1. Spirit Fanfics >
  2. Love Wins, Always. >
  3. Fifteen

História Love Wins, Always. - Fifteen


Escrita por: thepandarmy

Notas do Autor


Oi gente
O capítulo hoje é um POV de outro personagem
Particularmente eu gostei bastante.
Na verdade esse é o personagem com quem mais me identifico.
Espero que gostem :D

Capítulo 15 - Fifteen


POV Frederich

Sexta-feira

- VOCÊ VOLTOU A TOMAR SEU REMÉDIOS??? – Minha voz saiu gritada, não por intenção, mas porque eu não consegui controlar meu tom quando vi o pequeno frasco de comprimidos sobre a escrivaninha de Charlie.

- Sim... – Charlie respondeu como se fosse a coisa mais natural e simples do mundo.

- QUANDO E POR QUE, EM UM MILHÃO DE ANOS, VOCÊ VOLTARIA A TOM... – Comecei a pergunta mas parei assim que a resposta pareceu saltar na minha cabeça – OLÍVIA! FOI POR ELA? AH MEU DEUS, É CLARO! – Gritei quando a ficha caiu.

- Frederich. Pare de gritar, ela vai ouvir... – Ele me olhava surpreso com a minha reação.

Então era real. Eu não estava apenas apostando na sorte quando decidi acreditar em Charlie sobre esse lance com a Olívia. Ele realmente mudou. O impossível realmente estava acontecendo. E eu tinha que fazer algo pra torná-lo duradouro.

- Você definitivamentedevia pedi-la em namoro. – Disse tentando me acalmar.

O meu plano era simples. Já que Olívia era a cura de Charlie, eu tinha que fazer com que eles ficassem juntos.

- O quê!? – Como eu já havia previsto ele nem havia pensado na hipótese e demonstrou total aversão a ela.

Em relacionamentos Charlie era o maior lixo humano que existe. Ele usava as garotas e quando alcançava o objetivo sujo dele, as descartava da maneira mais cruel e banal.

Quando era criança e tinha medo, considerei a hipótese de ele ser um monstro e quis mostrar a todos essa sua face.Porém, cedendo aos apelos de minha mãe - que zela mais sua reputação do que quer a punição de Charlie – eu abandonei a idéia.

Conforme cresci, acabei por me acostumar com o que ele fazia, afinal, não tinha o que fazer. Minha teoria é que não importa o que seja, quando uma coisa acontece com muita freqüência, você sempre acaba se acostumando e não se importando mais.

- Você-devia-pedi-la-em-namoro. Qual parte não entendeu? – Me sentei na poltrona.

- Eu entendi o que você disse Frederich.Mas namoro? Sério? Você sabe que eu nunca liguei pra esse negócio, o que um pedidinho de namoro mudaria ou impediria? – Revirei os olhos. Aquilo não iria ser fácil, Charlie é muito difícil de convencer.

Porém pra minha sorte aprendi certos truques com ele que, devo mencionar, é ótimo em jogos mentais. Agora que ele está com a guarda baixa é um ótimo momento pra unir o útil ao agradável e testar a minha capacidade de convencimento com ele.

Ao que pude perceber, Charlie sempre usou táticas pra convencer qualquer um a fazer qualquer coisa com três passos.

O primeiro consiste em parecer inteligente e superior a outra pessoa. Assim passa a impressão de que você realmente está falando algo plausível. Funciona muito bem se a pessoa não te conhece ou é muito tola.

Se o primeiro não der certo você vai pro segundo. Geralmente você fica no primeiro passo um tempo, mas como eu não tenho muito vou agir rápido mesmo. Esse passo consiste em intimidar a pessoa, assim ela vai ter medo de você e fazer o que você quer.

E se nenhum dos dois funcionar você vai pro terceiro que é o mais eficaz e simples. Dêà pessoa a impressão de que ela pode perder o que mais ama. Esse sempre funciona.

- Charlie meu caro... Você realmente não entende nada sobre uma relação sadia não é mesmo? – Comecei tentando parecer experiente.

- Ah e você entende pra caralho, não é? – Ele debochou.

- Entendo mais que você, e você sabe disso. – Ele me encarou um momento e pra minha surpresa assentiu logo depois.  - Um “pedidinho de namoro” muda simplesmente tudo. É como uma confirmação que vocês estão juntos, sabe? Como um “talvez” que se torna “com certeza”, e se o pedido for bom se torna um “com fucking certeza”. – Expliquei.

- Mas nós já estamos juntos... – Tá, me mostrar sábio não funcionou. Vamos tentar a intimidação.

- Charlie! Para de ser mole! – Me levantei da poltrona e andei em passos firmes até ele – Cadê o Charlie decidido? Garotas gostam de caras com atitude. Então tenha atitude!

- Fred, eu nunca fiz isso. Eu nem sei onde levá-la sem parecer estar encenando um filme da Disney. – Ele continuou como se nada tivesse acontecido.

- Leva ela até o lugar que eu te mostrei ontem. – Falei usando o tom mais firme que conseguia embora já estivesse um pouco desesperado.

- Fred, eu não sei se você entendeu o que eu disse. É pra NÃO PARECER um filme da Disney. Esquece, Olívia sabe que eu a amo. Um pedido de namoro é desnecessário. – Percebi que não funcionou. Então, acho que é a hora do passo três.

- Charlie, Charlie... – Balancei a cabeça – Se você nãopedir, alguém vai aparecer e pedir por você. – Me virei pra sair do quarto e antes de cruzar a porta olhei pro seu rosto. Fiquei feliz ao ver sua cara de espanto enquanto ainda analisava as minhas palavras. Eu consegui.

E eu não sei se o fato de eu conseguir convencer alguém do mesmo jeito dele é bom.

Parei pouco depois da porta me encostando na parede e esperando pra ouvir o que ele quis dizer com “ela pode te ouvir”.

- Olíviiiaaaa! – Ele cantarolou. - Olívia! OLÍVIA! – Espiei pela porta e pude ver que ele conversava com a janela.

Não demorou muito pra eu ouvir o riso dela e confesso ter ficado boquiaberto. Chega a ser meio engraçado a janela dela ser de frente pra dele. Eu acredito em destino, mas também acredito em carma e Charlie definitivamente não merece todos esses presentes. Se o destino quisesse dizer mais claramente que Olívia é a garota certa para Charlie, só se ele colar uma plaquinha na testa dela escrito “É ESSA AQUI SEU TROUXA!”

- Vingança? – Ela perguntou.

- Sim. Eu vou sair, vou levar Frederich pra casa de um amigo dele.

- Sua mãe sabe?

- Acho que sim, ele está ligando pra ela desde quinta tentando convencê-la. Conseguiu hoje de manhã. – Tá, isso é mentira.

Na verdade minha mãe tinha adorado a idéia de eu sair de casa.

 - Ele é bem persistente... – Ela disse.

- Pois é... Vamos sair hoje? – ISSO! ELE ME OUVIU! Poderia ter sido uma abordagem mais suave, mas tá, melhor que nada.

- Claro, onde iremos? – Ela disse animada.

- Espere e verá... – E de uma hora pra outra, sem nenhum aviso prévio que seja, ele soltou uma risada assustadora.

Dei um tapa em minha própria testa. Não é possível! Olívia já deve ter fechado a janela e mandado ele ir se ferrar.

- Me desculpe senhor, mas, eu tenho que trancar todas as portas e chamar a polícia no momento... – Acho que devo agradecer não somente a Deus, mas a Jesus também por Olívia levar tudo na brincadeira. Eu só tenho que tirar esse idiota de perto dela logo.

- É sério, é surpresa.

- Ok...

- Charlieeeeeeeee!!! Vamos logo! – Gritei, correndo para meu quarto.

Peguei minha mochila e desci as escadas.

- Chamou ela pra sair não é? – Debochei quando ele desceu também  – Eu achei que nunca veria você me obedecendo, mas veja só, eu estava errado.

- Idiota! – Ele me deu um tapa – Pare de falar como se tivesse 70 anos de idade.

Nós rimos e fomos em direção à garagem. Quando chegamos à casa de Patrick, nos despedimos e ele deu meia volta trilhando o caminho de volta pra casa.

Nos meus poucos anos de vida eu já tive tempo de ter muitos desejos. Alguns idiotas, outros importantes, porém nenhum deles é tão urgente e suplicante quando esse de agora.

Que o meu plano dê certo.


Notas Finais


E aí?
Comentem o que acharam.
Desculpem os errinhos e obrigada por terem lido.

Até logo.
Love Wins,
Always.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...