...“ Disse a mim mesmo que eu até que gostava dela”...
(...)
- Nada... você quer tomar um café? - Ele pergunta
Demoro alguns segundos analisando a pergunta.
- Café? - Ele levantou do sofá
- Isso ai
Eu realmente devia estar sonhando, não um sonho bom, um sonho estranho isso sim, ninguém nunca me convida pra fazer as coisas, e eu aprendi a me contentar com a solidão, e devo confessar que aquela pergunta me pegou de surpresa, eu não fazia ideia do que responder.
É claro que eu tinha um plano, e só queria voltar pra casa, mas Louis estava sendo simpático, ou talvez só estivesse me usando, e isso me deixava apreensiva, então eu tinha duas opções.
Negar e voltar pra minha casa e passar a noite pintando.
Ou aceitar o convite de um cara que eu não conheço.
Isso era complicado, e com certeza eu me arrependeria depois, ou não.
Então cruzei os braços e encarei o homem parado em minha frente.
- Se for rápido - ele sorriu
- ótimo, então vamos - Louis fez um gesto para que eu o seguisse
Respirei fundo e o acompanhei. Fiquei o tempo todo em silêncio até chegarmos novamente ao térreo e Louis perguntar se eu me importava em ir no café do hotel mesmo, respondi um “tudo bem” e ele novamente me guiou até chegarmos no local.
Sentamos em uma mesa um pouco afastada do balcão.
- Acho que não me apresentei direito - ele fala enquanto encarava a carta de bebidas
- Bom... já deu pra descobri umas coisas sobre você, senhor popstar - ele me encarou
- Ora, ora, então você andou pesquisando sobre mim - Ele falou com um sorriso
- Não me daria esse trabalho... digamos que a minha amiga fez questão de me dar um pôster da sua banda
- E você deve ter queimado? - Ri
- Infelizmente não pensei nisso antes, mas não vou descartar essa possibilidade
Uma das atendentes veio até a mesa anotar nossos pedidos, Louis pediu um cappuccino e eu um café forte tradicional.
- Qual os seus interesses, então? - Ele perguntou
- Interesses?
- Sei lá o que gosta de fazer
- Pintar - Ele franziu o cenho
- Uma artista, interessante
- Não me considero uma artista. Longe disso
- Então porque pinta?
- Pelo mesmo motivo que você canta
- Bom ultimamente cantar não tem sido uma das minhas coisas favoritas - apoio minha cabeça na mão - acho que não é mais como antes - dei de ombros dando um gole na minha bebida
- Até que você não é uma pessoa tão ruim... - Ele franziu o cenho
- Era pra eu ficar feliz em ouvir isso?
- Talvez...
- Veja só é muito mais fácil conversar quando você não está gritando ou tentando me espancar - rio
- Não me de motivos - Olhei a hora no relógio, 6:57 P.M
Me assustei com a hora, o tempo havia passado incrivelmente rápido.
Dei um último gole na bebida e peguei minha bolsa
- Acho melhor eu ir antes que fique tarde
- A eu te levo - ele levantou
- Não, não precisa.
- Eu ficaria com a consciência pesada se te deixasse sair a essa hora sozinha, você sabe o quando a cidade pode ser perigosa menina? Não assiste aos noticiários? - Ele cruza os braços
- Hmm não...
- Eu também não assisto, mas tudo bem, então vamos?
- Mas eu... - antes que eu pudesse terminar a frase ele puxa meu braço
E então fui arrastada até um estacionamento afastado no subsolo.
Louis parou um momento e olhou os carros do local fez um biquinho e puxou de dentro do bolso da calça uma chave, apertou o botão e pude escutar de longe o barulho do carro.
- Ai está - ele apontou para o veículo nada barato
- Wow - sussurrei - Ele entrou no carro e fez sinal para que eu entrasse também
Ainda receosa abri a porta do carona e entrei, me encolhi no assento e baixei a cabeça encarando meu jeans.
O silêncio logo se estabeleceu e da maneira mais desconfortável possível. A volta pareceu ainda mais longa.
Podia se escutar apenas uma melodia do rádio que eu não consegui distinguir qual era.
Quando chegamos na rua da minha casa, pigarreie e ele me encarou
- Você pode me deixar aqui...
- Onde é sua casa?
- É aqui perto, você já fez um grande favor vindo me trazer.
- Qual é o sentido deu ter dirigido para te deixar em casa e não te levar em casa? - Ele me encarou senti um calafrio percorrer meu corpo
- É-e - encarei a rua- essa daqui apontei para casa - ele estacionou o carro em frente a residência dos Foster.
Parei um minuto para entender o que fazer. Eu não podia simplesmente chegar em casa já tarde, com um cara desconhecido e ainda mais em um carro desses, minha mãe pensaria coisas indecentes, até eu pensaria.
Então respirei fundo e encarei a casa dos meus vizinhos.
- Ok, está entregue!
- Obrigada - falei sem jeito - Foi gentileza sua
- Sem problemas Reale, espero te encontrar por aí - Dei de ombros
- Quem sabe - Balancei a cabeça e abri a porta
Dei um breve aceno antes de cruzar o jardim bem cuidado, ele deu a volta com o carro e foi embora, esperei alguns segundos até que o carro tivesse sumido do meu campo de visão, então caminhei lentamente até minha casa do outro lado da rua.
Peguei minha chave da bolsa e abri a porta silenciosamente, entrei na casa e fui direto a escada, e antes de subir o primeiro degrau escuto minha mãe gritar da cozinha.
- Fran? - Bufei e me arrastei até a cozinha onde encontrei ela Alexia e Jimmy.
- Onde você estava? -Pisquei os olhos com força
- Trabalho da faculdade - cruzei os braços
- Nossa você demorou, eu e o Jimmy nos divertimos bastante - Alexia falou com um sorriso dando um soquinho no ombro de Jim
- Pois é, e estou cansada, vou subir, ok?
- Mas não vai comer nada?
- Estou sem fome - Ela balançou a cabeça
- Tudo bem - Forcei um sorriso e me retirei dali, indo direto para meu quarto.
Joguei minhas coisas na cama e fui para o banheiro. Tomei meu banho quente e coloquei um pijama qualquer.
Deitei e peguei meu celular, programei o despertador para amanhã, depois peguei um livro qualquer e comecei a ler.
Algum tempo depois a porta do quarto se abre e Alexia aparece com um sorriso, ela entra e senta na minha cama ao meu lado.
- Você não foi fazer trabalho, né? - Franzi o cenho e fique em silêncio - Tudo bem. Deve estar cansada mesmo, eu já vou, boa noite - ela levanta
- Humm Ally? - Ela vira e me encara curiosa - Sabe aquela banda? One Direction, acho - Ela balança a cabeça - O que acha daquele integrante... Louis?
Ela sorri largamente
- Ele é a melhor pessoa do mundo.
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