História Love Yourself - Sixty Five

- Já voltou am... - abracei ela por trás e não deixei ela terminar a frase, lhe entreguei o buquê. - Ai meu Deus que coisa mais linda! - ela disse com brilho nos olhos. - Obrigada,obrigada,obrigada. - ela me abraçou. 
- Você merece mais do que um simples buquê amor, muito mais.
- Para com isso, elas são lindas! - ela disse me abraçando de lado.

Deitamos com os corpos bem rentes na areia, porém olhando para o céu. Entrelacei nossos dedos e um silêncio aconchegante,permanecia.

                 Débora P.O.V

Até o ar que entra em meus pulmões estão me deixando feliz nesse momento, está tudo tão bom que eu nem consigo acreditar. 

- Tu não esperava que eu fosse fazer alguma coisa? - falei me virando para ele. 
- N-Na verdade não... - Julio disse meio encolhido em suas palavras. 
- Amor, tu esqueceu? - falei acariciando sua bochecha.
- Nãooo,claro que não! 
- Tá tudo bem. - eu ri- Tu não me engana Cocielo! - soquei fraquinho seu braço.

- Eu pensei que você ficaria muito puta! - ele suspirou aliviado.
- Eu tinha me esquecido também. - rindo,enfiei meu rosto em seu pescoço. 
- Que feio Débora Ferrari, que feio! - disse me zoando.
- Tá afim de entrar no mar? - falei ainda agarrada nele. 
- Bora. - ele se levantou e eu fui atrás.

Eu tirei meu vestido e ele tirou sua camisa,jogando as peças na areia.

Corremos sorrindo em direção ao mar e ele me pegou no colo, amenizando o frio da água com nossos corpos quentes colados,logo depois partindo pra um beijo lento e apaixonado. 

- Acabei de juntar as duas coisas que eu mais gosto,você e o mar. - falei sorrindo e logo depois o beijando. 

Ficamos um tempão lá dentro, conversando,pulando ondinhas e se beijando muito, tudo está tão maravilhoso! 

- Que horas são? - perguntei em quanto Julio beijava meu pescoço lentamente.
- Não sei, por que? 
- Tô ficando com frio. - sorri por sua língua áspera passar em uma área que eu sinto cócegas.
- Você sabe qual é o melhor jeito de se esquentar né? - ele disse agarrando minha bunda com força.
- Aqui? - falei meio surpresa.
- Qual o problema? Não tem ninguém vendo amor. - ele respondeu quase implorando.
- Vai se catar Cocielo. - falei rindo dele. 
- Eu te imploro. - ele chocou nossos corpos de uma forma inexplicável e eu senti sua excitação em mim.

Eu ainda não acredito em minhas próprias atitudes, mas pela primeira vez senti que nós fizemos amor. 

11:00 am 

Acordei, já no quarto,com a respiração pesada de Julio, enquanto seu peito subia e descia em cima do meu tórax. Fiquei observando aquele serzinho lindo sem camisa,como de costume, e acariciando seu cabelo.

- Bom dia. - ele disse me olhando com uma voz rouca incrivelmente sexy.
- Tu já tava acordado? - falei com um sorrisinho espontâneo no rosto. 
- Eu amo seu carinho. - ele disse subindo até minha boca - Não ousaria me mexer.- logo em seguida me dando um selinho demorado.
- Eu amo você. - já começando o dia cheio de amor.
   
Ficamos trocando carinhos e cheirinhos deitados na cama com a agradável luz do sol invadindo o quarto.  
                                         ***

- ... 20 anos na cara e eu nem tenho um emprego decente. - falei rindo fraco e vestindo meu short. 
- Você ainda não tem oficialmente 20 e para com essas frescuras. - ele disse me abraçando porém olhando em meus olhos. 
- Tá bom. - ele me convenceu.
- O que você quer de presente? 
- Você.
- Normalmente as pessoas pedem o que elas ainda não tem de aniversário.
- Hmm, então eu quero o Dylan O'brien.
- Eu fico com a primeira opção. - ele selou nossos lábios.

                                                                                                 ***

- Foi um dos melhores finais de semana que eu já tive! - Cellbit disse animado.
- Que porra que tá acabando. - Igão murchou.
- Ah relaxem, vocês podem vir sempre pra cá. - falei colocando a mão em seu ombro. 
- Ah tá, até porque é bem fácil vir pro interior de Porto Alegre. - Julio rebateu rindo ainda me abraçando por trás. 
- Vai te catar. - falei rindo. 

Era por volta de uma hora da tarde e por um milagre nós já tínhamos almoçado.  Julio estava dando uma de pai passando protetor solar em mim.

- ... Na verdade eu me sinto uma criança de 8 anos.
- O tamanho é igual. 
- Hahaha. - falei com a minha expressão facial mais comum, a famosa cara de bunda/tédio, como preferirem. 
- Agora pode ir. 
- Valeu amorzinho. - falei beijando sua testa. - Ugh, suor. - Julio gargalhou e eu fui para a quadra (de grama) de vôlei. - Vamos jogar gurias! - falei animada.

O jogo estava legal pra caralho, só as gurias, e o Mauro, estavam jogando. Fiquei tão feliz com a nostalgia de quando eu era atleta em Porto Alegre e não uma sedentária em São Paulo. Ri com meus pensamentos e acabei perdendo a bola. 

Jogamos por uma hora mais ou menos e eu reparei que Julio não estava mais lá. Eu até estranhei o sítio estar tão calmo, parecia que faltava gente lá. 

- Ow, vocês ainda querem jogar? Eu to cansada. - Nathalia disse ofegante. 
- Vamos subir. - falei sinalizando com a cabeça. 

Entramos no quiosque cansadas e ofegantes junto com o Mauro e só Chris e Teddy estavam sentados no sofá. Chris estava com uma expressão de medo e preocupação ao mesmo tempo enquanto Teddy estava mais calmo. 

- Cadê todo mundo? - falei largando a bola em um canto qualquer.
- E-eles... O Julio deixou aquilo pra você. 
- Por que tu tá tão nervoso? - falei me aproximando do bilhete em cima do balcão. 

    "Rezando 10 pai nosso pra você não ficar brava comigo 

      Tivemos um compromisso de última hora e voltamos para SP
        
                                                                                                                 Te amo 
                                        J.C."
         
Embolei o bilhete e respirei fundo com os olhos fechados. Legal, ele me deixou aqui por "um compromisso de última hora", ótimo! E como eu não vou ficar brava? Há uma hora atrás ele estava me tratando como uma princesa e agora ele simplesmente sai e nem pra me avisar pessoalmente? Até Pedro tinha ido. Meu Deus eu to MUITO puta!

- ESSE FILHO DA PUTA ME LARGOU AQUI E NEM PRA FALAR COMIGO! - gritei "explicando" para as meninas mesmo estando muito equivocada e com vontade de socar alguma coisa. 
- Calma! O que aconteceu? - Lívia perguntou preocupada enquanto todas as meninas corriam na minha direção e Aline foi pegar o bilhete.
- Pelo o que parece ele voltou pra SP por um compromisso, com os garotos. - Aline disse terminado de ler.
- Ele não te avisou nada? - Laura entrou na conversa. 
- Não! Ele nem me deu um simples "tchau". - falei com um ar triste.- E vocês hein? Estão envolvidos nisso também? - falei me aproximando dos meninos. 
- Eu estava jogando com vocês. - Mauro disse se rendendo.
- Eu nem sou tão próximo do Julio assim. - Teddy tentou se defender também. 
- E tu? Amiguinho do Julio? - falei sarcástica. - Tu apoia ele em todas as burradas, qual foi a tua parte nisso? 
- Eu não fiz nada, você sabe que eu prefiro você do que ele! Mas você tá se alterando demais, ele só teve que voltar pra SP... Não que eu esteja defendendo mas ele deve ter uma boa explicação e um motivo por ter sumido assim.
- Eu espero que tenha mesmo. - falei e dei as costas pra todo mundo saindo do quiosque. 
   

Porra, eu realmente me alterei um pouco mas eu não aguento mais essas mudanças de atitudes a cada segundo do Julio! Eu fiz essa porra toda pra nós dois curtimos com nossos amigos, fiz aquela surpresa pra ele ontem e tudo mais e ele vai embora assim? Não consegui segurar minhas lágrimas e bati a porta com raiva na parede, abrindo-a e pegando minhas malas.

- Ei,ei,ei. - Mauro disse me segurando. - O que você tá fazendo? 
- Eu vou embora! - falei limpando minhas lágrimas. 
- Como assim você "vai embora"? - Mauro disse tocando suas mãos quentes nas minhas, o que me fez olhar pra ele. Fiquei quieta e esperei ele prosseguir. - Todo mundo veio pra cá, pra te deixar feliz, porque todo mundo que está, o que estava aqui - ele coçou a garganta - gosta de você e quer te ver feliz. - ele tocou no meu braço.
- Mas ele não está. - deixei meu corpo me levar e apoiei minha cabeça em seu peito.
- Você gosta mesmo dele não é? - ele perguntou acariciando meu cabelo.
- Sim. - solucei.
- Vai ficar tudo bem. 

Nós levantamos e voltamos para o quiosque. 

- Sinto em falar pra vocês mas nosso voo sai em duas horas. - Aline se aproximou de nós dois. - Precisamos ir.
- Tudo bem. - falei triste.- Mas vamos tirar uma foto,todos juntos. - falei e todos vibraram.

Colocamos o temporizador no meu telefone e nos preparamos, eu fiquei abraçada com Mauro e o resto eu nem vi. Fizemos umas três poses diferentes e começamos a arrumar tudo para irmos embora.
    

5:00 pm - Aeroporto Internacional Salgado Filho

Me despedi de minha avó,da Nath e da Laura e inventei qualquer desculpa por metade das pessoas, inclusive "meu namorado" e Pedro terem ido mais cedo. 

Agora estamos no avião e Mauro está ao meu lado tentando me animar de qualquer jeito. Pena que a única coisa que eu consigo pensar nesse momento,na verdade todo tempo da minha vida é naquele demônio,que eu amo tanto e me faz tão feliz... Droga! Ele é um pau no cu, por que diabos eu estou pensando nisso? Minha cabeça provavelmente explodiria se eu continuasse pensando nele então eu resolvi me distrair...