"Quando o sol brilhar, nós brilharemos juntos
Jurei que estaria aqui para sempre
Disse que sempre serei sua amiga
Fiz uma promessa vou manter isso até o fim
Agora que está chovendo mais do que nunca
Sei que ainda temos um ao outro
Você pode ficar debaixo do meu guarda-chuva"
Francesca Point Of View
As três da tarde da sexta feira eu já estava em casa, mais especificamente em meu quarto encarando diante do espelho as marcas roxas que se estendiam por toda região do meu pescoço e maxilar.
Um minimo sorriso estampava meus lábios enquanto eu contorna as marcas com um certo orgulho.
Horas antes, ou melhor após meu quase almoço com o Louis, insisti que precisava voltar para casa, mesmo a contragosto, mas eu não queria matar minha mãe do coração, achando que a essa altura eu poderia estar mortas ou tendo uma overdose em um beco qualquer.
Porem mesmo com a pequena frustração que sentia enquanto retornávamos silenciosamente para casa, eu me sentia satisfeita, incrivelmente satisfeita e bem, e sinceramente eu só queria que ele desse meia volta com o carro e me levasse embora, porem as coisas não saíram assim.
Ele parou duas casas antes da minha a pedido meu, e depois de alguns minutos encarando um ao outro nos despedimos com um beijo demorado e um "eu te ligo", então lentamente eu caminhei até a varanda da minha casa onde observei o carro dar meia volta e sumir de vista, então entrei e agradeci mentalmente por minha mãe estar em plantão, o que me poupou uma dor de cabeça e um stress desnecessário.O que foi ótimo.
Após alguns minutos naquela mesma posição sentada de frente ao espelho, escuto o barulho da porta da frente abrindo e visto o moletom imediatamente antes de saltar da cama para o corredor.
- To subindo - Alexia falou sem animo enquanto subia os primeiros degraus da escada. Revirei os olhos impaciente
- Nem eu sou tão lenta - falo levantando as mãos e voltando para o quarto, até que a loira aparece na porta - O que deu em você? - ela da de ombros
- Eu dormi mal... - Franzi o cenho e ela se jogou na cama tapando os olhos com o braço.
- Dormiu mal porquê... - Ela murmurou algo incompreensível - Como?
- Ain eu posso estar gravida! - Ela falou batendo os braços na cama, e por um momento senti minha boca abrir em "o" involuntariamente. enquanto meu cérebro insistia em repetir sem parar "gravida,gravida..."
Esperei alguns segundos que mais pareceram eternidades ate encara a garota que permanecia de olhos fechados
- Alexia... - ela me interrompeu levantando em seguida
- Eu sei! Não me julgue. Foi só uma vez com o Justin, eu juro. Ele estava tão lindo, e você sabe como ele realmente é lindo e como eu gosto dele, então aconteceu, tudo bem eu podia estar um pouco bêbada, mas todo mundo estava, eu não tenho culpa, as festas da Johanna Clark são as melhores, e ele estava lá... Então aconteceu Francesca, e minha menstruação está uma semana atrasada! -Ela praticamente vomitou as palavras aos prantos enquanto eu observava tudo em choque.
Meu subconsciente não conseguia processar todas as informações. Então eu me mantive calada antes de respirar fundo e coçar a cabeça.
- Justin... Justin Woods? O do colégio? - Ela fungou e assentiu então esfreguei os olhos frustrada - Cara todo mundo sabe que ele é um idiota! - Falei irritada o que só pareceu piorar tudo pois alexia voltou a chorar, então em um ato desesperado coloquei a mão em seus ombros
- Mas ele é tão lindo Fran!
Por que não nos ensinaram a lidar com uma situação dessas na escola?
- Calma, está tudo bem - Falei tentando soar bem, mas no fundo eu sabia que nada estava bem. Ela então apoiou a cabeça em meu ombro e eu respirei fundo já sentindo um frio na barriga.
- Você já contou para mais alguém?- ela fez que não - Okay... só uma semana de atraso né?
- Sim...
- Então, talvez você não esteja... sabe uma semana é normal, eu acho. Você já fez algum teste?
- Não.
- Então podemos fazer isso, e dependendo do resultado nós pensamos em algo - Ela fez que sim enquanto limpava os olhos no suéter rosa e eu me vangloriava internamente por ter conseguido acalma-la
- Desculpa... - Ela falou em um sussurro, mas foi o suficiente para que eu escutasse.
- Está tudo bem - Ainda sem jeito, demorei alguns segundos até resolver abraça-la - Eu vou pegar alguns sanduíches, Espere aqui - Falei e ela assentiu então levantei com um pouco de dificuldade, por um momento o ar faltou, mas logo se estabilizou, então calcei as chinelas ao lado das cama e abri a porta deixando o quarto.
Com um passo atras do outro cruzei o corredor até sentir uma fisgada no peite que me fez parar repentinamente antes da escada. "merda" murmurrei levando a mão ate o local que ardia, e acompanhado de uma pequena cegueira o vazio tomou conta dos meus pulmões que pareciam estar em inatividade fazendo-me dar alguns passos vacilantes para traz. Enquanto a falta de oxigênio fazia eu me debater até sentir o impacto com a parede e em seguida a escuridão, seguida por um grito distante.
- Francesc...
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