História Love? What is it? - It Was All His Plan

P.O.V Temari

As ruas da Aldeia da folha, eram completamente diferentes das da minha aldeia. Era meio estranho andar por aqui depois de um tempo...Mas eu já havia me acostumado.

Enquanto eu caminhava até o escritório, eu não conseguia parar de pensar nele. Shikamaru era tão...Diferente. Eu entendia o jeito como ele via o mundo. Ele tentava enxergar o mundo do jeito que ele deveria ser, e não como ele é, e isso me faz me sentir cada vez melhor.

Afinal, não é qualquer homem que pode fazer meu coração bater tão forte. Na verdade...Nenhum fez até agora. Céus, o que aquele garoto tinha que eu amava tanto?

—Temari-san! —uma voz conhecida me chama.

Olho para o lado, e a Ino vinha em minha direção.

—Ah, ei. —comprimento-a

—A Hokage realmente chamou você?

—Sim...E ela disse que era importante. Espera, você não sabia?

Ela faz uma careta, e depois solta uma risada.

—Ah não, eu pedi a ajuda dela para te trazer de volta à vila, mas eu não pensei que ela fosse me ajudar. Nem que ela tivesse motivos para isso. Mas como o Kazekage está com ela, talvez seja algo importante mesmo. —ela diz

—O quê? Gaara está aqui?

Ela assente com a cabeça.

Sem hesitar, corro em direção ao escritório. Sempre que meu irmão vinha para a vila e me chamava para algo, normalmente a coisa era séria. E nos últimos dias ele andava meio tenso, como se estivesse com um problema sem soluções...Mas o que aquilo tinha a ver com a Hokage?

Subo a escada e Gaara não se surpreende ao me ver.

—Estávamos te esperando. —ele diz—Estou com um problemão, e creio que só você possa resolvê-lo.

—Gaara...? O que está acontecendo?

Ele suspira e faz um gesto para eu me sentar.

—Temari, você tem que pensar muito bem sobre isso. Nenhuma vila passou por algo tão...Incomum. —A Hokage diz

—Vocês estão me assustando. —digo em voz baixa

A voz deles soavam tão tensas...

—Lembra aquilo sobre o próximo kazekage ser o herdeiro de um de nós três?

—Sim. —digo

—Eles estão me pressionando Temari...Todos querem uma mudança na vila, e por mais que gostem de mim, eles querem trocar o cargo. E nem você e nem o Kankurou podem. Só tem um jeito de dar a eles o que eles querem...Creio que você já imagine o que seja.

—Sim, mas por favor não confirme o meu pensamento. —ironizo.

—Você precisa se casar e ter um filho. —A Hokage completa exatamente o que eu estava pensando.

—Bom, isso não é um problema se vocês puderem esperar um pouco. —sorrio

—Como assim?

—Eu estou namorando. —digo

O queixo de Gaara cai. Literalmente.

—Você o quê? Ah, deixa, falamos disso depois. —ele pausa, leva a mão na boca e tosse. —O problema é o seguinte...Você precisa de casar com o filho do senhor feudal do país do vento.

Quando ele termina, todas as minhas ideias sobre como o meu futuro com Shikamaru em cima daquela situação, desmoronam. Como o conselho pôde ser tão exigente a ponto de tirar o seu direito de escolha de quem você quer passar a vida junto?

—Eu não posso fazer isso. —sussurro, ainda atordoada.

—Temari...

—Por quê o Kankurou não pode? Por quê tem que ser eu?

—Isso é uma coisa bastante delicada. Um assunto entre nós três, e você sabe o motivo.

—Ah, é claro. Vocês não gostam de mulheres, certo? Vocês não querem alguém ao lado de vocês pra fazerem vocês felizes. Pra ser específica, você não quer uma...

—CHEGA. —Gaara me interrompe—Se você não for fazer isso, considere tudo o que criamos para a Vila, destruído. Todos os sonhos que você sonha em realizar, todo o seu amor que você tem por ela, vai realmente jogar isso fora?

—Se isso for custar a minha felicidade, sim, eu vou. —respondo e me levanto da cadeira.

—Se você sair por essa porta agora, pode ter certeza que nunca mais olharei em seus olhos. —ele diz

—É claro, irmãozinho, você nunca se importou comigo não é? Não sei porque pensei que você começaria a se importar agora.

Dou as costas para ele, saio da mansão da Hokage. Eu precisava ficar sozinha.

 

P.O.V Shikamaru

Ah cara. Nunca me senti tão diferente como me sinto agora. Parece que o que dizem sobre as mulheres mudarem os homens, não é mentira. Aquela problemática realmente meche comigo da melhor forma possível.

Eu sinto vontade de abraça-la e beijá-la toda hora. Sinto vontade de fazê-la sorrir só para sorrir com o sorriso tão perfeito dela. Acho que meu ponto fraco é o melhor que as pessoas tem. O coração dela...Por mais frio que seja, me faz querer aquecê-lo até derreter para eu por em um potinho e protege-lo.

Tudo bem, eu exagerei, nem parece eu falando. Desculpem.

Fiquei sentado no sofá do hotel dela por horas, mas ela não voltava. Talvez a missão fosse importante. Se é que existia uma.

Agora eu tinha resolvido dar uma volta por aí, ou até mesmo passar em casa.

—Shikamaru. —a voz da Ino me faz parar de pensar.

—Ino.

Ela parecia tensa. Ela nunca fazia essa expressão sem alguma coisa ruim ter acontecido.

—Eu não sei o porque mas...Quando a Temari saiu do escritório, ela parecia bastante abalada. Não sei...Com certeza ela não estava saindo para alguma missão. O kazekage estava lá, então algo pode ter acontecido e...

—Você tem ideia para onde ela foi?

—Não...Mas se eu fosse você, começaria a procurar.

Faço exatamente o que ela manda. Com o coração batendo forte de preocupação, e segurando todo o meu orgulho, corro por todas as ruas de Konoha. Passei por cada floresta, cada campo de treinamento...E nada. As horas se passavam, e eu gritava pelo nome dela. Eu perguntava à todas as pessoas o que acontecia, e a dor que eu sentia na perna, eu ignorava completamente.

Eu não aguentava mais...Eu não sei o que me incomodava mais, a dor ou a preocupação.

Sento-me na calçada em frente ao hotel, e acabo decidindo espera-la aqui. Eu sei que ela não estava lá dentro, pois ela sempre deixava a janela aberta, e estava fechada, exatamente como eu havia deixado.

—SHIKAMARU! —Olho para frente e minha mãe corria com um guarda-chuva em minha direção. —O quê você está fazendo debaixo da chuva?

—Na verdade, eu nem percebi que estava chovendo. —respondo

Ela me abraça, e tudo que consigo fazer, é molhar o ombro dela de lágrimas.

—Você está precisando conversar meu filho?

—Sim.

—Vamos para a casa.

Ela me ajuda a levantar, e caminhamos até minha casa, que não era tão longe assim. Ela me faz tomar um banho e botar uma roupa fresca.

Quando termino, sento-me no sofá, e continuo atordoado, encarando o chão.

—Me conte tudo.

Eu não sabia por onde começar. Mas acabo contando sobre como eu e Temari começamos a namorar, tento fazer ela entender o que eu sentia...Mas porque eu tinha impressão de que ela não entendia?

—Você está preocupado com ela. Por quê você...A ama.

Minha mãe termina a frase, e sinto como se algo dentro de mim tivesse sido libertado.

—Esse é o problema mãe, eu não admiti isso pra mim mesmo. Antes dela sumir, eu tentei dizer...Aquelas três palavras, sete letras...Mas eu hesitei.

—Eu sei. —ela acaricia meu ombro. —Na primeira é difícil lidarmos com o sentimento, mas logo depois a gente acaba se acostumando.

—É.

—Você já pensou na possibilidade dela estar grávida?

—Não! Mãe, não, a gente ainda não...

—Ah, já entendi. —ela riu—Então você tem um pouco de juízo nessa sua cabeça.

Penso em dizer que nós quase transamos e o que impediu foi a dor na minha perna, mas acho melhor deixar quieto.

—O quê significa isso? —pergunto, aleatoriamente.

Minha mãe faz uma expressão curiosa.

—Digo...O amor. —completo—O quê é?

Ela sorri.

—Bom, cada um entende da maneira que quer, mas se você quer o meu ponto de vista...Eu acho que o amor é querer ver a pessoa bem independente da situação. Enxergar através dela, algo que nem mesmo ela sabia existir. Se importar tanto...Que você acaba se esquecendo de sí mesmo as vezes, entende?

Por mais estranho que fosse, eu acho que eu entendia.

—Sim, eu entendo.

Abaixo a cabeça por um tempo e procuro a minha resposta para a minha própria pergunta.

Talvez o amor seja se importar mais com uma certa pessoa, do que com você mesmo. E às vezes, é a pior dor que você pode sentir.

 

P.O.V Sakura

Naquele exato momento eu estava em frente à janela, fazendo algo que eu não fazia a muito tempo. Roendo as unhas de tanto nervosismo.

Eu fazia isso quando eu era criança, mas eu já havia parado faz tempo. E de tão exausta e nervosa que eu estava, o costume acabou voltando.

A indecisão estava me deixando maluca. Ou eu iria encontrar o Sasuke sozinha e correr risco de ser uma armadilha, ou eu contaria à alguém e deixasse de passar dias sozinha com ele se não fosse uma armadilha. Tinha várias opções, mas eu não sabia mais qual era a certa.

Se os caras do Orochimaru estivessem lá, eu não tinha chance...Absolutamente nenhuma chance.

Se fosse só o Sasuke, eu finalmente estaria realizando um sonho.

Mas e se não for?

Céus...Isso é uma droga.

Pego minhas coisas e resolvo ir em direção à entrada da aldeia. Todos me encaravam como se eu não dormisse a dias, o que não era mentira.

Olho para os lados e vejo se ninguém que eu conhecesse estava ali.

E então saio em direção à localização que Sasuke me deu. Era isso ou ficar na dúvida.

Caminho entre a floresta, mesmo sendo o caminho mais perigoso...Era o que tinha menos gente, então não queria arriscar ser seguida.

Eu estava quase chegando, e me surpreendia não ter sinais de alguém por aquele local, parecia meio esquecido...O que era bem estranho. Essa era a floresta principal, muitas pessoas passavam por aqui, por mais perigoso que seja, ninguém se importava.

Paro exatamente onde Sasuke pediu para eu espera-lo. Não havia sinais dele por ali, e muito menos de que eu estava novamente em um genjutsu. Fecho meus olhos e tento me concentrar para ter certeza. O palpite que eu tinha de que era uma armadilha, vem à minha mente, e no momento em que eu ia começar a procurar, uma voz surge atrás de mim.

—SAKURA-CHAN! —Naruto pula de um galho e faz a mesma expressão de sempre.

—Naruto! O que você está fazendo aqui?

—Eu é que pergunto. Você não gosta de florestas. E está estranha nos últimos dias, então eu resolvi...

—Você estava me seguindo?

Ele coça a cabeça. Penso em dar um soco nele, mas pode chamar atenção caso alguém esteja nos vigiando.

—Sim...E não. Na verdade eu nem vi você saindo da vila, eu estava apenas seguindo a Hinata e quando a perdi de vista, vi você andando sozinha, fiquei curioso e te segui até aqui.

—Arg, e porque diabos você estava seguindo a Hinata?

Ele faz uma expressão triste, e gagueja um pouco tentando responder.

—É...que...Eu...E..eu não sei. —ele suspira—Vai me dizer o que está fazendo ou vou ter que ficar 24 horas te vigiando?

Dou uma risada irônica.

—Faz isso que eu faço você voar de uma vila para a outra, idiota.

—Mas você nem percebeu que eu estava aqui, posso fazer isso de...

—Sakura. —Uma voz grossa nos interrompe.

Sasuke pula de um tronco e vem em minha direção.

—Sasuke...Eu não trouxe ele, eu ia vir sozinha, eu juro, ele apenas me seguiu e...

—Eu sei. —ele sorri—Eu já imaginava isso. Senti o chakra de um jinchuriki de longe.

—Sa...Suke. —Naruto parecia completamente atordoado.

—Eu preciso muito da ajuda de vocês.

E então uma sombra fazendo barulho de cobra com a língua, aparece ao lado dele.

—Se vocês conseguirem ajuda-lo, é claro. —Orochimaru estava rindo

Sasuke o encarava como se estivesse surpreso. Mas aquilo era...Medo.

—Orochimaru...Como você sabia que...? —ele começa

—Ah meu querido ingênuo Sasuke, essa marca vem com um rastreador. Estava esperando você chama-los, e preparar uma armadilha para eles.

—O quê...? Você planejou tudo isso? Sabia que eu ia fazer isso? —Sasuke pergunta, ainda atordoado.

—É claro. Estou muito a frente de você, Sasuke.

Eu estava igual a ele. Relacionando as coisas...Sasuke estava realmente me contando a verdade.

—Você não nos derrotar, Orochimaru! —Naruto grita

Ele ri.

—Ah eu não vou, mas ele vai. —Orochimaru aponta pra Sasuke, que agora estava realmente muito estranho.

Seu corpo estava tenso, seus ombros pareciam pesar no seu corpo. E seus olhos estavam vermelhos...Ele parecia estar sentindo dor.

—Mate-os. —Orochimaru diz

No mesmo segundo, Sasuke parte para cima de nós.