Eu estava presa em um lugar escuro, sozinha e com a sensação de que algo estava errado, mas não conseguia saber o que era ao certo. Começo a caminhar lentamente por entre as sombras, quando vejo uma luz próxima a mim.
-Ei! - Eu grito, mas nada de resposta. – Ei, você! - tento mais uma vez, e o silencio permanece.
Com muita frustração eu ando em direção a luz e a cada vez que chega mais perto ela vai tomando forma e eu vou percebendo que é alguém e não uma coisa. A pessoa é alta, e o que brilha são, pelo o que me parece, suas asas. Quando chega perto o suficiente posso perceber que o ser possui chifres e só quando estou quase o tocando que ele se vira e diz:
- Cuidado com o que está por vir! Ainda temos que nos encontrar Lu! - Diz com uma voz serena, e quando vou responder, abro os olhos.
Sonho off.:
Olho para os lados e não vejo ninguém, e percebo que estou em um quarto de hospital. É nessa hora que eu me lembro que estava em um carro e um caminhão veio em minha direção, depois disso não me lembro de mais nada, a não ser vozes e mais vozes, durante muito tempo.
Quando ia me levantar para procurar por alguém, uma enfermeira entra e troca meu soro, sem me dirigir a palavra ela se retira do local. “Tá, isso foi mega estranho!” Me levanto da cama e me dirijo a janela, quando consigo ter uma visão perfeita do lado de fora, entro em pânico, estava tudo destruído, tudo devastado, tinha somente um bairro ou mais que estava intacto e protegido por um muro gigantesco. Não conseguia processar aquilo, quanto tempo havia dormido? O que aconteceu durante meu “sono”? Quando viro para voltar pra cama, vejo um homem um tanto familiar se aproximando.
-Amor? – ele diz com uma voz rouca que reconheceria de longe.
- Bruno? O que aconteceu? – falo assustada e começando a chorar. Ele se dirige em minha direção calmamente e me abraça.
- Senti saudades da sua voz! – ele diz manso. – Muito ocorreu enquanto tirava sua “soneca” de dez anos! – ele diz rindo, me fazendo gargalhar também. – O que quer saber primeiro?
- Você está com outra? – Falo um tanto desesperada.
- Por que será que eu sabia que ia perguntar isso? – diz num tom risonho. – Bom, estou com uma menina sim... – murcho na hora em que fala a frase. – e por sinal ela é muito parecida contigo! Sol vem aqui, amorzinho! – ele fala meigo. “Tá, ele está com outra, mas não precisa esfregar isso na minha cara”. Viro os olhos e inflo as bochechas.
Em seguida uma garotinha de uns 9, 10 anos entra no quarto, e não é que ela é parecida comigo. Tem olhos verdes, cabelo castanho, é baixinha, meu Deus que graça!
- Você é um pedófilo? – Grito em pensar que aquela era a namorada dele. Logo os dois riem da minha cara. – Por que estão rindo?
A menininha se aproxima, pega minha mão e fala:
- Ora moça, não sou namorada dele. Sou sua filha! – ela diz sorridente e calma. PERA AE.... FILHA?
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