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História Love will come through - Cinquenta


Escrita por: nanaschweini

Notas do Autor


Para quem gosta de Pearl Jam estou com uma nova fic.

https://spiritfanfics.com/historia/in-hiding-7914313

Beijos!

Capítulo 50 - Cinquenta


Fanfic / Fanfiction Love will come through - Cinquenta

- Não, não, não! Filho, volta... Filho, volta aqui... Thom, onde você está? – Bastian desperta ao ouvir Nina no meio da noite. Ela se debate na cama como se tentasse agarrar alguma coisa.

- Nina! Nina! – Bastian a segura pelos ombros na intenção de desperta-la. – Nina! – ela abre os olhos assustada e instintivamente levanta o corpo com rapidez e encosta-se na cabeceira da cama. – Amor, foi só um pesadelo. – ele tenta acalma-la e desliza uma das mãos sobre a testa suada dela. – Você está bem? – Nina continua somente a fita-lo sem nem mesmo piscar. – Amor? – ela vira o rosto para a mesa de cabeceira.

- Eu preciso de água. – ameaça se levantar.

- Não. – Bastian evita que ela o faça. – Deixa, eu pego para você. – se levanta da cama e beija sua testa. Nina respira fundo por longos segundos. Tem um pouco de lágrimas nos olhos ao recordar do sonho que estava tendo. – Pronto. – Bastian estava de volta rapidamente e trazia consigo um copo de água na mão. Ela o segura e bebe um pouco do líquido. – Está melhor? – ele indaga preocupado. Nina simplesmente balança a cabeça positivamente. – Tem certeza? – insiste ao observa-la engolindo um gole maior desta vez.

- Eu sonhei com Thom. – Nina  finalmente se abre.

- Eu ouvi você dizer o nome dele durante o sonho. – Bastian senta-se mais uma vez ao lado dela. – O que aconteceu?

- Ele em um momento estava perto de mim e sorria, segurava minha mão. – ela lembra com ternura do início do sono.

- E o que houve? – ele alisa a barriga já aparente de Nina.

- De repente ele começou a correr e se distanciar de mim. – Nina segura a mão de Bastian sobre o próprio estômago. – Ele se escondia e eu tentava acha-lo, até que sumiu de vez. – sente vontade de chorar ao recordar os momentos de agonia.

- Ei, ei, ei... – ele a traz para junto de seu corpo. – Foi só um sonho...

- Mas parecia muito real... – Nina solta a voz embargada.

- Eu sei que é difícil mas foi só um sonho, amor... – Bastian a abraça apertado.

- Eu nunca esquecerei Thomas.- ela fala sem pensar.

- O que você quer dizer com isso? – ele se surpreende com aquelas palavras.

- Eu não sei... talvez meu subconsciente esteja querendo me dizer alguma coisa. Talvez nós... – ela pausa e pensa no que dizer. – Talvez eu nunca possa ser uma boa mãe.  Talvez eu... – é interrompida por uma das mãos de Bastian sobre seus lábios.

- Não diga essas coisas. Você é inteligente demais para isso. Nina, o que houve com Thomas não foi nem nunca será culpa sua. Você não pode ser uma boa mãe?  - ele ri sarcástico. – Que insanidade! – exclama com as mãos no ar. – Eu vi você com Liam. O jeito como você lidava com ele. Nina, eu me sinto calmo em pensar que serei pai quando lembro que você está do meu lado. Não diga uma besteira dessas!

- Mas...- ela tenta explicar-se, mas ele não permite. Sela seus lábios com força contra os dela e a abraça forte.

- EU te amo. – sussurra ao seu ouvido. Nina sorri timidamente com o rosto encostado nos ombros dele.

 

Dois dias depois

- Oi. Estou aqui. – Bastian abre a porta do consultório médico após uma breve batida. Estava atrasado para a consulta de Nina.

- Entre, sr. Schweinsteiger. – o médico dá aval.

- O que houve?- Nina questiona com o tom mais baixo que conseguia fazer.

- Desculpa, eu saí tarde do treino.- ele sussurra de volta para ela e a beija com ternura.

- O senhor chegou a tempo de descobrir o sexo do bebê. – o médico comenta ao enfim deslizar o aparelho sobre a barriga de Nina.

- É serio? – ele sorri para o senhor de cabelos já grisalhos e em seguida para a namorada.

- Sim. – o homem sorri e de repente se ouve um barulho no ambiente. – Estão ouvindo isso? – pergunta sem olhar para os dois. – Este é o som do coração do bebê de vocês. – Nina já era familiarizada com todo aquele processo. Naquele momento só observava a reação de Bastian, que sorria feito uma criança com um doce.

- De verdade? – indaga de maneira infantil e tira uma gargalhada de Nina. – Não ri de mim. – ele a reprime meio sem jeito.

- De verdade. – o médico sorri de volta para eles. – O coração está muito saudável. – acrescenta. – Mas agora vamos saber se vocês terão um menino ou uma menina saudável.

-Eu não sei se eu quero saber o sexo do bebê... – Nina murmura para ele.

- O que? – Bastian se espanta com o comentário. – Como assim?

- Menino ou menina não vai fazer diferença para mim. – ela diz um pouco aflita. Bastian fica sem reação.

- Vocês estão vendo...- Nina interrompe o médico.

- Doutor, eu não quero saber o sexo.  – ela fala com convicção.

- Oh. Tudo bem. – o senhor para o que fazia e sorri. – Há muito tempo não encontro alguém que não queira saber. Isso é interessante. – Nina sorri de volta para ele, que se levanta da cadeira enquanto retira as luvas das mãos.

- Você se importa se eu souber? – Bastian questiona ao vê-la se levantando da maca.

- Você quer saber? – Nina se ajeita e espera pela resposta dele, que somente balança a cabeça em sinal positivo. – Tudo bem... – ela concorda. Enquanto Nina vai até o biombo para terminar de se arrumar Bastian senta-se a mesa com o médico em busca de matar a curiosidade sobre o sexo da criança.

Após algumas pequenas recomendações e uma curta conversa, os dois deixam o consultório médico. Caminham de mãos dadas até a rua onde o carro de Bastian estava estacionado. Já não tentavam esconder mais sua relação. Ele sentia-se plenamente satisfeito com o rumo que sua vida havia tomado, enquanto Nina a cada dia sentia-se mais confortável ao seu lado.

- Você tem mesmo certeza de que não quer mesmo saber o sexo? – Bastian indaga no caminho para casa. Nina solta uma gargalhada.

- Uhum... Tenho certeza... – ela acaricia a nuca dele levemente.

- Como... Eu não... Meu... – ele procura palavras. – Eu também não sinto que exista diferença entre um e outro, mas ter a possibilidade de já saber o que é... Bem, é maravilhoso, não?

- Basti, eu sei que você está louco para me contar. – ela brinca. – Mas eu vou te fazer guardar este segredo por mais cinco meses...

- Porra, Nina... – ele protesta em um tom hilário e a faz rir mais uma vez.  – Eu posso contar para minha família?

- Pode... – Nina responde ainda rindo. – Você pode contar para quem quiser, isso só não pode chegar aos meus ouvidos... – Bastian bufa. Sabia que não poderia contar para ninguém, já que possivelmente alguém soltaria aquilo em algum momento.

- Você é muito cruel, às vezes, sabia?- ele a encara pelo retrovisor com um sorriso no rosto.

- Eu também te amo. – Nina brinca mais uma vez.

-Ei, tem outra coisa que eu queria falar com você. – continua a conversar agora já na garagem do prédio onde viviam.

- Diga. – ela tira o cinto.

- Nós deveríamos viver juntos, você não acha? – Bastian questiona e a faz encara-lo meio surpresa. – Nós vamos ter um filho juntos, amor. Não faz sentido esse lance de dois apartamentos. Nós poderíamos comprar uma casa, quem sabe? – esclarece agora já fora do carro.

- Uma casa? – Nina espanta-se no caminho para o elevador.

- Uma criança precisa de espaço para correr, brincar... Sei lá! – ele sorri e segura a porta para ela.

- Basti, nossos apartamentos são bem espaçosos. – Nina aperta o botão do andar deles.

- Eu sei... Mas pensa bem, nós podemos ter outros... – ele a encosta na parede e beija seu pescoço.

- Meu deus! Este ainda nem nasceu! – Nina ri e o empurra de leve. - Casas em Manchester são sempre longe da cidade, amor... – resmunga. – EU teria que ir para o restaurante de carro. E eu nem tenho carro!

- Isso não é um problema de fato. – ele mais uma vez encosta-se nela.

- Você poderia vir para o meu apartamento. – ela sugere.

- Pára com isso, amor...  – ele morde o lóbulo da orelha dela e a faz tremer.

- Pára você...- Nina reclama. – Você sabe que isso me deixa com tesão... – diz assim que a porta do elevador se abre.

- Então é verdade! – os dois ouvem uma voz do outro lado da porta. 



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