História Love the Second View - Visitante inesperada

POV Lauren

Estava sentada no sofá de minha sala, enquanto me lembrava dos últimos acontecimentos naquele local. Meu apartamento parecia muito maior do que realmente era. Ouço a campainha tocando me fazendo despertar, abro a porta e sinto um furacão passar por mim.

N: Lauren amiga, preciso da sua ajuda!

L: Oi pra você também Normani, como foi seu dia?

N: Oi querida, e resumindo meu dia, péssimo! - se jogou no sofá afundando o rosto em uma das almofadas.

L: Me conta o que aconteceu? - chamei sua atenção sentando-me na poltrona a sua frente.

N: Aí amiga nem te conto, aconteceu tudo! Primeiro perdi o emprego, fui despejada, vendi minha Pajero, e para completar meu pai não quer me ver nem pintada de ouro, depois que saí da casa dele para morar sozinha e seguir minha própria vida.- disse tudo em um só folego.

L: Bom, você pode ficar aqui até encontrar um novo emprego.- propus.

N: Sério? O Shawn não vai se importar?

L: Mani... O Shawn foi embora semana passada! - disse triste.

N: Como assim? O Shawn? Foi embora? Pra onde? Quando? Por quê? Nossa e eu aqui falando dos meus problemas, eu sou uma péssima amiga. - disse gesticulando exageradamente.

L: Mani calma uma pergunta de cada vez, e não se preocupe você não sabia! - disse tentando acalma-la.

N: O quê me faz lembrar... Por quê você não me ligou? - disse a última frase se levantando do sofá vindo em minha direção.

L: Eu não queria te preocupar e estava com a cabeça à mil por hora, tudo que eu queria era ficar sozinha Mani.

N: Acho que te entendo, mas vem cá me conta o que aconteceu. - puxou-me para o sofá onde ela estava anteriormente e colocou minha cabeça em seu colo enquanto mexia em meus cabelos.

L: Peguei o Shawn com a secretária no escritório dele, ele tentou negar, mas nem tinha como. O quê justificaria a garota sentada no colo dele sem blusa e com a língua sabe- se lá quantos metros garganta a baixo? - sorri sem humor. - Vim direto para casa e coloquei todas as coisas dele no corredor, ele entrou, tentou se desculpar, mas traição eu jamais aceitaria de ninguém ainda mais do homem com que vivi três anos de minha vida. Ainda estou muito magoada, mas sua companhia não poderia ser em melhor hora, estaremos nos ajudando mutuamente. - sorri, olhando nos olhos de Normani que tinha os olhos marejados.

Normani ficou mais algum tempo conversando comigo e depois foi ao seu antigo apartamento buscar seus pertences enquanto isso fui preparar o quarto de hóspedes para ela, quando ela voltou jantamos e ficamos até tarde vendo filmes e bebendo vinho, Mani sempre me animava, minha amiga sempre esteve em todos os momentos de minha vida desde o colegial, não sei como pude não ter avisado logo à ela o quê havia acontecido.

No dia seguinte acordei com uma grande dor de cabeça, tomei um café amargo, um comprimido e deixei um bilhete para Mani, dizendo que iria ao estúdio ela conhecia a casa, logo saberia se virar sem mim, peguei minha moto no estacionamento e segui em direção ao meu emprego.

Chegando no estúdio não tinha muito o quê fazer, avaliei alguns demos e a banda que estava marcada para gravar não pode comparecer, adiando a gravação para o dia seguinte, resolvi almoçar no shopping enquanto estacionava minha moto ouço meu celular tocando.

L: Oi Mani.

N: Lolo, ainda está no estúdio?

L: Não, estou no shopping, vim almoçar.

N: Que bom, já que eu não fiz comida para duas pessoas. - sorri com seu comentário. - Enfim já que está no shopping, que tal comprar uma jaqueta de couro para sua melhor amiga do mundo.

L: Boa ideia! Mas acho que minha mãe não gosta muito de jaquetas.

N: Lauren, estou falando de mim. - fingiu ressentimento.

L: Eu sei Mani, só estava brincando com você. Sobre a jaqueta irei pensar no caso.

N: Tudo bem vou deixar você almoçar em paz e pense com carinho não posso continuar pilotando uma moto sem uma jaqueta de couro!

L: Seria melhor ter vendido a moto e ficado com o carro.

N: Lolo, não discutirei isso com você, já que é você quem vai comprar minha jaqueta. tchau! - desligou antes que eu pudesse debater.

Almocei normalmente e fui em direção à uma das lojas para encontrar uma jaqueta de couro, após comprar a jaqueta e a levei ao mesmo lugar que mandei fazer a arte na minha, já que minha amiga queria uma jaqueta para andar de moto, teria que ser com estilo. saindo do estacionamento uma louca atravessa em meu caminho e fazendo com que a moto à derrubasse ao chão, desci da moto em desespero indo em sua direção.

L: Você é louca? - disse desesperada.

D: Camila! - observei uma alta morena vindo em nossa direção com várias sacolas em suas mãos.

C: Dinah, nós morremos e estamos no céu?

D: Como assim Mila? - disse enquanto ajudava a menina se levantar.

C: É por que eu vejo um anjo e aleijado! Onde estão suas asas?- perguntou segurando minhas mãos.

L: Coitada está delirando, quer que eu a leve à um médico? - perguntei à sua amiga.

D: Não precisa, isso é só um sinal de que ela está bem!

L: Ok, se precisar de alguma coisa é só me ligar. - disse entregando meu cartão à morena alta. - Até mais.

C: Tchau anjo espero que Deus me permita te ver outras vezes. - saí com a moto rindo de toda a situação.

Cheguei em casa e encontrei normani jogada como sempre em meu sofá, trocando compulsivamente os canais.

L: Mani, não é possível que em 150 canais você não encontre um que te agrade. - disse jogando a sacola em cima dela.

N: É porque nenhum tem um homem bonito. Hei! Não jogue a coisas em cima de mim. - reclamou.

L: Não quer o presente? Então me devolve. - disse indo pegar a sacola.

N: Nem ouse Jauregui! É a minha jaqueta?

L: Abre. - Normani abriu a sacola, esboçando um enorme sorriso.

N: Agora poderei pilotar minha CG com estilo. - continuou admirando a jaqueta. - É igual a sua... E tem minha inicial atrás!

L: Gosto de agradar meus amigos. Então que tal eu e você darmos uma volta, eu em minha CBR e você em sua CG? - Normani assentiu, vestindo sua jaqueta.

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1 MÊS DEPOIS

Depois que Shawn foi embora, adquiri o costume de frequentar a praça de skate na orla da praia de São Francisco, não andava de skate, apenas observava os demais frequentadores passeando com seus filhos, os jovens se exercitando, praticando esportes, achava interessante e me relaxava, fazia com que esquecesse de meus problemas por algumas horas, pensava no término de meu relacionamento, as mudanças que estavam acontecendo em minha vida quando desperto de meus devaneios.

C: Oi. - aproxima-se uma menina em seu skate.

L: Olá. - disse sem ânimo.

C: Você está bem?

L: Por que não estaria?- respondo olhando para os rapazes que faziam algumas manobras.

C: Não sei... Parece triste. Me chamo Camila. - estende-me a mão.

L: ... - Olho para a menina e aceno com a cabeça.

C: Então... Essa seria a parte em que você diz seu nome.

L: Sua mãe não te ensinou à não falar com estranhos? - digo impaciente.

C: Na verdade, ela me ensinou à ser gentil. - ela disse sorrindo. - A sua não, não é? - a olhei de soslaio, ela só poderia estar brincando comigo.

L: Olha aqui menina... - fui interrompida por uma baixinha que se aproximou.

A: Mila, estou à um ano te esperando! - ela parou ao lado da que falava comigo. - Sua nova amiga? - apontou para mim.

C: Oi Ally, estou tentando fazer amizade com ela, mas eu acho que ela não gosta de pessoas. - sussurrou a última parte, mas pude ouvir e revirei os olhos.

A: Oi me chamo Ally. - estendeu a mão em minha direção.

L: Olá, me chamo Lauren.

A: Camila acho que você estava errada, ela gosta de pessoas, pois eu sou uma. - a pequena disse sorrindo.

C: Hei! O que você tem, contra mim? - Camila disse intrigada. Eu sorri e dei de ombros.

A: Estou cansada, posso me sentar aqui? - sentou-se ao meu lado antes que eu pudesse dizer algo. Camila sentou-se ao meu outro lado.

C: Ally, você viu Austin? - Ela perguntou à amiga.

A: Não ele não veio com você?

C: Não, disse que nos encontraria aqui...- elas conversavam enquanto eu estava entre as duas.

A: Então Lauren o que faz aqui sozinha?

L: Pretendia continuar assim... SOZINHA. - disse a última parte mais alto que o normal.

C: Você é bem antissocial, não?

L: Na verdade, sou bem social quando não invadem minha privacidade.

C: Se não sabe este é um lugar público.

A: Hei, parem! Veja Mila o Austin chegou. - a baixinha puxou Camila pela mão e saíram rápido dali. Achei que me sentiria aliviada, mas por algum motivo me senti chateada quando elas se afastaram e pior quando vi Camila abraçando o tal rapaz.

N: Sabia que iria te encontrar aqui. - Normani, disse se sentando ao meu lado.

L: Normani, o que faz aqui? - assustei-me levando a mão ao peito.

N: Ah! Eu estava em casa, sozinha, entediada e resolvi te procurar. Nossa o que é isso?

L: Do quê você está faland... ah sim, o ciclista?

N: É sem camisa, suado... um deus grego!

L: Normani deuses não andam de bicicleta. - disse voltando minha atenção para os três amigos.

N: E você está olhando o quê?

L: Eu nada! - desviei meu olhar.

N: Claro que está, está invejando as meninas com o rapaz?

L: O quê é isso Normani, é uma criança.

N: Mas quê você pegaria! - disse me piscando um olho.

L: Pare de falar besteiras e vamos embora! - levantei-me acenando negativamente.