História Love Story - Lolita?

A semana passou mais rápido do que eu esperava, as aulas foram produtivas e com o decorrer do tempo arrumei grande amigos.

Chloe Price é incrível, é super extrovertida e tem um estilo meio punk que faz ela parecer ser muito foda. Ela namora com a Max que é totalmente diferente dela, mas como dizem, os opostos se atraem.

Max Caulfield é um amor de pessoa, ela é super gentil apesar de ser muito muito tímida. Ela tem um estilo meio geek, não se importa muito com o que os outros pensam e é isso que a faz feliz junto de Chloe.

Justin Mahone é aquele tipo de pessoa que você pode contar pra tudo? Em menos de uma semana ele virou meu melhor amigo, coloco a mão no fogo por ele. Ele é engraçado, sempre me faz rir e sabe o que eu estou sentido só de olhar pra mim, ele é meu confidente.

Amber Wayne é muito linda e isso infelizmente a torna um pouco metida. Ela tem um ar de superioridade com todo mundo, mas comigo ela não é assim, é diferente, me trata como se fossemos amigas há anos.

...

Esperei meus pais na sala, eu estava um pouco nervosa. Sei que posso sair, mas eu espero que o meu pai não arrume uma desculpa para me impedir de ir na festa do Justin. Eu esperei todo mundo sentar no sofá da sala para levantar o assunto.

— Tem um garoto na minha escola, ele faz alguns cursos comigo e ele me convidou pra ir a uma festinha no bar do pai do amigo dele amanhã a noite. Eu posso ir?

— O que você quer dizer com festinha? — Perguntou meu pai desconfiado.

— Não começa Andrew. É a primeira semana dela na escola, ela precisa conhecer pessoas.

— Eu só acho que nós temos direito a algumas explicações. — ele disse.

— É só uma festa com algumas pessoas da sala, pai.

— Vai ter meninos?

— Pai, eu acabei de dizer que vou com o Justin. — Revirei os olhos sem ele perceber.

— Eu não sabia que nossa filha vivia num convento.

Eu não consegui segurar o riso, mas ele não me parece bravo, mas apenas desconfortável. Não é sempre que isso acontece.

— Vai ter álcool?

— É... — De repente, os dois ficaram muito atentos. — Eu não sei, mas não acho que seja o estilo deles.

— Melhor assim. Nos divertimos muito sem álcool. — Minha mãe disse e meu pai concordou com a cabeça.

Eu não vou dizer o contrario. Eu quase nunca bebi álcool, só um pouco de champanhe nos jantares da família.

— Pessoalmente, eu não vejo nenhum problema em você ir nessa festa. — Minha mãe disse me fazendo sorrir com animação.

— Que bom! Obrigada, mãe.

Esperei que meu pai dissesse o mesmo, ou talvez algo parecido, mas ele ficou em silencio.

— Pai? — Minha mãe deu uma cotovelada nele.

— Sim, você pode ir.

— Eba. — Os abracei. — Obrigada.

— Mas você volta meia — noite, não quero mais do que isso.

— Uma hora. — Minha mãe piscou pra mim.

— Como? — Ele perguntou confuso.

— Você esqueceu como era quando você tinha a idade dela? Meia-noite é muito cedo.

— Tudo bem, estou vendo que a minha palavra não vale nada, então se virem vocês duas. — Ele foi pra cozinha resmungando.

— Como ele é desmancha prazeres. — Minha mãe começou a rir.

— É mãe, mas espero que ele não esteja muito bravo.

— Ele vai superar, pode confiar em mim. — Nós trocamos um olhar de cumplicidade.

Eu sempre fui muito próxima dos meus pais, e fico aliviada de saber que ainda é assim, apesar de tudo o que aconteceu. Subi até meu quarto para ver as minhas mensagens e Justin já deve ter me chamado perguntando a resposta.

Justin mandou mensagem perguntando se eu realmente iria e que se eu fosse ele iria vir me buscar as 19hrs, mas como Justin lembrou que ficou encarregado de comprar as bebidas, ele iria me buscar uma hora mais cedo para podermos passar no mercado e já comprar tudo.

Meu sono foi agitado aquela noite, eu sonhava com o Peter, com o Ian e o Justin juntos. Os três queriam brigar comigo por ter feito algo que eles não gostaram e do nada Peter e Ian começavam a se bater e o Justin ficava rindo da minha cara como se eu fosse a culpada de tudo.

Dei um pulo da cama assustada e quando percebi que era só um sonho tentei controlar minha respiração que falhava de medo. Passei a mão em minha nuca e eu estava completamente molhada de suor, parecia que alguém havia jogado um balde de agua sobre mim.

Olhei no relógio e ainda eram cinco e meia da manhã. Tentei voltar a dormir, mas parecia impossível, então me levantei e fui tomar um banho pra tirar o suor do corpo. Coloquei a roupa que iria pra escola e aproveitei pra escolher a roupa que iria usar na festa em que iria com Justin.

Escolhi um vestido branco de alça fina. Ele era todo rendado e ia até um pouco acima do meu joelho. Era um vestido perfeito, não era chamativo e nem simples demais. Com o cabelo eu não iria fazer nada, apenas deixar solto e prender um pedaço. Não costumo usar salto, mas ano passado minha mãe tinha me dado um salto alto bege fechado que na minha opinião ficaria perfeito.

Deixei tudo que iria usar em cima da cama e fui para cozinha comer alguma coisa. Meus pais ainda estavam dormindo, apesar de já ser quase seis e meia, o horário normal em que eles acordam. Não me preocupei em acorda—los, afinal de contas teria que ir para a escola de ônibus.

Quando terminei de comer peguei minha mochila e fui para o ponto, ele estava parado, parecia estar me esperando, corri um pouco para alcança—lo e logo me sentei em uma cadeira vazia e esperei chegar até a escola.

O ônibus foi rápido, quando cheguei ainda havia poucas pessoas, não conhecia ninguém, então coloquei minhas coisas no armário, peguei o livro que estava lendo e fui para debaixo da arvore.

Li apenas um paragrafo quando meu celular começou a apitar novas mensagens, tentei me concentrar em não ler, mas a curiosidade falou mais forte. Era o Justin, ele queria saber se eu iria pra escola, dei risada com o fato de ele ainda nem ter saído de casa e então o respondi que já estava na escola. Antes de enviar a mensagem uma voz me chamou.

— Nathaly?

Levantei o olhar e era ele, tão lindo quanto sempre. Sorri espontaneamente, só em olhar em seus olhos e ele fez o mesmo, me fazendo corar imediatamente.

— Sim, senhor Somerhalder. Algum problema?

— Eu iria te perguntar o mesmo. Você tão cedo aqui, aconteceu alguma coisa?

— Não... Apenas lendo. — Levantei o livro.

— Lolita? — Ele leu a capa do livro. — Acho que você não deveria ler esses tipos de livros. 

— Hum, então o senhor já leu? — Sorri.

— Claro, é um clássico. — Ele colocou pra trás uma mecha do seu cabelo que caia no seu rosto.

— Então me diga o que achou, professor. — Mordi o lábio inferior.

— Outra hora eu te conto, Nathaly.. agora preciso repassar a aula de hoje. — Ele molhou os lábios com a língua e saiu andando enquanto ria.

Ahhhh!!! Eu tenho que tirar esse homem da minha cabeça, droga, eu tenho namorado.

N/A: Lolita é um classico do seculo XX que trata de um professor universitário de Literatura de meia-idade chamado Humbert Humbert, que está obcecado com Dolores Haze, de 12 anos, com quem ele se torna sexualmente envolvido após ele se tornar seu padrasto. "Lolita" é seu apelido privado para Dolores.