Dan. Voltei para o internato não por causa da garota do blog, mas sim, pela revelação que o Dan havia feito. Posso estar passando por isso novamente, mas não deixarei com que isso me afete novamente. — explicou S, olhando de forma profunda para Blair que deu os ombros.

— Isso não importa agora, meninas. Serena, você terá de aguentar isso mais uma vez e sem fugir. Enquanto você Blair, terá de dar mais apoio. — sugeriu Nate.

— Bem e qual é o plano senhores “Holmes”? — questionou Chuck, após acabar de beber toda a garrafa de vodka.

— Investigar. O que descobrirmos, devemos contar uns aos outros. Não devemos avisar á ninguém sobre as mensagens anônimas ou saberão que a garota do blog voltou. — sugeriu Blair.

— Irei procurar o Dan. Hoje à noite. Preciso ter certeza que ele não tem um dedo nessa história e saber se ele tem pistas. — informou Serena.

— Tem certeza? — indagou Nate, preocupado. Blair o olhou com desprezo.

— Absoluta. Vocês aguentaram a garota do blog sem mim, mas é a hora de eu ajudar vocês dessa vez.

— Ótimo. Nos encontramos nas escadarias do MET às oito horas com notícias. Não se atrasem. — disse Blair — Au Revoir. Vamos Nate! — despediu-se a morena, agarrando-se no garoto e saindo do apartamento. Eric havia saído logo atrás.

— Eles precisam saber, não acha? — perguntou Chuck á Serena, quando ela estava prestes a sair do apartamento.

— Saber o quê? — questionou.

— Sobre o que você fez durante os dois anos no internato.

— Você me prometeu que não falaríamos mais disso, Chuck.

— Eles merecem saber a verdade, Serena. Melhor contar antes da garota do blog.

— Não se preocupe. Eu contarei.

Finalizou Serena, saindo do local e fechando a porta em seguida. Chuck continuou jogado no sofá, pensativo.

Horas depois, todos haviam se separado em busca de informações em relação à garota do blog. A discrição era a chave para a “investigação”. Menos para Blair Waldorf que já estava com suas minions em sua residência, debatendo o assunto.

— Meninas, qual foi a pior notícia que já tiveram na garota do blog? — indagou Blair, enquanto uma pedicure fazia as unhas de seus pés.

— Ter transado com o meu primo Asher no verão. — respondeu Penélope.

— Ser flagrada aos beijos com um homem mais velho e casado. — respondeu Isabel.

— Ter roubado uma lingerie da Bloomingdales. — respondeu Kati.

— Por ter colado as provas da Nelly. — respondeu Hazel.

— Hum... Essas foram as suas piores notícias na garota do blog? — indagou Blair, surpresa.

— Você teve uma pior? E qual foi? — questionou Penélope, desafiando-a.

— Claro que eu tive sua idiota. — respondeu B — E não é da sua conta qual foi a pior coisa que aconteceu comigo.

— Espera aí, B. Por que de repente você veio nos perguntar sobre isso? — indagou Isabel.

— Apenas curiosidade meninas. Mas já que vamos dar continuidade no assunto... Vocês acham que o Dan tinha algum ajudante? Se sim, quem?

— Se o Dan tinha algum ajudante, não tem mais. A garota do blog tá desativado faz quase um ano e meio. — disse Hazel.

— Era impossível o Dan não ter um ajudante. Quer dizer... Tinha hora que ele estava com vocês e as mensagens chegavam automaticamente de qualquer forma. — falou Penélope.

— Existe uma coisa chamada “Programador de Mensagens ou Postagens”, Penélope. — retrucou B, revirando os olhos.

—O Dan não tem um ajudante. Se tivesse, o blog ainda estaria ativo, não acham? — falou Kati.

— Bem meninas. Vocês se esqueceram de dizer suas supostas suspeitas de quem seria o ajudante do Dan. Parece que a maquiagem de cada uma afeta o cérebro de vocês. — comentou Blair.

— Eu apostaria no Eric van der Woodsen. Sempre foi muito “figurante.” — disse Penélope, determinada.

— Aposto ainda no Dan. Não acho que ele tenha alguma ajuda. Sempre esteve sozinho e sempre estará assim “o garoto solitário.” — disse Kati.

— Tá na cara que é a Jenny Humphrey. Por que do nada ela desapareceria sem deixar nenhuma pista? Ela é a sucessora. — retrucou Isabel.

— Serena deve ser a garota do blog. Depois de dois anos, ela voltou. E se ela se tornasse apenas uma vítima para não ser suspeita? — concluiu Hazel.

— Vocês são tão óbvias meninas. Bem, estão dispensadas. — finalizou Blair.

— Mas e o chá das cinco horas? — perguntou Penélope.

— Fica pra outro dia. Saiam logo. — exigiu Blair, fazendo um gesto de dispensa para suas minions e as pedicures.

Blair ficou sentada na poltrona da área de estar, pensando. Talvez nos pensamentos pudesse tirar conclusões melhores da fase em que estava pensando. Sua linha de raciocínio se quebrou, após um toque soar de seu celular e ao mesmo tempo fazer o aparelho vibrar. Desbloqueou-o e visualizou o SMS.

Dizem que, não importa qual seja a verdade, as pessoas veem o que querem ver. Algumas pessoas podem dar um passo para trás e descobrirem que estavam olhando a mesma cena por todo o tempo. Algumas pessoas podem ver que suas mentiras quase acabaram com elas. Algumas pessoas podem ver o que estava na sua frente o tempo todo. E ainda há aquelas pessoas que correm o máximo que podem para não terem que olhar para si mesmas.

— xoxo, GG

Bloqueou o celular, imediatamente, após ler a mensagem. Pegou a bolsa e resolveu sair o mais rápido possível de casa.

Nate também estava á procura de informações. Decidiu ir a uma festa de veteranos que estava sendo dada aos alunos calouros da Constance e do Saint Jude’s. Assim que chegou à festa, recebeu boa parte dos olhares, principalmente das garotas, pela presença dele ali. Era o garoto mais cobiçado de Manhattan e também considerado o “Rei” da Upper East Side.

— Nate Archibald na minha festa? Que honra! — disse um garoto que aparentava jogar futebol, abraçando ele.

— Pois é, Henry. Você sabe o que eu penso em relação á essas festas pros calouros.

— Cadê a Blair Waldorf? Te deu um pé na bunda? — indagou, rindo.

— Fazendo compras.

— Como sempre. Mas enfim. Divirta-se, cara. — falou Henry, sorrindo.

— Valeu. — disse Nate sem graça.

Começou a andar pela casa em que estava acontecendo à festa, procurando por um alguém. Ao encontrar, foi até a pessoa e iniciou um diálogo.

— Ethan?

— Nate? O que faz aqui? — perguntou o rapaz, olhando pro seu amigo. Aparentemente, Ethan parecia chapado.

— Preciso te perguntar algumas coisas. É sobre a garota do blog. Tem um tempinho?

— Você sabe que eu não falo mais disso. — afirmou Ethan, dando as costas pra Nate, pegando um copo vermelho com cerveja, bebendo.

— É bem rápido, cara. Eu nunca te dispensei uma ajuda. — implorou Nate.

— Já disse Nate. Não quero falar sobre isso.

Nate se aproximou mais do amigo e com um ar de superioridade, disse bem baixo:

— Se você não vir, a garota do blog vai saber o que você faz com outros caras no vestiário da escola.

Ethan sem opções engoliu um seco e resistiu ao pedido de Nate.

— Cinco minutos. Encontre-me lá em cima. Segundo quarto á direita. — falou Ethan, se afastando.

Nate fez o que o garoto havia mandado. Olhou para os lados e foi direto para as escadas da casa e subiram elas, indo pro quarto indicado. Ao chegar lá, aguardou Ethan por alguns minutos, até que ele chegou.

— Que demora cara. — disse Nate.

— O que você quer saber? — indagou Ethan, trancando a porta do quarto e com certo receio das perguntas do seu amigo.

— Foi você na época, o responsável em bloquear o IP da garota do blog, nas mensagens que ela enviava. No caso, as mensagens em que o Dan Humphrey, enviava. Ele teve proteção total no site e bloqueio de identidade. Atualmente, você está trabalhando com um alguém pra fazer a mesma coisa? — indagou.

— Você sabe que antes do Dan cair, eu pulei fora do esquema. A garota do blog ameaçava dizer á todos sobre meu relacionamento com outros caras. Eu não podia arriscar. — retrucou Ethan.

— Eu não quero saber disso, Ethan. Quero saber se atualmente você está ajudando alguém a fazer a mesma coisa que você fez pra garota do blog?

— Não posso divulgar com quem eu trabalho.

— Se não se deu conta, você está violando privacidades. Quer ser mesmo preso? Ok.

— Não, não. Espera! — insistiu Ethan, bufando — Não estou trabalhando com ninguém da mesma forma que eu trabalhava com o Dan. Eu não faço mais isso, eu juro.

— Acredito. Naquela época, havia alguma maneira de quebrar as barreiras da garota do blog com a proteção que você proporcionou ao blog?

— Não. Só o que poderia quebrar a proteção do blog, era descobrindo o usuário e a senha da garota do blog. — informou Ethan.

— Há uma forma mais fácil de conseguir essas duas coisas? — perguntou Nate.

— Não. A não ser que você tivesse o notebook da garota do blog. Aí sim, seria mais fácil. — respondeu Ethan.

— Tudo bem. Era só isso, cara. Valeu. — agradeceu Nate, indo até a saída do quarto, até Ethan se colocar no caminho dele.

— Espera aí, cara... — disse Ethan.

— O que foi?

— Olha, eu preciso que você guarde o meu segredo. Tudo bem?

— Não vou contar nada. Relaxa.

— Eu sei, eu sei. Mas eu estava pensando... — pausou Ethan, se aproximando mais de Nate e alisando a coxa esquerda dele, com a sua mão direita — Já que eu te dei informações, você poderia me dar algo em troca, sabe? Algo que possa “beneficiar” nós dois, entende?

Nate olhou para o seu amigo com uma feição estranha. Retirou a mão direita dele que alisava a sua coxa esquerda e se afastou de Ethan com mal-estar.

— O que você tá fazendo cara? Eu sou teu amigo! Você sabe que eu namoro á Blair e que eu não curto nada com homens. Da próxima vez que você der em cima de mim, acabou nossa amizade.

Com raiva, andou até a porta, destrancando-a e foi embora daquela área. Descendo as escadas, sentiu o seu celular vibrar, até que pegou-lhe e visualizou a mensagem que dizia:

O príncipe encantado nem sempre foi encantado. O melhor príncipe é aquele que é benevolente com seus servos. Chama isso de benevolência? Cuidado N. Não vai querer se tornar o vilão, vai?

— xoxo, GG

Enquanto Blair e Nate já haviam resolvido uma parte da investigação, era a vez de Chuck. Sua forma de analisar os fatos é bem incomum e ao mesmo tempo, paranormal. Ele estava andando pelas ruas de Manhattan, quando se encontrou com Kyle. Na verdade, Chuck havia o perseguido, o dia todo. Foi para o lado do garoto louro que passeava com seu Husky siberiano e iniciou uma conversa.

— O que você quer Bass? — perguntou Kyle.

 — Só vim dar um oi para o meu mais novo amigo. — respondeu.

— Você tem amigos? Fico surpreso.

— Pois é. E amigas também. Uma delas é a Serena van der Woodsen, conhece?

— Conheço. Louca e desastrada. Combina com você.

— Não, não. Não me refiro á esse tipo de amiga. Apesar de que eu queria ter segundas intenções com a Serena, mas infelizmente, é apenas uma amiga mesmo. — retrucou Chuck, demonstrando um sorriso sádico nos lábios.

— Diz logo o que você quer Bass.

— Já que quer ser direto, tudo bem. — afirmou Chuck, acendendo um cigarro e dando uma tragada de vez em quando — Já ouviu falar da garota do blog?

— Já. Era um site cheio de fofocas sobre todos.

— Exato. Sabe quem era o dono do site?

— Quem?

— Dan Humphrey. Conhece-o?

— É o irmão da garota desaparecida, certo?

— Exato. Queria saber se você tem alguma relação com o blog?

— Por que está perguntando isso á mim, Bass? — indagou Kyle, abaixando-se para acariciar o seu cachorro.

— Porque eu sei que você estava passando as férias aqui em Manhattan com o seu pai, ano passado. Só estão morando aqui esse ano, pois tiveram o ano passado para avaliar melhor o bairro. — informou — Mas eu sei também que você é amigo do Dan e que foi um “protegido” dele.

— Você só pode estar louco, Bass.

— Não, não. Eu sei de tudo, Spencer. Você virou melhor amigo do Dan, pois queria uma amizade que não se interessasse pela sua grana e então, o conheceu. A garota do blog não postou nada sobre você no ano passado, pois queria que você tivesse uma chegada triunfal e fixa aqui na Upper East Side. Vai mentir?

Kyle se levantou e ficou cara-á-cara com Chuck, segurando a coleira do seu mascote.

— Como sabe disse?

— Eu sou Chuck Bass. Tenho contatos por todos os lugares. Quando eu fui ao seu Brunch, havia te identificado. Algo a declarar antes que eu diga á todos?

— Eu virei amigo do Dan, mas perdi contato com ele assim que ele se revelou como garota do blog. Nunca cooperei em nada com ele.

— Mas o Dan te protegeu do blog. Por quê?

— Por causa da Jenny Humphrey. Eu estava namorando com ela, na época.

— E por que terminaram?

— Por dois motivos: Garota do blog e meu pai. O Dan ameaçou enviar pra garota do blog sobre meu relacionamento com a Jenny. Se isso fosse divulgado, o Rufus não ia aprovar o relacionamento de um cara mais velho com a filha. E meu pai não ia aprovar o meu relacionamento com uma garota do Brooklyn.

— E por que o Dan te ameaçaria?

— Porque... — pausou Kyle.

— Fale. — apressou Chuck.

— Porque em uma festa eu tinha traído a Jenny com outra garota. Eu estava muito bêbado e foi uma festa que aconteceu ano passado. Não foi nada demais.

— E com quem foi à garota que você traiu a Jenny?

— Serena van der Woodsen.

Após a revelação ser feita por Kyle, pela primeira vez, Chuck não tinha palavras para definir a tamanha surpresa que teve. Nem seus contatos haviam lhe informado daquilo. Era algo que deveria saber de forma mais aprofundada. A questão era: Quais mais segredos que a Serena estava escondendo ainda dos próprios amigos?