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História Love Story - Me desculpa


Escrita por: MeninaDasFics

Notas do Autor


Heey amores..!
Eu vou viajar, então vou ficar um tempo sem postar aqui e nas outras fanfics, mas sem preocupações porq na viagem vou aproveitar pra deixar capítulos prontos pra quando eu chegar ir postando os caps rápidos <3
Amo vocês e não esquece de comentar!

Capítulo 7 - Me desculpa


Eu não tinha ideia de que horas eram quando acordei. Só me dei conta do latejar incessante na minha cabeça e do gosto amargo que minha boca tinha. Custei a pôr os acontecimentos da noite anterior em ordem, mas depois me arrependi ter lembrado tudo.

 Fiquei super envergonhada quando me lembrei da minha tontura, da minha fala arrastada, de não conseguir ficar em pé. Lembrei também de ter vomitado no meu professor, de quase ter sido estuprada por um cara. Lembrei de ter precisado ir para casa do Ian, da voz de preocupação da minha mãe no telefone, da cara de decepção do meu pai quando cheguei em casa e da expressão triste da minha mãe ao me pôr na cama como se eu fosse uma criança pequena. Enquanto minha mãe me cobria, eu ouvia meu pai agradecer a alguém na porta. Com certeza seria Ian. Escondi o rosto ardendo embaixo das cobertas e me encolhi toda, desejando ficar naquela posição para sempre.

O que Ian Somerhalder, o professor representante da escola, ia pensar de mim? O que todo mundo devia pensar de mim? Não fazia nem uma semana que eu estava na escola e já tinha desonrado minha família. Como não me dei conta de como aqueles coquetéis eram fortes? Como se não bastasse, eu ainda acabara de provar aos meus pais que com dezessete anos ser incapaz de me virar sozinha.

Ouvi vozes abafadas no andar de baixo. Minha mãe e meu pai discutiam alguma coisa aos sussurros. A queimação voltou ao meu rosto quando pensei na posição em que os havia deixado. Quão egoísta eu fui para não pensar que meus atos também teriam um impacto neles!

Resolvi descer às escadas e enfrentar à bronca que eu com certeza levaria. Enquanto atravessava meu quarto vi de relance o meu reflexo num espelho do corredor. Eu estava com olheiras e uma aparência frágil. O relógio marcava quase meio-dia.

Lá embaixo, minha mãe trabalhava com habilidade num bordado na mesa da cozinha e meu pai estava em pé junto à janela. Tinha as mãos juntas atrás das costas e lançava um olhar pensativo na direção da rua. Fui até a geladeira e me servi de um copo de suco de laranja, que bebi depressa por causa do nervosismo.

Meu pai não se virou, embora eu soubesse que ele estava ciente da minha presença. Definitivamente uma bronca teria sido melhor do que esse silêncio. Sua raiva pelo menos teria ajudado a diminuir a minha culpa. Desejei que ele se virasse para eu poder pelo menos ver seu rosto.

— Como se sente?

Mamãe perguntou enquanto parava de fazer seu bordado. Ela não parecia zangada ou desapontada, e isso me deixou confusa. Num ato involuntário, levei as mãos a minha cabeça, que ainda latejavam.

— Já estive melhor. — Novamente tudo ficou em silencio. — Sinto muito mesmo. Não sei como isso foi acontecer.

Ele se virou para olhar na minha direção, os olhos cor de trovão. Mas neles só vi a profunda afeição que tinha por mim.

— Não há necessidade de ficar aflita, Nathaly— disse ele com a calma de sempre. — Somos humanos, estamos sempre cometendo alguns erros.

— Vocês não estão zangados? — Perguntei, olhando de um para o outro.

— Claro que não estamos zangados — Ela disse — Como poderíamos culpá-la por algo que estava além do seu controle?

— A questão é exatamente essa — Eu disse — Eu deveria saber. Isso não teria acontecido com nenhum de vocês. Por que só eu cometo erros?

— Não seja tão dura consigo mesma — Aconselhou meu pai. — Se lembre de que é sua primeira vez no ensino médio, você queria fazer amigos, isso é normal. Você vai melhorar com o tempo.

— Vou tentar me lembrar disso — Retruquei, mais animada.

Depois disso passamos o dia no sofá assistindo alguns filmes e comendo pipoca. Eu não tinha um dia como àquele desde que eu tinha cinco anos. Era tão bom, eu me sentia tão feliz.

Segunda-feira chegou e com ela trouxe uma chuva extremamente forte. Minha vontade de sair da cama era mínima, até meus pais falaram pra eu ficar em casa, mas eu precisava conversar com Ian, precisava dizer pra ele que não era aquela garota bêbada e ridícula que ele viu.

Me levantei sem animo e me troquei. Tomei um café, peguei um guarda-chuva e fui para o ponto de ônibus. Em menos de dez minutos eu já estava na escola, já haviam bastante pessoas na escola e em quinze minutos iria tocar o sinal da primeira aula. Minha primeira aula era de artes, mas antes eu precisava passar na sala de matemática.

Andei pelo corredor apreensiva, tinha medo de alguém me barrar pra conversar ou ter alguém já conversando com ele. Quando cheguei na sala a porta estava fechada, mas a pequena janela já mostrava que ele estava sozinho, apenas fazendo algumas anotações na sua agenda.

— Oi Ian — Entrei na sala.

— Oi— Ele sorriu.

— Eu só queria dizer que eu não sou aquela garota que você viu aquele dia e..

— Eu sei.

— Sabe?

— Sei. — Ele deu um gole no café.

— Bom, já que você sabe eu queria te agradecer por ter me ajudado. Tem uma inauguração na galeria de arte onde minha mãe trabalha e eu prometi ir ajudar. Se você estiver livre...

— Acha sensato? Sair com você e seus pais? Uma conferência entre pais e professor regada a vinho grátis?

— Pelo jeito não gostou da ideia. — Fiquei um pouco magoada com o jeito rude que ele falou, mas não demonstrei. — E se a gente se encontrar depois?

Aproximei-me mais da mesa onde ele estava sentado e ele sorriu sem jeito.

— Posso dizer aos meus pais que vou à outra festa do Justin Mahone.

— Talvez você devesse realmente ir à festa. — Ele deu outro gole no café.

— Por que você acha isso?

— Para os seus colegas não acharem que você não se interessa por eles.

Fiz menção em tocar seu rosto, mas um dos professores entrou na sala me assustando.

— Bom, é isso. — Tentei disfarçar. — Obrigada pelas dicas, eu realmente não estava entendendo nada sobre a matéria, mas prometo me esforçar mais.

Sai da sala praticamente correndo e deixei os dois sozinhos conversando sobre algo que não sei e nem me interessa. Fui até o banheiro feminino, precisava molhar meu rosto. Eu ainda não acreditava que tinha o chamado pra sair. Poucos minutos depois o sinal da primeira aula tocou, sai correndo até a sala.

Não tinha ninguém que eu realmente me sentisse a vontade pra conversar, então apenas prestei atenção na aula e fiz as atividades que a professora avia pedido. Nas ultimas aulas que seriam a do Ian foi encerradas por causa da pequena palestra que iria ter do diretor nos avisando do baile de boas vindas.

Ele nos explicou que o baile iria ser em um mês, então teríamos que preparar a escola para isso. Os professore, pais e alunos seriam escalados para trabalhar nos fins de semana. Não conseguia prestar atenção já que Ian estava bem na minha frente. Quando acabou a palestra tentei ir falar com ele, mas era muita gente querendo ir pra casa e acabei me perdendo dele.

Quando cheguei em casa Peter estava lá. Eu o amava, mas não do mesmo jeito que a um ano atrás, ele não passava de um grande amigo pra mim, mas eu não conseguia dizer isso a ele. Ele me recebeu com um beijo na boca e eu retribui.

— Peter. — Disse sem jeito. — O que faz aqui?

— Vim te ver. — Ele sorriu.

— Por que não entrou em casa?

— Eu tentei, mas acho que seus pais saíram.

Revirei os olhos e peguei a chave na bolsa, nós entramos e ele se sentou no sofá.

— Eu vou ao quarto tirar essa roupa, espera aqui.

Enquanto acabava de tirar minha blusa ouvi o barulho da porta ranger, quando olhei Peter estava lá, parado na minha frente, extremamente excitado.

— Peter, por favor. — Tentei cobrir meu corpo com um lençol. — Você sabe que eu não estou preparada pra isso.

— Droga, Nathaly. Nós já estamos a mais de um ano juntos.

— Isso não muda o fato de eu não querer nada. 

— Vem cá. — Ele puxou o lençol e me abraçou. — Eu sei que você quer.

— Me solta, Peter. — Gritei e ele parou. — Eu preciso de um tempo.

— Tudo bem. — Ele passou as mãos no cabelo. — Depois a gente conversa.

— Não Peter. — Me sentei na cama. — Eu preciso de um tempo da gente.

— Desde que você se mudou pra cá a gente nunca mais se viu e eu to ficando louco. Eu te amo, Nathaly.

— Mas eu não sei se eu ainda te amo. — Comecei a chorar e ele se sentou ao meu lado. — Me desculpa.

— Eu vou te dar esse tempo. — Ele disse com lagrimas nos olhos. — Mas pensa com carinho na gente, não deixa esse um ano virar nada.

Ele beijou minha testa e eu senti suas lagrimas rolarem em meu rosto, me fazendo chorar mais. Ele era incrível. Sexy, romântico, fofo. Ele tem tudo que uma menina deseja em um namorado, mas eu não sentia aquelas borboletas no estomago, ou aquela sensação de desejo por ele, ele significava apenas um grande amigo pra mim. Quando ele saiu me joguei na cama pensando no Ian, eu me sentia tão culpada por isso.

 

 

 

 


Notas Finais




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