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História Love Without Tragedy - Patience


Escrita por: jatyrenation

Notas do Autor


a musica do capitulo é do shawn mendes, e ela emite o nosso pedido de paciência para com essa fic e suas autoras. é bem complicado pra gente sentar e escrever sobre ela enquanto que o motivo pela qual foi criada se desfez. apesar dos pesares, e depois de muito pensar em desistir dela, decidimos continua-la em respeito a quem le e gosta do universo criado aqui. nao queríamos deixar pontas soltas e um trabalho inacabado, portanto, faremos o possível para termina-la. ainda sim pedimos paciencia. nossos horarios sao reduzidos devido aos estudos e, muitas vezes, isso nos impossibilita a escrita e nos esgota as ideias. a universidade nao é facil amigos. entao paz. obrigado por continuarem conosco. aqueles q continuarem ne. por ultimo, qualquer sugestao ou erro ou whatever estaremos disponíveis no twitter como @nowaykatheryn e @twokisstoyou

Capítulo 14 - Patience


Narrador POV

Depois do acontecido, Lauren e Camila deixaram de tentar se evitar, e em seus encontros, sempre em público ou rodeadas por seus amigos, elas não agiam com estranheza. Inclusive, passaram as duas últimas semanas trocando mensagens intensamente. Sobre tudo e qualquer coisa. Lauren havia se distanciado consideravelmente de Keana, e quase nunca eram vistas juntas. Camila as viu uma única vez no refeitório, sentadas sozinhas numa mesa a parte dos seus amigos em comum, mas conteve seja lá o que ela achou ter sentido, e apenas se dirigiu a mesa de seus amigos. Ficou calada o almoço inteiro, e as vezes, se pegava encarando as duas. Mas depois desse dia, nunca mais as viu juntas, apesar de saber que ainda estavam em seja lá qual fosse a natureza de seu relacionamento.

Nessa última semana quase não se cruzaram em lugar algum na universidade. As reuniões do grupo de trabalho foram canceladas devido a semana de provas.

Para estudar, Camila desligava o celular a contragosto para poder se concentrar no que tinha de fazer, ao invés de ficar encarando o celular em cima da escrivaninha esperando brilhar "mensagem de Lauren Jauregui" no seu visor. Já Lauren, sabia que nem desligando o celular resolveria, já que ele, especificamente, não era seu problema. Sua cabeça estava sempre nas nuvens e era muito difícil descer. Passou a maior parte de seu tempo em seu dormitório, junto com Normani, as duas sempre com seus livros e notebooks abertos na matéria a ser estudada, mas sempre estavam conversando sobre algo completamente aleatório. Lauren sentia uma grande urgência em conversar sobre Camila com Normani, mas se sentia envergonhada, então não falava sobre ela. Apesar de Normani saber de tudo o que estava acontecendo, mas não por Camila. Normani sentia, nos espaços vazios de suas conversas com Lauren, que a garota desejava lhe perguntar algo relacionado a Camila, mas sempre desistia. Normani sempre agradecia mentalmente pela desistência porque ela não queria estar mais uma vez entre um relacionamento entre duas amigas, e não cometeria os mesmos erros.

Na sexta-feira, dia da última prova para todos, Hailee mandou mensagem para um grupo de pessoas, os convidando para passar o final de semana na casa de praia. Partiriam ainda nesse mesmo dia. A maioria confirmou antes mesmo do horário do almoço, quando iriam ser liberados.

Camila's POV

- Shawn, pelo amor de Deus! São só dois dias e meio numa casa de praia, não é possível que seja tão difícil colocar duas sungas na mochila! – Hailee gritou na sala, deitada há meia hora em um dos sofás, enquanto eu estava deitada no outro.

- Eu já tô indo! – Shawn gritou do quarto.

- Eu não acredito que ele demora pra se arrumar mais do que nós duas juntas. Isso não existe. – Hailee dizia balançando a cabeça negativamente olhando para o visor do celular, enquanto falava comigo.

- Hailee, isso é sexista.

- Eu sei que é, mas porra... você tem que me entender aqui. – Ela se sentou no sofá e logo levantou indo em direção ao quarto. – Pelo menos não disse "pior que mulher".

- Mas foi quase.

Podia ver os olhos de Hailee revirando enquanto a via balançando a cabeça positivamente enquanto chegava a porta de seu quarto. A vi parando na porta, com as duas mãos na cintura.

- Ah mas eu não acredito nisso! – Ouvi Hailee quase gritando. Ela se abaixou pra pegar a sandália do pé e jogar para dentro do quarto. Provavelmente para acertar Shawn. – Agora que você terminou de tomar banho?!

- Ai! - Shawn exclamou. E eu ri. – Isso é um relacionamento abusivo, sabia?

- Eu ainda não mostrei nem metade do tanto que eu posso ser abusiva. Eu juro que vou te matar. – Ela disse entrando no quarto.

- Não pera aí, amor. Eu tava hidratando o cabelo, olha como ta macio. – O ouvi se defendendo.

- Macio ta meu ovo, Shawn. – Hailee saiu do quarto rindo e jogando a sandália no chão para calçá-la. Enquanto Shawn a seguiu até a porta, onde se encostou só de toalha. – Eu vou com a Camila comprar comida logo, e quando eu voltar se você não tiver lá na frente com a sua mochila eu subo aqui e te mato e pronto. Eu to rindo mas to falando sério.

Eu levantei do sofá e peguei minha mochila reprimindo o riso em uma linha reta na boca. Balancei um braço pra cima e pra baixo, batendo um dedo no outro pela repreensão quando Hailee já havia passado por mim.

- Objetivo de relacionamento. – Eu disse.

- Ai, tu também não vem me estressar não. Ainda to tendo que digerir o fora que você deu na Lauren. - Ela pegou a chave do carro no balcão, levou as mãos para alto em uma menção para deixar pra lá. - Nem quero pensar nisso. Vamos logo, que estamos atrasadas, graças a belezinha aí.

Hailee passou essas duas semanas tentando insistir no assunto mas eu só disse o que aconteceu, e pra ela não pareceu o suficiente. Nunca é, mas inexplicavelmente eu também sentia isso dessa vez. Pra mim o que aconteceu não foi o suficiente. Eu queria mais, muito mais.

Fizemos as compras, pegamos Shawn, que foi no banco de trás porque Hailee disse que estava muito irritada com ele pra aguentá-lo ao lado dela a viagem inteira, e seguimos para o campus. Normani disse que iria com Lauren, então só nos dirigimos ao ponto de encontro para que todos seguissem nosso carro. Hailee buzinou para uma Amarok cabine dupla toda preta, e para a Range Rover branca de Lauren, que buzinaram de volta. Hailee nem parou. Apenas virou a rua e foi seguida pelos dois carros.

Fiquei pensando sobre o quanto eu queria estar no outro carro. Eu queria muito estar do lado de Lauren e não de Hailee. Não que eu não apreciasse estar na companhia da minha melhor amiga, mas sentia uma extrema urgência em estar perto de Lauren.

- Tudo o que eu tenho pra falar é que você tem essa viagem inteirinha até a casa de praia, que não é muito longe, pra você decidir como vai prosseguir com o assunto Lauren. E eu to falando muito sério quando digo que você vai passar 2 dias e meio tão perto dela que você não vai conseguir segurar seja lá o que você ta tentando segurar, então é melhor que você pense do que faça merda por impulsão. - Hailee disse, e sem esperar por uma resposta, que sabia que não receberia, aumentou o volume do som.

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A casa de praia de Katy era tão magnífica quanto a mansão dela. E ela era obcecada por casas de vidro. Felizmente ela não tinha problemas pro que viam ou deixavam de ver ali já que a distancia da casa dela para a mais próxima era de quilômetros. Então seria um final de semana bem épico.

Passamos pela segurança tranquilamente e fomos recepcionados pela governanta da casa de praia, a Sra. Thorn, que via poucas vezes mas a adorava imensamente. Ela se apresentou a todos e disse que estaria a uma ligação se precisássemos de seus serviços, Srta. Perry havia deixado claro que era pra nos deixar sozinhos na casa, pois eu, Hailee e Shawn sabíamos que ficaríamos responsáveis por ela. Tudo o que precisávamos estaria disponível. Após a tour pela casa, todos com ainda desacreditados, Sra. Thorn se dirigiu a mim e disse:

- Srta. Camila, a Srta. Perry me mandou que eu deixasse o meu número com a senhora caso precisem de mim. Eu chegarei num instante. Por favor, não destruam nada. - A senhora de cabelos loiros amarrados num coque me disse com a voz muito doce. Toquei-a nos ombros para acalmá-la.

- Sra. Thorn, eu não permitirei que façam isso. Não iremos lhe dar trabalho algum. Tudo bem? - A baixinha fez que sim com a cabeça e me agradeceu, se despediu de todos e saiu.

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Eu não sabia mas Skyler havia sido convidada e, estranhamente eu não me importava como eu achei que me importaria. Já Lauren, eu parecia estar hipnotizada com qualquer movimento dela. Por alguma razão, passamos o dia inteiro sem falar uma com a outra. Só trocamos olhares e sorrisos quando alguém era pego já olhando.

Todos estavam na sala de estar incrivelmente grande e com uma vista para o mar impressionante. A única coisa que não era de vidro nas paredes daquela sala, era a coluna de pedras que abrigava a maior televisão que alguns ali viram na vida. E todos concordaram que, mesmo sendo uma casa de praia digna de atividades menos tecnológicas, ninguém iria dispensar jogar videogame naquelas condições.

Sabendo da minha pouquíssima coordenação motora para esse tipo de coisa, sobrou pra mim a tarefa de fazer o jantar. Hailee sugeriu que alguém me ajudasse, e mesmo que eu negasse ajuda, prontamente Skyler se ofereceu.

- Vocês não conseguem tirar os olhos uma da outra. - Skyler disse depois de longos minutos de silencio na cozinha depois que decidimos o que fazer.

- Que? - Tinha que me fazer de desentendida mas meu rosto aqueceu e eu sabia que estava vermelha.

- É, não adianta se fazer de desentendida. - Ela disse cortando tomates enquanto fritava cogumelos.

- Eu não entendi onde quer chegar. - Eu respondi e a olhei. Ela se virou para mim.

- Eu não to querendo atacar, não precisar subir a guarda, Camila. - Ela disse movendo a faca ainda em sua mão. Eu olhei para o objeto e ela o largou imediatamente para voltar a me olhar. - Hailee acha que eu estou segurando você a prosseguir e apesar de isso ser ótimo para o meu ego eu sei que não é isso, então eu só estou tentando entender e ser tua amiga aqui.

- Hailee não deveria estar falando sobre mim com você. - Eu disse e Skyler relaxou sua postura ereta, e se apoiou em uma das pernas pendendo a cabeça pro lado.

- Não faça isso mais difícil do que já é para ela. Eu acho que nossos amigos já sofreram muito pelos nossos assuntos inacabados. 

- Nenhum assunto nosso está inacabado. Na verdade, estão todos acabados. Eu já disse que podemos ser amigas mas não tenha a expectativa de que tudo será o mesmo. E não, eu não falarei sobre ela com você, ou qualquer aspecto da minha vida amorosa. É insensato.

- Então ela é um aspecto da sua vida amorosa? - Ela disse com um sorrisinho no rosto.

- Eu te odeio. - Eu disse rindo e voltando minha atenção para a panela.

- Eu sei que você tenta. E felizmente não consegue.

- É, não consigo.

- Então eu posso ser sincera e você vai me escutar e vai tentar me odiar mas não vai conseguir, e então eu vou tentar te ajudar.

- Não. - Ela se aproximou de mim e desligou o fogo. A olhei reprendendo a ação.

- Eu acho ela maravilhosa e encantadora e muito bem educada. E, infelizmente, ela parece ser tudo o que eu não pude ser pra você, que é, em resumo, paciente. Então, eu, por um momento da minha vida, decidi deixar de ser egoísta e pretendo não atrapalhar você em nada, inclusive Hailee tem vários planos e esse é um. Porque aparentemente juntar casais é o que ela pensa quando ela tá indo dormir. Enfim, o que eu quero falar é, se você tivesse sido um pouco mais flexível em relação ao teu projeto e eu tivesse sido um pouco mais flexível em relação as coisas que você ama nós ainda estaríamos juntas. E como amiga agora, eu preciso dizer que me desespera a ideia de que, mesmo com tudo o que sofremos, você ainda não esteja disposta a ser flexível por alguém que todos nós sabemos que você tá completamente louca. Eu passei por isso e pulei do barco não porque era muito pra processar, mas porque eu não era capaz de processar. Mas suponho que pra ela, tu não está nem dando a chance de saber tudo. Você não é nada menos que extraordinária e eu sinto muito se um dia eu te fiz sentir menos que isso. Eu tenho certeza que, se você se permitir, isso vai ser uma coisa boa. Você é extraordinária, e isso é o que ela vai concluir se você contar.

- O meu projeto foi aceito.

- Eu sei. Hailee me contou. É por isso que eu sei o que você está fazendo com a Lauren, porque é o que fez comigo.

- Não ponha a culpa do nosso termino em mim.

- Eu sei, desculpa. Não é nesse sentido que eu quero dizer. Eu só quero que você entenda, Camila. Ela tá no outro comodo. Você quer ela mas tá se afastando por um motivo que pode ser facilmente resolvido. E eu sei que ela é a única depois de mim. - Olhei para ela desconfiada. Mas ela só me disse. - Faz muito tempo, Camila. Você tem que se permitir sentir.

- Eu disse que não falaríamos sobre ela.

- Eu não to falando sobre ela, eu to falando sobre você que agora inevitavelmente se refere a ela. Isso deveria significar algo pra você. - Ela ligou de novo o fogo. - Você é muito inteligente pra ser burra assim. Pense rápido sobre isso.

E então Skyler gritou por Hailee, que apareceu muito mais rápido do que eu esperava.

- Já? - Hailee falou e eu a encarei incrédula.

- Sim, senhora. - Skyler disse pegando um pano de prato e enrolando na mão. Eu pensei imediatamente "ah não".

As duas iniciaram a encenação de como se Skyler tivesse cortado o dedo com a faca, e Hailee saiu da cozinha chamando pelas especialidades de Ally, que provavelmente saberia do plano e concordaria, ou talvez ja soubesse. Logo depois chamou Lauren para ver se estava disponível a me ajudar, que Hailee sabia que estaria. Eu pensei em sair pela porta dos fundos e correr. Aquilo não existia. Agora até Skyler estava envolvida em tomar as decisões da minha vida por mim, mesmo que eu tenha a excluído desta ha muito tempo. Eu não saberia o que dizer a Lauren, eu não tenho ideia do que Hailee espera que eu faça. Lauren entrou na cozinha e eu estava digerindo o que Skyler havia dito em desespero.

- Oi, precisa da minha ajuda? - Lauren perguntou se escorando na bancada. Eu a olhei por alguns segundos, sentindo o meu coração acelerar. Voltei minha atenção para a panela a minha frente.

- Eu acho. Na verdade, sim. Você pode terminar de cortar os tomates que Skyler estava cortando. - Eu disse sem olha-la. Eu não sabia o que fazer, nem o que falar.

Permanecemos em silencio durante todo o tempo. Agir normalmente entre os amigos, era possível. Trocar mensagens normais como se fossemos apenas amigas também era possível. Ficar numa cozinha a sós, mesmo que com nossos amigos a um comodo dali, sem que ficasse uma tensão no ar, isso era impossível. Ainda mais quando o seu cérebro não ajuda e começa a tramar diversos cenários imaginários das possibilidades de como aquele momento poderia terminar em um beijo. E o meu literalmente não estava mais funcionando para fazer nada além de me imaginar beijando Lauren Jauregui naquele momento. Ela estava a dois passos de mim agora. Eu sentia o seu olhar nos meus ombros. Bastava eu me virar. Mas eu não o fazia. E em muitos momentos não estava claro o porque.

Nossa comunicação na cozinha não passou de algumas palavras monossilábicas. Quando terminamos, ela ficara encostada na bancada me olhando da mesma forma que o fez quando adentrou a cozinha. Olhava-me como se soubesse o que eu estava pensando. Com as sobrancelhas levantadas. Estávamos em extremos opostos numa cozinha verdadeiramente grande. Ela cruzou os braços deixando a mão direita a mostra, eu podia ver seus dedos tamborilando suave e lentamente em seu próprio braço. A cada segundo que passava eu me sentia diminuir de tamanho a sua presença. O olhar ali escuro.

- Você tá bem? - Ela quebrou o silêncio absurdo ali, apesar de poder ouvir muito distante o barulho que os nossos amigos faziam na sala.

- Ótima.

- Tem certeza? - Ela descruzou os braços, colocando-os para traz impulsionando-se para frente.

- Não. - Eu respondi vendo ela começar a andar em direção a mesa central que nos separava.

- Por que você não tem certeza? - Ela lentamente espalmou as mãos na mesa e me olhou de forma que eu não conseguiria descrever. O decote em sua blusa se tornou mais acentuado e eu não pude deixar de olhar.

- Você não facilita. - Eu respondi mais rápido do que pensei.

- Eu não to fazendo nada. - Ela disse sorrindo. Meu coração já estava descompassando.

- Não quero imaginar o que seria você fazendo algo.

- Se quisesse, não precisaria imaginar. - Lauren levantou a sobrancelha e ficou angustiantemente séria.

Eu suspirei auditivamente. Ficamos mais alguns segundos nos encarando. Então, eu desviei meu olhar. Dobrei o pano que estava na minha mão e o coloquei na mesa central do comodo. Caminhei em direção a saída da cozinha para a sala.

 

 



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