História Love You Goodbye - Do not worry Lou

"Se você visse que sou eu quem entende você
Estive aqui o tempo todo, então por que você não vê?
O seu lugar é comigo"

Voce já​ viveu a sensação de estar sem chão? O momento que tudo parece desabar. E você parece sufocada por tudo ao seu redor.

Caso tenha tido a sorte de nunca passar por isso, eu digo aproveite, essa é a pior sensação.

E era como eu me sentia. Completamente perdida.

O mundo ao meu redor parecia parar, como em câmera lenta, meus sentidos se encontravam falhos, e eu só consegui ver os lábios de Shawn se moverem lentamente de do forma indecifrável.

Então eu fechei meus olhos e me encolhi, se é que ainda era possível.

Me recusei a acreditar que tudo estava perdido.

- Francesca, está em tudo quanto é jornal. Quando pretendia me contar? - Shawn praticamente grita, me fazendo retornar a realidade

- Pelo amor de Deus fala baixo! Eu não pretendia contar, isso não é o que parece!

- que você está saindo com um cantor, claro não é o que parece. Eu não te entendo Reale. A então foi por isso que ele veio na escola naquele dia, e você mentiu dizendo que não sabia o que ele veio fazer aqui. Espera você nem tem uma tia doente, não é?

- Não, Shawn espera. É que, o Louis que veio aqui naquele dia, e esse é o Harry...Mas por Deus isso não vem ao caso!

- Não vem mesmo - Ele falou e me deu as costas me deixando completamente​ desesperada.

"Shawn volta aqui!" - Meu subconsciente gritava.

Mas a minha boca permanecia entreaberta, parada. Morta.

Meu "melhor amigo" tinha mesmo ido embora. Me abandonado?

Por que eu não tinha reação, eu sentia todo mundo me encarando, poderia ser algo dá minha cabeça,  afinal todos estavam tão ocupados. E se ninguém percebesse que era eu, afinal sou praticamente invisível.

Eu já deveria imaginar como essa história acabaria, mas cedo ou mais tarde me descobririam. 

derrepente sinto uma mão em meu ombro e um arrepio passar pelo meu corpo, viro rapidamente encontrando as íris escuras de Mary, uma das calouras de artes.

- Aí meu Deus, você está saindo com o Harry? - Ela falou com um enorme sorriso, como diria minha mãe "de orelha a orelha"

Dei um passo para trás com um certo desespero. Ela continuava me encarando fixamente.

- não. E-eu. É que - Me perco nas palavras e quando me dou conta esbarro em alguém atrás de mim, e outras garotas foram se aproximando com aquele mesmo sorriso cínico.

Meus pesadelos literalmente estão se tornando realidade.

Pisquei os olhos com força e no meio do tumulto eu consegui tirar forças para abrir caminho entre as pessoas e correr o mais rápido possível dali até uma sala vazia.

Tranquei a porta e me permiti respirar aliviada. Oh céus o que está contecendo.

Eu estava apavorada, era tudo muito novo, como minha vida mudou tão rápido em questão de minutos?

Shawn, Margot, Harry, Louis. Minha cabeça estava um turbilhão de pensamentos.

Eu precisava de ajuda.

E a angústia só parecia aumentar a medida que o tempo foi passando e eu permanecia imóvel, sentada encolhida no canto dá sala, não me atreveria sair. Estava tudo muito confuso.

Principalmente quando as memórias dá outra noite voltavam a minha cabeça, harry, o beijo. Eu simplesmente não conseguia me conter. Aquilo mexia comigo de uma forma que não era possível explicar.

Mas eu também beijei o Louis.

Pare com isso Francesca. Você já está bastante encrencada, para ficar pensando nisso.

respirei fundo tentando de alguma forma evaporar dali. A primeira aula estava quase acabando, eu precisava ir embora. Mas como sair? 

Me apoiei em uma cadeira ficando de pé, suspirei frustrada e abri a porta encarando o corredor vazio. Apertei a bolsa contra meu corpo e sai dali.

Eu caminhava com passos longos para de alguma forma diminuir o caminho, mesmo que fosse fisicamente impossível, eu estava desesperada demais para ligar para isso.

E quando achei a saída, fui até o porteiro já criando uma desculpa plausível para sair dá instituição.

- Preciso ir, não estou bem - ele franziu o cenho, porém balançou a cabeça e abriu o portão para mim.

Agradeci e sai.

Em parte não era bem mentira eu realmente não estava me sentindo bem. Além de tudo, meus pulmões ardiam e a sensação de falta de ar voltava.

Merda de clima.

Reviro os olhos e pego a bombinha no bolso. E segundos depois volto a me sentir bem, mesmo que a respiração ainda continuasse pesada, e minha cabeça doesse.

"Mas para onde eu vou?" 

Olho para rua movimentada, pessoas iam e voltavam o tempo todo, e eu continuava lá imóvel em frente ao enorme portão de ferro dá C.A.C.

Tirei o celular dá bolsa e abri nos contatos. Deslizei o dedo passando pelos poucos números até parar em um. 

"Tomlinson"

Por alguma razão Eu ainda tinha seu contato salvo, e só posso estar ficando louca, mas a verdade é que eu queria ligar.

Sim. Ele foi um idiota, me ignorou, deixou que Briana falasse daquele jeito comigo. Mas eu só queria ligar.

É isso.

E provavelmente ele estivesse me odiando por tudo.

"Quem não arrisca, não petisca"

Respirei fundo e iniciei a chamada, embora eu creditadas que ele não fosse atender.

Até eu escutar a voz suave do outro lado dá linha.

- Alô? - Ele falou, e eu paralisei - Alô?!

Limpei a garganta antes de me atrever a falar algo.

- L-louis - Minha voz sai falha como em um sussurro.

O silêncio foi a única coisa que obtive como resposta o que me fez pensar que ele poderia ter desligado na minha cara, porém para minha surpresa ele respondeu.

- Ah Francesca, o que foi?

- é que, aconteceu uma coisa horrível, você está ocupado?

- Não. Você tá bem?

- Acho que sim... Louis será que você não poderia vir me buscar aqui na faculdade?

- HM, tá, claro. Eu já estou saindo. Me espera.

- Okay, obrigada Louis.

Encerro a chamada ainda com a emoção empregnada em mim, foi uma surpresa ele me atender, eu mal acreditava. Depois de tudo...

Eu estava feliz, não queria ficar mal com ele, com nenhum dos meninos na verdade, em tão pouco tempo eles se tornaram tão especiais.

Voltei a guardar meu celular, e procurei um lugar para esperar, já que se ele estivesse no Palace iria demorar um pouco.

...

Aproximadamente, segundo meu tempo imaginário cronometrado minuciosamente, haviam se passado quarenta minutos, e eu me sentia completamente impaciente e até angustiada eu diria. Temia a possibilidade de Louis ter me enganado.

Ele não faria isso. Ou faria?

Não, não. Ele disse que viria.

E apesar de tudo, eu só consegui ficar tranquila quando vi o carro preto parar em frente ao portão, então eu levantei e lentamente fui até ele.

Meu coração estava disparado. Eu não entendia o porquê. .. bom na verdade eu sabia exatamente qual era​ o problema. Louis

Respirei fundo então abri a porta do carro e entrei sem nem sequer encara-lo.

Durante alguns segundos ficamos em completo silêncio, até finalmente eu levantar a cabeça e encarar Louis, no instante que o vi logo me assustei, ele parecia péssimo, seu olho esquerdo estava inchado e um pouco roxo com pequenos cortes de lado.

E sem querer deixei escapar um "meu Deus"em forma de sussurro que com certeza deve ter chegado aos ouvidos de Tomlinson.

Ele se afastou um pouco constrangido, e eu me  amaldiçoei por ter feito aquilo.

- Você está bem? - Perguntei preocupada e ele franziu o cenho e desviou o olhar para rua enquanto dava partida no carro

- Sim - Ele respondeu seco- O que aconteceu?

Pigarrei e me endireitei no banco.

- Me descobriram... - suspiro e abaixo a cabeça

- Como assim te descobriram? 

- Naquela festa. Eles me fotografaram com  o Harry, e agora todos acham que estou saindo com ele

- E não estão? - Ele falou com uma certa ironia

- N-não...

E então ficamos em silêncio, o clima era péssimo ao extremo, e eu pensava se ligar para ele teria sido realmente uma boa ideia.

Do pouco tempo que conhecia Louis, jamais tinha o visto daquele jeito, tão amargo e antipático, aquilo de certa forma me preocupou.

Geralmente eu era a triste e problemática.

Odiava ve-lo daquele jeito.

- Olha eu realmente não sei o que está acontecendo, se é por causa do que aconteceu na festa, Louis eu... - Ele me corta

- Não! - Tomlinson falou alto me assustando, então o moreno respirou fundo e apertou o volante - Tudo bem, me desculpe por isso. Estou sendo infantil. É só que esses dias eu não tenho passado muito bem

Fiquei alguns segundos em silêncio analisando sua fala até finalmente me pronunciar.

 - Oh claro. Não se preocupe Lou 

- Ei isto é um novo apelido? - Ele me olhou rapidamente sorrindo

- Bem. Acho que sim.