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História Loved - Único.


Escrita por: yoongizzz

Notas do Autor


Oi oi pessoas.
Prontas pra chorar?
Bom, é uma oneshot triste sim, e eu escrevi ela meio – lê-se muito – na bad, então ta bem triste.
Eu espero que vocês gostem, Changki era um shipp que eu queria escrever algo triste, então ta ai.
Boa leitura e peguem lencinhos ❤

Capítulo 1 - Único.


Fanfic / Fanfiction Loved - Único.

 

Eu amava quando acordava de manhã e ficava o olhando dormir. Seu rosto angelical levemente corado, os cabelos caindo na testa e sob os olhos fechados, a boca entreaberta respirando calmamente. Amava também o cheiro do café que perfumava a casa inteira de manhã, o melhor café de todo o mundo, com o gosto mais doce que eu já havia provado.

Amava o jeito desajeitado, de sempre derrubar ou esbarrar em algo. Amava seu jeito desengonçado de dançar e sua voz maravilhosa para cantar, a voz calma, que alcançava altas notas e fazia os falsetes mais afinados que meus ouvidos já puderam ouvir. Amava o seu jeito de se vestir, sempre simples mas ao mesmo tempo muito bem arrumado, sempre cominando tons, sempre com aquele all-star velho e esfarrapado, que continha nossos nomes escritos na lateral com uma caneta, que se dizia ser permanente, mas acabou ficando desbotada com o tempo e com as lavagens.

Eu amava o jeito que ele olhava para o mundo, para as pessoas. Todo simpático, cumprimentava todos na rua, brincava com qualquer criança que lhe desse atenção e sempre mantinha uma boa conversa com pessoas de idade. Não era a toa que adorava me levar junto quando visitava um orfanato ou um asilo, sempre bem recebido por todos, sendo muito amado por ambas as idades. “Um dia quero ter um namorado como você” diziam as meninas, “Um dia quero ter o cabelo igual ao seu” dizia algum menino, “Você é um anjo” dizia uma idosa, “É mais presente na minha vida do que minha família” dizia outro idoso abandonado por todos.

Eu amava leva-lo para tomar sorvete, só para vê-lo se sujar todo com o doce e depois poder limpar toda a sujeira e provar do seu beijo sabor morango. Ele amava morangos. Amava leva-lo para passear, sempre tínhamos um dia super legal cheio de risadas. Seu senso de humor era maravilhoso, sempre me fazia rir por mais sem graça que a piada fosse, mas eu ria, só para vê-lo sorrir também. Ele amava flores, sempre chorava quando eu lhe dava um buquê de Ixias* e também chorava quando elas murchavam no vaso em que ele as colocava. Nada é para sempre.

Eu amava seu medo e sua paixão por montanhas russas. Por mais medo que tivesse, ele sempre queria ir, e isso rendia vários gritos, e uma pessoa com um medo enorme agarrada ao meu corpo enquanto eu gritava com as mãos para o alto. Ele adorava algodão doce, adorava maçã do amor, adorava salgadinhos baratos, adorava sorvete. Amava ler livros de romance policial, amava ler poesias, adorava ouvir músicas lentas e calmas, amava escrever poemas e pornôs, amava filmes de terror e de comédia romântica, lia jornais e mais jornais, mas apenas a sessão de quadrinhos. Ele tinha uma coleção dos gibis da Turma da Mônica, e cuidava tão bem da mesma que isso até me invejava.

Eu amava ver nosso álbum de fotos da nossa primeira e única viagem, quando visitamos a praia. Ele adorou o mar, brincou até cansar, se queimou horrores por não ter passado protetor solar, odiou o gosto de camarão, e também odiou ser afogado pelas grandes ondas que lhe atingiam enquanto tentava nadar. Odiou o caranguejo que agarrou seu pé e também odiou a areia em sua sunga quando fez o castelo de areia que eu acidentalmente destruí. Amou o céu, a cor do mar e do nosso guarda sol todo colorido.

Ele amava os dias chuvosos, apenas pelo prazer de poder ficar abraçado comigo debaixo dos cobertores assistindo nossas séries o dia todo. Fazíamos maratonas, virávamos a noite com temporadas e mais temporadas, comíamos mais de três potes de pipoca e acabávamos com três garrafas de refrigerante, engordávamos juntos e adormecíamos quando o sol nascia e acordávamos quando ele se punha.

Ele amava me falar de autores famosos, de música, de astronomia e sabia bastante sobre política. Eu gostava de dizer que ele era o sol, pois sempre fora uma pessoa que era o centro das atenções onde estivesse. Lembro-me do dia em que o mesmo me apresentou aos pais como namorado. Meu sogro não aceitou de primeira, pois ali ele também assumira que era gay, mas como sempre fora o queridinho, logo ele conseguiu amolecer o coração preconceituoso do pai. A mãe dele me amou como se fosse um filho, nos apoiou, conversava conosco sobre tudo, perguntava das nossas vontades, pedia para que tomássemos cuidado. Num dia, acabei conversando com meu sogro, e ele disse que gostava de mim pelo simples fato de eu fazer o filho dele feliz. Nunca me esqueço de ele ter perguntado quem era o ativo. Como o homem chorou.

Eu amava nossas noites mais quentes, nas quais nos tornávamos um só. Amava tocá-lo e sentir todas as sensações que ele me provocava. Fazíamos a temperatura aumentar mesmo que estivesse frio, criávamos nossa música favorita com os gemidos, suávamos no inverno, em qualquer lugar, fosse no quarto, na cozinha, no banheiro, na sala, na varanda. Sim, em todos os cômodos, havia um pouco do nosso desejo carnal, da nossa luxúria, do nosso momento. E eu não vou mentir que eu adorava.

Eu amava dividir meu fone de ouvido com ele e lhe comprar vários, já que o mesmo não durava nem um mês com um fone. Quanto dinheiro eu gastei só com essas coisas. Adorava ser recebido com os abraços grandes e cheios de amor, com beijos e com provocações. Odiava vê-lo chorar, odiava brigar com ele, odiava qualquer coisa que nos deixava afastados.

Odiava suas crises depressivas, odiava vê-lo chorar trancado no quarto, odiava vê-lo cansado e ainda assim continuar a fazer várias coisas. Odiava quando ele se irritava com algo que eu fazia ou quando se culpava por algo que eu fiz de errado e nos afetou. Odiava ver o ciúmes excessivo que ele sentia até de meus amigos, e também odiava quando ele bebia e desmaiava por ser tão fraco para os efeitos.

Mas ao mesmo tempo, eu gostava de estar com ele sempre o animando quando estava em meio as crises. Gostava de levar besteiras e vários ursinhos para ele quando chorava. Gostava de cuidar de si, e amava me lembrar das vezes em que ele dormia em meus braços. Eu gostava de pedir desculpas e acabar com toda a briga. Eu sabia que ele sentia ciúmes por medo de me perder, e eu gostava de poder cuidar de si depois de vomitar tudo o que tinha ingerido na privada. Ele era um sem noção. Perdi as contas de quantas vezes nossas brigas acabaram em sexo, posso dizer que quase todas.

Amava o jeito que ele era dedicado ao seu trabalho, sempre ajudando em tudo o que podia, ficando até mais tarde, fazendo hora extra, o que me fazia ir busca-lo alguns dias da semana, e o mesmo sempre me surpreendia com meu doce favorito da padaria aonde o mesmo trabalhava. Amava vê-lo pedir para parar o carro para dar comida para algum animal abandonado, ou até mesmo para uma pessoa sem teto. Ele acabava chorando quando chegava em casa se não conseguisse ajudar alguém, e sempre me dizia que tinha vontade de trazer todas as pessoas para a casa, para que elas pudessem tomar um banho, comer algo descente, dormir no quentinho.

Ele adorava os dias de neve. Brincávamos por horas fazendo bonecos de neve, anjos, guerras de bolinhas e iglus. Ele também adorava tomar chocolate quente com marshmallows e muitos abraços quentinhos. Ele adorava usar seu pijama de hamster, e eu usava um de lobo, e assim, parecíamos duas crianças grandes. Adorava ver as estrelas com ele, observar a lua, criar novas constelações. Adorava vê-lo desenhar em seu caderno que ele tanto amava, sempre cheio de rabiscos e anotações, letras de músicas, trechos de poesias. Adorava quando ele inventava de decorar a casa, deixando tudo ao nosso gosto.

Adorava vê-lo andar pela casa apenas de cueca e uma blusa maior que si. Adorava poder provoca-lo em lugares públicos e nos pegarmos em algum canto vazio de alguma rua ou até mesmo de um banheiro. Adorava as loucuras que ele fazia junto comigo, adorava roubar flores de jardins só para surpreende-lo. Adorava quando o mesmo arrancava uma pétala e a guardava dentro do caderno de desenhos. Eu adorava seu medo de agulhas e ria muito quando ele tinha de tomar alguma vacina ou uma injeção quando estava doente, mas amava leva-lo para comer um bom pote de sorvete por ter sido corajoso.

Eu amava cuidar de si, amava ser o dono de seu coração cheio de amor, adorava ser namorado do menino mais alegre do mundo, que só queria a paz e a felicidade para todos. Eu amava Yoo Kihyun com todas as minhas forças, amava sentir o sentimento aumentar a cada dia, amava suas curvas, amava suas qualidades, amava seus defeitos. Amava seu sorriso, seu olhar, seu jeito fofo e carismático. Amava o jeito que Kihyun era apaixonado por mim. Amava nossas juras de amor.

Eu amava, amei até o último segundo e também o amei depois de ter partido. Partiu para salvar minha vida, partiu no meu lugar. Numa noite muito linda, na frente de nossa casa fomos abordados. Kihyun gritou por impulso, e o cara ameaçou atirar. E assim, mirado pra mim, atirou, mas tudo o que senti foi um peso sob meu corpo e sangue. Kihyun havia morrido por mim. Sussurrou um último “Eu te amo” e fechou os olhos, dormindo para sempre.

Eu amei Kihyun até o último momento, e ele também me amou até o último batimento. Doeu vê-lo partir. Doeu comunicar aos seus pais o que havia acontecido. Doeu ver meus sogros chorarem desconsolados. Doeu saber que o orfanato e o asilo todo chorou pela notícia. Doeu saber que a notícia havia se espalhado rápido. Doeu em mim, doeu em meu coração. Doeu quando a ficha caiu, quanto eu percebi que não o teria mais ao meu lado na cama, que não sentiria mais o gosto de seu café, que não o veria todo feliz, que não veria mais o seu sorriso, que eu não o tocaria mais e nem o beijaria, doeu saber que eu nunca mais o veria. Doeu tanto, mas tanto, que eu não sentia absolutamente mais nada. Eu sinto sua falta, mas também sinto sua presença. Eu não vou ser capaz de amar outra pessoa além dele, e nunca vou ser amado por outra pessoa na mesma intensidade. Eu nunca vou conhecer alguém tão lindo quanto Kihyun, não só na beleza, mas na pessoa que ele era, no jeito, na personalidade. Eu espero que ele esteja bem, sem dor, em um lugar melhor do que esse mundo. E espero poder encontra-lo logo.

 

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Notas Finais


Quem chorou pode me abraçar aqui, eu deixo.
Espero que vocês tenham gostado e não tenham chorado tanto.
*Ixias são umas flores muito bonitas, procurem no google para verem ❤

Reclamações, choros, tapas, abraços, consolos: https://twitter.com/foolmonstax

Um beijo, amo vocês, obrigada por lerem, e até ❤


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