História Love You Goodbye - I hate you false jagger

Odeio as tardes de sábado. As vazias e melancólicas tardes de sábado. Todo aquele silêncio, e a sensação de estar sozinha, era confortável mas tão triste, como uma angústia que só crescia, geralmente eu pintava para tentar afastar certos pensamentos dá minha cabeça porém hoje eu só conseguia olhar para as diversas telas brancas espalhadas pelo quarto com desprezo. 

É em todas as horas solitárias que mais pareciam eternidades, que eu passava escondida no meu quarto eu me sentia constantemente dividida entre me matar e matar todos a minha volta.

As duas opções pareciam conveniente.

Meio exagerado eu sei, não é como se eu realmente fosse fazer isso, é mais um pensamento bobo em meio aos demais perdidos pelo meu subconsciente.

Na verdade acho que não teria capacidade para tamanha barbaridade.

Talvez não fosse tão ruim que as coisas começassem a mudar, a começar pelo plantão dá minha mãe que começava na madrugada de sábado e se estendia até o meio dia, com certeza já devo ter dito o quanto odeio esses turnos extras que minha mãe se vê obrigada a fazer para tentar manter nossa "qualidade de vida", acho realmente injusto ela fazer isso por nós. É eu ser tão idiota para não poder ajuda-la.

As coisas sempre foram assim, Mas tudo piorou desde a semana passada, com o episódio do beijo que eu resolvi que preciso esquecer de uma vez por todas, pra falar a verdade  já não me sinto tão mal, mas eu queria digamos assim ver os meninos, acho que me acostumei com a presença deles em tão pouco tempo, o que me faz uma pateta, já que mal os conheço e pouco os vi.

E creio que eles logo irão em bora.

Isso só me faz perceber o quanto sou uma anti social bosta, estava tão sozinha que acabei desenvolvendo afeto por desconhecidos. 

preciso desesperadamente desenvolver algum contato humano. Isso é fato.

Depois de alguns dias chuvosos, o sol resolveu aparecer, alegrando as pessoas, as ruas estavam movimentadas, e a havia crianças para todo lado, o que me fez concluir que prefiro dias chuvosos, a quadra onde eu levava meu irmão para o treino de basquete ficava um pouco longe, mas a caminhada não era tão ruim, e apesar da presença do sol, o clima ainda continuava úmido, o que era péssimo para minha respiração.

Ódeio essa asma.

Agora minha casa não parecia um lugar tão agradável, talvez Alexia estivesse certa a umidade e as tintas estão me fazendo mal, e por falar na loira destrambelhada, resolvi que vou dar um tempo, estou a evitando nos últimos dias, pode parecer infantil dá minha parte, mas eu realmente estou cansada de ter que aturar as conversas dela sobre a droga dá bandinha, queria que minha vida voltasse ao normal.

Tudo era tão bom antes.

Então prefiro ficar sozinha, mas não em casa.

Com tudo não havia lugar melhor do que a boa e velha loja de discos na esquina, meu lugar preferido, porém eu estava um tanto que receosa, minha última visita ao local me proporcionou um desconfortável primeiro contato com Louis Tomlinson, que pra mim era só mais um desconhecido que não tinha coisa melhor para fazer a não ser passar algum tempo numa loja velha cheia de velharias, que na verdade são pequenos tesouros para amantes dá música.

Então eu cruzei a rua até o pequeno estabelecimento, abri a porta escutando o costumeiro sino soar, cumprimentei Steve e fui direto para o fundo dá loja, que apesar de muito bem organizada cheirava a poeira e café, uma combinação não muito boa.

Dei de ombros ignorando meus pensamentos e comecei a olhar as prateleiras, repletas de capas de papelão com diversas cores e desenhos, escondendo os diferentes vinis, de diferentes épocas e estilos musicais.

de fundo passava Just my-

imagination, dos Rolling Stones, consagrado Mick Jagger, sorrio de leve, e começo a cantarolar baixinho Distraída Enquanto procurava alguma coisa interessante.

Até que uma voz me tira dos pensamentos.

- Mas que surpresa... - viro rapidamente encontrando as grandes íris verdes de Harry, me assusto por um momento, tanto que nem consigo falar.

- O que foi parece que nunca me viu - ele fala dando de ombros e começa a mexer entre os discos.

- O que faz aqui?

Depois de alguns segundos de silêncio ele responde

- Louis disse que tinha uma loja legal, resolvi vir conferir. Estava cansado de escutar a foz fina do Niall - solto um riso nasalado - Mas e você o que faz aqui?

- Esse é o meu lugar favorito - falo dando ênfase no "meu"

Harry revira os olhos

- Você tem mania de posse? - franzi o cenho- " minha música", "meu lugar" - fala com a voz fina tentando me imitar

- você é chato.

- Aham. Chato tipo como? - ele pergunta com um sorriso de lado

Suspiro impaciente me encostando na estante cruzando os braços.

- Insuportável. Se é que me entende - Rebato o sorriso- Você é tipo uma mistura de Satisfaction e música do Justin Bieber - ele riu

- Que ótima comparação, Rolling Stones e Justin Bieber?  

Balanço a cabeça

- é comi uma imitação do Mick Jagger que deu errado, compreende? Por isso Justin Bieber. Cantor pop - falo gesticulando e ele faz uma cara indignada

- Eu realmente poderia te comparar com alguma coisa, mas não consigo pensar em nada tão ruim quanto você 

- A claro - reviro os olhos e suspiro frustrada ao perceber que não ia conseguir achar nada que me agradasse.

Olhei para ele de rabo de olho, Harry vestia uma blusa preta básica e por cima um casaco marrom , calça jeans, mais apertado que deveria, e a tradicional bota marrom, seu cabelo estava em um coque bagunçado, o que era engraçado.

- Me admirando? - ele pergunta me assustando, tento disfarçar imediatamente provocando uma risada nele.

- você é muito convencido sabia? - balança a cabeça

- Vou começar a anotar todos os xingamentos que você usa contra mim

Reviro os olhos, e dou de ombros, saindo dá cessão, mas logo escuto passos atrás de mim.

- Você ficou irrittada? - fala com ironia

- Não, só vou embora -

- An? - Ele para na minha frente

- Vou para casa, não vou comprar nada - falo como se fosse óbvio

- Não, mas - ele olha para o lado- eu vou com você - ele balança a 

cabeça

- É o que? - pergunto surpresa

- ué, não vou ficar sozinho - ficamos em silêncio e eu vi sua expressão mudar ficando encantadoramente seria - eu consigo imaginar várias coisas que poderiam acontecer agora mesmo entre essas prateleiras abandonadas - ele dá um passo para frente com um sorriso um tanto malicioso, ficando mas próximo de mim - Mas você vai embora, não vou ficar sozinho - ele continua com aquela voz rouca me causando arrepios, dou um passo para tras, eu realmente não queria ter entendido o que ele quis dizer - Olha só você está nervosa? - harry sorri

Arrumo minha postura tentando disfarçar meu desconforto

- Não. Estou entediada, e você não vai comigo - falo empurrando sua testa com meu dedo indicador

Então dei de ombros e sai passando pelo caixa, eu sabia que ele estava me seguindo.

- Tchau Steve - pronuncio baixo

- Tchau pequena Francesca... Espera você não é aquele cantor? - o velho barbudo pergunta me fazendo parar e e olhar Harry que fica em silêncio alguns segundos - Não - ele sorri e me puxa para fora dá loja

- ei!? Você mentiu para ele - ri

- as pessoas não precisam saber que eu sou o cantor mundialmente famoso - reviro os olhos

- Elas só precisam saber que você é um idiota- cruzo os braços

- você não me acha um idiota - ele continua me puxando até parar em frente ao seu carro que por alguma razão estava estacionado praticamente em frente a minha casa

- A muio obrigada por  essa caminhada empolgante - bufo virando as costas

E continuo escutando passos atrás de mim, respiro frustrada ao parar e ve-lo ao meu lado.

- Você vai me seguir?

- Quem sabe. Onde nós Vamos?

- Eu vou pra casa, quanto a você não sei - cruzo os braços

- eu sei que você está blefando - Faço cara de indignação

- não estou blefando! Você parou pra pensar que enquanto estamos conversando aqui pode ter algum idiota fotografando ou sei lá, das últimas vezes que estive com você eu acabei indo parar em revistas. E pra você isso pode até ser divertido, mas para mim não! - Harry ri

- Então sua única preocupação é essa? Se algum paparazzi está nos vendo - Antes que eu pudesse me pronunciar Harry vira para a rua abre os braços e começa a gritar - Ei vocês sejam lá quem for, essa garota ainda não é minha namorada! Mas ela é bem chata e possessiva

Me desespero e começo a bater nele

- para com isso idiota cala a boca, Harry! - ele começa a ri e segura meus braços

- Para com isso. Eu tenho uma ideia - o encaro - eu te deixo em paz, porém você vai ter que sair comigo hoje a noite, o que me diz?