História Love The Way You Lie - Beginning Of Your Pernicious Affliction.

Now there’s gravel in our voices…

Exatos três dias desde que você foi levada de volta ao buraco negro escuro de onde havia se esforçado tanto para sair, e havia levado exatas três horas antes de tudo desabar novamente.

Quando Yoongi levou-a de volta ao apartamento naquele dia ele era doce, gentil e carinhoso. Havia levado você para o banheiro, a limpado; seus dedos hábeis fazendo massagens em sua pele. Não fez nada mais do que isso, pelo menos não até tirá-la do banheiro, colocando-a na cama, a secando com uma toalha e quando terminou, beijou suavemente cada local de seu corpo.

Toda vez que os lábios macios foram postos em sua pele, um arrepio corria por seu corpo. Seu toque era suave como a mais fina seda.

— Eu te amo tanto amor.

Os seus olhos se fecham, seu coração estava ressoando dentro das cavernas de sua mente, tornando tudo que acontecia em um sonho nebuloso. Ele continuou com seus beijos suaves que acabaram tornando beijos ásperos e com necessidade, necessidade que você não estava sentindo.

— Não Yoongi, pare. — você choramingou, as mãos empurrando suavemente o peito.

Você não havia pensado em nada disso, você só queria deitar na cama com o homem que amava, e pensou que ele iria querer isso também.

Você pensou errado.

— Você está brincando comigo?

Você olha para ele, vendo o olhar de Yoongi que aparentemente achava que você tinha se tornado a coisa mais revoltante do mundo. E, de repente, você se sentiu revoltante, seus dedos instantaneamente tentando cobrir seu corpo; suas mãos alcançando as cobertas da cama, puxando-as para cima de você.

— Eu a trago de volta e é assim que você age?

Você o olha fixamente incapaz de formar uma resposta.

— Yoongi...

— Cale a boca.

Ele levanta, pegando sua mochila e jogando-a sobre os ombros começando a caminhar para fora do quarto. Você levantou, deixando o tecido que a cobria cair, estava indiferente sobre seu corpo nu a mostra, somente precisava detê-lo.

— Yoongi, espera...

Glass is shattered from the fight…

Você está parada em seu lugar no sofá, os joelhos dobrados junto ao seu peito, seu coração e mente dormentes e indiferentes ao sangue seco em sua perna.

Foi ali que você ficou, imóvel durante três dias, exceto para ir ao banheiro; mas sempre voltara para aquele local pois você queria ficar fora do caminho dele, precisava ficar fora do caminho dele.

Você olhava os cacos de vidro que cobriam o chão, eles sempre furavam seus pés quando levantava; a dor era tão entorpecente que mal era possível a sentir comparando com a dor emocional.

Seu espírito estava quebrado.

Você tinha certeza de que sua alma havia se transformado em cinzas, voando para longe com as aves.

Seu estômago roncou pela milionésima vez, avisando como desnutrida e desidratada você estava; você apertou os joelhos mais perto de si, sua visão ficando desfocada enquanto mais lágrimas desciam.

Você tinha ouvido uma vez que as pessoas podem morrer de coração partido e tinha certeza que o seu foi quebrado. Pensava que ele estava tão ensanguentado e extremamente danificado.

A porta se abriu e você saltou em seu lugar, porém manteve seu olhar no vidro caído no chão, não tinha vontade de deixar seu olhar vaguear por medo dele atacar novamente.

— Baby...

Seus olhos se fecharam, essa palavra simples fez um calor se infiltrar em seu corpo.

Você sentiu os dedos suaves lhe tocar tão gentilmente na parte direita de seu rosto.

In this tug-of-war, you’ll always win…

Você se inclina para aquele toque. O toque que fez você se sentir tão rejuvenescida, se sentia como uma joia premiada.

Lábios tocaram sua cabeça, e sua boca se entreabriu, porque céus, você tem saudades dele. Ele havia a deixado sozinha.

Depois de a machucar nos vidros ele havia saído do apartamento, mas agora ele havia voltado. Ele só voltou porque a amava. Isso era o que você acreditava. Tinha que ser por isso, não havia outra razão.

Mas essa relação, esse jogo que ele gostava de brincar era tóxico e você estava tão intoxicada.

Se isso era uma droga você poderia ser classificada como viciada número um. Ele era uma droga. Sua droga.

E em momentos como esse, com os lábios se perdendo mais e mais em seu pescoço, as mãos passeando por seu corpo e mudando a posição no sofá que você se via ainda mais viciada.

— Venha cá baby. — ele fala, seus dentes puxando o seu lábio inferior e você não fala nada, apenas geme.

Isso era tão ruim, tão errado.

Ele a ajudou a ficar em pé e a levou para o quarto; você sabia que devia ter o parado. Deveria ter recusado, deveria ter ido para a direita ou para a esquerda ou deveria ter tentado apenas se ver livre daqueles braços como os pássaros que você desesperadamente invejava.

Even when I’m right…

Mas ele continuou levando-a, e você continuou deixando ser levada; estava sendo cada vez mais sugada para dentro do abismo negro.

E assim, esse foi o início de sua aflição perniciosa.