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História Love Will Remember You - His other side


Escrita por: jujuuuuuu

Notas do Autor


Oiii gente linda! Cap grande pra vocês.
Espero que gostem!!! Boa leitura :))

Capítulo 5 - His other side


Foi uma semana cheia. Confusa, até. 

E por vários motivos: 

1) Competições: depois da minha singela apresentação na primeira aula de música (que acontecia apenas nas segundas e quartas), descobri que haveria uma competição no fim do próximo mês. Na verdade não é bem uma competição: todos os alunos que faziam parte de algum movimento do colégio que não envolvesse as aulas obrigatórias eram convidados a participar de uma semana totalmente voltada para apresentações, tipo uma semana de show de talentos. Seria aberto ao público e pessoas do ramo viriam nos prestigiar e, quem sabe, ficar de olho em seus futuros pimpolhos. Eu não tinha certeza do que faria quanto a isso, mas sabia que ia apresentar alguma coisa. Sem dúvidas. 

2) Provas: que eu entrei no meio do semestre não é novidade alguma, né? E o problema disso, além do fato em si, é que eu teria uma semana de provas daqui a duas semanas. Que maravilha, não é? Não. Eu não estava atrasada na matéria, mas nunca tinha aprendido sobre a história da América e ia ter que me virar para incorporar uma americana em 15 dias. 

Que merda. 

E por último, mas não menos importante: 

TAN TAN TAN

3) Justin: nosso relacionamento no colégio não passa de cumprimentos indiferentes, indiretas, sobrancelhas arqueadas e sorrisos irônicos. Eu juro que não entendo direito o que acontece entre a gente, mas é quase como se tivéssemos algum tipo de ligação. Bizarro? Talvez. Ele andava sempre com uma galera gente boa mas que não se misturava com o restante de nós. Loiras perfeitas e homens bombados que tinham tudo que quisessem, quando quisessem e como quisessem. Se não fossem tão egocentricos seriam mais legais, sério. Mas isso tudo, é claro, no colégio. 

No condomínio, onde aparentemente só nós dois entre o pessoal que eu conheci moramos, ele era totalmente diferente. Ok, nem tanto assim. Mas era como se outro cara assumisse o papel de viver a vida dele e se tornasse menos petulante e mais sensível. Às vezes, durante a noite, passava horas lendo alguma coisa deitada na rede que coloquei na minha varanda ao lado da dele, e o ouvia dedilhando algumas notas no violão, tocando músicas sinceras e bonitas. Algumas eu não conhecia e achava que fossem até de sua autoria. 

Hoje, como não fazia desde meu primeiro dia aqui, - ou seja, uma semana atrás - subi para o meu quarto depois de dar boa noite para minha mãe e meu irmão e fui para a sacada com o meu violão. O quarto do Justin estava apagado e, por ser sábado, achei que ele não estivesse em casa, então tomei a liberdade de cantar sem preocupação alguma. 

Comecei a tocar Ler It Go - James Bay:

From walking home and talking loads

To seeing shows in evening clothes with you

From nervous touch and getting 

To staying up and waking up with you

(Indo a pé para casa e falando sobre fardos

Vendo shows no anoitecer de roupas que você usa

Do toque nervoso e ficando bêbado

Para ficar ligado e acordar com você)

Vi a luz do quarto ao lado ser acesa e, em seguida, uma voz se juntou a minha para cantar em perfeita harmonia, quase como uma segunda voz.

Now we're sleeping at the edge

Holding something we don't need

All this delusion in our heads

Is going to bring us to our knees

(Agora, estamos dormindo no limite

Segurando algo que não precisamos

Toda esta desilusão em nossas cabeças

Irá nos colocar de joelhos)

Justin apareceu do lado de fora. Senti seus olhos firmes em cima de mim enquanto continuava a cantar, assim como eu. Sustentei o seu olhar sem medo de errar alguma nota por descuido e ele sorriu para mim.

So come on, let it go

Just let it be

Why don't you be you

And I'll be me?

Everything that's broke

Leave it to the breeze

Why don't you be you

And I'll be me?

And I'll be me?

- O que foi isso? - perguntei para ele, curiosa, ao final do refrão daquela música cheia de entrelinhas. 

- Não sei. - ele parecia sincero e até nervoso. Passou a mão nos cabelos - Subi para o meu quarto e ouvi a tua voz inconfundível cantando e senti vontade de cantar também. 

- Pensei que não estaria aí hoje. Que fosse sair com os amigos para alguma balada ou sei lá. 

- Eu até ia, mas perdi a vontade. E você? Não gosta de sair? 

É sério que estou conversando com o meu vizinho babaca pela sacada? 

- Não muito. Não sou dessas. 

Ele sorriu para mim, irônico. Cretino.

- Precisamos mudar isso, hein - ele soltou uma risada que soou um pouco autoritária. 

- Não, não precisamos. Isso te incomoda? Porque sabe, né, não é da sua conta. 

- Será que tem como parar de agir assim? Como se fosse inatingível e fria desse jeito? Ninguém que canta e compõe músicas é assim totalmente. Sei que tem uma Selena sentimental aí dentro.

- Ah, então agora ficou chateado? É só parar com esse sorrisinho irônico que não sai da tua cara quando está falando comigo ou sobre mim com alguém, porque já percebi que faz isso. - ele pareceu surpreso com a revelação. Sério mesmo? - Qual é a sua, hein? 

- Pra quem estava parecendo cega você é uma ótima observadora hein - ele soltou uma risada nervosa. Rá, te peguei! - E olha, pra ser bem sincero, eu não sei. Só sei que tem alguma coisa em você que mexe comigo e eu não sei exatamente como lidar com isso. 

Fiquei sem resposta pela primeira vez. Isso foi um projeto de declaração ou eu tô ficando louca? Fiquei quieta sustentando o seu olhar até que desviei e encarei as estrelas no céu. Fazia só uma semana que eu estava aqui em NY e esse lugar já me trouxe um turbilhão de sentimentos - bons e ruins. 

Quando ele percebeu que eu não sabia o que dizer, deu as costas e virou para dentro. 

- Justin? - o chamei antes que fechasse a porta e sem ter certeza do que diria a ele.

- Sim? 

- Boa noite. - disse simplesmente. Nossa Selena, como tu me decepciona, credo. Coloquei um sorriso no rosto para ver se melhorava. 

Ele sorriu de volta. 

- Boa noite. 

- Bom dia, família! - cumprimentei animada minha mãe e meu irmão que pareciam dormindo em pé na mesa do café. Credo, gente, que humor é esse? 

A verdade é que nem eu sei porque acordei animada assim.

- Bom dia, queria - respondeu mamãe. Ela estava exausta, foi uma semana bem puxada na empresa. Ela e o Jhow estavam só o pó. - Posso saber o porquê de tanta animação? 

- Não sei, quero sair para conhecer a cidade hoje. Domingo passado não rolou. - imediatamente lembrei de Justin. Que merda. 

- Te cuida, hein filha. 

- Eu sei, eu sei. Vou me encontrar com o pessoal do colégio eu acho. 

Mamãe assentiu e Jhow permaneceu em silêncio. Hoje seria o dia de descanso deles e, se não saísse logo daquela casa ia hibernar junto, que horror.

Marquei de almoçar com Demi e a galera do colégio em um restaurante gracinha perto do Central Park ao meio dia, então tratei de tomar banho para me arrumar já. Coloquei um shortinho, coturnos marrom escuro com um salto e uma blusa de lã fina preta com as mangas pelos cotovelos. Fiz uma make leve e deixei meus cabelos soltos com as ondas que tanto amava cair pelas minhas costas.

O almoço foi tranquilo e eles me levaram para conhecer os principais pontos turísticos de NY, incluindo a Estátua da Liberdade - que era o que eu mais tinha vontade de conhecer. Foi a nossa última parada e, confesso, meus olhos se encheram de lágrimas com a vista. Era surreal.

- E aí, Sel, ainda prefere sua antiquado Londres? - brincou Harry e todos nós rimos.

- Ah, pra ser bem sincera, sinto-me dividida. Estou amando esse lugar! 

Nos sentamos para tomar sorvete em um dos bancos que havia por ali e começamos a jogar conversa fora. Sentia como se estivesse ali há anos, quando na verdade fazia só alguns dias. Era bom é estranho ao mesmo tempo.

- Pessoal, já deu a minha hora - anunciou Camilla. Seus pais eram bem rigorosos pelo que havia me contado.

- Vamos todos para casa então? - perguntou Andrew.

- Acho que sim, amanhã temos aula cedo - eu disse, acabando com a felicidade de todos ali.

- Poxa hein, não precisava lembrar, Sel - Lou e Demi reclamaram e rimos com aquilo. 

Fomos cada um para o seu carro ou carona e seguimos cada um para seu destino. Estava passando por uma avenida movimentada quando enxergo o inconfundível babaca andando sozinho na direção em que eu estava indo. Será que ele está sem carro?

Antes de pensar, me vi parando no acostamento.

- E aí, gatinho, vem sempre aqui? - disse em tom de zoação. Ele se assustou no começo, mas assim que me reconheceu entrou na brincadeira.

- Opa, ainda mais com uma boneca dessas dando bandeira. 

Dei risada. Que péssimo. 

- Está indo pra casa? Quer uma carona? 

Ele pareceu mais surpreso ainda.

- Na verdade sim. Meu carro quebrou e eu tive que deixar no mecânico. Uma carona seria bem vinda.

- Sobe aí então.

E assim ele fez. Entrou dentro do carro e com ele veio um aroma totalmente característico: o cheiro dele.

Fomos para casa como se fossêmos grandes amigos, cantando e falando bobagens. Quando chegamos no condomínio, porém, os dois pareciam desconhecidos de repente. Hora de dar tchau, né?

- Valeu pela carona, Sel. Eu chegaria daqui uma hora em casa se não fosse por isso. - ele disse descendo do carro e eu fiz o mesmo.

- Imagina, qualquer coisa tô aí - respondi um pouco sem graça. Não estava acostumada com o Justin educado. 

- Hein, a gente podia... - ele pareceu se arrepender do que ia dizer - Deixa pra lá.

Não né, querido. E a minha curiosidade? Como fica?

- Nem vem. Já que começou, agora termina. - respondi decidida, cruzando os braços e virando em sua direção. 

- Não, é que eu estava pensando, será que a gente não podia dar uma volta uma hora dessas, sei lá? 

Meu coração parou por um segundo. É sério isso? 

- Deixa eu ver se entendi. Justin Bieber está me chamando pra sair, produção? É isso mesmo? 

Ele pareceu ficar sem graça com aquilo. Meu Deus, achei que ia morrer sem ver uma cena dessas.

- Será que dá pra ir direto na parte em que tu me responde antes que eu me arrependa? 

- Tudo bem, tudo bem. Eu te dou o privilégio de sair comigo uma hora dessas. - respondi rindo um pouco para disfarçar a timidez.

- Nós marcamos então. Boa noite, obrigada.

- Boa noite, Bieber. 

Com isso ele entrou em sua casa e eu fui para a minha. Já eram cerca de 22h e minha casa estava um silêncio. Passei na cozinha para beber água e no banheiro para me preparar para dormir. Quando cheguei no meu quarto, coloquei um pijama quentinho, pois a temperatura havia caído e, como de costume, passei na minha sacada para observar o céu um pouquinho antes de dormir. Porém, dessa vez, havia algo diferente: um aviãozinho de papel no chão. Peguei ele e vi que tinha as inicias JB na asa. Abri e dentro havia apenas um número de celular. Ousei dar uma olhada para o quarto ao lado do meu e deixei um sorriso escapar.

Confesso que fui dormir com esse mesmo sorriso.

Que merda.


Notas Finais


Ahhhhhh, espero que tenham gostadoooooo!!!
Até logo, beijão!


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