História Love You Goodbye - Free

"Eu só quero gritar e perder o controle
Jogar as minhas mãos pro alto e deixar isso pra lá
Esquecer de tudo e fugir"

"Você está bem?"

Foi a última coisa que Louis disse antes de me lançar um olhar preocupado, e sair puxando o braço de briana, que fez questão de fazer o típico showzinho com direito a palavras muito feias dirigidas a mim.

Depois disso não os vi mais, o que foi bom.

Agora eu estava na van com Harry, sentia um peso incomum nos olhos enquanto minha cabeça estava apoiada em seu ombro. A dor em minha cabeça era deveras incômoda, e só ressaltava minha vontade de dormir por várias horas seguidas.

Já passava dá hora do almoço, Styles não quis comer no restaurante junto com os outros, ele preferiu a ideia de fazer algo em casa mesmo, o que para mim também era muito mais convidativo.

Eu só queria sumir. E isso aparenta ser tão dramático dá minha parte, mas na verdade é apenas  meu cérebro dando indícios de ansiedade.

Isso sempre acontece quando passo por situações desagradáveis, que afetam meu emocional.

Um leve grau de depressão diagnosticado após os problemas com minha família no divórcio dos meus pais me fizeram precisar usar remédios até os 16. E desde que parei com o medicamento, por mais que eu esteja "curada", as vezes tenho algumas crises.

E esse é um dos momentos.

Mas o que posso fazer meu corpo é realmente uma pilha de lixo humano.

Harry não sabia do acontecido, tão pouco ele perguntou se havia algo de errado. O que por um lado me poupou de certas explicações desnecessárias, mas por outro me fez concluir que eu sempre estou afetada psicologicamente a ponto dele achar que esse é meu estado normal.

Mas mesmo assim eu não ousava falar nada, era melhor deixar como está. Na verdade até onde sei, a única que viu algo foi Sophia já que ela estava no corredor, ela até tentou me ajudar como pode, mas não adiantou muito.

No final eu mesmo teria que me ajudar, e superar o surto de Briana.

Ela é uma vadia.

Quando me dei conta deixavamos o veículo a caminho do apartamento.

E pude finalmente agradecer aos céus e respirar aliviada quando Harry abriu a porta me dando espaço para  entrar.

Styles tirou o casaco e o pendurou, eu apenas dei de ombros e fui até o quarto, sentei na cama e tirei os sapatos, deixando-os de lado mesmo, então deitei por alguns segundos antes de levantar-me novamente ao escutar os passos de Harry no corredor, e em seguida ve-lo cruzar  a soleira enquanto cantarolava alguma coisa.

O observo ir até o closet e voltar em seguida com roupa diferente, agora com uma bermuda e uma camisa branca.

- O quer para o almoço? - perguntou e eu dei de ombros

- qualquer coisa - ele balançou a cabeça

- Meu Deus, você está pessima - ele falou enquanto me encarava com os olhos cerrados

- Isso deveria ser um elogio?

- Não. Alguém não dormiu direito - ele deu de ombros enquanto pegava meus sapatos do chão 

- É foi isso - suspirei e fechei os olhos por alguns segundos antes de me levantar e ve-lo levar o coturno para o closet. Que organização.

Prendi meu cabelo em um coque evitando que os fios caíssem sobre meu rosto então Styles voltou e colocou as mãos em meu ombros empurrando-me para frente.

- vamos, vamos, você será minha ajudante e depois de comermos, poderá fazer uma massagem em minhas costas - falou e eu virei o encarando o mesmo possuía um sorrisinho nos lábios - estou precisando,  aliviar a tensão- balancei a cabeça e voltei a andar.

Harry vestiu um avental que lhe deixava engraçado, então pediu que eu pegasse uma frigideira no armário enquanto ele escolhia alguns legumes, fiz o que ele mandou. Que na verdade foi só isso.

Acho que ele percebeu o quão desastroso poderia ser eu na cozinha.

Então fiquei sentada no balcão vendo ele cozinhando. 

Harry as vezes cantarolava algumas músicas o que me fazia lembrar de minha mãe. Mas na maior parte do tempo mantínhamos silêncio, o que foi bom, eu não estava disposta a conversar.

Quando ele finalmente terminou, o cheiro bom já incensava toda a cozinha, ele tirou o espaguete ao molho branco do forno e eu o ajudei a por a mesa.

- voilà - o moreno falou com o orgulho e entonação de quem conhece o amplo vocabulário francês, e eu revirei os olhos antes de soltar uma risadinha

- Mas é macarrão, não é francês, é italiano - ele deu de ombros

- já pode comer e parar de implicar- balancei a cabeça antes de pegar uma garfada e levar até a boca

 _ o que achou? - ele perguntou de imediato sem mesmo deixar eu terminar de engolir o alimento

- Acho que... - bebo um gole do vinho tinto- já pode abrir seu próprio restaurante - ele ri e eu como mais um pouco

Realmente estava muito bom.

Louis point of view

Respirei fundo antes de passar a mão no rosto e finalmente encarar a morena que estava parada em minha frente.

Eu rezava e implorava internamente para ter forças e não fazer uma besteira com ela agora mesmo.

Briana havia passado de todos os limites.

- Agora... Quer me explicar por que fez aquilo?! -  perguntei tentando manter um tom calmo

Ela revirou os olhos e cruzou os braços.

- você é doente Louis?! Aquela vadia estava se jogando para você, e você estava gostando!

- Pelo amor de Deus Briana ninguém estava fazendo nada disso, você não entende que duas pessoas podem conversar entre si

- Tomlinson não era apenas uma conversa

- Mesmo que não fosse, você não tinha o direito de fazer aquilo

- Eu. Estava apenas defendendo o que é meu

- Então que ótimo, não precisará mais fazer isso. Acabou!

- O que?!

- Acabou Briana, nós terminamos. Já pode ir embora - apontei para porta e ela me encarou por alguns segundos esperando que eu estivesse blefando.

- Otimo espero que viva feliz com a vadiazinha que por acaso é a namorada do babaca do seu amigo. Você é bem inteligente Tomlinson - Sorriu cínica antes de pegar a bolsa e derrubar propositadamente o vaso dá estante ao seu lado e finalmente ir embora.

Livre em fim. 

Respirar nunca foi tão fácil, é como se estivesse tirando um peso das costas, mas ao mesmo tempo outro era colocado.

Eu não estava preso a nada, a não ser um pequeno amor alimentado aos poucos e em segredo, que só parecia crescer.

Merda, eu preciso beber.

Levanto com certa dificuldade passando pelos restos do meu belo vaso no chão e indo até a garrafa de whisky ao lado dos poucos porta retratos, que por algum acaso não tinham fotos para exibir.

Despejei o líquido de cheiro forte no copo e o bebi de uma vez em seguida, dando espaço para que outro pudesse ser enchido antes que eu pegasse a chave do carro no bolso e a encarasse por alguns segundos.

É... Estou mesmo livre para esta noite