História Love? What is it? - ''I miss you''

P.O.V Shikamaru

Era um saco não poder me mexer direito. Ou não sentir segurança com o meu próprio corpo. Mas já fazia uma semana desde que eu havia vindo para casa. E em uma semana, os médicos já haviam dito que eu poderia andar, mas sem fazer esforço. Eu tinha que ficar um bom tempo sem fazer missões, ou até mesmo correr. Mas por incrível que pareça, não era isso que me incomodava.

Ficar sem sair de casa por uma semana, significa ficar uma semana sem falar com Temari, porque depois da conversa que tivemos, eu me sentia um idiota por não correr atrás dela. Ela havia voltado para Suna, e realmente não sei o dia que ela voltará. Mas eu acho que eu realmente sinto falta dela. Eu não estava acostumado a me sentir tão para baixo, o que realmente me deixava preocupado em relação aos meus sentimentos.

O dia estava quente, então, como eu já podia andar, resolvo passar um pouco na floricultura da família da Ino, ela era minha melhor amiga, e talvez seja bom eu tentar conversar com ela sobre o que me incomoda.

—SHIKAMARU! —Ino corre em minha direção ao me ver.

Ela me da um abraço apertado e sorri para mim.

—Você já está bem melhor! Como se sente?

Penso na resposta mais sincera que podia dar à aquela pergunta.

—Sinceramente? Eu nem ligo pra dor física, o que me incomoda é o que estou sentindo emocionalmente. Você tem um tempo pra gente conversar?

Ino bate palmas.

—Uau! Você falou com a pessoa certa! Vem.

Ela tira o avental.

—MÃE, EU VOLTO JÁ!

E então ela me puxa pela mão, tento fingir que aquilo não me incomodou, e a sigo.

Ela me levou para um lugar, calmo, cheio de flores e um lago pequeno no centro. Pássaros cantavam, e não tinha ninguém ali. Um lugar assim, era típico da Ino.

Sentamos em um banco, e ela suspira, como se estivesse esperando que eu começasse a contar uma história gigantesca e sem solução.

—Pode falar. É sobre quem eu to pensando? —ela pergunta

Ino me conhecia bastante pra saber que só existe uma pessoa que poderia me deixar me sentindo um idiota.

—Ér...É complicado.

—Se abra Shikamaru. Você não precisa ter medo dos seus sentimentos. Talvez eu possa te ajudar a entende-los.

Bufo. Eu realmente tinha medo.

—Quando eu saí do hospital, Temari me acompanhou até em casa. Ela me falou umas coisas estranhas e, me beijou. Tipo, do nada. Depois disso, ela falou que gostava de mim, e eu acho que ela foi sincera. O pior é que eu fui um idiota. Eu falei que precisava pensar, e ela foi embora. —faço uma pausa, e Ino me encara.

—SEU IDIOTA! Mulheres odeiam quando os Homens falam que precisam pensar!

—O quê? Por quê?

—Porque eles nunca pensam! —ela abaixa a cabeça. —Acredite, eu sei como ela se sentiu.

—Mas eu estou pensando. Eu passei a semana pensando nela, tentando entender o porquê ela não sai da minha cabeça...E isso está me consumindo!

—Bom, então aqui vai a sua resposta. Você a ama, Shikamaru. —ela diz, me encarando novamente.

Por algum motivo, aquelas palavras perfuraram algo dentro de mim que eu nem sabia que existia. Tento abrir a boca para responder, mas as palavras não saiam. Eu estava atordoado porque finalmente algo que me incomodava por dentro havia sido dito em voz alta e finalmente eu sabia exatamente o que fazer.

—Eu preciso encontra-la. —digo, sem pensar duas vezes.

—Bom, você está com sorte garotão. Sakura me disse que a Hokage chamou ela para vir aqui, não sei porque, mas ela já deve ter chegado. Você sabe muito bem qual é o hotel. —ela pisca

E então tudo começa a fazer sentido.

—Oh meu Deus, você sabia não sabia? Você sabia o que havia acontecido, e fez a Sakura te ajudar com isso. Até a Hokage? Ino, você é um gênio.

Ela sorri, e me abraça.

—Eu sei, eu sei. Agora vai logo.

Faço exatamente o que ela manda. Me levanto, começo a tentar andar o mais rápido que posso, em direção ao Hotel.

P.O.V Temari

Eu realmente não enxergava o motivo da Hokage ter me trago aqui. O exame chunin havia acabado e eu tinha planos para ficar um bom tempo sem vir para a aldeia da folha. Não porque eu não gostava daqui, mas porque eu não queria mais olhar para a cara do Shikamaru depois da nossa última conversa. Eu sentia vergonha e raiva de mim mesma por ter me deixado ser vulnerável perto de um garoto idiota. Ou simplesmente por ter me permitido me apaixonar por ele, o que estava longe dos meus planos.

Visto minha roupa, amarro meu leque nas costas, e no mesmo segundo em que abro a porta para sair, alguém estava em frente à ela.

—Shikamaru. —digo, com a voz um pouco grossa, e dessa vez, sem sorriso nenhum no rosto.

—Ér...Podemos conversar? —ele pergunta, coçando a cabeça.

Faço um sinal que sim com a cabeça, e abro espaço para ele entrar.

—Daqui a pouco eu tenho que ir encontrar a Hokage, então seja rápido. —digo e o encaro, de costas para mim.

Me aproximo um pouco, e então ele se vira. No mesmo segundo, ele aproxima seu corpo do meu, e me puxa. Ele me beija, tocando seus suaves lábios nos meus, e explorando sua língua por cada canto da minha boca, me deixando sem reação alguma.

Ele para e me encara, sorrindo.

—Me desculpe pelo que eu disse na última vez. Eu acho que eu sinto o mesmo.

Não pude deixar de sorrir também. Mas espera...

—Como...Como você sabia que eu havia voltado?

—Hã, digamos que isso foi uma armação da Ino. Não sei o que ela fez para fazer a Hokage te chamar, mas não deve ser algo tão ruim.

Ai meu Deus.

—Shikamaru, é a Ino, não da pra esperar nada dela. —digo

Ele ri, e faz uma careta.

—Então porque você não procura saber mais tarde? —ele diz, me dando um leve selinho.

Sorrio. E então pego sua mão, e o guio em direção ao meu quarto. Beijo o novamente, e ele passa a mão pelo meu corpo, como se estivesse tentando tirar a minha roupa.

Ele me encara, e sorrindo tira o meu kimono, e eu faço o mesmo com sua camisa. Ele me pega pela cintura, e me joga na cama, ficando sobre mim. Ele começa beijando o meu pescoço, e em seguida faz o mesmo no meu corpo inteiro. E quando levanta a cabeça para me encarar, toco em sua calça, puxando-a para baixo, e tocando em seu membro.

Quando faço isso, ele grita. Não era exatamente um gemido, parecia mesmo que ele tinha sentido dor. Paro, e acaricio o seu rosto, enquanto ele apertava os olhos.

—Ei. O que...?

Ele se joga ao meu lado, e põe a mão na perna, com uma expressão que eu nunca havia visto em seu rosto.

—Desculpe. —ele começa—Eu...Não consigo.

Suspiro. Chego mais para o lado dele, e o abraço. Ele envolve seu braço em volta do meu pescoço, e acaricia minha cabeça.

—Ta tudo bem, a gente ta indo rápido demais. —digo

—Sim. —ele ri

—Dói muito? —pergunto

Ele fica em silêncio por um tempo.

—Sim. —ele sussurra—Mas vai melhorar. Temari, eu...

—Cala a boca idiota. —interrompo-o— Eu sei. Eu não planejava isso tudo. Eu pensei que iria ter uma vida normal de kunoichi, levando as pessoas apenas no lado profissional. Eu nem queria amizade, mas você...Você é diferente.

—Hum...Em quais sentidos? —ele pergunta

Eu tinha tantas respostas para essa pergunta e não sabia qual seria mais constrangedora.

—Você é fofo quando sorri. Pode ser até um idiota quando abre a boca, mas é fácil te calar com a minha. Eu nunca deixei ninguém ver o meu lado frágil, então por favor, aproveite. —digo

Ele ri, e da um beijo na minha nuca.

—Eu também nunca pensei que iria me apaixonar por uma garota tão problemática. Mas acho que vai valer a pena.

—Você é realmente tão preguiçoso quanto aparenta? —pergunto, ironizando.

—Quem disse que eu sou preguiçoso? Eu sou apenas uma pessoa incapaz de fazer algumas coisas em certos momentos.

Solto uma gargalhada. Eu me sentia tão a vontade quando estava com ele, que eu nem percebi quantos minutos se passaram.

—Eu preciso ir. —digo

—E eu to com saudade de você! Eu preciso de você. Fica aqui, só por mais alguns minutos, por favor.

Suspiro, e atendo ao pedido dele. Apago a luz do abajur, fecho meus olhos, e torço para não  perder a noção do tempo novamente.