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História Lovely angel - Carmen


Escrita por: chihariu

Notas do Autor


Hello pessoas!!
voltei pra divulgar mais esse capítulo e pedir mil desculpas pela demora
espero que gostem, boa leitura!

Capítulo 9 - Carmen


Fanfic / Fanfiction Lovely angel - Carmen

As oito e meia da noite em pleno dia de domingo, eu estava sentada em frente à TV com um balde de pipocas temperadas com Sazon, olhando para o programa sem entender absolutamente nada. Meu pensamento estava em outro lugar, e eu me sentia levemente triste. Por que Ariel não podia contar quem era? A pergunta não se calava em minha mente, e só me torturava pensar nas inúmeras possibilidades do por que. Talvez ele fosse filho de traficantes, talvez os pais fossem criminosos, ou ele fazia parte de algum esquema ilegal, ou era imigrante ilegal no país. Minha cabeça dava voltas. Ariel não parecia o tipo de garoto que se envolvia em atos criminosos ou ilegais. No fundo, eu sabia que só devia ser uma boa pessoa, pois apesar de minhas grosserias e de seu talento para ser intrometido, ele era alguém que se importava comigo, alguém que me ajudava quando eu precisava mesmo eu não querendo admitir o fato. Mas por que ele então não me contava quem era? O que ele escondia?

Meu telefone tocou. Na tela mostrava a foto de Carmen. Atendi o celular e quando coloquei o fone na orelha disse sem pensar:

-Será que você pode ficar comigo hoje? – a minha voz era chorosa. Eu sentia que queria uma amiga para conversar.

- Chego em meia hora. Vou juntar minhas coisas. Vou dormir ai com você. – a voz de Carmen um pouco preocupada.

Ela desligou o telefone, e eu apertei meus joelhos contra o peito, e só pude esperar.

Como combinado, meia hora depois Carmen estacionou na porta de minha casa. Abri a porta e senti o vento frio lá fora. Carmen saiu de seu carro carregando uma mala cor de rosa atrás de si. Eu sorri. Carmen era do tipo de garota que dentro de sua bolsa carregava mil e uma coisas.

- Vai definitivamente se mudar pra cá? – eu perguntei me encolhendo de frio na porta, esperando Carmen subir os degraus e entrar.

- Ah, isso? – ela disse olhando para a mala – não tem um terço de todas as minhas coisas aqui, queridinha. Só as roupas de dormir e as coisas para o colégio amanha. – ela disse passando pela porta. – estava vendo filme? – ela olhou para sala e apontou para o balde de pipocas já vazio, só com um restante que eu não havia comido.

- Não, estava apenas, na frente da TV. Que bom que você veio, vamos para o quarto? Está frio hoje.

- Festa do pijama? Adoro! Cadê os rapazes? – ela perguntou sorrindo.

Dei um empurrãozinho de leve em seu ombro e a ajudei a levar as coisas para cima. Nos jogamos no tapete de meu quarto, não antes de Carmen ligar o radio numa frequência onde só passavam musicas de pop e rock.

- Me diga – ela perguntava brincando com meus cabelos – do que está com medo? Ou melhor, esta triste com alguma coisa? – ela olhava diretamente para min. Minha cabeça encostada em seu colo.

- Não é medo. – eu disse desviando o olhar – e também... não sei se é tristeza. Só, estou me sentido mal ká.

- Hmm, e é sobre aquele assunto, ou é outra coisa?

- Que assunto? – eu me levantei sobre os cotovelos. Carmen se sentou na beirada da minha cama.

- Você sabe. Sua mãe. Não tem falado comigo sobre isso. – ela olhava para min que continuava no tapete no chão.

- Olha ká, eu estou tentando superar... Não posso ficar me culpando todas as vezes que eu me lembro dela. Sim, eu sinto muita falta, às vezes dá vontade de deixar de existir, mas não posso ser assim. Não é o que ela iria querer pra min. E eu estou viva, estou aqui. Agora. Então eu vou dar o meu melhor, vou seguir em frente. – eu olhava para o chão. Agora sentada de pernas cruzadas no tapete, eu me sentia completamente exposta. O rosto queimava, o coração doía e eu lutava para que minhas palavras não falhassem no meio da frase. Eu queria ser forte. Eu precisava ser forte.

- Era isso que eu queria ouvir de você. Sabe que pode contar comigo não sabe? Para o que der e vier. – Carmen olhava para min. A doçura que só ela tinha assumindo seu olhar.

- Eu sei. – consegui dizer.

- Venha aqui. – ela deu tapinhas na cama, ao seu lado.

Me levantei e fui em sua direção, sentei na cama e depois desabei no colchão. Carmen fez o mesmo, de forma que estávamos lado a lado olhando para o teto. Nossos cabelos espalhados pelo colchão à cima de nossas cabeças.

- E qual é a outra coisa, que te incomoda? – ela perguntava sem fazer nenhuma pressão para ouvir a resposta.

- Hmm, vejamos. Ariel dormiu aqui e... – antes que eu terminasse a frase fui interrompida.

- Como é que é?! Jess, não me diga que... – ela olhava pra min, não nervosa, mas eufórica.

- Não é o que você está pensando Ká! Calma, eu vou te explicar. – eu disse a fazendo deitar novamente onde estava.

- Nos mínimos detalhes, por favor!

Comecei a explicação desde a Blue Hell até os meus sapatos encharcados e a discussão no jardim com Ariel. Carmen em momento algum me repreendeu ou disse alguma palavra no meio de minha explicação. Uma das muitas coisas que eu adorava nela era seu jeito de levar as coisas, nunca condenando ninguém pelos seus atos. E era uma ótima ouvinte.

- então está me dizendo que êxtase é um ótimo alucinógeno? Você deveria ter compartilhado comigo. – ela estava brincando, tentando me deixar a vontade para falar com ela sobre o assunto.

- Sim, é bom. Mas não quero mais passar por isso. Acho que tudo isso já deu.

- E ele beija bem? – ela tinha um sorriso malicioso nos lábios.

- Ká! – eu disse envergonhada.

- Há, qual é! Pode começar a contar! Então Drew quem te beija e Ariel quem te leva pra casa e ainda te dá banho? Como é jess, não vai deixar nenhum gatinho disponível na escola? – ela ria de min.

Bati meu travesseiro no braço de Carmen. Eu também sorria.

- Tudo bem. Ele beija incrivelmente bem. – ao me ouvir dizer isso, Carmen emitiu risinhos – e Ariel me colocou debaixo do chuveiro. De roupas. Pra deixar claro.

- Sei sei – ela dizia sorrindo.

Fiquei pensativa novamente. Algumas perguntas voltando em minha mente.

- Ká?

- diga garota.

- Você acha que Ariel pode estar escondendo alguma coisa? Tipo, acha que ele pode ser um criminoso ou algo do tipo? Alguém perigoso?

- Você está louca? É claro que não. Ele não tem jeito pra isto. Se fosse um criminoso por que ajudaria você? Ele ficou sozinho com você esta noite jess. A não ser que... – ela interrompeu sua frase.

- Que? – eu estava interessada no que ela iria dizer.

- Que ele esteja apaixonado por você ora! Por qual motivo mais seria?

Meu rosto ficou vermelho como um tomate. É claro que não poderia ser! Ariel, apaixonado por min? Mas que outro motivo ele teria para me ajudar? Eu estava muito confusa, precisava esclarecer algumas coisas com ele.

- Hmm, vou esclarecer algumas coisas com ele. – eu disse por fim.

- faça isso. – ela mexia em minhas almofadas em formato de coração no meio da cama – mas, e quanto a Drew?

- o que tem Drew?

- Já parou pra pensar que talvez ele também goste de você?

- hmm, ainda tem isso. Tenho que falar com Drew também.

Ela olhava para min. O sorriso voltando aos lábios. De repente ela levantou uma das almofadas e começou a bater contra meu corpo, de leve. Peguei outra almofada e fiz o mesmo. E a guerra de travesseiros ficou ainda mais divertida quando uma musica muito conhecida por nós tocou na rádio. Carmen se levantou de pressa e aumentou o volume. Cantamos a musica num dueto desafinado e muito divertido. E no fim da noite estávamos exaustas, mas felizes uma com a companhia da outra. E deitadas lado a lado senti como se eu tivesse ali uma irmã. Não era de sangue, mas já fazia um bom tempo que eu sabia o que Carmen era para min. Uma verdadeira irmã.


Notas Finais


não desistam de min, logo postarei o restante!
bjos da Chii-chan ^^


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