História Love You Goodbye - I'll make this feel like home

"Pegue minha mão 

Tome minha vida inteira também

Porque eu não consigo evitar 

Me apaixonar por você"

- Mas que porra, qual o seu problema Francesca marry Reale? Você tipo assim bateu a cabeça? Ou as tintas e esses solventes já danificaram seu cérebro o bastante?!! - Alexia gritou por fim após meia hora de um irritante/idiota/desnecessário sermão sem sentido algum sobre eu ter deixado Harry.

Sim eu estava cronometrando.

Havia passado exata uma semana desde que  voltei, e só tive oportunidade, ou melhor só tive coragem de falar com Alexia agora 

Nem sei por que ainda falo com ela.

Oras talvez por que se vc não falasse com ela, não teria mais ninguém com quem falar.

E sim, foi uma semana relativamente pessima em todos os aspectos possíveis. Eu não lembrava de quanto minha vida podia ser ruim.

Além das crises de pânico que voltaram a me perseguir, minha velha companheira depressão, ou melhor como diria meu ex-terapeuta dr. Miller, minha reação aguda de estresse pós-traumático veio a tona esses últimos dias dando indícios dá minha situação psicológica estável.

Mas na verdade isso é bem patético, tão patético quanto minha mãe passar a me obrigar a caminhar no parque toda manhã para "espairecer" e Alexia me dar uma bronca por eu terminar um relacionamento onde eu não estava feliz.

Mas fazer o que? É a vida.

- Eu realmente não te entendo - ela murmurrou enquanto massageava as temporas - É o Harry Styles, meu Deus, eu amo ele... Como pode fazer isso ?- Respirei fundo tentando achar paciência, se é que eu ainda tinha alguma, e disposição para falar com a loira que vestia um casaco holográfico que brilhava tanto a ponto de fazer meus olhos arderem.

- você já terminou? - ela revirou os olhos - eu não ligo muito para o que você fala, Harry não é perfeito como você e essas garotas por aí acham. Ele é um ser humano, e eu também, e como seres humanos temos falhas, e nós não conseguimos nos adaptar as falhas um do outro - falei baixo, porém audível para que ela fizesse uma careta

- Tem certeza que não são os solventes?

- porra Alexia! Se eu realmente quisesse alguém para falar merda e me julgar eu ficava sozinha pois minha mente já faz isso perfeitamente 

Fechei os olhos por alguns segundos até sentir que recuperei o controle, ah merda, o que deu em mim?

Ela enguliu seco e arrumou a postura.

- Tá bom... Eu vou parar. Mas poxa Francesca, você teve a chance que eu queria ter, ou melhor a chance que um milhão de outras garotas queriam ter, e você simplesmente desperdiça assim - senti vontade de espancar ela mas logo em seguida me dei conta de que isso não levaria a nada, que culpa temos da mentalidade dá minha amiga ser de uma criança de 5 anos?

- Já entendi Alexia - Depois um silêncio desconfortável e inquebrável veio a tona

Seria muita falta de educação manda-la embora? Eu não conseguia parar de pensar nessa possibilidade....

Ela deveria sem minha melhor amiga e me apoiar. Não é isso que "melhores amigos" fazem?

Até que Alexia faz uma careta para o celular e me encara por alguns segundos.

- Espera... - ela alternava olhares para mim e o aparelho - não pode ser olhe! - me entregou o celular e eu encarei o tweet aberto.

Era do Niall.

Fui abandonado pela minha parceira de Just Dance. Estou chateado Franny :-(

Depois de algum tempo analisando o visor do telefone, eu me encontrava em um mix de nervosismo e surpresa. Onde Niall estava com a cabeça?

Não deveríamos nós falar mais, ele era famoso e bom eu era só, eu... Não, não, não isso estava errado!

- É você? Você é a Franny?! Niall Horan postou um tweet para você? - franzi o cenho 

- Como vou saber? - forcei um sorriso 

- Oras Niall deveria te chamar assim, era seu apelido de infância... Espera - ela fez uma pausa - foi excluído. Como assim ele excluiu! não! - ela começou a apertas as teclas com força

E eu respirei aliviada. Niall deve ter se dado conta da tolice que acabara de postar.

Alexia demorou mais alguns segundos até finalmente voltar a pronunciar-se.

- Eles acabaram de divulgar a tracklist do novo álbum o Four. Mas tão encima dá hora? Não tenho psicológico para isso - ela arregalou os olhos e começou a mexer a mão freneticente, parecia que a qualquer momento teria um treco- a tracklist tem 12 músicas, incluindo o single Where do Broken Hearts go - senti meu estômago revirar assim que escutei o nome dá música, ela tinha mesmo virado single? - o design é incrível - ela murmurrou - preciso ir para casa tenho um cd inteiro para baixar! - ela levantou em um pulo e saiu sem nem se despedir.

Por um momento eu considerei ligar para Niall e perguntar por que ele decidirá postar aquilo, e até me desculpar por ter ido embora sem mais nem menos, pois um dos motivos dá minha frustração é não ter ao menos conversado com eles antes de partir. Porém minha ideia foi por água a baixo, graças a Deus, já que eu havia excluído o número dos meninos dá minha agenda. Eu não queria ter mais coisas que me ligassem a eles, e um número telefônico era pessoal demais para eu que agora representava um enorme e vazio em suas vidas.

Na verdade eu só tinha o número de Harry, Louis e Niall, que ele mesmo tinha salvo como:"O melhor", e com liam eu não tinha intimidade suficiente, apesar de achar ele uma excelente pessoa.

Mas agora isso não importa mesmo. 

Nós minutos que se estenderam em seguida senti um mal estar e uma tremenda vontade de chorar, isso tem sido bem comum ultimamente, então apenas permaneci deitada na cama até me sentir bem o bastante para ir até o banheiro e vomitar meu café dá manhã.

                             ...

- Oh não, eu adoro a Lady-íris - murmurrei para Jim - que estava sentado ao meu lado no sofá enquanto assistimos Adventure Time, essa era uma das únicas coisas que ainda conseguíamos fazer juntos

- Não... Um unicórnio não pode namorar um cachorro. Ele nem existe de verdade - ele protestou tão determinado que parecia um advogado defendendo um caso, ou algum religioso condenando uma blasfêmia que eu acabará de dizer.

- assim como uma princesa rosa de dose não pode namorar um humano... - ele estava pronto para rebater até que escutamos o barulho dá porta dá frente abrir e em seguida mamãe surgiu na sala com algumas sacolas de compras.

- Que progresso você saiu do quarto - ela falou e eu revirei os olhos - Você foi ao parque hoje? - perguntou enquanto colocava a chave na estante

- Não - falei apenas - Isso não me ajuda em nada - levantei do sofá

- Doutor M - a corto

- Eu sei o que ele dizia mãe, mas isso não vai me ajudar

- Estou só preocupada Francesca. Steve perguntou de você.. - ela falou - ele disse que seus vinis chegaram - dei de ombros

- Poderia ir buscar para mim? - murmurrei e ela me lançou um olhar severo - tudo bem eu vou - bufei antes de girar nos calcanhares e pegar a chave dá porta onde ela tinha deixado.

Droga quando andar até o fim dá rua se tornou tão difícil?

Tranquei a porta e parei em frente a nossa caixa de correio azul desbotada com o nome "Reale's" pintado em vermelho. Era tão patético manter o nome ali se nem o progenitor Reale morava mais na casa, já tinha nos deixado a séculos e  o que havia restado era somente nós, que por motivos óbvios e idiotas não pudemos herdar o nome de solteira dá mãe. Na verdade talvez não tenha sido tão ruim meu nome ficaria ridículo mesmo como Francesca Diana Hemmings.

Suspiro e passo direto pelo velho pedaço de metal com passos curtos e lentos, me arrastar seria uma definição melhor de como eu realmente estava me movimentando.

Até que conseguir chegar a loja e logo fui recebida com a hospitalidade familiar de Steve.

- Francesca! 

- Olá Steve - falei somente forçando um sorriso antes de passar direto e ir para o fundo dá loja.

Meu pequeno e esquecido paraíso.

Estava tudo perfeitamente organizado como eu lembrava, mas afinal quem mexeria ali?

E por um momento me recordo dá primeira vez que esbarrei com Louis.

Oh merda, essas memórias me perseguem.

Ele usava óculos de sol que cobriam sua olhos, porém continuava encantador e misterioso.

Era frustrante como eu não conseguia tira-lo dá cabeça por um minuto sequer.

Tudo começou com minha pequena obsessão pelo casaco, e o fato de eu passar a dormir toda noite com ele, aquilo era tão ridículo que eu sentia vontade de rir de mim mesma, porém era inevitável, aquela coisa me passava uma segurança absurdamente boa, depois as pinturas melodramáticas de feições masculinas indistintas, e pra completar minhas memórias idiotas e desnecessárias.

Talvez eu estivesse realmente maluca. E deprimida demais.

Que ótimo, estava tudo perfeitamente claro e explicado, eu só não queria ver que o motivo dá minha insônia, falta de comer e da absurda vontade de chorar era Louis Tomlinson.

Eu não era assim? O que deu em mim?

Argh desisto, bufo impaciente e saio dá cessão voltando para entrada dá loja.

- Não vai escolher nada? - O homem perguntou e eu apenas faço que não com a cabeça e deixo o estabelecimento, então retorno para casa.

Naquela noite eu li alguns livros, na tentativa quase que falha de esquecer de todos os pensamentos e ideias que me atormentavam, troquei algumas mensagens com Shawn, o que era um milagre, ja que raramente nos falávamos  por telefone, então consegui pegar no sono ao som de Lana del Rey nos fones.

                            ...

Já passava das nove quando eu acordei, a janela estava aberta e meu iPod na cômoda o que me fez deduzi que mamãe estivera aqui mais cedo.

Levantei com certa dificuldade e fui até o banheiro onde fiz minhas higienes, em seguida desci até a cozinha onde achei um bilhete na geladeira.

Peguei turno extra e levei Jim para o treino de basquete, tem waffles no micro-ondas.

-Mamãe

Odeio que minha mãe precise pegar esses turnos extras para nos sustentar, e odeio mais ainda não ter capacidade para ajuda-la. Deus o que estou fazendo no mundo?

Ignorado o bilhete que joguei na lixeira em seguida fui até o armário e peguei um copo onde depesjei leite com açúcar, meu café dá manhã.

Após terminar troquei de roupa e liguei a televisão no canal de um noticiário qualquer, eu havia pegado esse hábito de sempre assistir notícias pela manhã, era algo que me mantinha informada já que minha vida social não era lá essas coisas toda, e definitivamente ​qualquer coisa era melhor que Celebrity life ou esses programas de de culinária que passam pela manhã.

Lá para as onze e meia Jimmy chegou junto com uma das mães que lhe ofereceu uma carona o que me deixou extremamente grata por não precisar ir busca-lo.

Pedimos sushi para o almoço e as duas Alexia me ligou ela possuía um certo desespero anormal em sua voz, mas não era nada demais já que ela sempre foi afobada daquele jeito.

Na verdade todo o alvoroço foi porque ela precisava de mim para ir a um show ou sei lá, já que ela ainda não era "legalmente" maior de idade, Alexia dependia de mim para algumas coisa. E depois de algumas discussões minha pouca paciência fez com que eu cometesse a besteira de acompanha-la ao tal show em algumas hora no Millennium Park.    

Eu realmente deveria parar de atender suas ligações já que ela sempre me mete nesses programas malucos.

Pelo menos agora eu teria uma desculpa quando minha mãe começasse a falar que eu não saio de casa, ir a um show numa tarde de sexta feira no com certeza me pouparia de algumas das caminhadas matinais obrigatórias.

Então liguei para minha mãe avisando, e eu juro que consegui identificar a felicidade dela ao saber que eu estava saindo, por fim ela falou que eu deixasse Jimmy na casa dá senhorita Claire, nossa vizinha que adorava meu irmão e gatos.

Tomei um banho rápido e em seguida vesti uma roupa qualquer, o fato de não precisar vestir dezenas de casaco para sair na rua era ótimo, então escolhi uma regata vinho com um short preto e meu bom e velho all-star dá mesma cor, penteei os cabelos voltei lá para baixo, peguei meu celular e as chaves e em seguida deixei meu irmão na casa dá vizinha e me pus a esperar a loira. Não demorou para que o carro vermelho familiar parasse em frente a minha casa, e eu me levantantasse do balanço dá varanda e fosse até ele abrindo a porta e entrando no banco de passageiro.

- olá sunshine! - ela falou animada enquanto eu colocava o cinto e fazia uma careta em reprovação ao meu novo apelido

- Que porcaria - murmurrei e ela balançou a cabeça e deu partida - De quem é o show mesmo?

- É de um garoto, não conheço muito bem, acho que é Arthur, as meninas estavam comentando e falaram que ele é ótimo com covers e vai fazer uma pequena apresentação no Millennium. Isso é legal - balancei a cabeça sem dar muita importância - e também uma boa oportunidade para tirar você de casa. Chega de sofrer por ex! - franzi o cenho e revirei os olhos. Olha só eu com certeza estou sofrendo pelo Harry. 

Dou de ombros e coloco os óculos escuros 

Alexia seguiu o caminho todo falando de várias coisas sem muita lógica que eu não prestei atenção, na verdade eu agradecia a Deus mentalmente pelo parque ficar apenas a quinze minutos da minha casa.

Ao chegarmos, logo notamos a aglomeração de pessoas em frente a um pequeno palco.

Logo procuramos um lugar bom para ficar, não tão perto, nem tão longe do palco, felizmente não demorou para que o "show" começasse com um garoto de uns 19 anos subindo ao palco acompanhado pelo violão.

A primeira música foi​ um cover de can't help falling love, seguido por algumas músicas do Artic Monkeys e outras que eu não consegui identificar. Ele realmente era bom, Alexia não parava um minuto se quer enquanto eu assistia sentada junto com mais algumas outras pessoas, e por fim quando o céu já estava escuro e as luzes do parque acessas o garoto finalizava o show cantando uma música chamada Magic que eu acreditava ser de sua autoria.

A pequena plateia o aplaudiu, então me permitir ficar de pé e segundos depois procurar apoio no ombro de Alexia ao sentir minhas pernas dormentes.

Eu não via a hora de voltar para casa. E Alexia sabia disso porém como sempre ela conseguiu me iritar ao passar uns 20 minutos conversando com algumas garotas enquanto eu as observava e fingia que prestava atenção. Até finalmente irmos embora.

E minutos depois eu me encontrava parada em frente de casa dando um breve aceno para loira antes dela fazer a volta e ir embora, encolhi os ombros ao sentir o vento gelando se chocando contra meu corpo me fazendo sentir a falta de um casaco.

Então suspirei e abaixei a cabeça enquanto andava até a porta porém uma voz me faz parar imediatamente.

E um arrepio percorreu todo meu corpo.

Estou mesmo ficando Maluca ou...

- Francesca - chamou mais uma vez e eu me virei já sentindo as borboletas em meu estômago criarem vida.

Eu não estava maluca.

Era Louis!

Engoli seco sentindo o frio na barriga que me atormentavam. Eu estava completamente imóvel enquanto apenas o via apoiar as mãos no joelho e respirar ofegante, até finalmente se reerguer e respirar fundo.

- Fran... - Deus alguns passos para frente - por favor, me dê só alguns minutos eu prometo que te deixo em paz depois. Eu queria pedir desculpas por tudo, naquele dia do café eu fui um babaca, na verdade não sei o que deu em mim. Eu juro que não queria estragar as coisas. Ah merda, me desculpe. Mas eu precisava falar - ele me encarava com seus olhos agora azul escuro devido a falta de iluminação e quando viu que eu não falaria nada prosseguiu - Eu te esperei toda a semana eu fiquei em casa grudado com a porcaria do celular 24 horas esperando que talvez você pudesse falar comigo, quem sabe me entender. Até descobrir que você tinha ido embora, Harry - ele fez uma pausa- Styles nos disse hoje ao retirar seu nome dá lista dá festa de estréia do álbum. A propósito sinto muito pelo termino, mas senti vontade de quebrar a cara dele por não ter falado antes, eu estava ficando maluco... Então eu vim para cá, precisava vir e conversar com você. Por que - ele abaixa a cabeça como se procurasse palavras e eu me afasto um pouco na tentativa falha de fugir

O que ele estava falando? 

(Escutem essa parte escutando Home para dar um tchan)

E por um momento devido o silêncio repentino perturbante e meu desespero achei que Louis levantaria a cabeça e iria embora. Porém ele começou a cantar em forma de sussurros.

- Conversando um pouco      Durante muito tempo estive esperando-  ele pigarreia enquanto esfregava os mãos no moletom - para me libertar e me sentir vivo... Por muitas noites eu pensei sobre isso.... Disse a mim mesmo que até gostava dela, mas havia algo faltando em seus olhos - ele dá um pequeno  sorriso de lado ainda com a cabeça baixa - Eu estava errado olhando a escuridão - ele então levanta a cabeça - mas você diz que sente o mesmo, poderíamos nos completar? Talvez a gente possa se completar. E esta tudo bem, chamar por alguém para te abraça está noite... Quando você estiver perdida, você encontrará um caminho, e eu serei sua luz, você nunca estará sozinha. Eu te farei se sentir em casa - ele deu mais um passo em minha direção ficando agora a poucos centímetros de mim, seus olhos capturavam os meus e seu cheiro me fazia delirar, e eu segurava uma lágrima que insistia em cair, assim como meu coração que batia depressa quase que sincronizado com o de Louis que eu podia ouvir daqui, ele estava tão nervoso quanto eu - Amor, podemos nos completar, e está tudo bem, chamar por alguém para te abraçar está noite. Quando você estiver perdida, você encontrará um caminho, e eu serei sua luz, você nunca estará sozinha. Eu te farei se sentir em casa... 

E sem fazer forças um sorriso vem a tona junto com as lágrimas antes guardadas.

Era inevitável, eu o amava.

- Preciso que seja minha luz - murmurrei - e ele sorriu Também levando a mão até meu rosto e me puxando para um beijo terno.

- Eu te farei se sentir em casa...