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História Love Will Remember You - Let's be honest


Escrita por: jujuuuuuu

Notas do Autor


Oi gente lindaaaa!
Confesso que estou um pouco decepcionada comigo mesma, porque (embora não tenha estabelecido nenhum combinado com vocês) eu queria ter postado esse cap ontem, porémmmm com essa mudança bem louca de tempo minha sinusite me pegou de jeito (e quem tem sabe como essa danada é terrível).
Melhorei? Não melhorei. Mas estava ansiosa por esse capítulo então decidi que agora é a hora dele.

Espero que gostem tanto quanto eu!
Boa leitura <3

Capítulo 7 - Let's be honest


Haviam três palavrinhas me atormentando naquela manhã bacaninha:

Sábado. Festa. Justin.

Na verdade, o que me atormentava mesmo eram todas elas juntas. AH. MEU. DEUS.

Eu nem tinha levantado da cama ainda e já estava com isso na cabeça. Tudo porque assim que acordei fui checar o horário (10h, diga-se de passagem), mas outra coisa acabou me chamando mais a atenção: uma mensagem. Uma mensagem qualquer? Não não. Uma mensagem do Bieber. 

bom dia, coisa linda. Só pra lembrar, 20h eu estarei na sua porta e espero não ter que ficar esperando a madame se arrumar. 

Beijo! 

Mas quanta petulância, não é mesmo? Nem saiu comigo e já tá sendo exigente, que babaca. Não respondi a mensagem, mas ele saberia que eu a vi.

Eu provavelmente estava sozinha em casa, pois no sábado minha mãe e meu irmão ficam na empresa fazendo reuniões e tudo mais. Saíam um pouco mais tardede casa, porém não tinham hora pra voltar - e pela primeira vez não estava chateada com isso. Eu precisava desse espaço para me concentrar na noite de hoje. Por que tudo isso? Juro que não sei, mas aquela praga sempre consegue me deixar assim. 

Levantei, calcei minhas pantufas e fui até o banheiro fazer a tal da higiene matinal (sabe como é, né). Quando desci para tomar o café liguei o rádio com minhas músicas preferidas no pen drive para preencher aquela casa enorme, senão me sentiria muito sozinha. Enquanto comia uns pãezinhos com manteiga derretida e tomava meu famigerado café, checava o nosso grupo (meu e das meninas).

Demi: bom diaaaa! Animadas para hoje? 

Lou: animadas todas estamos, mas ansiosas como a Sel eu duvido! Hahahahahhah

Milla: sabemos que está aí, Sel! Respondeeeee

Eu: mdsss, como vocês são chatas! Eu nem estou ansiosa. A gente só vai sair, o que tem de mais nisso? 

Milla: a questão não é tu sair com alguém, mas sim tu sair com o BIEBER e ele ter te chamado

Demi: inclusive, o que é aquele apelido? Coisa linda? Que fofosssss. Eu não ficaria surpresa em outro caso, mas é o Justin, né

Eu: o apelido é pura ironia da parte dele, só para me irritar. Deveriam saber disso rsrsrsrss

Ouvi o celular vibrar mais algumas vezes, mas não me preocupei em ver o que era - sabia que eram elas. No lugar disso, fiquei pensando sobre o que elas disseram minutos atrás e várias vezes depois que a notícia de que o Justin havia me chamado pra sair vazou. Todo mundo disse algo sobre aquilo ser uma surpresa ou um milagre, na verdade. 

Pelo que a galera me contou, ele fazia o tipo que pega mas não se apega e que geralmente não precisa chegar em ninguém porque sempre tem meninas de sobra babando em cima dele. Ele nunca teve um relacionamento sério até onde se sabe e nunca levou nenhuma menina em uma dessas festas dos amigos dele. Às vezes eu pegava algumas pessoas se referindo a mim como "a garota do Justin" e sentia alguns olhares de raiva de garotas que provavelmente queriam estar no meu lugar. Que merda.

O que ele tem demais? O que o difere dos outros? Tem uma pegada perfeita ou um pau de ouro? 

Ops. Preciso controlar a minha boca. 

Porém, mais do que tudo isso: o que ele viu em mim? Acho que essa era a pergunta que não queria calar e que todos estavam se perguntando. Uma semana bastou para que a gente desenvolvesse uma ligação de outro mundo e a gente não era nem amigos. Eu comentei com a minha mãe sobre isso na sexta a noite, depois que ela chegou na empresa e meu irmão foi dormir. 

- Olha, filha, às vezes isso tem a ver com vocês dois gostarem de música. - minha mãe dizia como se isso explicasse tudo.

- Ah, eu não sei. Sei que estou curiosa. E o pior é que me sinto assim em relação a ele também. Sinto como se a gente se conhecesse há muito tempo.

Estava deitada no colo da minha mãe assistindo Cartas Para Julieta e comento pipoca enquanto a gente tentava entender todo esse lance com o meu querido vizinho.

- Bom, amanhã é o dia para sanar todas as curiosidades, não? Você é sincera e prática, sabe que vai acabar perguntando tudo o que quer descobrir. - minha mãe disse rindo com aquele fato. E ela estava coberta razão, eu não tinha filtro mesmo (e acho que Bieber já entendeu isso).

Fiquei divagando por tanto tempo que quando me dei conta já era passado meio dia. Pedi uma comidinha de um restaurante e, enquanto não vinha, dei uma organizada no andar de baixo. Não conseguia parar quieta. 

Depois de comer uma lasanha de frango maravilhosa, decidi que era uma boa dormir um pouquinho, pois não tinha hora para chegar em casa e precisava manter as aparências pelo menos uma vez na vida, não é mesmo? Deitei no sofá e liguei a TV em um canal qualquer até que peguei no sono.

Acordei com o toque do telefone. Adivinha? Mensagem da minha mãe avisando que ia chegar mais tarde hoje. Que merda. 

Peguei o celular desesperada achando que havia me atrasado e pude respirar aliviada: ainda eram 16h. Tinha 4h para me arrumar - 3h30 na verdade, convenhamos - e decidi que era uma boa ideia já ir pro banho. Aproveitei o mesmo para relaxar e tentar espantar qualquer resquício de ansiedade que tinha em mim e no final até que deu certo, mas o meu banho demorou quase 1h (se a mãe descobre ela me mata).

Sequei os meus cabelos com o secador e, depois de bem secos, coloquei uma faixa colorida que sempre usava para poder me maquiar sem que os cabelos me atrapalhassem ou ficassem marcados porque prendi por muito tempo.

Depois de preparar a minha pele fiz uma make não muito carregada, mas que destacava bem os meus olhos e a minha boca. Fiz um esfumado marrom escuro/preto no canto externo do olho e fui clareando com uma sombra dourada no cantinho de dentro. Desenhei minhas sobrancelhas, fiz um delineado gatinho bem fininho, abusei dos cílios postiços e fiz um contorno que saiu bem melhor do que eu esperava. Por fim, um batom mate vermelho vinho. Me olhei no espelho uma hora depois de ter começado os trabalhos e fiquei orgulhosa do que fiz - nem sempre dava tão certo. 

Coloquei uma langerie preta de renda para não correr o risco de marcar na roupa que era super justa (e preta) e, em seguida, vesti a saia, blusa e sapato que havia comprado com as meninas. Confesso que fiquei surpresa: até eu estava me achando bonita e isso era realmente algo significante (e raro). 

Para finalizar, usei meu babyliss para realçar as ondas naturais do meu cabelo que estava enorme. 

Bem quando achei que não precisava fazer mais nada a campainha soou e com ela meu coração falhou algumas batidas. Não tem porque ficar nervosa desse jeito, é só o babaca do seu vizinho, mas que coisa! 

Desci rápido pegando meu celular e o guardando em uma bolsinha de pendurar nos ombros preta cheia de pedras brilhantes. Quando cheguei na frente da porta respirei fundo, destranquei sem pressa e abri a mesma lentamente, olhando para baixo. Quando ergui meu olhar e encontrei aqueles olhos hipnotizantes dele senti meu fôlego faltar. O que é isso, produção????

O olhei (descaradamente) de cima a baixo. Estava com uma calça jeans escura, uma camisa social bem justa azul marinho e tênis pretos nos pés. O cabelo estava, como sempre, bagunçado mas igualmente perfeito. Não tinha nada demais nele e ainda assim era o cara mais lindo que eu já tinha visto. 

Acho que estou começando a entender as gurias que andam por aí babando nele. 

Foco, SELENA.

Senti os olhos dele passeando por todo o meu corpo também e era nítido o desejo neles. 

- Boa noite, senhorita Gomez. - ele cumprimentou fingindo formalidade. Todo aquele momento não devia ter durando mais que um segundo, mas na minha cabeça pareceu uma eternidade.

- Boa noite, cavalheiro. - ele fez reverência, pegando minha mão para beijá-la e eu não pude segurar a risada. Alguém gravou isso? 

- Com todo respeito, mas você está deslumbrante. - ele disse um pouco inseguro agora, passando as mãos pelos cabelos. Ergui uma sobrancelha. 

- É uma pena que eu não possa dizer o mesmo, mas muito obrigada. Me sinto lisonjeada.

Ele olhou indignado pra mim e eu soltei uma gargalhada.

- Tu não perde a oportunidade de estragar o clima né? - ele tentou parecer bravo, mas o sorriso estava lá em seus lábios. 

- Eu não sabia que tinha um clima, mas tudo bem. - mais uma vez não consegui manter a postura de séria e ele me acompanhou na risada. E que risada mais boa de se ouvir a dele. 

Ele estendeu a mão para mim e eu a peguei, deixando-o me guiar. Pude observar que agora estava quase do tamanho dele e fiquei feliz com isso - era idiota mas me passava certa segurança. 

Quando chegamos ao seu carro no estacionamento do condomínio fui logo abrindo a minha porta no lado do carona, porque ia ter um treco se ele a abrisse pra mim. Chega de formalidades por hoje. 

Enquanto saíamos rumo a algum lugar para comer que eu não tinha nem ideia de onde seria, tomei a liberdade de ligar o rádio. Estava tocando Galway Girl - Ed Sheeran e imediatamente começamos a cantar e, como num passe de mágica, todo clima pesado se dissipou. Acho que minha mãe tinha razão: o que a gente tem (seja lá o que for) tem a ver com a música. E, sabe, eu gostava disso. 

Algumas músicas vieram depois daquela e nós seguimos cantando o que sabíamos até que o Subway entrou em meu campo de visão. Sério isso? 

- Como sabe que esse é o meu restaurante preferido, Bieber? - questionei cruzando os braços enquanto ele estacionava o carro. 

Ele sorriu. Que praga, baita sorriso lindo!

- Na verdade, eu não sabia. Mas no teu primeiro dia no colégio tu almoçou lá e parecia bem a vontade no lugar, então de alguma forma achei que vir aqui seria uma boa. - fiquei surpresa. Bieber observador? 

- Então o senhor anda me vigiando? 

- Não é isso. - ele disse saindo do carro e eu fiz o mesmo. Ainda não tinha engolido aquela, mas teríamos tempo para conversar. 

Depois de montarmos o nosso lanche, sentamos em um lugar mais reservado e começamos a comer. Acho que tinha gente com tanta fome quanto eu. 

- Vamos, Sel. Sei que está cheia de perguntas. - ele disse simplesmente antes de beber mais um gole de refrigerante. Me pegou de surpresa, confesso.

- Tudo bem, tem razão. - falei limpando minha boca com um guardanapo. - Vou ser bem direta, ok? 

Ele assentiu com a cabeça apenas. 

- Por que eu? - soltei simplesmente e ele logo começou a fazer aquela cara de desentendido que era claramente falsa. - E não se faça de idiota, porque nós dois sabemos que você não é. Todo mundo ficou surpreso quando souberam que tinha me convidado pra sair, ainda mais pra ir numa festa de um amigo seu. Todo mundo sabe que você não faz o tipo que convida alguém pra sair simplesmente porque não precisa, pois tem sempre as garotas aos seus pés. Tanto que eu juro que não sei como ainda não recebi uma ameaça de morte de uma delas, sério, tem uns olhares que me dão até medo. - falei tudo de uma vez e talvez um pouco rápido demais. Mas ainda não tinha falado tudo. - A única explicação que passa pela minha cabeça é que você tá afim de colocar uma estrangeira na tua lista interminável de meninas que já pegou e eu vou deixar bem claro que é bom que não seja isso, porque se for eu juro que acabo com a tua raça. 

Por incrível que pareça, eu estava calma. Mas, é como mamãe sempre dizia, eu não tenho filtro.

Ele olhou pra mim um pouco assustado e, acima de tudo, surpreso. Passou as mãos pelos cabelos e respirou fundo antes de falar:

- Olha, antes de mais nada, eu não te chamei pra sair só porque quero "uma estrangeira na minha lista". - ele disse tentando imitar a minha voz de um jeito patético. - Se fosse assim eu não teria deixado essa história vazar, não acha? E, respondendo a sua pergunta, eu não sei o porquê de tudo isso, o porquê de ser você. Não sei porque me senti ligado a você de alguma forma desde quando a notícia de que uma aluna de Londres ia entrar no nosso colégio e eu, curioso, fui checar as suas redes sociais e fiquei encantado com tudo o que descobri sobre você e com a sua beleza tão singular. Admito que pessoalmente és mais linda ainda. - nesse momento meu coração disparou um pouco mais do que em qualquer outro momento da minha vida. - Eu só sei que tem algo em ti que me atrai, que me faz querer estar por perto e eu sei que é loucura, mas é como eu me sinto. E queria que soubesse de tudo isso. 

Sustentei o seu olhar pelo que pareceu ser uma eternidade. Pisquei para quebrar o clima, pois já sentia meu rosto quente de tão corado que devia estar. 

- Eu sei. Eu também me sinto assim em relação a você. - disse apenas. - É como se você dispertasse cada sensação em mim no extremo. Como se a gente fosse sempre 8 ou 80. - falei me recordando do nosso primeiro encontro, quando nos esbarramos no condomínio. Eu fiquei tão brava por algo tão pequeno e por alguém que eu nem sabia quem era. 

- Eu só queria te pedir pra que não me afaste de você. Por favor. 

Foi um pedido estranho? Foi. Mas parecia tão sincero quanto cada palavra que ele havia dito naquela noite olhando nos meus olhos. Assenti e, depois disso, engrenamos uma conversa interessante sobre nossas vidas pessoais. 

Contei um pouco sobre a minha vida em Londres, sobre como foi a mudança pra cá, como foi recomeçar do zero em um lugar totalmente novo. Contei até sobre o meu pai que eu não via já fazia um bom tempo, embora ele me ligasse às vezes e cumprisse sempre com a data de envio da minha pensão.

Em contra partida, Justin me contou muitas coisas bacanas também. Descobri que ele nasceu no Canadá, mas que veio para NY quando ainda era um bebê por causa do emprego dos seus pais: ambos médicos. Ela cirurgiã (Pattie), ele oncologista (Jeremy). Queriam recomeçar a vida em um lugar com mais oportunidades para eles e para o pequeno Bieber que ainda tinha uma vida toda pela frente. Ele tem um irmão mais novo de 8 anos, Jaxon, que estuda em período integral em um colégio perto do condomínio e eles têm o que seria uma governanta/babá que cuidava dos dois - e principalmente do pequeno - sempre que os pais não estavam em casa desde que se mudaram pra cá. 

Dividimos alguns sonhos, expectativas para a vida profissional (como Julliard, que os dois queriam muito) e lembranças de infância e foi muito bom, eu me sentia em um universo paralelo. Até que chequei as horas no celular e fiquei extremamente surpresa com o horário: já eram 23h. Mostrei o visor do celular pra ele, que ficou tão surpreso quanto eu, mas riu com aquilo como se não importasse porque tinha valido a pena. E eu entendia ele, pois compartilhava do mesmo sentimento.

Pagamos a conta (porque sim, eu o obriguei a dividir comigo) e fomos conversando animados para o carro, pegando em seguida a estrada rumo à casa do Chaz. Quando entramos na rua da nada modesta mansão dele já pude ouvir a música que devia estar o mais alta impossível. Justin me ajudou a descer na calçada desnivelada e logo entregou a chave do carro para o cara que provavelmente iria estacionar o seu carro na garagem. Eu ficaria desconfiada se ele e Chaz não fossem melhores amigos há tanto tempo (outra coisa que descobri no bate papo minutos atrás). 

Ele segurou firme a minha mão enquanto nos guiava até o interior da casa com um sorriso de canto no rosto. Acho que eu estava sorrindo também. Só acho.

Sentia todos os olhares em cima de nós. Que merda. 

- Tá todo mundo olhando a gente. - falei em seu ouvido acompanhando ele ainda enquanto andava. 

- Não, estão olhando pra você. - disse, piscando com um olho pra mim e sorrindo antes de se voltar para frente de novo. Foi inevitável não sorrir também.

Havia algumas pessoas fumando no vasto jardim que envolvia toda a mansão por todos os lados, outras se pegando (pra não falar comendo) nas paredes dos corredores mais afastadas do lugar que seria provavelmente a sala principal da casa. Dava pra confundir facilmente com o hall de um hotel. 

Eu estava quase perguntando aonde ele estava me levando quando encontramos o anfitrião da festa (e da casa, porque seus pais estavam bem longe de NY uma hora dessas). 

- Boa noite, pombinhos! - Chaz disse tirando sarro, dando um soquinho amigável no ombro de Justin. - Está linda, Selena. - elogiou e piscou pra mim de forma descarada. Claramente estava bêbado.

Justin devolveu o soquinho, mas não pareceu tão amigável assim depois do comentário. 

Cumprimentei assetindo e Justin trocou algumas palavras com ele. Eu olhava ao redor tentando encontrar alguém da minha turma quando fui interrompida por Chaz.

- Aproveitem a festa, a casa é de vocês! - disse erguendo o copo de alguma bebida provavelmente bem forte, seja lá qual fosse, e saiu atrás de uma garota que parecia estar o esperando na porta que dava para o quintal dos fundos.

Eu e Justin trocamos um olhar levemente malicioso e sorrimos, como se estivéssemos lendo a mente um do outro. 

Se tinha algo que nós faríamos nessa festa, com certeza era aproveitar! 


Notas Finais


Me contemmmmmm, o que acharam???
Beijoooo, até o próximo!


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