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História Love Story - Primeiro Beijo


Escrita por: MeninaDasFics

Notas do Autor


Heeey.. demorei, mas to de volta! (Como sempre)
Bom.. eu agora estou com uns caps pronto, então vai ter fic todo domingo e dependendo da frequência de comentários também teremos os bônus de quinta-feira!
Espero que goste e que não esqueçam de comentar, porque daqui pra frente as coisas vão ficar mais "pesadas". (Entendam como quiser) hehe'

Capítulo 9 - Primeiro Beijo


Minha mãe estava trabalhando, então deixei um recado na geladeira e mandei uma mensagem para o celular dela me certificando de que ela ficaria sabendo que está tudo bem comigo e que eu havia saído com uma “amiga”.

Quando faltavam trinta minutos para as sete horas eu peguei minha bolsa e fui para o ponto de ônibus. Cheguei em frente a sua casa faltando quinze minutos, então fiquei esperando um pouco do lado de fora, para não parecer que eu estava desesperada por aquilo.

— Nathaly?

— Ian. — Me virei sorrindo.

— Está pensando se entra ou não?

— Na verdade estou esperando dar sete horas para parecer pontual. — Nós dois rimos.

— Vem, entre.

Fomos para cozinha e já estava tudo pronto, ele tinha feito saladas, uma carne grelhada, batata frita e legumes cozidos.

Colocamos os pratos sobre a pequena mesa de centro e nos sentamos no sofá. Nós dois estávamos em silencio e a única coisa que quebrava isso era o som da musica que ele havia colocado pra tocar.

— Obrigada por me convidar. — Disse envergonhada.

— De nada. — Ele sorriu. — Então, como estão seus pais? — Ele me perguntou quebrando o silencio.

— Pra ser sincera eu nunca mais vi meu pai, ele saiu de casa. Agora sobre minha mãe ela parece estar feliz, mas a pior parte é que ela passa o dia todo trabalhando.

— Talvez tenha sido melhor isso ter acontecido isso.

— Não acho. Até onde eu sei eles eram felizes juntos.

— Um pode ter traído o outro.

— Não pode ser. — Me senti confusa.

— Quando eu era adolescente meus pais se separaram, foi uma briga feia na justiça. Os meus irmãos e eu não entendemos absolutamente nada, eles também pareciam ser feliz, mas isso era na nossa frente. Depois fomos descobrir que já fazia anos que eles não tinham mais um relacionamento de marido e mulher e os dois acabaram traindo e aconteceu tudo isso que eu te falei.

— Ian, minha família não é igual a sua.

— Tudo bem, isso é verdade, mas apenas deixe eles se resolverem como dois adultos.

— Então eu não sou madura o suficiente pra lidar com isso? Sou uma criança?

— Eu não te chamei de criança.

— Mas me pareceu.

— Não te considero uma criança Nathaly. Te chamei aqui para tentar te explicar que nossa amizade não pode influenciar na escola.

— Tudo bem Ian, eu sei que precisamos falar sobre isso, mas só te peço que não fale sobre os meus pais.

— Foi você que começou a falar dos seus pais.

— Na verdade foi você que perguntou deles. — Me levantei e peguei minha bolsa. — Mas tudo bem, eu não deveria ter vindo aqui. Um adulto não teria feito uma coisa dessas.

Abri a porta da casa dele e sai pelo portão. Estava chovendo, e não tinha levado o guarda-chuva, então apenas tentei me proteger com a bolsa. Corri até o ponto de ônibus e me enfiei  de baixo do toldo, mas o vento teimava em trazer a chuva.

Um carro parou na minha frente e a janela se abriu. Era o Ian que dirigia.

— Eu te levo pra casa.

— Um adulto não entraria no carro do professor.

— Eu não havia te chamado de criança, mas agora você realmente está reagindo como uma.

— Eu definitivamente não preciso de você pra me ensinar nada, eu não preciso de ninguém tentando me proteger. Você não sabe nada sobre os meus pais, eles não são os seus, você não os conhece e tampouco me conhece. Você está entrando na minha vida agora, então não tente bancar o esperto para o meu lado.

— Você tem razão. 

— Tenho mesmo?

Ele assentiu.

— Por favor? — Ele abriu a porta.

Respirei fundo e entrei no carro. Ele fechou os vidros e ligou o aquecedor. Em silencio ele começou a conduzir o carro com direção a minha casa.

— Não quero ir pra casa.

Ian parou o carro sem entender e eu olhei para baixo com vergonha. Eu não sabia o que falar e nem o que fazer. Eu queria estar com ele o tempo todo, mas isso era tão errado que eu não tinha coragem de dizer o que eu sentia por ele.

— Você está bem?

Ainda sem conseguir olhar para cima balancei a cabeça em forma negativa e ele não disse nada.

— Que se foda. — Murmurei pra mim mesma.

Logo em seguida agarrei sua nuca e pressionei meus lábios contra os dele com tanta força que quase doeu. Eu precisava senti-lo. Ian me beijou delicadamente enquanto passava os dedos no meu cabelo. Quando o beijo acabou eu sorri de felicidade, mas sua expressão não parecia ser a mesma. Ele continuou com os olhos fechados, como se tentasse entender o que estava acontecendo.

— Você não gostou? — Perguntei meio sem jeito.

— Não é isso Nathaly. — Ele abriu o olho e sorriu pra mim. — Eu te acho maravilhosa, mas eu sou seu professor.

— Para com isso, eu sei que você concorda comigo e não tem nada de errado nisso.

— Mas não é correto, eu não posso.

Ele se afastou de mim e voltou a andar com o carro, quando percebi ele estava em frente a minha casa. As luzes estavam apagadas, pelo jeito minha mãe ainda não havia chegado em casa. A chuva ainda insistia em cair, mas não tão forte quanto antes.

Sai do carro sem falar nada e entrei em casa. Tomei um banho e fui me deitar. No outro dia acordei cedo pra ir a escola e como minha mãe só entraria um pouco mais tarde no serviço ela iria me levar de carro.

Não me apressei em fazer nada, afinal de contas não estava com animo nenhum pra olhar na cara do Ian. Quando cheguei à escola eu estava decidida em pedir transferência da aula dele. Entrei no corredor e ele estava conversando com um grupo de aluno, tomei coragem e os interrompi.

— Posso falar com você?

— Pode, claro.

— Eu quero pedir transferência da sua turma.

— Pode entrar aqui? — Ele se referiu à sala de aula. — Só por um minuto.

— Está bem.

Segui de cabeça baixa até a sala vazia onde o Ian ficava durante todo o turno. Nós entramos e ele abaixou a cortina que servia pra cobrir a janela da porta.

— Eu entendo suas motivações, mas eu gostaria que continuasse na minha turma.

— Não é uma decisão fácil, mas depois do que aconteceu acho que é a decisão certa a fazer.

— Nathaly, eu posso controlar meus sentimentos.

— Mas eu não Ian. E mesmo que pudesse, eu não quero. É muito difícil assistir sua aula todos os dias e chamar você de Senhor Somerhalder. Eu não sei fingir o que eu sinto por você.

Ele ficou em silencio, apenas olhando a folha de transferência na minha mão.

— Você tem certeza? — Ele pegou a caneta e a folha.

— Tenho. — O choro estava preso na minha garganta, mas ele parecia não notar, e então assinou o papel.

 

 


Notas Finais




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