História Love You Goodbye - Falling down

"Ele me faz bem quando estou mal

Ele me faz sentir como uma garota louca

Faz eu ficar correndo por aí como uma idiota apaixonada"

Então é isso. É aqui que tudo acaba. 

Chegamos ao fim dessa história maluca, e eu terminei exatamente como comecei... Sozinha.

Não tem Louis, ou Harry, só eu.

Do jeito que eu queria.

Mas por que isso parece tão errado? Por que essa angústia não me deixa de uma vez?

Estou livre certo?

Ou não...

Talvez eu não queira ficar sozinha de novo.

- Fran você está me escutando? - Ele estala os dedos diante do meu rosto me trazendo de volta para realidade.

- Desculpa, eu estou... O que você dizia?

- Já é o seu voo - ele falou 

Dei uma última analisada no local, parecia tão vazio.

Eu nem me despedi dos outros. O que pensarão de mim?

- Oh céus. Então, eu vou... - fechei os olhos com força antes dá abraça-lo involuntariamente.

Harry retribuiu.

- Desculpe 

- Está tudo bem Reale

- Harry obrigada, obrigada, obrigada. Por tudo - ele soltou uma risada nasalada

- Oh meu Deus você não é assim, desse jeito até eu vou começar a chorar, é isso é uma coisa que nunca faço - ele falou - Não se preocupe nós ficaremos bem, não pense que te deixarei em paz - ele falou por fim e eu ri

- Tudo bem - ri - só não volte a ser o idiota de antes está bem - ele revirou os olhos e balançou a cabeça - É agora - arrumei meu cabelo atrás dá orelha - Até breve então - falei

- Até. Se cuide

- Você Também

Girei os calcanhares e abaixei a cabeça me dirigindo ao portão de embarque a passos largos.

Não importa o que ele dissesse, eu sabia que aquilo era um adeus.

E eu odeio despedidas.

Apertei a alça dá bolsa rente a meu corpo enquanto tentava controlar minha respiração que por algum motivo estava acelerada.

Merda eu não posso cansar agora. Por favor aguente só algumas horas pulmão.

Enquanto caminhava meus passos pareciam pesados, lentos. Era como me arrastar. Era tão estranho.

Toda a ideia de ter minha vida normal de volta era tentadora, e ao mesmo tempo frustrante.

Acho que tinha me acostumado de alguma forma com minha nova ex-realidade, e a ideia de voltar correndo para Harry não parava de me perturbar.

Mas agora já era tarde, eu estava presa em um pedaço de aço gigante a cinco mil pés do chão rumo a Chicago.

Oh e a sensação era pessima.

Só me permiti realmente respirar aliviada ao descer em solo americano, porém o alívio logo passou quando não consegui identificar Shawn entre a multidão.

"Droga, droga, droga" sai murmurrando para mim mesma enquanto andava lentamente arrastando minha mala.

Onde ele está?

Eu havia combinado com ele ontem para que ele viesse me buscar no aeroporto, a princípio Shawn ficou meio desconfiado dá minha "volta" fora de hora, mas eu consegui acalma-lo dizendo que eu só estava com saudades de casa, por isso voltei mais cedo. Na verdade a única que realmente sabia de algo - de fato não dá História toda - era minha mãe, para quem eu liguei na noite anterior.

E ela só disse:

"É uma pena, Harry não era um mal rapaz. Mas estou contente que fez a coisa certa e que estão bem".

Eu ainda estou pensando em como vou contar para Alexia -se eu contar- aposto que ela vai me atira dá janela e me jogar em uma linha de trem antes de falar várias vezes o quantos sou burra.

E ainda tem Louis, mas estou evitando pensar nele. Não quero sofrer mais.

Mesmo que agora eu saiba: Sempre o amei secretamente. E isso dói tanto quanto lembrar dá cena do café no sábado e de como eu fugi.

E agora estou aqui.

Muito bem Francesca.

- Ei garota turista - dou um pequeno pulo para trás quando o moreno dá beliscão de leve em minha mão. E eu me pergunto por um instante se havia ficado muito tempo mergulhada em meus pensamentos.

- Seria otimo se não me matasse do coração - Coloco a mão no peito e o encaro - por que a demora Mendes?

- Passei as últimas duas horas sentado em uma cadeira desconfortável te esperando para no final descobri que você estava o tempo todo aqui - Ele sorrio cínico e pegou a mala dá minha mão - então quem demorou foi você

- Nossa 

-Como foi a viagem?

- Bom, tirando meu pequeno pavor de avião e altura, e meus pulmões falharem toda hora graças a asma e a rinite, foi ótimo - dei de ombros

- E o seu namorado? - engulo seco 

- Er... Bem. Escuta você sabe algo sobre o curso de verão desse ano? - Falo apenas na tentativa de mudar de assunto.

E ao que parece dá certo.

- Oliver destribuiu alguns folhetos. Esse ano terá mais variedades nos cursos de música, mas não tenho certeza se vou participar 

- Por que não? - Pergunto quando paramos em frente ao carro de Shawn e eu apenas o observo dar de ombros enquanto joga minha mala n banco de trás.

- Eles nunca me ajudam muito, é sempre a mesma coisa todo ano 

- Ah - Balanço a cabeça e entro na banco de passageiro do velho sedan

O carro estava repleto de folhas espalhadas por todo lado.

- Meu Deus o que é tudo isso? - pergunto enquanto ele dava partida no carro 

- Músicas. Muitas músicas, que precisam de um opinião - ele falou e eu rapidamente tentei juntar a maioria das folhas.

Todas elas repletas de palavras e borrões mostrando que estavam bem trabalhadas. Shawn tinha um talento nato para escrever. Era brilhante.

- Você fez tudo isso enquanto estive fora? - ele balançou a cabeça sem tirar os olhos dá estrada - Aqui tem um álbum inteiro - falo por fim e começo a analisar as letras.

A primeira se chamava Never be Alone, o título gigante era impressionante.

Em seguida olhei algumas outras mas nenhuma mexeu tanto comigo quanto a primeira, era tão profundo, tão bonito.

- Uau - deixo escapar entre os lábios - por que você não é famoso ainda? Isso está muito bom! 

- Por que todos os impresarios que conheço são burros, não vêem meu talento natural - falou e eu ri 

- É claro.

Depois disso ele dirigiu em silêncio até minha casa. E eu me dei conta de como estava com saudades de tudo.

Desci do carro e peguei minha mala, então agradeci a Shawn pela carona, e perguntei se ele não queria entrar, mas ele falou que ainda tinha que resolver uns problemas.

 Cruzei o jardim até a porta de entrada onde toquei a campainha e tempos depois a porta finalmente abriu revelando o garotinho de cabelos dourados.

- O mãe a Fran chegou! - Ele berrou assim que cruzei a soleira - Você trouxe presentes para mim? 

- Olá Jimmy Também senti sua falta - ele revira os olhos e sai me fazendo suspirar.

Em seguida minha mãe apareceu na sala trajando seu costumeiro avental por baixo da roupa branca de enfermeira.

- Oi querida - ela me abraçou - como foi a viagem?

- Bem - falo apenas

- Desculpa, tenho que voltar para o hospital daqui a pouco - ela disse e eu assenti

- Tudo bem. E vou subir 

- Certo, qualquer coisa estou na cozinha

Subi a escada com a bolsa pesada praguejando. De onde tirei a ideia de colocar três telas dentro dessa mala? 

Depois de muito sacrifício finalmente cheguei ao meu quarto.

"Lar doce lar" - murmurrei antes de me jogar na cama e passar alguns minutos daquele jeito.

Até que me levantei e franziu o cenho ao ver a porta do meu armário entreaberta, quando a abri senti meu coração parar por alguns segundos.

Lá estava ele, exatamente onde eu havia deixado.

O casaco de Louis.

Aquilo bastou para que eu desabasse.