História Love Without Limits - Capitulo 6

Já na entrada da mansão, me acalmei mais um pouco puxando respirações leves. Quando entrei, eu estava rezando para que não encontrasse as duas mocreias e acho que Deus ouviu as minhas orações... Corri para o quarto, segui direto para o banheiro já me despindo e encarei aquela água gelada. Aquilo estava fazendo eu me sentir mais calma e relaxada era tudo o que eu pais precisava depois da noite de estresse e confusão que passei.

Com meu roupão e uma toalha secando os cabelos fui caminhando até o closet, quando bati meu corpo em alguém — que  pelo cheiro — que já conheço muito bem, eu sabia que era Rafael. Suspirei já sabendo que ele iria falar merda pra cima de mim, mas hoje eu não estava para desaforos, nem dele e nem de seu senhor ninguém, por isso resolvi já começar afrotando-o com o olhat. 

Levantei lentamente a cabeça e olhei para ele, como sempre estava lindo vestido em uma calça de linho branca, com uma camisa polo cor vinho e um sapatênis. O cabelo levemente bagunçado, mas, perfeito como sempre. 

 Eu amo tanto esse seu jeito, por que você simplismente não pode me amar de volta? Não é pedir muito. 

Encarando-me com  um olhar do tipo: Isabella eu vou te matar, ele começou:

— Isabella, você pode me dizer aonde é que você estava até agora? — suspirei de novo, pois às vezes penso que ele acha que eu sou uma criança, que não sei me cuidar E ISSO ME IRRITA, fiquei uns minutos em silêncio, até ele voltar a falar. 

— Ficou muda agora foi? — quando eu pensei em abrir a boca para falar ele continuou: — E nem tenta se explicar, porque eu te chamei antes de você sair feito  uma louca com o carro. Por que fez isso em? Sério Isabella não dá pra entender... Você me cobra atitudes maduras, mas anda agindo feito criança com seus ciúmes bobos.

A filho de uma puta...

— SE VOCE CALASSE A DROGA DA SUA BOCA EU FALARIA. — Eu simplesmente gritei por que se não seria capaz de dar um chute nele.

— POR QUÊ TA GRITANDO? — ele falou no mesmo tom que eu. — Por acaso eu gritei com você?

_ Olha Rafael, eu não estava me sentindo bem e fui dar um volta. Simples assim. Sou livre para ir e voltar pra onde e quando eu quiser. _ Respondi respirando fundo. — E não é ciúme bobo! Não me julgue por tentar preservar o meu casamento!

— Você foi dar uma volta? — perguntou ele fingindo uma calma falsa e eu apenas assenti. — VOLTA? QUE VOLTA FOI ESSA QUE DUROU QUASE 4 HORAS EM? — Dava pra ver que ele estava bem puto comigo. — Não gente disfarçar seu ciúme querida.

— Olha aqui: eu já sou bem grandinha pra sair pra onde eu quiser sair, você não acha não? Não tenho que te dar satisfação de nada. — Respondi o olhando com sarcasmo. — Não estou disfarçando porra nenhuma, querido. 

— Claro que tem, você é minha mulher._ Disse ele. Ri bem alto e com muito sarcasmo quando ele falou isso._ Tá vendo algum palhaço aqui pra ta rindo de alguma coisa ?

Suspirando respondi: — Não, eu não estou vendo nenhum palhaço , mas olha só que hipocrisia... Há algumas horas não era isso que parecia, você ao invés de estar do meu lado, ficou do lado daquela sem vergonha da Manuella. Então querido, não se faça de sonso e nem venha falar de ciúmes comigo, olhe suas atitudes. 

Acho que aquilo saltitando na testa dele era uma veia... 

— DO QUE VOCE TA FALANDO? VOCE QUASE CAUSOU UM VEXAME  ONTEM NA FESTA! — Berrou.

— FESTA ESSA QUE EU PREPAREI COM TODO CARINHO E VOCÊ NEM ME AGRADECEU! — Dessa vez quase perco a voz de tão que gritei.

Uma ruga se plantou no meio de sua testa e ele me encarou com incredulidade. 

— É sério ? Você saiu daqui por isso. — zeu soou retórico. — Eu nunca neguei á ninguém que sou seu marido, até mesmo porque em um monte de sites está exposto pra quem quiser ver e...

O interrompi de novo.

— Não foi isso que eu quis dizer Rafael. Olha o que você fez, a Manuela falou mal de mim na frente dos nossos convidados e em vez de ficar do meu lado, nããããão, você a protegeu. E mais, parecia que você era marido dela e não meu._ respirei pegando ar e continuei._ Apesar de saber que você nunca gostou de mim, você podia pelo menos uma vez, mesmo que fosse por aparência pagar de bom marido? Me proteger?  Você não sabe como eu fiquei com ódio de vocês dois, você sabe muito bem que ela sempre teve um tombo por você, não vou nem dizer uma queda porque se não seria descrição demais. — Passei a mão em meu cabelo, exasperada. — Eu ando suportando muita coisa de você nos últimos cinco anos e eu juro Rafael, uma hora esse amor todo vai acabar não sendo suficiente pra aturar essa sua frieza. Eu estou esgotada dessa palhaçada!

— Do que você esta falando?_ perguntou ele franzindo a testa ainda mais.

— Eu estou dizendo Rafael, que eu estou me cansando de tudo isso. Toda essa farsa que é o nosso casamento. Eu te amo demais, eu te amo tanto que você nem faz ideia, desde os meus 17 anos. Quando eu te conheci eu pensei que não iria passar de ficadas, mais ai você realizou três dos meus maiores sonhos naquela época: ser meu namorado, ser meu noivo e por fim ser meu marido. 

As lágrimas já rolavam nos meus olhos, pela primeira vez disse pra ele tudo que em anos tento dizer, mais que nunca tive coragem até hoje. 

— Não me olha com essa cara, — falei.

— Eu nunca disse que não gosto de você. — Falou se aproximando de mim.

_ Mais também nunca disse que gosta Vitti.

Eu tinha abaixado a cabeça pra limpar as lágrimas... Quando a levantei, o vi bem perto de mim, ele estava com a testa franzida e encarava o meu pulso com uma dúvida no olhar. Rafael o pegou e analisou e eu também... Tinha uma marca nele, eram dedos, estava meio roxo e avermelhado. PORRA! O idiota que tentou me agarrar a força hoje... Ele me  deu um olhar diferente... Ciúmes, preocupação... talvez?

— O que aconteceu com seu braço?

Eu não iria mentir, não havia precisão, até mesmo porque, foi apenas um idiota que tentou me agarrar a força.

Apenas. 

—  Quando eu estava voltando pra casa, antes de chegar no carro, um homem tentou me agarrar a força. Aí..._ ele me interrompeu. 

— COMO É QUE É? Quem é esse cara? — Berrou Rafael.

— Não sei, eu não conheço ele. — eu disse sem entender.

— Sabe... É merecido, não que eu tenha gostado de ver isso aqui, mas é porque você saiu sozinha, já imaginou se o pior acontece? — Eu ia bater no Rafael, mas ai ele me puxou para perto dele colando nossos corpos, e pondo a sua testa na minha, então tudo desandou e ele disse — Eu seria capaz de matar alguém que fosse capaz de tocar em um fio de cabelo seu, se te machucarem...— Ele balançou a cabeça negativamente. E eu não disse nada.

— Tem ideia do que eu sou capaz de fazer se alguém te machucasse? Te ferisse? — Ele perguntou com uma expressão dura.

Neguei com a cabeça. Só que mal sabia ele, que ninguém além dele mesmo seria capaz de machucar tanto ao ponto de me fazer sofrer. Ele entrelaçou nossas mãos e me beijou lentamente... Seus lábios quentes e sedentos me deixaram bem animadinha, Rafael sendo Rafael. 

Mas, eu não tava no clima pra isso. Não agora.

— Ninguém seria capaz de me machucar, só você, infelizmente eu te amo muito e coisas como as que aconteceram ontem me fazem querer morrer. — Eu o abracei e o apertei contra mim, com muita força. Ele retribuiu o abraço, o soltei e fui para o closet, pegando uma roupa qualquer e voltei pro quarto. Ele ainda estava lá.

— Como era o cara que te fez isso, ele chegou a fazer algo a mais? 

— Não sei bem, ele é alto, meio forte, loiro, não lembro muito e não, ele não fez nada porque o dono de um quiosque, que estava ali perto viu, e bateu nele.

— Ta. — ele disse meio desconfiado. —  Vamos almoçar... Já esta na hora.

Almoçamos em paz... As najas saíram para um spa e só voltam a noite. 

OBRIGADO MEU DEUS. OBRIGADO!!!!!

Mais tarde, fui para a beira da piscina e fiquei lá pensando no que aconteceu hoje, ontem e no que me vem acontecendo sempre. 

Me vinheram tantas dúvidas.

Será que ele me ama?

Será que ele pelo menos gosta de mim?

E lá vai eu de novo parecendo uma adolescente, boba e apaixonada. 

Bufei de raiva de mim mesma eoltei aos meus pensamentos, mas fui interrompida pelo dono deles.

— Por que está aqui sozinha?_ Ele perguntou. Então se sentou ao meu lado, e pôs os pés dentro d’água.

— Estava pensando... E preferi ficar aqui._  respondi. 

_ Hum..._ ele abaixou a cabeça e virou um pouco de lado.

_ E você o que veio fazer aqui?

_Vim ficar com você, e vim te pedi desculpas por ontem. E por todos esses anos também._ Eu não estava olhando pra ele, eu estava olhando pra água, e congelei, quando ele falou aquilo._ Me perdoa? Por ter sido um babaca com você esse tempo todo?

_ Perai, isso é sério?_ perguntei não acreditando.

_ Sim isso é muito sério.

Lá vai eu de novo, mais ele me olhava de uma forma bem estranha. E eu sabia que era o olhar que eu sempre desejei ver, o de arrependimento, ele me pedia perdão por tudo. E claro que eu perdoaria, na verdade eu já tinha perdoado muito antes mesmo de ir a praia. Levantei minha mão até seu rosto e fiz um carinho ali, lentamente. Olhei fixamente pra seus lábios, e o beijei, carinhosamente, por muito tempo.

_ Tudo bem, eu te perdoo. 

Ele me beijou de volta, me arrastando pro seu colo. E quase me comendo ali depois de um tempo, o arrastei pro nosso quarto. E fizemos amor, por muito, muito tempo. 

Não importa quantas vezes ele erre,  que sempre vou acabar assim, o perdoando, e ficando em seus braços. Onde eu me sinto em paz e segura, pra ama-lo. Droga...