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História Love Words - Pensamento lateral.


Escrita por: GabrielaMelo

Notas do Autor


Olá olá! <3

que a partir desse capítulo os babados comecem hahaha

Ps: Podem contar a dedos o final da Fic ( Vocês tão lembrados que é uma Mini fic né?)

Espero que gostem do capítulo! Boa leitura ><

Capítulo 15 - Pensamento lateral.


Fanfic / Fanfiction Love Words - Pensamento lateral.

 

Chris entra no auditório com uma felicidade enorme. Toda ideia de que agora ele está namorando o moreno e de que a família do mesmo gostou tanto dele o está fazendo ficar nas nuvens. Nada pode estragar essa sua felicidade, absolutamente nada.

-Onde é que você se meteu nesse final de semana? – Will anda na direção de Colfer, fazendo com que agora sim sua felicidade desapareça de seu corpo.

-Eu fui visitar a minha família. – Chris mente, parcialmente.

-E por que não atendeu as minhas ligações? Por que seus amigos não queriam me dizer aonde você estava? Por que não me avisou que ia para lá?

-Will, vamos com calma, ok? Isso aqui é um namoro e não uma prisão. – Chris revira os olhos e passa por ele, subindo no palco.

-Você está diferente. – Will o segue. – Aconteceu algo que não estou sabendo?

-Eu não estou diferente, só não gosto de me sentir preso. – Chris começa a se alongar para aula. – E você está fazendo eu me sentir assim.

Sherrod o encara e só então suspira. Ele leva uma das mãos a cintura e pensa em algo que não faça esse momento desandar de vez.

-Me desculpe. – E ele enfim fala. – Como eu disse. Eu nunca namorei e não sei bem como fazer as coisas funcionarem.

-Só não tente demais. – Chris avisa esticando os braços.

-Ok, não tentar demais. – Will mexe a cabeça em positivo. – Acho que posso fazer isso.

-Ótimo. – Chris termina de se alongar e vira-se na direção dele. – Onde está a professora?

-Ela foi resolver algumas coisas… – Will aproxima-se dele. – E falando nela.. Victoria meio que permitiu que nos apresentássemos na Sinfonia de Outono.

-O quê? – Chris o encara. – Ela permitiu? Como assim ela permitiu? Eu não pedi a ela.

-Eu pedi. – Will cerra os dentes.

-Você enlouqueceu, Will? – Chris o encara em perplexidade. – Esse é o evento mais importante do ano! Você tem noção de que isso agora será a nossa prova?

-Eu sei, eu sei. – Will parece arrependido. – É que nós dois ficamos ótimos nos ensaios e eu pensei que…

-Que poderia ferrar tudo de vez fazendo com que nos apresentássemos na frente de toda maldita Universidade? – Chris está completamente irritado.

-Me desculpe. – Will suplica.

-Agora já é tarde. Estamos ferrados.

-Temos apenas que treinar bastante. Vai ser fácil.

-Diga isso por você. – Chris vira-se irritado.

-Chris… – Will apoia sua mão nas costas dele.

-Escute… – Chris fala ainda de costas. – Temos pouco tempo para ensaiar, então vamos começar hoje a noite aqui nesse auditório. Se você reprovou várias cadeiras justamente por ser impulsivo desse jeito, não deveria me puxar junto para mais uma de suas impulsividades.

-Não seja tão cruel. – Will retira a mãos das costas dele.

-Não estou sendo cruel. – Chris vira-se novamente para ele. – Estou sendo realista.

[…]


 

-Esse garoto tem algum problema? – Darren pergunta enquanto serve o castanho.

-Eu não faço a menor ideia. – Chris fala irritado. – Onde já se viu isso? Ele que se ferre sozinho e não me leve junto.

-Não tem como você falar com a diretora? – Darren senta-se na cadeira e começa a comer.

-Você acha mesmo que a Aretha irá me ajudar em algo? – Chris o encara e Darren apenas nega com a cabeça. – Pois bem, agora terei que me apresentar nessa droga e se não estiver perfeito, o que de fato não estará, eu reprovarei essa cadeira.

-E será 6 semestres a mais para podermos assumir o namoro. – Darren comenta.

-Exato. – Chris aperta com raiva os talheres.

-Mas quer saber? Eu não me importo. – Darren se levanta e caminha até a direção dele. – Você vai arrasar nesse trabalho e assumiremos o namoro muito antes que possamos pensar.

-Admiro a sua positividade. – Chris dá uma risada e o professor abraça-o por trás.

-E eu admiro tudo em você. – Darren o beija na nuca. – Admiro tanto que estou louco pelo seu cheiro, seu beijo, sua companhia e tudo que envolve você.

-Você me derrete falando desse jeito. – Chris sorri enquanto o professor continua dando leves cheiros em seu pescoço.

-E você me derrete quando simplesmente respira. – Darren suspira. – E é exatamente por isso que eu te… – E só então ele arregala os olhos e larga Colfer. – Te…

-Me? – Chris vira-se na direção dele.

-Te… te… – Suor começa a escorrer da testa do moreno. – Te…

-Você me o quê, Darren? – Chris o encara confuso.

-Te… te apoio em tudo! – O professor escapa por pouco. – Em tudo!

E só então ele engole a seco e o castanho o encara em plena confusão.

-Ok… – Chris continua o encarando. – Obrigado?

-Eu vou… – Darren mexe a mão em direção ao corredor e em puro nervosismo começa a andar em direção a um dos cômodos. – Eu vou… vou lavar as mãos.

-Darren! – Chris o impede de entrar em uma sala. – Essa casa é sua e você deveria saber que o banheiro não fica para esse lado.

-Ah, sim! – Darren dá uma risada nervosa, pegando a outra direção. – Você tem razão. Obrigado.

-Por nada… – Chris continua o encarando, até que enfim, na intenção de mudar de assunto o professor simplesmente anda ligeiro em direção ao banheiro.

[…]


 

-Mia, eu vou ensaiar com o meu namorado, ok? – Will fala com ela no celular.

-Onde vocês estão? – Ela questiona irritada.

-Vamos ensaiar aqui no auditório, por quê?

-Porque eu tenho certeza de que você está mentindo! Vocês não estão namorando, com certeza você está acoitando ele!

-Não, eu não estou Mia! – Will retruca irritado.

-Isso é o que veremos. Estou indo para aí.

-Não, não venha! – Will implora porém ela desliga.

Sherrod respira fundo em raiva e aperta com força seu celular, não há ninguém no mundo que ele odeie mais do que a professora Swier.

-Will? – Chris o chama. Rapidamente Sherrod olha para a porta, o vê entrando e em questão de segundos sua raiva some apenas por ter a presença dele.

-Pronto? – Will pergunta sorrindo.

-Se eu estou pronto para reprovar uma cadeira por sua culpa? – Ele diz sarcasticamente. – Acho que sim.

-Chris, eu já pedi desculpas. – Will parece completamente arrependido. – Eu sei que não deveria ter feito isso, mas nós somos tão perfeitos juntos.

-Isso não significa que você precisa me fazer reprovar uma cadeira. – Chris sobe no palco. – Mas agora já é tarde. Vamos começar logo com isso.

-Ok… bom, eu pensei que poderíamos encenar a música Elastic Heart da Sia. – Will sugere. – O que acha?

-Com certeza Victoria implicará por não ser uma música dos anos 60. Mas… tudo está perdido mesmo, então por que não?

-Ok… – Will concorda e só então caminha até o pequeno som no chão, enfim ligando a música. – Como naqueles nossos ensaios.

Sherrod adverte e o castanho apenas concorda, sendo assim a batida da música começa.

Rapidamente o castanho anda na direção dele, porém para. Ele leva sua mão e aproxima-se da dele, mas não a toca. Ambos fecham os olhos, Will se agacha e Chris faz sua perna voar por cima de sua cabeça. O castanho faz gestos para trás e Will levanta-se, segurando-o pela cintura e o fazendo ir de um lado para o outro como se ele fosse um boneco de pano.

Chris leva sua mão ao coração e novamente Will se agacha. Colfer se agacha junto a ele e enfim o toca em seus braços e em seguida em seu rosto. Ambos se observam nos olhos e mais uma vez Chris gira de posição, ficando de costas. Will o toca nos ombros e aproxima seu rosto da pele dele, arrastando o mesmo pelas suas costas. Até que enfim, mais uma vez Chris vira-se de posição e suas mãos se tocam.

Os dois novamente se olham e Will observa os olhos dele atentamente. Agora uma de suas mãos se solta das de Chris e o castanho observa isso confuso, tendo em vista que não estava em seus ensaios. Sherrod leva sua mão ao rosto dele e o alisa lentamente enquanto ainda o observa. A música continua a tocar e Chris o encara e só então Will devagar aproxima seus lábios dos deles e quando está prestes a beijá-lo o castanho se afasta um pouco.

-Will… – Chris vira o rosto. – Viemos ensaiar.

-Não beijo você há dias, estou com saudades. – Will puxa o rosto dele com o dedo. Chris volta a olhá-lo e percebe que o coração dele bate forte. – Além do mais que tem algo em você que me deixa curioso. Você é diferente dos outros. Você é alguém apaixonável.

-Will… – Chris respira fundo e tenta não olhá-lo.

-Eu não queria, mas estou gostando tanto de você. – Will alisa o rosto dele.

-Acho melhor voltarmos ao ensaio. – Chris avisa retirando a mão dele.

Will o olha bem nos olhos e só então senta-se de vez no chão. Chris o observa e vê que a expressão do mesmo mudou e agora ele parece estar triste.

-O que foi? Disse algo? – Colfer pergunta também se sentando.

-Eu só… – Will arrasta suas mãos pelos cabelos. – Eu só não gosto de me apaixonar.

-Por quê? – Chris se interessa.

-Cometo muitos erros quando estou apaixonado. – Sherrod respira fundo ao se lembrar de um dos motivos pelo qual Mia o chantageia.

-Você pode me contar. Pode confiar em mim. – Chris segura a mão dele.

-Quando eu disse a você que nunca namorei eu menti. – Will o olha nos olhos. – Na verdade, eu namorei há um tempo, assim que entrei na Universidade. Eu me apaixonei por um garoto do meu curso e tudo na minha vida se tornou maravilhoso. – Os olhos dele ficam marejados. – Eu nunca havia sentido algo assim por ninguém, nunca meu coração bateu tão rápido quanto por aquele cara.

-E o que houve entre vocês dois? Por que você não quer mais se apaixonar?

-Eu não posso contar. – Will começa a chorar, ele leva as duas mãos aos olhos e Chris o encara assustado.

-Sim, você pode. – Colfer aperta o braço dele. – Vamos, me conte.

-Ninguém sabe disso. Não eu não posso. – Will chora como nunca.

-Vamos, Will. – Chris insiste, mas nota que ele não dirá nada. – Ok, vamos fazer o seguinte. Eu também tenho um segredo enorme, se você me contar esse seu eu conto o meu.

Sherrod retira suas mãos dos olhos e o encara. Sendo assim, respirando fundo ele enfim começa a contar:

-Eu o amava muito. – Ele inicia. – Nós começamos a namorar e como eu disse meus dias não poderiam ser mais perfeitos. Porém, depois de meses de namoro, houve um dia em que o peguei com outro cara. Eles estavam no alojamento dele e transavam. Comecei a brigar com ele e a partir disso brigávamos todos os dias. Eu não conseguia mais ter confiança, porém também não queria deixá-lo. – Ele continua a falar e Colfer o observa atentamente. – Eu o amava demais e simplesmente não conseguia terminar tudo, até que ele próprio terminou. Meu namorado me largou pelo outro, disse que não me amava e que tudo aquilo que tivemos era apenas uma confusão da cabeça dele.

-O quê? Que idiota. – Chris o encara atentamente. – Mas e depois? O que houve?

-Quando ele me contou isso, estávamos no estacionamento da Universidade. Ele entrou em seu carro e eu tentei fazer ele parar, eu queria mais explicações e não conseguia aceitar o fato de que o que tivemos não foi real. Aquilo era real. Eu sabia. E foi então que ele arrancou de vez com o carro e seguiu em direção a saída do Campus. A professora Swier estava bem próximo de mim e durante a briga eu nem sequer a tinha notado. Ela aproximou-se de mim e mandou eu ir atrás dele, disse até que eu poderia usar o seu carro então eu o fiz.

-A Mia mandou você ir atrás dele com o carro dela?

-Exatamente. E eu fui. Você deve saber daquela colina que dá em uma parte do oceano de Los Angeles, certo?

-Sim, sei sim. – Chris o encara em medo. – Por que, Will?

-Teve um instante que eu consegui me aproximar dele e comecei a gritar pela janela. Ele gritou de volta mandando eu aceitar o fatos e que não estávamos mais juntos. Nós começamos a discutir sem parar até que eu gritei que o amava e foi então que ele disse que jamais me amou e que jamais me amaria. Eu fiquei em choque, mas, mesmo assim, gritei novamente, até que ele me calou com um empurrão de seu carro no meu. Novamente ele repetiu que não me amava e que ninguém jamais me amaria e foi então que eu não aguentei a raiva, meu corpo ficou quente e o maior ódio que já senti em toda minha vida subiu pela minha alma. E exatamente após isso simplesmente bati com o carro da Mia no dele, porém, eu não tinha percebido que estávamos em uma curva e o carro dele simplesmente caiu ribanceira abaixo.

O castanho arregala os olhos e leva as mãos a boca em pleno choque. Novas lágrimas aparecem nos olhos de Will e o momento não poderia estar mais obscuro que agora.

-O carro dele girou, girou e girou. Não caiu no oceano, mas ficou preso em algumas rochas. Eu logo sai do carro em desespero e vi que o carro dele estava prestes a pegar fogo. Fui covarde e simplesmente entrei no carro da Mia novamente e voltei para o Campus. No estacionamento não aguentei e desabei em cima dela, contei tudo o que houve e disse que precisava de ajuda. Ela apenas me disse para ficar em silêncio e assim eu fiquei até hoje.

-Mas e ele? O que houve com o seu ex?

-Por sorte ele não morreu, mas por azar… – Will novamente começa a chorar, ele leva uma das mãos aos olhos e respira fundo. – Ele ficou tetraplégico. Hoje em dia ele sequer mexe direito a cabeça e mal fala. Ele também não se lembra do que houve naquele dia e as autoridades deram o caso como acidental. Saiu em todos os jornais e os pais dele ainda hoje procuram o culpado por isso.

-Oh meu deus, Will. – Chris está se segurando para não chorar. – Que horror.

-E além de me sentir culpado todos os malditos dias, tenho também a Mia me chantageando até hoje.

-O quê? Ela chantageia você?

-Claro. Do jeito que a Mia é você acha mesmo que ela perderia a oportunidade?

-Ela é tão ruim assim? – Chris a encara em confusão.

-Chris… se lembra daquele professor de Futebol Americano que foi demitido? – Will questiona e Chris apenas mexe a cabeça em positivo. – Ela foi quem entregou ele para Aretha. A Mia era obcecada por ele e quando viu que não teria retorno e viu que ele estava com uma aluna, entregá-lo foi a primeira coisa que ela fez.

-Oh meu deus. – Chris o encara em choque.

-Sabe… ela também me mandou fica de olho em você.

-O quê? Como assim?

-Ela pensou que você estava com o Darren e me mandou ficar de olho nos dois.

-O quê? Então você só se aproximou de mim por conta disso? – Chris se ofende.

-Antes sim, mas não agora. Eu gosto de você. – Will o observa com um sorriso triste. – E saber que posso me apaixonar me deixa morrendo de medo.

-Talvez você não devesse se apaixonar. – Chris retruca olhando para baixo.

-O quê? Do que está falando?

-Você contou o seu segredo, agora tenho que contar o meu. – Chris o encara atentamente e Will o observa em curiosidade. – O que a Mia mandou você fazer não foi em vão.

Will o encara em confusão e fita o castanho com seus olhos cerrados. Chris estaria fazendo o certo em contar tudo que está havendo entre ele e o professor? Deveria o castanho confiar de tal maneira em Sherrod?

-Como assim? – Sherrod questiona confuso.

-Eu não posso continuar mentindo, pois você não pode aprofundar mais esse seu sentimento em relação a mim e eu espero que você não fique com raiva pelo que vou contar, mas eu precisava de uma escapatória e você era o mais próximo de mim para isso.

-Chris, do que você está falando? – Sherrod retruca mais confuso do que nunca.

Colfer o encara e engole a seco, pensando se deveria falar a verdade de uma vez por todas ou mais uma vez omitir e esperar que o pior chegue.

-Eu… eu… – Chris o encara nos olhos. – Eu de fato estou com o Darren.

No mesmo instante Sherrod o encara em espanto, ele recua para trás e desajeitadamente se levanta em choque.

-O quê? – Ele questiona encarando o castanho chocado. – Então você me mentiu? Você fingiu que queria namorar comigo apenas para não suspeitarem?

-Will, por favor, não fique com raiva de mim. – Chris se levanta e Will recua em um passo, ainda perplexo. – Eu não tinha o que fazer, você era minha única saída. Por favor, não me odeie.

-Como você pode? – Will questiona em fúria. – Eu confiei em você!

-Will… – Chris tenta se aproximar dele, porém Will simplesmente vira-se de costas e rapidamente desce as escadas do palco. – Will!

Chris grita por ele, mas Sherrod anda o mais rápido possível para fora do auditório, saindo dele em questão de segundos. Chris continua parado onde está, encarando a saída ainda do palco. Um arrependimento inimaginável o atinge e agora suas mãos começam a suar, bem como seu coração começa a bater rápido.

-Chris? – Darren aparece assustando o castanho.

-Darren? – Chris arregala os olhos. – O que você está fazendo aqui?

-Desculpe-me, não resisti e fiquei observando escondido vocês dois da porta. – O professor se aproxima. – Desde que me disse no almoço que viriam ensaiar aqui sozinhos fiquei com medo de que acontecesse algo.

-O quê? Sério isso? – Chris questiona chocado.

-Desculpe. – O moreno sobe no palco. – Mas então… você disse.

-Sim. – Colfer abaixa a cabeça. – Não deveria ter dito. Estraguei tudo.

-Não, não estragou. Mas você acha que ele contará a Mia? – Darren o observa.

-Eu não faço a menor ideia. – Chris respira fundo e ao mesmo tempo que ambos conversam em cima do palco, a professora Swier se aproxima assim como antes prometido a Will pelo celular.

-Temos que ter cuidado com ela. – Darren diz aproximando-se mais dele e segurando sua mão. – Não queremos que nada estrague isso que temos, certo?

-Claro que não. – Chris diz e em contrapartida a professora entra no auditório.

Assim que Mia coloca seus pés no lugar, rapidamente se assusta ao ver os dois juntos em cima do palco e ainda por cima de mãos dadas. Seus olhos se arregalam e rapidamente um sorriso se abre em seus lábios. Swier não pensa duas vezes e logo se esconde em uma das últimas cadeiras do lugar, passando a observar os dois atentamente.

-Eu deveria ir atrás dele? – Chris pergunta.

-Não hoje. Ele provavelmente deve estar furioso agora.

-Ok, então amanhã vou conversar com ele e tentar explicar de uma forma melhor. – Chris respira fundo. – Minha cabeça já está cheia. Eu queria simplesmente esquecer de todos os meus problemas.

-Então não vamos pensar. – Darren aproxima-se dele e segura-o pela cintura. Os olhos de Mia novamente se arregalam e seu queixo despenca em choque.

-Darren, acho pouco provável que eu não consiga ficar pensando em meus problemas.

-Chris… – Darren o observa bem nos olhos. – Se lembra que no primeiro dia de aula eu falei que queria todos vocês pensando lateralmente?

-Sim, lembro… por quê? – O castanho o encara confuso.

-Porque você não está fazendo isso. Você está se desesperando. – O professor respira fundo. – A partir do nascimento nós aprendemos a ver e entender as coisas de uma maneira. Somos guiados a isso e se qualquer pessoa infringe tal regra o mundo o olha com maus olhos. Por exemplo… Galileu Galilei disse que a Terra girava em torno do sol e não vice-versa. Todos o humilharam… Como ele poderia dizer tal absurdo se todos viram claramente que o Sol estava se movendo e não a Terra?

-Onde quer chegar com isso? – Chris o encara mais confuso ainda.

-Colombo. – Darren ignora a pergunta dele. – Muitos o acusaram de louco quando ele supôs que a Terra era redonda, afinal de contas todos viam claramente que a Terra era plana. No tempo dos meus avós as pessoas gostavam dos livros de Júlio Verne, mas para todos, ele não se passava de um mero autor de fantasias, afinal de contas, como poderia existir submarinos ou como diabos o homem chegaria a lua?

-Essas duas coisas aconteceram anos depois. – Chris responde.

-Irônico, não? – Darren dá uma risada. – Todos eles se atreveram a pensar de maneira diferente, pois de fato, existem soluções diferentes. Às vezes, para chegar a um lugar que você tem que ter desvios de ida e volta. Em geral, nós confiamos em nossos olhos, quando na verdade temos mais sentidos. Às vezes a pessoa está vendo, mas tocar, cheirar, ouvir ou provar algo acaba fazendo mais sentido do que simplesmente observar. Nós entendemos as palavras de uma maneira. Precisamos deixar de lado essa única maneira de ver o mundo.

O professor continua a falar e Chris o observa atentamente, bem como Mia, que agora parece estar mais confusa do que tudo.

-Bem, isto é pensamento lateral. Nada tem uma solução única. Nem tudo é o que vemos através dos olhos, pois temos mais outros quatro sentidos. Nós apenas temos que nos encorajar a usá-los e aprender a ver, mas a ver sentindo, escutando, provando e ousando. Nem tudo é o que vemos com os olhos. Há sempre mais, muito mais. Você apenas tem que aprender a ver.

-Mas o que isso tudo tem a ver com o Will?

-Pensei que eu tivesse sido claro, meu lindo. – Darren o puxa para mais perto. – O Will sabe sobre nós dois e não tem como voltar atrás sobre isso, portanto o nosso dever agora é fazer com que esse saber dele não se espalhe, coisa que muito provavelmente acontecerá. E se isso vier a acontecer, teremos que pensar lateralmente em uma forma de fugirmos ou encararmos de frente o que está por vir. Fecharemos os olhos ou gritaremos?

-Eu acho que prefiro gritar do que fechar os olhos. – Chris o encara bem.

-Então gritaremos. – Darren sorri. – Mas não de uma forma que nos prejudique, afinal de contas, ainda preciso desse dinheiro e você dos estudos.

-Acho que entendi o que quer dizer com tudo isso. – Colfer dá um sorriso. – Precisamos quebrar esse sistema.

-Exatamente. – Darren sorri. – Mas agora não vamos pensar nisto, afinal de contas não quero estragar a felicidade que estou sentindo aqui dentro do meu coração em tê-lo como meu namorado.

O castanho dá um sorriso, um dos mais bonitos que Darren já viu e exatamente por isso sem pensar duas vezes o moreno leva seus lábios aos dele. Ambos se beijam entre um suspiro e os olhos de Mia arregalam-se mais uma vez.

Com os braços trêmulos a professora leva uma de suas mãos ao seu bolso de trás da calça e retira de dentro seu celular. Sendo assim, com a câmera do aparelho ativada, Mia começa a tirar várias e várias fotos dos dois que ainda se beijam.

O professor aperta com força as costas de Chris e o castanho leva seus braços e o envolvem no pescoço dele, aprofundando mais sua língua na boca do moreno fazendo com que o mesmo gema em tesão.

-Você me deixa louco nos momentos mais inadequados. – Darren sussurra entre o beijo enquanto agora Mia começa a filmá-los.

Darren volta a beijá-lo com gosto e suas cabeças mudam de posição. Chris agarra a nuca dele por trás e adentra com seus dedos nos cachos dele. Suas bocas se movimentam e seus corpos estão estimulados.

-Acho melhor pararmos antes que fiquemos muito animadinhos. – Darren avisa dando uma risada. Chris apenas concorda e então ambos afastam suas bocas, mas encostam suas testas e respiram fundo. – Eu… eu…

O professor pensa em falar, mas logo as palavras escapam de sua boca. Ele levanta seu olhar e observa o castanho bem nos olhos. Tão azuis, tão encantadores.

-Chris, eu realmente nunca fiquei tão louco assim por ninguém. – Darren comenta o observando. – Você naquela festa perguntou se eu amei o Charlie e eu respondi que sim. Porém, agora eu sei que não o amei, pois não senti por ele o mesmo que estou sentindo por você agora. É algo diferente. – Ele continua a falar e Chris o encara com o coração batendo forte. – E eu sei que parece ser cedo, mas eu realmente… eu… eu acho…

-Você acha? – Chris pergunta com seu coração quase pulando do peito.

-Eu te amo. – Darren enfim diz.

Darren respira em nervosismo e Chris o encara em surpresa, porém, um sorriso sincero aparece em seus lábios e algumas lágrimas surgem em seus olhos. Essa é a primeira vez que Colfer escuta essas palavras vindas de alguém que não seja a sua família. E essa também é a primeira vez na qual ele sabe que sente o mesmo por alguém.

-Eu também te amo. – Chris sorri.

Um largo sorriso aparece nos lábios do moreno e sem pensar duas vezes ele beija o castanho novamente. Ambos sorriem entre o beijo e aproximam mais seus corpos um do outro. Eles não poderiam estar mais felizes do que agora.

-E é com essa linda declaração que eu me despeço. – Mia sussurra para si mesma guardando o celular no bolso.

Swier rapidamente sai detrás das cadeiras, e aproveitando que os dois ainda se beijam, corre para fora do auditório sem ser vista, porém, assim que faz isso, sem querer causa um pouco de barulho ao tropeçar em uma cesta de lixo do lado de fora.

-Você escutou isso? – Darren para de beijar o castanho.

-Escutei. – Chris afasta-se dele e encara a saída. – Will!? É você!?

Chris grita, mas nenhuma resposta é escutada. O professor o encara e ambos ficam se entreolhando a espera de que alguém entre, porém, isso não acontece.

-Acho melhor sairmos daqui. – Darren avisa.

-É melhor você ir para sua casa e eu para o meu alojamento. – Chris sugere e o moreno apenas concorda com a cabeça. Sendo assim, o professor aproxima-se dele e lhe dá um selinho, afastando-se em seguida e seguindo rumo a sua casa.

[…]

-Sim, mamãe. – Darren fala ao celular. – Pode deixar, digo ao Chris que a senhora e o papai mandaram um beijo para ele. Tenho que ir agora, acabei de chegar em casa. Beijos!

E só então o moreno desliga a chamada e abre a porta de sua casa. Darren respira aliviado por ter chegado em seu lar e logo larga a sua bolsa no chão, fechando a porta em seguida.

-Que fome. – Ele sussurra para si mesmo e enfim caminha em frente, no sentido de ir a cozinha, porém antes mesmo que possa chegar a ela…

-Bem-vindo. – Mia fala do sofá e Rapidamente Darren pula para o lado em susto.

-Mia? – Ele questiona assustado. – Mas o que diabos você está fazendo aqui?

-Vim vê-lo, não posso? – Ela sorri.

-Claro que pode, mas será que não poderia ter me avisado antes? Ou melhor, como você entrou aqui? – Ele aproxima-se dela em indignação.

-Isso não importa agora. – Ela se levanta do sofá. – O que importa é o que você estava fazendo há alguns minutos.

-O quê? Do que está falando? – Darren questiona confuso.

-Eu estou falando disto… – E só então ela levanta a tela do seu celular.

Com o celular apontado em sua direção, o professor aproxima-se do aparelho e ajeita seus óculos, observando bem e enfim vendo uma foto sua beijando Chris. Em questão de segundos seu corpo enfraquece e sua mãos começam a suar.

-Mia… – Ele respira nervoso. – Apague isso.

-Não, não vou. – Ela sorri guardando o celular. – E nem adianta você tentar apagar as fotos, elas já estão salvas em vários outros lugares.

-O que você quer? – Darren a encara bem nos olhos.

-Eu não quero nada. – Ela dá uma risada. – Quer dizer, na verdade, eu quero ver a sua reação e a do seu amorzinho quando forem entregues a Aretha. Vocês foram contra a uma das regras mais importantes da instituição, vocês esconderam de todos que estavam juntos, mas quanto barulho será que cabe em um silêncio?

-Mia, não faça isso. – Darren começa a se desesperar. – Por favor, eu amo o Chris. Ele não pode ficar sem os estudos e eu preciso desse emprego. Meu pai está doente e eu…

-Muito tocante. – Mia o interrompe. – O problema é que eu não estou nem aí. Agora sou a vice-diretora e meu dever é entregá-los, ou caso contrário, eu serei demitida.

-Mia, eu faço qualquer coisa. Por favor… não nos entregue.

-Você faz qualquer coisa mesmo? – Ela o encara bem nos olhos e o professor acena em positivo. – Então o seu dever agora é escolher.

-Escolher? Escolher o quê?

-Você tem duas opções. – Ela aproxima-se dele. – Ou me deixa entregar tudo isso a Aretha ou você termina tudo com o Chris, nunca mais volta a falar com ele e com isso esquecemos o que eu vi.

-Você não pode me mandar escolher entre esses dois absurdos! – Darren fala enfurecido.

-Tanto posso como estou mandando. Ou você me deixa mostrar a Aretha ou termina de vez com o Colfer. – Ela aproxima-se mais dele e o encara bem nos olhos. – E então? Qual será a sua escolha, Darren?


Notas Finais


EITAN CARAIN

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