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História Loveless or lovely? - 9


Escrita por: skybgyu

Capítulo 9 - 9


Fanfic / Fanfiction Loveless or lovely? - 9

Haru p.o.v

O menor me jogou na cama, ficando em cima de mim enquanto nos beijavámos. Meu coração, que já estava acelerado, parecia que iria pulara qualquer momento. Eu ainda não tinha me acostumado com um garoto me beijando. Não que eu tivesse algum problema com isso, mas nunca pensei que aconteceria. Ele estava me deixando insano aos poucos, afundando sua língua na minha cavidade. Me senti tão inexperiente perto dele, mesmo já tendo beijado várias mulheres antes.

E nenhum dos beijos que já experimentei se comparam a esse. Eu estava começando a sentir meu baixo ventre visgando quando Min parou o ósculo de repente. Estava em cima de meu quadril, em uma posição nada inocente, mesmo que sua cara fosse risonha, quase infantil.

- Você está parecendo um bobo. Parece que nunca beijou alguém. - Riu de mim, e se jogou ao meu lado.

-Você me pegou de surpresa, sabe? É a primeira vez que beijo um homem, estou nervoso. - Parei de falar por um instante, para tentar recuperar minha sanidade que quase sumiu. - Pare de rir de mim!

- Então pare de ser fofo - Fofo? Por algum motivo, fiquei com raiva desse adjetivo que eu geralmente costumo a usar para me referir ao Min.

- Fofo? Quem você está chamando de fofo? Você é bem mais fofo que eu, não me chame de fofo. - . Me viro para o outro lado, como uma criança fazendo birra.

- Calma, eu só te elogiei, não precisa ficar bravo. - Passou a mão em meu cabelo, e não vou mentir, foi o melhor carinho que já recebi. - Vou dormir, boa noite, fofinho. - Virei para ele com um olhar de raiva, que não durou muito pois logo já estavámos rindo.

- Não me chame de fofo de novo, última vez que eu aviso. - Disse ainda brincando e ele apenas assentiu, fechando os olhos. Dei um beijo em sua testa, desejando-lhe boa noite e adormecendo junto a ele.

<3

Acordei aos poucos com o sol batendo em mim. Levantei-me devagar para não acordar o baixinho que ainda estava aos sonhos e fui tomar um banho. Moro sozinho há muito tempo, por este motivo, não estou acostumado a trancar a porta de nenhum lugar quando estou dentro de casa.

Assim que acabei de me banhar e fui pegar a toalha, vejo a porta sendo aberta.

- D-desculpa, você não trancou a porta. - Disse um Min corado e com cara de sono. Eu não poderia ter uma vista melhor que essa.

Vesti-me e fui até a cozinha, vendo meu pequeno com cabelo bagunçado procurando algo para comer. Agora eu poderia chamá-lo de meu, certo?

- O que quer comer? - Vou direto ao café, primeira coisa que tomo pela manhã. - Você toma café?

- Sim, eu quero ovos. Tem?

- Tem sim, pode me esperar na sala, eu faço tudo - Ele agradece e se direciona à sala para me esperar. Comecei a cozinhar para duas pessoas, o que foi estranho. Eu me sentia completo. Talvez não totalmente, mas era como se uma parte de mim, que antes estava vazia, ficasse cheia. Assim que acabei, levei tudo à mesa, chamando Min.

- Obrigado, Haru. - Agradece e começa a comer. Tomei meu café antes de tudo, como sempre fazia e o baixinho começou a me olhar estranho.

- Eca, como você toma isso sem açúcar? E antes de comer? - Disse, colocando cubos de açúcar em seu café - Aliás, seus ovos são bons.

- Eu não gosto de café com açúcar, é ruim. Desde pequeno eu estou acostumado a beber algo antes de comer. Já virou até costume. - Terminei meu café e comecei a comer. Nunca havia sido julgado por minhas manias estranhas já que ninguém me via praticando-as, foi uma experiência nova para mim.

- Você é estranho, cada vez mais me surpreende. - Ele fala se deliciando com sua comida. - Tem mais algo que eu não saiba sobre você?

- Eu gosto de ossos. Sei o nome da maioria. - Falei estralando o pescoço, fazendo com que Min me olhasse assustado. Quero ver quem ele chamará de fofo agora. - Meu osso preferido é a mandíbula. - Ele arregalou os olhos e fez uma cara de "Vou perguntar mais nada, se não vou acabar saindo correndo daqui". - E você, tem alguma coisa estranha para me contar?

- Nada comparado a você... - Me olhou de cima para baixo. - Eu consigo mexer a orelhas. - Ele realmente sabia mexê-las, foi engraçado quando começou a fazer caretas enquanto me mostrava seu "dom".

- Suas orelhas são grandes, só agora reparei. - Forma um bico nos lábios, fazendo-me rir. - Aliás, amanhã você precisa ir à escola, e não trouxe nenhum uniforme. Vou ter que te deixar casa. - Ele me olha triste. - O que tem de tão ruim em sua casa a ponto de não querer voltar?

- Apenas responderei se me disser quem é a família em seu porta retrato. - E de novo usando aquele tom de chantagem.

- É a família que conheci quando fiz intercâmbio, quando era mais novo que você. - Desisti de esconder.

- Você fala como se fosse décadas mais velho que eu - ele fala e ri - Eles são tão importantes assim?

- Sim, são melhor que minha família de verdade. - Ele me olhou confuso - Calma, eu posso te explicar melhor. Eu descobri que gostava de desenhar aos 3 anos, sabe? Uma flor foi o primeiro desenho concreto que fiz. Por isso tenho uma tatuada em meu pescoço, é importante para mim, pois marcou o início da minha vocação. Com o passar do tempo, fui tentando aprimorar o meu talento, mas meus pais nunca me apoiaram. Segundo eles, arte não me daria um futuro e eu não seria alguém na vida.

Por isso que, com 15 anos, pedi para fazer um intercâmbio por um bom tempo no Canadá. Por sorte, fiquei na casa de uma família repleta de artistas que me ajudaram e financiaram um curso para mim. Graças à eles, eu tenho meu estúdio. Todo mês, eu os envio algum dinheiro, mesmo que eles falem que não há necessidade, eu me sinto na obrigação de devolvê-los de alguma forma tudo de bom que fizeram por mim. - Acabei por contar tudo. Foi a primeira vez que me abri com alguém dessa forma, posso até me sentir mais leve. - Sua vez, conte-me sobre você.

- Minha vida era normal, sabe? Sempre fui bem na escola, nunca arranjei brigas. Mas tudo começou a desandar quando descobri ser gay. Minha mãe é preconceituosa até hoje e mal fala comigo. As vezes tenho medo do que ela possa passar ao meu irmãozinho. E de brinde, apanho na escola, e nem o motivo eu sei. - bufou ao se lembrar de tudo que passava - E, bem, meu pai trabalha tanto que deve ter se esquecido que possui uma família.

- Entendo... - É tudo que consigo dizer antes de ouvir seu celular tocar.

- Um instante. - Ele pede e atende o telefone. - Nagisa! Quanto tempo. - Parecia feliz ao falar com a tal Nagisa, apenas o deixei conversando tranquilamente com ela e fui lavar os pratos, até que um Min sorridente aparece na cozinha.

- Haru, hoje a tarde podemos ir a praça? Quero ver uma amiga.

- Claro - O dia estava bonito para ir à uma praça, então apenas concordei.



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